quinta-feira, 24 de julho de 2014

Como perceber os sinais da tendinopatia


O pneu do carro está gasto. O motorista troca o pneu. O alarme de casa dispara. O morador vai verificar o que está acontecendo. As pessoas sabem o que fazer quando recebem um alerta, mas isso só funciona para as coisas. Quando o braço,  punho ou  ombro começam a doer o mais comum é que as pessoas ignorem o sinal até que ele se transforme em um diagnóstico: tendinopatia. E uma vez instalada, a doença torna-se difícil de tratar e, muitas vezes, reincidente.

Apesar do quadro desanimador, da disciplina necessária para lidar com o problema, a tendinopatia não é imbatível. Tem cura, claro que tem.

É a luta do mais fraco com o mais forte. Se eu der um soco na parede, provavelmente, vou quebrar minha mão. Se a minha mão não for mais forte que a parede nunca vou quebrar a parede. Cada pessoa possui uma necessidade diferente no que diz respeito à prevenção e tratamento da tendinopatia e fatores como a profissão e o biótipo influenciam nesta matemática. É necessário adaptar o tendão para suportar o ritmo de trabalho de cada um. Alguém que digita 500 palavras por minuto precisa fazer uma musculação, alongar para deixar o tendão mais forte e assim suportar esse ritmo.

A recomendação deve-se ao fato de que a tendinite nada mais é que uma sobrecarga dos tendões, estrutura que une o músculo ao osso. Uma inflamação que está muito relacionada ao trabalho e que pode acometer qualquer parte do corpo, mas que é mais recorrente nos ombros, punhos, cotovelo, joelho e tornozelo. Pessoas que trabalham com computador devem ficar atentas, pois os movimentos relacionados à digitação podem propiciar o aparecimento de uma tendinopatia em longo prazo, mas toda atividade que envolve movimento pode provocar uma sobrecarga no tendão.

Algumas empresas já fazem um trabalho de ergonomia a fim de evitar lesões como a tendinopatia, no entanto, o especialista do Hospital Villa-Lobos alerta que tais medidas não são suficientes. Hoje existe a orientação ergométrica, mas é um tempo muito pequeno, de dez, quinze minutos. Então isso é muito mais por burocracia, do que por necessidade física.

De acordo com o médico, o ideal é fazer o exercício de alongamento e fortalecimento do tendão por quarenta, cinquenta minutos, três vezes por semana. No caso de pessoas que sofrem com tendinopatias reincidentes, Bitun recomenda uma mudança de hábitos na rotina, principalmente no ambiente de trabalho. Caso contrário, o tendão vai sofrer outro estresse, o que vai acarretar um novo processo inflamatório, uma volta ao médico, ao tratamento com anti-inflamatórios e fisioterapia.

A prevenção continua sendo melhor do que qualquer medicamento ou receita e alerta para a importância de ouvir os sinais que o corpo dá. Ninguém que está dormindo e toca o alarme na casa dele, desliga o alarme e fala que está muito barulho, que quer dormir. Com a dor a primeira coisa que a gente faz é desligar o alarme do corpo. Fique atento.

Fonte: Fisioterapia.com

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