segunda-feira, 25 de abril de 2016

Fisioterapia na Hemofilia



Hemofilia é uma doença congênita, hereditária, que afeta basicamente indivíduos do sexo masculino. Caracteriza-se por déficit do fator de coagulação no sangue do indivíduo, sendo que a carência do fator VIII denomina-se Hemofilia A e a do fator IX, Hemofilia B. A sua gravidade pode ser diagnosticada pelo nível de fator circulante no sangue, da seguinte forma: 

Hemofilia severa – menos de 1%, hemofilia moderada – entre 1% e 4% e hemofilia leve – entre 5% e 30%. 

As hemorragias são a manifestação clínica mais importante desta doença e estão diretamente relacionadas ao grau de hemofilia apresentada pelo paciente, apresentando-se na clínica principalmente na forma de hemartroses, ou seja, sangramentos intra-articulares, entre outras manifestações hemorrágicas. Na hemofilia severa ocorrem hemorragias espontâneas, sem causa aparente ou frente a pequenos traumas, especialmente nas grandes articulações e músculos. Pacientes com hemofilia moderada apresentam processos hemorrágicos frente a traumas moderados. Na hemofilia leve os sangramentos acontecem quando o organismo é submetido a “stress” cirúrgico ou procedimentos odontológicos, sendo o diagnóstico, por vezes, realizado na fase adulta. 

Hemartrose Aguda 

Quadro Clínico do Sangramento Articular: 

1 – Sintomas premonitórios (sangramento limitado a sinóvia): leve enrijecimento, sensação de aperto ou latejar, sensação de calor local. 

2 – Dor: decorrente da distensão da cápsula articular associado ao efeito local irritante do sangue. A dor na hemartrose aguda é intensa. 

3 – Aumento de volume da articulação: o grau de distensão articular aparente pode não ter relação com a intensidade de pressão da hemartrose nem com a dor; se o paciente tiver um espaço articular muito reduzido, por exemplo, pode ser difícil detectar aumento de volume, porém a dor é intensa. 

4 – Rigidez articular: a posição adotada é a de relaxamento máximo da cápsula, ou seja, aquela que proporciona maior volume intra-articular e, conseqüentemente, menor pressão intra-capsular. (Exemplo: flexão parcial do joelho e cotovelo, flexão parcial e ligeira abdução e rotação externa no quadril). 

5 – Calor local: aumento da temperatura local em cerca de 2ºC a 4ºC, permanecendo elevada por cerca de três semanas após a hemorragia inicial. 

A hemartrose pode ocasionar contratura muscular com diminuição da capacidade funcional e hipotrofia dos músculos distendidos, o que predispõe a articulação a novas hemartroses. 



Hemartroses 

Hemartrose é o sangramento intra-articular. Um único episódio de hemorragia intra-articular parece ter pouca conseqüência, entretanto, as hemorragias repetidas podem comprometer gravemente a função do condrócito, alterar a composição da matriz e, finalmente, levar à condromalácia, osteoartrite ou destruição da articulação com o avanço da idade. 

As injeções de sangue autólogo (em pesquisas) produzem uma reação sinovial caracterizada por alterações inflamatórias (edema, congestão vascular, infiltração leucocitária), deposição de ferro, proliferação fibroblástica. 

A hemorragia intra-sinovial repetida, espontânea, como se observa na hemofilia representa uma categoria independente. A associação de hemorragia repetida, coagulabilidade diminuída, traumatismo crônico, frouxidão ligamentar e alterações no ossso subcondral pode levar à lesão grave da cartilagem articular e das estruturas ósseas subcondrais. 

Parece haver uma predileção pelas grandes articulações, tais como: joelhos, cotovelos, tornozelos, ombros e quadris, entre outras. 

Existem três estágios clínicos para o desenvolvimento da artropatia hemofílica: o primeiro, estágio de sangramento recorrente; em seguida uma resposta inflamatória chamada de estágio de panartrite. Por último o estágio de fibrose e contratura, comumente conhecida como artrose. O sangramento não é uma manifestação comum do último estágio. 

Conduta/tratamento 

Objetivos: deter a hemorragia, eliminar a dor, manter e restaurar a função e prevenir alterações articulares. 

Reposição de fator: o mais precocemente possível, de preferência frente aos sinais premonitórios da hemartrose. 

Orientação e intervenção fisioterápica adequada à fase em que a hemartrose se encontra. 

1 – Fase aguda: durante a fase aguda do processo hemorrágico (primeiras 24/48h). Os objetivos nesta fase são controlar a hemorragia ( hematologia), manter a articulação afetada em posição mais próxima do funcional, evitar posições antálgicas de difícil recuperação e eliminar a dor. 

2 – Fase sub-aguda ou período de reabsorção (após 48hs): início da fisioterapia propriamente dita; com o objetivo de acelerar o processo de reabsorção da hemartrose. Obs.: Período de reabsorção da hemartrose: 10 a 12 dias. 

3 – Fase crônica (articulação livre de hemartrose): nesta fase a fisioterapia objetiva recuperar e/ou manter tônus muscular nas articulações afetadas por episósios hemorrágicos ou articulações risco para futuros acometimentos. A musculatura tonificada protege a articulação, deixando-a mais estável. Outro objetivo importante é a manutenção e/ou ganho de amplitude de movimento. 

A observação diária da articulação deve ser seguida com rigor, porque é através dela que podemos diferenciar um quadro clássico de hemartrose de um processo inflamatório (sinovite). Na hemartrose a articulação encontra-se com sinais de edema, limitação de ADM’s, calor local e dor incapacitante. 

Na sinovite os sinais muitas vezes parecem com uma hemartrose, porém as ADM’s estão relativamente preservadas e a dor não é sempre relatada. 

Com a repetição das hemartroses, a sinovial alterada, estabelece-se uma fragilidade que vai originar novos episódios de hemartroses. Depois de repetidos episódios de hemartroses desenvolve-se uma sinovite hipertrófica crônica e, a seguir, artropatia hemofílica. 

Se a hemartrose aguda não é adequadamente tratada, tende a recidivar. Ocorre um ciclo vicioso no qual a sinóvia inflamada e edemaciada sangra mais facilmente, ocasionando posterior edema e inflamação. Se este ciclo não for interrompido, o cumulativo depósito de ferro do sangue e as enzimas ocasionarão a destruição da cartilagem, levando ao desenvolvimento da degeneração articular.

Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO - Cursos Online : Mais de 1000 cursos online com certificado 
http://www.portaleducacao.com.br/fisioterapia/artigos/5092/fisioterapia-na-hemofilia#ixzz46rzJ1CIr

DESVIOS POSTURAIS DE MEMBROS INFERIORES

JOELHO VALGO(OU GENO VALGO): é a projeção dos joelhos pra dentro da linha média do corpo, causada , geralmente, pela hipertrofia da musculatura lateral da coxa e/ou hipotonia da musculatura medial d coxa.

Alterações (BRODY,2001): Rotação lateral do fêmur e da tíbia, hiperestensão dos joelhos e supinação dos pés.
JOELHO VALGO:
Fortalecer: Grácil, sartório, semitendinoso e semimembranoso, glúteo máximo, trato ílio-tibial e bíceps femoral.
Alongar: glúteo máximo, trato ílio-tibial e bíceps femoral.

E manutenção do peso ideal é desejável.


COXA VALGA:
Fortalecer: Pectíneo e adutores longo, curto e magno.
Alongar: Piriforme (colocar o pé oposto em cima da coxa perto do joelho), obturador int., quadrado da coxa, gêmeos(sup e inf.) e glúteos médio e mínimo (fazer rotação interna do quadril)

E manutenção do peso ideal é desejável.


JOELHO VARO(OU GENO VARO): é a projeção dos joelhos para fora da linha média do corpo, causada, geralmente , pela hipertrofia da musculatura medial da coxa e /ou a hipotonia da musculatura lateral da coxa.

Alterações (STROBEL E STEDTFELD,2000): Rotação medial do fêmur e da tíbia, hiperestensão dos joelhos e pronação dos pés.
JOELHO VARO:
Fortalecer: glúteo máximo, trato ílio-tibial e bíceps femoral(ou da coxa)
Alongar: Grácil, sartório, semitendinoso e semimembranoso.

Fonte: OLSON, 1998;
Exercícios: Abdução de quadril no puxador duplo, andar no bordo interno dos pés,alongamento passivo com medicine-ball entre os tornozelos.

COXA VARA:
Fortalecer: Piriforme, obturador int., quadrado da coxa, gêmeos(sup e inf.) e glúteos médio e mínimo (fazer rotação externa do quadril)
Alongar: Pectíneo e adutores longo, curto e magno.




JOELHO HIPERESTENDIDO (OU GENO RECURVATO): é a projeção do joelho pra traz, fazendo com que a linha de gravidade passe bem à frente dos joelhos. É causado pela hipertrofia da musculatura extensora dos joelhos (reto femoral, vasto medial, vasto intermédio, vasto lateral)

Posturas compensatórias(MAGEE, 2002): Báscula posterior de quadril e hipercifose torácica.
Fortalecer: Flexores de joelhos (semitendinoso, semimembranoso, bíceps femoral e poplíteo), inclusive gastrocnêmio e sartório.
Alongar: Quadríceps (reto femoral, vasto lateral, v.medial e v. intermédio)

Fonte: KENDALL & COLS, 1995
Exercícios: Flexão de joelho na mesa flexora ou com caneleira, flexão concentrada dos joelhos no puxador baixo.
JOELHO FLEXO( OU GENO FLEXO): Projeção dos joelhos pra a frente, fazendo com que a linha de gravidade passe por cima ou por traz dos joelhos. É causado pela hipertrofia da musculatura flexora dos joelhos (semitendinoso, semimembranoso, poplíteo, bíceps da coxa, plantar delgado, reto interno, gastrocnêmio, sartório).
Fortalecer: Quadríceps (reto femoral, vasto lateral, v.medial e v. intermédio)
Alongar: Flexores de joelhos (semitendinoso, semimembranoso, bíceps femoral e poplíteo), inclusive gastrocnêmio e sartório.

Fonte: GUCCIONE, 2000
Exercícios: Extensão dos joelhos com mesa extensora ou caneleira.










PÉ PLANO: Perda parcial ou total da curvatura do pé. Causado pela hipotonia da musculatura flexora dos dedos (peroneiro lateral longo, flexor comum dos dedos, flexor próprio do quinto dedo). Segundo Platzer (1987), ele ocorre quando os músculos plantares curtos não funcionam, mas devemos considerar o que Viladot (2003) coloca, que em repouso estes músuclos apresentam silêncio absoluto ao exame de eletromiografia.
Como corrigir: fortalecer a musculatura acima citada.
Exercícios: andar no bordo externo dos pés, andar na ponta dos pés, elevação do corpo na ponta dos pés, puxar um pano com a ponta dos pés, andar na areia fofa da praia.
PÉ CAVO: Aumento da curvatura plantar do pé, causado pela hipertrofia dos músculos peroneiro lateral longo, flexor comum dos dedos e flexor próprio do quinto dedo. Ocorre uma descontinuidade na impressão plantar na passagem do retropé para o antepé(PLATZER, 1987). Ocorre também a flexão do pododactilus.
Pé cavo-supinado-varo: alongar o tibial anterior, posterior e fibulares curto e longo.
Como corrigir: fortalecer a musculatura flexora dorsal do pé ( peroneiro anterior , extensor comum dos dedos, tibial anterior).
Exercícios: andar no bordo interno dos pés, flexão dorsal do pé, alongamento com o antepé apoiado no espaldar, andar para traz com o apoio dos calcanhares.
PÉ VALGO: É a projeção do calcâneo pra fora do corpo, fazendo com que o Tendão de Aquiles se projete para a parte interna do corpo. Segundo Platzer (1987), o maléolo lateral fica mais inferiorizado do que no pé reto fazendo a pronação( segundo BRICOT, 1999, a pronação favorece a rotação medial da tíbia, o que irá produzir repercussões em todo o membro inferior). Os tornozelos vistos por traz podem se tocar facilmente ainda que o bordo medial dos pés estejam afastados.
Consequências da pronação(HAMMER, 2003): A hiperpronação pode produzir tendinite de inserção do semimembranosos (faz a flexão de joelho e extensão de quadril). Observar a calosidade sob a cabeça do 1º metatarso devido a ação do fibular longo muito forte enquanto seu antagonista, o tibial anterior, está paralisado (corrigir: alongar fibular longo e curto e fortalecer o tibial anterior e posterior, para estimular a inversão (VILADOT, 2003).
Como corrigir: Fortalecer os músculos tríceps sural, tibial anterior e posterior e quadrado plantar(VILADOT, 2003).
Exercícios: Elevação do corpo na ponta dos pés, separando os calcanhares, andar no bordo externo do pé.
PÉ VARO: é a projeção do Tendão de Aquiles para a parte externa do corpo, fazendo com que o calcâneo se projete pra dentro.
Consequências da Supinação(JONES AND OWEN, 1996): Observar a calosidade sob a cabeça do 5º metatarso, devido a ação dos tibiais anteiror e posterior muito fortes enquanto os fibulares estão paralisados. Pode ocorrer a costa plana, retroversão do quadril e mau funcionamento do seguimento lombar.
Como corrigir: Fortalecer os músculos extensores comuns dos dedos e peroneiro anterior.
Exercícios: Andar no bordo interno dos pés, colocar uma fita passando pela planta dos pés a nível dos metatarsos. Fixar o lado interno do pé e puxar bem o lado externo.
PÉ ABDUTO: Quando o indivíduo anda com os pés pra fora da linha do corpo
Exercícios: Andar com os pés voltados para dentro da linha média do corpo.
PÉ ADUTO: Quando o indivíduo anda com os pés voltados para dentro da linha média do corpo.
Exercícios: Andar com as pontas dos pés voltadas para fora da linha média do corpo.
PÉ EQUINO: Causado pelo encurtamento do Tendão de Aquiles.
Como Corrigir: Só através de cirurgia.
PÉ CALCÂNEO: Causado pelo encurtamento do tendão do músculo Tibial Anterior.
Como corrigir: Só através de cirurgia
FASCITE PLANTAR: 
Tipos: sistemica (artrite reumatóide); traumática (por aplicação de força intensa); degenerativa(trauma de repetição) e mecânica(pronação exagerada, súbito aumetno de atividade);
Causas: Para as degenerativas e mecânicas: pronação excessiva, grande solicitação da fáscia e dos músculos (abdutor do hálux, flexor curto dos dedos e quadrado plantar).
Achados: Dor à deambulação após período de imobilização e dor no calcâneo pela manhã
Conduta: curto prazo (anti-inflamatório, órtese e fixação do arco com esparadrapo; Longo prazo (alongar a fáscia plantar, fortalecer os músuclos intrínsecos e uso de talas noturnas).

(ANDREWS E MALONE,2000);
fonte: Revista Sprint julho/ago 2000
Fonte Atualização 2004: Apostila de curso do Prof. Sandro da Matta

A importância da Fisioterapia na hemodiálise


Os rins são órgãos essenciais à manutenção da homeostase do corpo humano, que tem como funções a excreção de produtos finais do metabolismo, manutenção do volume extracelular, equilíbrio ácido-básico, manutenção da composição iônica do volume extracelular (Na, Cl, K, Mg, Ca), produção e secreção de hormônios e enzimas. Assim, trabalhando em conjunto com outros sistemas orgânicos como SNC, endócrino e cardiorespiratório, atua como órgão regulador e excretor, ações imprescindíveis à manutenção do equilíbrio no metabolismo corporal.
A Insuficiência Renal Crônica (IRC) é uma síndrome complexa conseqüente à perda, geralmente lenta e progressiva, da capacidade excretória renal, que acarreta em elevações das concentrações plasmáticas de todos os catabólitos, resultando em múltiplos sinais e sintomas decorrentes da incapacidade do rim em manter a homeostasia interna. Assim, quando existe queda do ritmo de Filtração Glomerular (RFG) atingindo valores muito baixos, geralmente inferiores a 15 mL/min, estabelece-se o que denominamos Falência Renal Funcional (FRF), ou seja, o estágio mais avançado da perda funcional progressiva observado na Doença Renal Crônica (DRC), estando assim indicado o início de alguma modalidade de diálise.
Podemos destacar como causas da DRC a hipertensão arterial, infecção urinária, glomerulonefrite, gota, diabetes mellitus, doenças císticas dos rins, nefrite intersticial, nefropatia obstrutiva, doenças vasculares do colágeno, malignidades, doenças hereditárias, entre outras.
A perda das funções dos rins na insuficiência renal desencadeia múltiplos sinais e sintomas para o paciente, tais como aumento da pressão arterial, anemia severa, edema de extremidades, fraqueza muscular, hálito urêmico, náuseas e vômitos.
A Hemodiálise (HD) é um dos processos dialíticos utilizados para tratamento dos pacientes com DRC, que consiste em uma terapia de substituição renal onde é determinado pelo nível da função renal, parâmetros nutricionais e presença de sintomas urêmicos. A hemodiálise é o processo de filtragem e depuração de substâncias indesejáveis do sangue (creatinina e uréia), realizado em pacientes com insuficiência renal aguda e crônica, já que nestes casos o organismo não consegue eliminar tais substâncias devido a falência dos mecanismos excretores renais. Assim, a hemodiálise deve ser vista como uma modalidade terapêutica capaz de proporcionar uma melhor qualidade de vida, maior longevidade e uma freqüência cada vez menor de complicações.    
O processo de hemodiálise é feito, em média, por quatro horas e três vezes por semana. As complicações mais comuns durante a hemodiálise são, em ordem decrescente de freqüência, hipotensão (20-30% das diálises), cãibras (5-20%), náuseas e vômitos (5-15%), cefaléia (5%), dor torácica (2-5%), dor lombar (2-5%), prurido (5%) e febre e calafrios (<1%).
Com o progresso do setor de diálise, no que se refere à terapêutica continuada, a expectativa de vida dos pacientes com insuficiência renal crônica aumentou nos últimos anos, porém existem muitos fatores envolvidos com a qualidade de vida desses pacientes. Assim, com o avanço da patologia renal aparecem problemas nos diversos sistemas que compõem o corpo humano, dentre eles estão as alterações músculo-esqueléticas e comportamentais que prevalecem naqueles com tratamento dialítico de longa duração.
Os pacientes com IRC apresentam estado geral comprometido, bem como desenvolvem alterações psíquicas e emocionais, mostrando-se assim fragilizados, o que envolve sua convivência social e familiar. A fisioterapia através de técnicas de relaxamento e do trabalho em grupo pode proporcionar uma melhora do bem estar geral desta população, através do acolhimento aos mesmos.
Associado a todas as manifestações e complicações dos pacientes que realizam hemodiálise, os mesmo geralmente são sedentários, favorecendo a perda da funcionalidade devido a inatividade física. Com isso, a fisioterapia para pacientes renais irá atuar nas complicações do tratamento dialítico através das condutas da cinesioterapia e massoterapia. Além do papel preventivo e educativo através da realização de orientações aos pacientes para minimizar as complicações secundárias.
A fisioterapia pode contribuir para a redução da incidência de cãibras, pois os alongamentos devolvem aos músculos seu comprimento e elasticidade normal; a massoterapia promove relaxamento muscular e diminui a Síndrome das pernas inquietas, além de promover uma melhor hidratação da pele, diminuindo as sensações de pruridos e as calcificações metastáticas na epiderme; a drenagem linfática favorece a diminuição de edemas e os exercícios de fortalecimento ajudam a devolver a tensão normal do músculo e auxiliam no retorno venoso, além de promovem o aumento da força muscular necessária para a realização de suas Atividades de Vida Diária (AVD’s).
Enquanto profissionais de saúde podemos prestar uma assistência humanizada de acolhimento a estes pacientes, fazendo uso das nossas condutas, direcionando ao bem estar dos mesmos e da sua reintegração física e psicossocial.

ESTUDO CONCLUI QUE FISIOTERAPIA DEVE SER CONSIDERADO PRIMEIRA OPÇÃO EM LESÕES DO MANGUITO ROTADOR


O estudo publicado na Acta ortop. bras. vol.8 no.3 São Paulo July/Sept. 2000 demonstrou que o tratamento conservador é eficaz para recuperação do manguito rotador.
No estudo, constituiu-se em vinte e seis pacientes, 09 homens e 17 mulheres com idades variando entre 34 e 84 anos (média de 61,6 anos), sendo 12 sedentários e 14 considerados ativos, foram incluídos neste protocolo. As queixas consistiam em dor no ombro, região cervical, cintura escapular, e terço proximal e lateral do braço. Destes, 08 (30,76%) possuíam ruptura completa do Manguito Rotador (MR) e 18 (69,23%) com ruptura parcial. Ao exame, todos apresentavam arco doloroso e testes “irritativos”de Neer e Hawkins positivos, dor à palpação em pontos de gatilho nos músculos infraespinhal e supraespinhal devido à disfunção miofascial secundária. Além disso, havia diminuição das amplitudes ativa e passiva de movimento devido à dor. O tempo médio de evolução era de 06 meses e todos haviam tentado alguma forma de fisioterapia anteriormente, sem sucesso. A ecografia ou a RNM confirmaram o quadro de ruptura do MR.
O tratamento consistiu de anti-inflamatório não-esteróide via oral, terapia miofascial específica (criocinética, compressão isquêmica e ultra-som nas miogeloses e nos pontos de gatilho), ultra-som contínuo com freqüência de 1,0 Mhz e dosagem de 1,5 w/cm2 por 05 minutos à região subacromial, exercícios de alongamentos em rotação externa em plano de escápula e em adução horizontal a 30 graus de flexão, exercícios de fortalecimento com isométricos, bandas elásticas  e pesos para rotadores externos e internos do ombro, músculos da cintura escapular (trapézio e serrátil anterior) e deltóide (etapa final) de acordo com protocolo. Nenhum paciente recebeu infiltração com corticóide ou outra terapêutica. O tempo estimado de tratamento foi de 06 meses, com avaliação 06 meses após a alta.
O estudo concluiu que um programa de recuperação com exercícios supervisionados é eficaz e pode ser considerado como a primeira opção em casos de pacientes com rupturas do MR, que o fator ocupação em pacientes com atividade profissional pode ser indicativo de mau prognóstico com tratamento conservador e que a cirurgia pode ser indicada para os casos de dor intensa e que não responde ao programa de tratamento entre 03 a 06 meses.

sábado, 23 de abril de 2016

Testes Musculoesqueléticos Embasados em Evidência



Sensibilidade é definida como a proporção dos indivíduos com a doença, que têm um teste positivo para a doença.
Especificidade é a proporção dos indivíduos sem a doença, que têm um teste negativo.

Confiabilidade,      Descrição,      Teste (% sensibilidade e especificidade)


Testes para Coluna Cervical



Teste de Spurling / Compressão axial da coluna cervical 


Teste provocativo cuja finalidade é exacerbar a compressão de uma raiz nervosa cervical no forame neural através de várias quantidades de flexão extensão, inclinação lateral ou rotações cervicais (do pescoço) para o lado acometido.
Um teste positivo é a reprodução de sintomas radiculares cervicais com flexão  do pescoço e compressão lateral passiva da cabeça.
A dor radicular irradia-se para a extremidade superior, habitualmente abaixo do cotovelo, ao longo da distribuíção de um dermátomo específico.

Sensibilidade: 40-60%
Especificidade: 92-100%


 Teste da Abdução do ombro / Teste da colocação da mão sobre a cabeça

Um teste positivo é o alívio ou a redução dos sintomas radiculares cervicais ipsilaterais com a abdução ativa do braço ipsilateral colocando a mão sobre a cabeça.

 Sensibilidade: 43-50%
Especificidade: 80-100%


Teste da distração da coluna cervical (pescoço)

 Acompanhamento do teste de compressão axial da coluna cervical, em que o examinador traciona o pescoço na tentativa de aliviar os sintomas de compressão das raízes nervosas cervicais.

Um teste positivo é o alívio ou redução de sintomas radiculares cervicais quando se aplica uma força de tração axial (para cima) sob o occipital e o queixo do examinado, enquanto o paciente está em decúbito dorsal.

Sensibilidade: 40-43%
Especificidade: 100%


Sinal de Lhermitte

Produção de parestesias distais em vários membros ou no tronco em resposta à manobra de Lhermitte; acredita-se que esse sinal seja indicador de estenose vertebral e consequente compressão da medula espinhal.

Um teste positivo é a presença de sensações parestésicas em vários membros ou no tronco com a flexão máxima passiva para frente das colunas cervical e torácica.

Sensibilidade: <28%
Especificidade: alta


Sinal de Hoffmann

 Este sinal indica a presença ou ausência de problemas no trato corticoespinhal.
 Ele é realizado com o pinçamento da falange distal do dedo médio, exercendo pressão sobre a unha. Uma resposta pósitiva é observada com a flexão da falange distal dopolegar.
O sinal de Hoffmann é geralmente considerado o equivalente, no membro superior, ao sinal de Babinski, porque, assim como Babinski, indica disfunção do neurônio motor superior. Entretanto, o mecanismo difere consideravelmente entre os dois reflexos.

Um teste positivo é a flexão-adução do polegar e do dedo indicador ipsilateral com pinçamento passivo da unha na falange distal do dedo médio.

Sensibilidade: 58%
Especificidade: 78%


Testes para Desfiladeiro Torácico

Teste de Adson


Teste provocativo para reconhecimento da síndrome do desfiladeiro torácico, em que o examinador procura diminuir ou eliminar o pulso radial do paciente ao abduzir e estender o ombro, enquanto o paciente faz uma rotação do pescoço.

Um teste positivo é a diminuição ou a obliteração do pulso radial ipsilateral com uma inspiração, elevação da cabeça e rotação para o lado ipsilateral.

Especificidade: 18-87%
Sensibilidade: 94%


Teste de Wright ou de Hiperabdução

 O examinador faz uma abdução completa de ambos os braços do paciente simultaneamente após verificar os pulsos radiais do paciente com os braços ao lado do corpo. A redução ou obliteração do pulso radial no lado afetado em comparação com o lado contralateral normal sugere a presença de síndrome do desfiladeiro torácico.

Teste para investigar a presença da síndrome do desfiladeiro torácico, em que o examinador procura eliminar o pulso radial do paciente ao efetuar uma abdução do ombro a 90° e uma rotação lateral do braço.
Naturalmente, se o paciente tiver comprometimento bilateral, o teste é menos útil. Pode ocorrer diminuição bilateral dos pulsos em alguns indivíduos normais.

Um teste positivo é obliteração do pulso radial palpável no punho, quando o braço ipsilateral é elevado a 90 graus.

Indisponível

Teste de Roos

 Neste teste, o paciente deve abduzir o ombro afetado a 90°, enquanto flexiona o cotovelo também a 90°.
Pede-se então ao paciente que abra e feche a mão 15 vezes.
O paciente é insentivado a descrever qualquer sensação percebida durante a manobra.
A ocorrência de insensibilidade, câibra ou fraqueza, ou a incapacidade de completar o número solicitado de repetições sugerem a presença de síndrome do desfiladeiro torácico.
Os sintomas que aparecem com o prosseguimento do teste são mais sugestivos do que aqueles quye estão inicialmente presentes e que não sofrem alteração durante o teste.

Um teste positivo reproduz no paciente os sintomas habituais nos membros superiores, dentro de 3 minutos ,de abertura e fechamento da mão com os ombros abduzidos a 90 graus e os cotovelos flexionados a 90 graus.

Indisponível

Teste costoclavicular

Tracionam-se os membros superiores em extensão (para trás).

Um teste positivo é indicado por uma redução no pulso radial com a retração e depressão do ombro, bem como protrusão peito, durante 1 minuto.

Indisponível



Manguito rotador /Testes para Supraespinhoso

Teste de Jobe / Can empty test / Teste da lata vazia

Teste contrarresistência para ombro, cujo objetivo é isolar ao máximo a função do m. supraespinhoso, efetuado com o ombro em abdução de 90° e rotação medial máxima num plano de 30° anteriormente ao plano coronal.

Um teste positivo é a dor ou fraqueza no ombro ipsilateral com abdução resistida do ombro, que está em rotação interna, com o polegar apontando para o chão, e para frente  ao plano coronal, formando um ângulo de 30 graus.

Sensibilidade: 79%
Especificidade: 38-50%


Testes para Manguito Rotador / Infraespinhoso e redondo menor

Teste do infraespinhoso de Patte
Exclusivo para avaliação do infraespinhoso e / ou redondo menor é feito com o paciente de pé, membro superior abduzido 90 graus no plano frontal e cotovelo fletido 90 graus. Solicita-se ao paciente que resista à força de rotação interna feita pelo examinador. O paciente deve forçar a rotação externa contra a resistência oposta pelo examinador.
A resistência diminuída no lado acometido significará provável rotura no tendão infraespinhoso. A impossibilidade de manter-se o membro na posição do exame devido à queda do antebraço em rotação interna (“drop arm”), não conseguindo vencer a força da gravidade, indica uma lesão extensa do manguito, com envolvimento completo do infraespinhoso.
Este indica rupturas dos músculos infra e / ou redondo menor.

Sensibilidade: 36-71%
Especificidade: 71-91%

Teste da Retirada / Teste de afastamento do subescapular/ Subscapularis liftoff test / Teste de Gerber

A lesão do m. subescapular é rara.
Ao contrário dos outros três componentes do manguito rotador, o m. subescapular insere-se no tubérculo menor.

Pede-se ao paciente que realize uma rotação medial do braço atrás das costas até a região lombar média. O dorso da mão do paciente deve repousar sobre as costas. Pede-se então ao paciente que afaste a mão das costas. Acredita-se que a capacidade de efetuar essa manobra exija a presença de um músculo subescapular funcional.

 Um teste positivo é a incapacidade de levantar o dorso de sua mão ao longo das costas com o braço internamente rodado para trás a parte de trás como posição de partida. Isso indica patologia subescapular.

Sensibilidade: 50%
Especificidade: 84-95%

Testes para a escápula

Teste contração isométrica

Usado para avaliar a força muscular escapular. O paciente é convidado a retrair a escápula numa "contração isométrica."

 Fraqueza muscular escapular pode ser observada como uma dor ardente em menos de 15 segundos.
 Normalmente, a escápula pode ser mantida nesta posição durante 15 a 20 segundos, sem desconforto.

Indisponível

Teste de retração escapular

O teste envolve manualmente o posicionamento e a estabilização de toda a borda medial da escápula, o que indica a fraqueza dos mm.trapézio e rombóide.

O teste é positivo quando há aumento da força muscular ou diminuição da dor ou sinais de choque com a escápula na posição estabilizada.

Indisponível


Testes para Tendão do Bíceps braquial

Teste de Yergason
Teste provocativo para avaliação da dor do tendão do m. Bíceps braquial, em que o examinador pede ao paciente para flexionar o cotovelo e, simultaneamente, supinar o antebraço contrarressistência.

O teste é feito com o cotovelo flexionado a 90 graus, com o antebraço em pronação. O examinador segura o pulso do paciente para resistir supinação e, em seguida, solicita que a supinação ativa seja feita pelo examinando contra a resistência do examinador.

 Dor que se localiza no sulco bicipital indica patologia da cabeça longa do bíceps. Ela também pode ser positiva nas fraturas da tuberosidade menor
do úmero.

Sensibilidade: 37%
Especificidade: 86%

O teste de velocidade / Teste de Speed / Palm up test

Teste provocativo para avaliar a dor do tendão do m. Bíceps braquial, em que o ombro é flexionado contrarresistência, estando o antebraço em supinação.

O teste é positivo quando há dor no sulco bicipital com flexão anterior resistida do ombro, extensão do cotovelo e supinação do antebraço.

Sensibilidade: 68-69%
Especificidade: 14-55%

Testes para lesões de ombro

Sinal do impacto de Neer
Produção de dor causada por flexão anterior passiva máxima do ombro; considerado um sinal de impacto do manguito rotador.

Teste do impacto de Neer
Quando o sinal do impacto é doloroso Neer recomenda injetar um anestésico local na bolsa subacromial e repetir o sinal do impacto.
Deu a esse procedimento o nome de teste do impacto de Neer.

Acompanhamento do sinal do impacto de Neer, em que se injeta um anestésico local no espaço subacromial para verificar se a dor produzida pelo sinal do impacto é eliminada.

O teste é positivo se a dor é reproduzida com flexão anterior do braço em rotação interna ou na posição anatômica de rotação externa. A dor sugere impacto do manguito rotador contra a margem anterio-inferior do acrômio ou do ligamento coracoacromial.

Sensibilidade: 75-88%
Especificidade: 31-51%


Teste do reforço do impacto de Hawkins

Teste para avaliação do impacto do manguito rotador, em que o examinador flexiona o ombro para frente até 90°com o antebraço paralelo ao solo e faz uma rotação medial passiva máxima.

Este teste é positivo se houver produção de dor com a flexão anterior do úmero de 90 graus com rotação interna forçada do ombro.
Acredita-se que essa manobra pressiona o tubérculo maior e o manguito rotador contra o acrômio e o ligamento coracoacromial.

 Sensibilidade: 83-92%
Especificidade: 38-56%


Teste do impacto de Yocum


O paciente coloca a mão sobre o ombro oposto e procura fletir o braço elevando ativamente o cotovelo, sem elevar o cíngulo espacular; nesse movimento, o tubérculo maior desloca-se não só sob o ligamento coracoacromial, mas também sob a articulação acromioclavicular que, se for saliente pela possível presença de osteófitos, agravará a queixa dolorosa.
Este teste também pode acusar lesão acromioclavicular.

Este teste é positivo se houver dor com a elevação do cotovelo, enquanto a mão ipsilateral está no ombro contralateral.

Indisponível

Testes para estabilidade do ombro

Teste de apreensão / Teste da manivela / Crank test
É o teste provocativo clássico para a instabilidade anterior.
Para sua realização, o examinador pede ao paciente que relaxe e, a seguir, coloque o ombro em 90 graus de abdução e ligeira extensão, com o cotovelo flexionado.

Este teste pode ser feito, quer na posição de pé, sentado ou em decúbito dorsal, embora seja mais fácil para o paciente relaxar na posição supina (em decúbito dorsal)

O teste é positivo se houver dor ou apreensão enquanto o ombro é movido passivamente em rotação externa máxima, enquanto se aplica pressão para a frente na face posterior da cabeça do úmero.

Sensibilidade: 69%
Especificidade: 50%

Sinal de Fowler / Teste da recolocação / Teste do reposicionamento

Teste de acompanhamento para o teste de apreensão para a instabilidade anterior do ombro.
 O examinador realiza o teste de apreensão e no ponto em que o paciente sente dor ou apreensão, aplica uma força posteriormente direcionada para a cabeça do úmero, com a fionalidade de eliminar a dor ou a apreensão associada.

Essa manobra geralmente provoca dor (sem “apreensão”) nos pacientes com subluxação anterior. Quando o examinador empurra a cabeça do úmero para baixo, procurando reduzi-la, a dor pode continuar nos pacientes que tem o síndrome do impacto secundária à instabilidade.
A dor deve cessar nos pacientes com subluxação e que quase sempre toleram a rotação máxima externa quando a cabeça do úmero é recolocada na sua posição normal.

Sensibilidade: 30-68%
Especificidade: 44-100%




Teste da gaveta anterior e posterior

Teste passivo para avaliação da frouxidão do ombro, em que o examinador segura a cabeça do úmero, efetuando uma translação tanto anterior quanto posterior.

Colocando-se por trás do paciente que está em pé ou sentado e com o braço ao lado do corpo, o examinador fixa com uma das mãos, espalmada sobre o ombro a espinha da escápula e o processo coracóide do paciente e com a outra segura firmemente a cabeça do úmero que procura deslocar em sentido anterior e posterior;
 O deslocamento de menos de 25% da cabeça do úmero em relação à glenóide, se bilateral e sem queixa clínica de dor, pode ser considerado apenas hiperelasticidade articular; porém, a presença de queixa clínica de dor associada a deslocamentos semelhantes ou maiores indica instabilidade ou frouxidão capsuloligamentar.

O grau de deslizamento é graduado em leve, moderado, ou grave.

Sensibilidade: 91%
Especificidade: 93%

Testes para Patologia Labral no Ombro

Teste de compressão ativa de O’Brien

Teste provocativo que pode produzir dor associada à lesão da articulação acromioclavicular ou a laceração do labro da cavidade glenóide.

Pede-se ao paciente que flexione para frente o ombro até 90 graus com o cotovelo estendido e, a seguir, aproxime até 15 graus o braço da linha mediana.
O paciente é então instruído a fazer uma rotação medial máxima, de modo que o polegar fique apo9ntado para baixo.
Por fim, solicita-se ao paciente que ofereça resistência contra uma força para baixo exercida pelo examinador.
Pede-se ao paciente que assinale a presença e indique o local da dor durante essa manobra.
A seguir, pede-se ao paciente que faça uma rotação lateral do ombro, de modo que a palma da mão fique voltada para cima, repetindo-se então todo o procedimento.

O teste é considerado válido e confiável quando o paciente sente dor apenas durante a parte do teste em que fica com o polegar apontado para baixo.

Acredita-se que a localização da dor identifica o local da patoilogia: a dor percebida na parte superior do ombro geralmenjte implica a articulação acromioclavicular, enquanto a dor profunda no ombro indica uma lesão do labro da cavidade glenóide.

Sensibilidade: 32-100%
Especificidade: 13-98,5%


Jerk Test /Teste do ressalto do ombro/ Teste do solavanco

Teste provocativo para instabilidade posterior do ombro, em que o ombrop do paciente é flexionadso a 90 graus e, em seguida, o braço é empurrado posteriormente.
Este teste é mais bem realizado com o paciente em decúbito dorsal, com  o paciente relaxado.
O ombro do paciente é flexionado para frente a 90 graus com o cotovelo também flexionado. O examinador então aplica uma força dirigida posteriormente sobre o cotovelo, procurando empurrar a cabeça do úmero para fora da cavidade glenóide.

O teste é positivo quando o examinador pode perceber um solavanco ou ressalto quando a cabeça do úm ero é deslocada posteriormente da cavidade glenóide.
A rotação medial e a adução do ombro podem ajudar a luxação da cabeça do úmero.
Na presença de instabilidade posterior mais sutil, o teste pode produzir dor  ou apreensão sem luxação palpável.

Sensibilidade: 46-91%
Especificidade: 56-100%

Teste de compressão-rotação

Com o paciente deitado, o ombro é abduzido a 90 graus, e o cotovelo flexionado a 90 graus.
 Uma força de compressão é aplicada ao úmero, o qual é, então, rodado, em uma tentativa para prender o labrum rasgado com a reprodução de um snap

Sensibilidade: 80%
Especificidade: 19-49%


Testes Acromioclaviculares

Teste da coçadura de Apley
Epônimo algumas vezes utilizado para referir-se à medida da rotação medial ou interna, do ombro; pede-se ao paciente para colocar a mão nas costas, entre as escápulas, como se fosse coçar o dorso.

Um teste positivo é a dor na articulação acromioclavicular com adução passiva do braço do outro lado da linha média.

Indisponível

Testes para epicondilite lateral / Teste de Cozen / Teste da extensão resistida do punho

Com o cotovelo em 90 graus de flexão e o antebraço em pronação, pede-se ao paciente que faça extensão ativa do punho contra a resistência que será imposta pelo examinador.

O teste será positivo quando o paciente referir dor no epicôndilo lateral, na origem da musculatura extensora do punho e dos dedos.

Indisponível

Testes para estabilidade do cotovelo

Teste da Instabilidade Rotatória Posterolateral / Teste do Desvio de Eixo/ Pivot Shift Test

Teste provocativo que tem por objetivo induzir um episódio de subluxação rotatória posterolateral do cotovelo, que se manifesta habitualmente por uma apreensão do paciente no estado consciente.
Detecta a presença de instabilidade posterolateral do cotovelo, uma condição que ocorre devido à insuficiência da porção do complexo ligamentar lateral, conhecida como ligamento colateral ulnar lateral.
Essa síndrome manifesta-se por episódios sugestivos de subluxação ou luxação.
O teste pode ser executado com o membro superior ao longo do corpo do paciente ou com o ombro flexionado, de modo que o membro fique acima da cabeça do paciente.

O teste é efetuado com o paciente em decúibito dorsal e o ombro flexionado acima da cabeça.
O examinador segura o braço do paciente, realiza uma rotação lateral do ombro até seu limite para impedir a rotação do úmero e coloca o antebraço em posição supinada.
O teste começa com o cotovelo do paciente em extensão total.
O examinador aplica uma força de compressão em valgo e axial ao cotovelo e um torque em supinação ao antebraço.

Essa manobra provoca uma subluxação da articulação úmeroulnar com uma luxação posterolateral associada da cabeça do rádio em relação ao úmero.

Com o cotovelo flexionado em cerca de 40 graus, a subluxação rotatória posterolateral aumenta até atingir o seu máximo.
Então, a cabeça do rádio cria uma proeminência posterolateral com depressão óbvia na pele localizada proximalmente.
A flexão adicional resulta em súbita redução das articulações umeroradial e umeroulnar.
A depressão desaparece, e o rádio e a ulna podem ser percebidos retornando bruscamente ao seu lugar no úmero.

A subluxação palpável e a redução anteriormente descrita são, em geral, apenas percebidas quando o teste é realizado estando o paciente sob anestesia geral.

Se o teste for efetuado com o paciente desperto, um resultado anormal é expresso pela apreensão do paciente, e apenas em certas ocasiões é que se obtém uma súbita redução das articulações umeroradial e umeroulnar.

Indisponível
Estresse em varo

Teste manipulativo para avaliar a presença de frouxidão em varo anormal do cotovelo.
Este teste é positivo se houver alteração repentina excessiva sobre a face lateral da articulação do cotovelo.

O membro do paciente é posicionado com o ombro em rotação mais medial.
O examinador segura o membro do paciente acima do cotovelo com uma das mãos e abaixo com a outra mão e, a seguir, aplica um estresse em varo controlado.
É preciso tomar o cuidado para evitar fazer uma rotação de todo o membro quando se exerce o estresse em varo.
Na presença de frouxidão anormal do complexo ligamentar lateral, o examinador sente os ossos afastarem-se no cotovelo quando o estresse em varo é aplicado, unindo-se novamente com um estalo no momento em que se remove o estresse.
É útil se fazer uma comparação com o outro cotovelo para determinar se o aumento percebido na frouxidão é realmente patológico.

Indisponível

Teste de estresse em valgo

Teste manipulativo para a avaliação de frouxidão anormal em valgo do cotovelo.
O complexo ligamentar colateral medial (ulnar) representa o estabilizador ligamentar mais importante do cotovelo e fornece a principal resistência de tecido mole à frouxidão anormal em valgo.

Esse teste é análogo ao teste do estresse em valgo do joelho, porém é um pouco mais difícil de realizar apropriadamente, devido à tendência do membro superior de fazer rotação quando se aplica um estresse em valgo.
Para minimizar essa tendência, o teste deve ser executado com o membro fazendo uma rotação lateral total do ombro.

O cotovelo é flexionado cerca de 15 graus para relaxar a cápsula anterior e detravar o olécrano da fossa do olécrano, minimizando, assim, as contrib uições da cápsula anterior e do olécrano para a estabilidader em valgo.
Para maior especificidade o antebraço é pronado.

O examinador pode segurar o antebraço do paciente com ambas as mãos ou colocar uma das mãos embaixo e a outra em cima do cotovelo.
A seguir, exerce um estresse em valgo suave sobre o cotovelo, tomando o devido cuidado para evitar fazer uma rotação do braço no ombro.

No paciente normal, praticamente nenhuma frouxidão em valgo deve ser percebida.
Na presença de frouxidão em valgo anormal, o examinador sente os osos afastarem-se ligeiramente ao aplicar o estresse, unindo-se novamente no momento em que se remove o estresse

Indisponível

Teste para os Ligamentos Carpais

Teste de Reagan

Estabilizar o semilunar entre os dedos polegar e indicador
de uma mão e o triquetrum entre o polegar e o dedo indicador da outra; o
pisiforme e triquetrum são empurrados em uma direção palmar dorsal;

Desconforto nesta área sugere a possibilidade de lesão ao ligamento interósseo lunotriquetral

Sensibilidade: 64%
Especificidade: 44%


Teste de deslocamento do escafóide / teste de Watson

Para a instabilidade escafossemilunar é provavelmente o mais amplamente conhecido.
Tem por objetivo detectar a existência de mobilidade anormal entre o escafóide e o semilunar devido a uma lesão do ligamento escafossemilunar.
Para testar, por exemplo, o punho direito do paciente, o examinador segura a mão direita do paciente com  a sua mão direita, colocando o polegar sobre o tubérculo do escafóide, no lado volar (palmar) do punho.
O punho do paciente é colocado em posição de dorsiflexão e desvio ulnar.
O examinador ao exercer uma pressão sobre o tubérculo do escafóide para cima, traz suavemente o punho numa posição de flexão volar e desvio radial.

No indivíduo normal, essa manobra deve produzir um movimento uniforme, com desconforto mínimo.
Na presença de instabilidade escafossemilunar, o examinador percebe uma sensação de estalo quando o pólo proximal dorsal do escafóide sofre subluxação sobre a borda dorsalk da epífise distal do rádio.

A seguir, o polegar do examinador libera a pressão exercida sobre o tubérculo do escafóide, permitindo a redução do escafóide.
Se essa sequência reproduzir a dor do paciente e esta for aliviada ao remover a pressão exercida sobre o escafóide, há evidências adicionais de instabilidade escafossemilunar.

Sensibilidade: 69%
Especificidade: 64%


Teste de Finkelstein

Teste provocativo em que a flexão do polegar e o desvio ulnar do punho são utilizados para reproduzir a dor da tenossinovite de DeQuervain.

O teste de Finkelstein é habitualmente efetuado  com o cotovelo do paciente flexionado e o antebraço numa posição de rotação neutra, de modo que a superfície dorsal do polegar esteja voltada para cima.
A seguir pede-se ao paciente flexionar p polegar cruzando a região palmar, e, a seguir, desviar o punho para o lado ulnar.
No paciente normal essa manobra não deve causar desconforto.
Na presença de doença de De Quervain, essa manobra costuma produzir uma exacerbação acentuada da dor do paciente.
Essa manobra pode ser excessivamente dolorosa para o paciente com tenossinovite de De Quervain.

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Teste da concha / Teste do impacto da articulação trapézio-metacarpiana

Teste manipulativo e provocativo para investigação da instabilidade ou degeneração da articulação basilar do polegar (art. Trapézio-metacarpiana), em que o examinador efetua uma translação passiva do primeiro metacarpiano em relação ao trapézio.

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Testes para o nervo mediano no túnel do carpo (punho)

Teste de compressão do túnel do carpo

Teste provocativo para a avaliação da síndrome do túnel do carpo, em que o examinador comprime o nervo mediano no local de sua entrada no túnel do carpo com a finalidade de reproduzir os sintomas de formigamento ou dormência na distribuição do nervo mediano na mão.

Dentro de um curto espaço de tempo (15 segundos a 2 minutos), o paciente vai queixar-se de reprodução de dor, parestesia e / ou entorpecimento no punho/mão sintomáticos.

Hoje em dia, muitos médicos consideram o teste de compressão do túnel do carpo mais sensível do que ambos os testes de Phalenb e se baseiam exclusivamente no resultado deste teste.

Sensibilidade: 87%
Especificidade: 90%


Teste de Phalen (flexão do punho)

Teste provocativo para investigação da síndrome do túnel do carpo, em que o punho é mantido em posição flexionada durante um minuto com a finalidade de produzir os sintomas do paciente.
É um método adicional de compressão indireta do nervo mediano no punho.
Neste teste pede-se ao paciente comprimir o dorso de ambas as mãos uma contra a outra, de modo a flexionar os punhos até 90 graus, durante um minuto,

Este teste é positivo se houver dormência e formigamento nos dedos.
Sensibilidade: 71-80%
Especificidade: 20-80%


Teste de extensão do punho (Teste de Phalen invertido)

O paciente é solicitado para manter ambos os punhos em extensão dorsal completa durante 1 minuto.
 Se dormência e formigamento forem produzidos ou exagerados na distribuição do nervo mediano na mão, durante 60 segundos, o teste é considerado como sendo positivo.

Sensibilidade: 43%
Especificidade: 74%



Teste de digitopercussão do punho / Teste do formigamento no punho

É o teste mais básico destes testes provocativos.
É observado em muitos casos de síndrome do túnel do carpo.
Para pesquisar esse sinal, o examinador coloca o punho do paciente em supinação numa mesa ou o susten ta com uma das mãos.
A seguir, com o seu dedo médio, dá uma rápida percutida sobre o nervo mediano, entre os tendões do m. Flexor radial do carpo e m. Palmar longo.

Este sinal é positivo se essa manobra produzir uma sensação desconfortável de dor ou de choque elétrico na mão.

Sensibilidade: 25-44%
Especificidade: 94-98%

Sinal de Tinel / Sinal do formigamento

Sinal de compressão, lesão ou regeneração de nervo (qualquer nervo) após lesão, em que a percussão sobre o nervo no local de acometimento produz parestesias ou disestesias características na distribuição do nervo.

Os testes de movimento da coluna lombar

Teste de Schober

 É uma técnica para verificar a ocorrência de flexão na coluna vertebral que consiste em medir com fita métrica o aumento aparente do comprimento da coluna entre a flexão e a extensão.

Indisponível


Teste de Schober modificado

Este método constitui, na realidade, apenas uma maneira de quantificar a flexão lombossacral e a mudança do contorno vertebral ao observar a inversão da lordose lombar.

Com o paciente na posição ortostática é delimitado um espaço de 15 centímetros. Marca-se um ponto na pele com lápis dermográfico sobre o processo espinhoso de L5. A seguir marca-se outro ponto 10 centímetros acima de L5 , e mais outro ponto  5 centímetros abaixo de L5.

Assim em condições normais, o comprimento da face dorsal da coluna deve aumentar aparentemente em cerca de 6 centímetros. 15cm + 6 cm = 21 cm na flexão máxima.

O teste é considerado positivo se não ocorrer aumento de pelo menos 6 centímetros na flexão máxima, por exemplo, 15cm + 5 cm = 20 cm na flexão máxima.
Uma excursão inferior a essa quantidade sugere a presença de espondilite ancilosante, sobretudo na presença de deformidade cifótica.

Especificidade: 95%
Sensibilidade: 25%


Testes para Hérnia de Disco Lombar

Teste de elevação da perna reta / teste de elevação do membro inferior estendido / straight-leg raising test

Teste provocativo cuja finalidade é exacerbar os sintomas de radiculopatia lombar inferior ao flexionar passivamente o quadril do pacviente com o mjoelho estendido.

Constitui o teste de tensão mais bem conhecido para a coluna lombar.
O teste deve ser executado com o paciente em decúbito dorsal confortável, com a cabeça e a pelve em nível plano.
Enquanto o paciente mantém o joelho em extensão total, o examinador eleva lentamente a perna da mesa de exame.
O membro inferior é progressivamente elevado até atingir  a flexão máxima do quadril ou até que o paciente peça ao examinador interromper o teste devido ao aparecimento de dor.
Observa-se o ângulo formado entre o membro inferior e a mesa de exame no ponto de elevação máxima, e se repete o procedimento com o membro oposto.

No paciente normal, deve ser possível uma elevação do membro inferior estendido de 70 a 90 graus, podendo esta elevação ser acompanhada de sensação de aperto na face posterior da coxa.

Na presença de ciática , o ângulo de flexão do quadril apresenta-se reduzido, e o paciente queixa-se de dor em pontada que se irradia pela face posterior da coxa e, com frequência, pela perna, ao longo da distribuição do nervo isquiático.
A elevação do membro inferior estendido causa um estiramento de 2 a 6 mm das raízes nervosas L5 e S1, porém exerce pouca tensão sobre as raízes nervosas lombares mais proximais.
Portanto, um teste positivo de elevação da perna reta sugere lesão nervosa da raiz L5 ou S1.

Sensibilidade :72-97%
Especificidade: 11-66%

Teste Cruzado de Elevação do Membro Inferior Estendido

É uma variação do teste de elevação do membro inferior estendido, realizado no lado oposto da radiculopatia lombar inferior suspeita; considerado altam,ente específico para hérnia de disco lombar L4-L5 ou L5-S1.

O teste é positivo quando o ângulo está entre 30 e 70 graus e a dor em pontada se irradia pela face posterior da coxa e, com frequência, pela perna, ao longo da distribuição do nervo isquiático.

Sensibilidade: 23-29%
Especificidade: 88-100%

Teste de Lasègue
Com o paciente em decúbito dorsal, o examinador flexiona o quadril em 90 graus com o joelho em flexão de 90 graus. Mantendo o quadril flexionado, então estende o joelho.

O teste é positivo para dor radicular se não houve dor com o quadril e joelho fletido e se ocorrer dor com o quadril fletido e o joelho estendido.

Sensibilidade: 95%

Sinal da Corda de arco / Bowstring sign

Teste confirmatório para o teste de elevação do membro inferior estendido, em que os sintomas do paciente são aliviados ao flexionar o joelho para relaxar a tensão sobre as raízes nervosas e em seguida, reproduzidas ao exercer compressão direta sobre o nervo isquiático, na fossa poplítea.

O teste é positivo quando a compressão do nervo ciático reproduz dor em pontada que se irradia pela face posterior da coxa e, com frequência, pela perna, ao longo da distribuição do nervo isquiático.

Sensibilidade: 71%

Teste da postura encurvada / Slump test
Séries de manobras que têm por objetivo demonstrar a presença de tensão sobre as raízes nervosas lombares inferiores, incorporando elementos do teste de elevação do membro inferior estendido e do teste de Lasegue; efetuado com o paciente na posição sentada.
O teste da postura encurvada consiste numa série progressiva de manobras destinadas a submeter as raízes nervosas isquiáticas a tensão crescente.

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Teste de dorsiflexão do tornozelo  ( teste de Braggard)

Constitui uma progressão do teste de elevação do membro inferior estendido.
o examinador efetua o teste de elevação do membro inferior estendido, detendo-se no momento em que o paciente se queixar de reprodução da dor isquiática típica.
Enquanto mantém o grau de flexão do quadril em que foi provocada a dor isquiática, o examinador efetua uma dorsoflexão passiva do pé da perna elevada.
Essa manobra deforma ainda mais o nervo isquiático.
Se a dor radicular do paciente for exacerbada, o diagnóstico de ciática (radiculopatia) é reforçado.


Sensibilidade: 78-94%

Teste de estiramento do nervo femoral

Teste provocativo cujo objetivo é demonstrar a compressão das raízes nervosas lombares altas (L2, L3 ou L4) ao estender passivamente o quadril do paciente em decúbito ventral e ao flexionar o joelho no lado acometido.
Dor é produzida na face anterior e / ou posterior da coxa.

Para realizar o teste de estiramento do nervo femoral, o paciente deve ficar em decúbito ventral na mesa de exame, com o joelho flexionado a pelo menos 90 graus.
A seguir, o examinador estende passivamente o quadril do paciente ao elevar a coxa da mesa de exame.

No paciente normal, essa manobra só provoca uma leve sensação de tensão na face anterior da coxa.

Quando ocorre compressão de uma das raízes lombares altas que contribuem para formar o nervo femoral, essa manobra reproduz do dor do paciente na face anterior da coxa.

Sensibilidade: 84-95%

Testes para Patologia Sacroilíaca

Teste de Patrick / Teste FABERE

Teste provocativo para avaliar a dor na articulação sacroilíaca, em que esta articulação é submetida a estresse ao fazer uma rotação lateral forçada do quadril na posição fazendo-o-quatro.

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Teste de Gaenslen

Teste provocativo para avaliação de dor da articulação sacroilíaca, em que a articulação é submetida a estresse ao hiperestender o quadril ipsolateral passando pela borda da mesa de exame.

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Testes para o  quadril

Teste de Thomas

Método clínico para medir a flexão e a extensão do quadril, utiliza o membro contralateral em flexão para travar a pelve e, assim, impedir o movimento compensador da coluna lombar.

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Teste de Ely

Teste manipulativo para detectar a contratura do músculo reto femoral.

Indisponível

Teste de Ober

Teste manipulativo para detectar a presença de contratura do trato iliotibial.

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Teste do Piriforme

Teste manipulativo para detecção de contratura do músculo piriforme ou de irritação do nervo isquiático devido à compressão exercida pelo m. piriforme.

Indisponível

O teste de Trendelenburg

Teste provocativo para avaliação da fraqueza do m. Glúteo médio ou dor na articulação do quadril, em que o examinador pede que o paciente levante os pés do chão, um de cada vez.

 Sensibilidade: 72,7%
Especificidade: 76,9%


Sinal de Trendelenburg
Queda da pelve quando o paciente levanta uma perna; trata-se de um sinal de fraqueza do m. Glúteo médio.


Teste de Stinchfield
Teste provocativo cuja finalidade é provocar dor na articulação do quadril; pede-se que o paciente faça uma elevação ativa do membro inferior estendido, com o joelho ipsolateral fixo em extensão.

Com o paciente em decúbito dorsal e o joelho estendido, o examinador resiste a flexão do quadril do paciente.

Reprodução de dor na virilha é considerado um teste positivo, indicando disfunção intra-articular do quadril.

Indisponível

Testes para o Ligamento cruzado anterior

Teste de gaveta anterior

Teste manipulativo para detectar um aumento da frouxidão anterior do joelho, na posição de flexão de 90 graus; trata-se primariamente de um teste para avaliar a integridade do ligamento cruzado anterior.

Sensibilidade: 22-70%
Especificidade: 97%


Teste de Lachman

Teste manipulativo para detecção de frouxidão anterior anormal no joelho, efetuado em posição de ligeira flexão; trats-se basicamente de um teste para avaliar a integridade do ligamento cruzado anterior

O paciente encontra-se em decúbito dorsal. O joelho está em 15 graus de flexão. O fêmur é estabilizado com uma mão, enquanto uma pressão firme é aplicada na face posterior da tíbia proximal, em uma tentativa de tracioná-la anteriormente.

Sensibilidade: 80-99%
Teste do deslocamento do pivô
Teste manipulativo e provocativo para demonstrar a existência de subluxação rotatória que está frequentemente associada à lesão do ligamento cruzado anterior.

Sensibilidade: 35-95%
Especificidade: 98-100%


Teste para o Ligamento cruzado posterior

Teste da gaveta posterior do joelho

Teste manipulativo que tem por finalidade detectar a presença de frouxidão posterior anormal do joelho ao empurrar posteriormente a tíbia com o joelho flexionado a 90 graus; trata-se basicamente de um teste de integridade do ligamento cruzado posterior.

Sensibilidade: 90%
Especificidade: 99%

Fenômeno de queda para trás / Dropback phenomenon

No paciente com ruptura do ligamento cruzado posterior, observa-se habitualmente um fenômeno de queda para trás na posição em que o joelho está flexionado a 90 graus e o pé estabilizado.
A gravidade provoca subluxação posterior da tíbia em relação ao fêmur, resultando num aspecto anormal que é observado de preferência quando ambos os joelhos são vistos de perfil
Quando esse fenômeno de queda para trás ocorre, a tuberosidade anterior da tíbia é menos proeminente do que o habitual, enquanto a patela se torna mais proeminente que o normal.

Sensibilidade: 79%
Especificidade: 100%

Testes patelofemoral

Teste do rechaço da patela

Método para documentar a ocorrência de grande derrame do joelho, que consiste em rechaçar a patela contra a tróclea femoral subjacente.

Indisponível

Testes de rupturas Meniscais do joelho

Palpação da linha articular

A linha articular medial é mais fácil palpar com a rotação interna e externa da tíbia.

Sensibilidade: 55-85%
Especificidade: 29-77%


Teste de McMurray

Teste provocativo para produzir dor e estalido associados à laceração de menisco ao efetuar uma hiperflexão passiva do joelho.

Sensibilidade: 16-58%
Especificidade: 58-98%


Teste de Apley (para o joelho) / Teste da Moagem

Teste provocativo para produzir a dor associada à laceração de menisco ao exercer compressão e ao fazer uma rotação do joelho na posição flexionada a 90 graus.

Sensibilidade: 13-16%
Especificidade: 80-90%


Testes para estabilidade do tornozelo

Teste de gaveta anterior do tornozelo

Teste manipulativo para detectar a existência de frouxidão anterior anormal da articulação do tornozelo ao puxar para frente o retropé com uma das mãos, enquanto empurra de modo recíproco a tíbia para trás com a outra mão; trata-se basicamente de um teste para avaliar a função do ligamento talofibular anterior.

Sensibilidade: 80-95%
Especificidade: 74-84%


Teste de Inclinação talar
O ângulo de inclinação do tálus é o ângulo formado pelas superfícies articulares opostas da tíbia e tálus quando estas superfícies são separadas lateralmente por uma força aplicada a supinação da parte traseira de
o pé.

Indisponível

Testes da sindesmose

Manobra de compressão da sindesmose na perna
A manobra de compressão é executada manualmente, comprimindo a fíbula contra a tíbia acima do ponto médio da panturrilha.

 Um teste positivo produz dor sobre a área dos ligamentos sindesmóticos.

Indisponível

Testes para ruptura do tendão de Aquiles

Teste de Thompson

Teste manipulativo para detectar a presença de ruptura do tendão calcâneo ao comprimir suavemente a panturrilha do paciente e observar a flexão plantar normal associada.

Na presença dse ruptura do tendão calcanear, praticamente não ocorre nenhum movimento do pé.
Em caso de laceração parcial do tendão ou lesões da aponeurose gastrossolear, como na perna de tenista, ocorre uma resposta de flexão plantar normal.

Sensibilidade: 96%
Especificidade: 93%



Teste de palpação do tendão calcanear

O examinador palpa suavemente ao longo do tendão calcanear. Uma lacuna ou um intervalo indica uma ruptura do tendão de Aquiles.


Sensibilidade: 73%
Especificidade: 89%


Fonte: - Modificado por Fernandes,JHMF de Malanga GA, SF Nadler, editores; Exame físico musculo-esquelético: uma abordagem baseada em evidências, Filadélfia, 2006,