quinta-feira, 29 de maio de 2014

A Fisioterapia como alternativa de combate à incontinência urinária


Situações de perda involuntária de urina, desconforto durante relação sexual e a famosa "bexiga caída" agora contam com tratamentos menos invasivos que cirurgias. A fisioterapia urinoginecológica e urológica surgiu como uma opção para reverter quadros mais leves e auxiliar o processo de cura de casos mais severos.

Com o tempo, a musculatura do corpo humano começa a perder o tônus. Este processo ocorre em toda a musculatura, já que as fibras de sustentação ficam cada vez menos rijas, com capacidade de contração reduzida. Isto também ocorre com a musculatura do assoalho pélvico. A gama de problemas ocasionada por esta falta de sustentação são chamados de disfunções do assoalho pélvico.

A musculatura desta região é responsável por apoiar os órgãos localizados na cavidade pélvica, como bexiga, próstata, reto e órgãos reprodutivos femininos. Também estão relacionados com o funcionamento dos esfíncteres urinários e anal. Assim, alterações na musculatura pélvica podem resultar em disfunções urinária e intestinal.

Os principais fatores causadores das disfunções são obesidade, procedimentos cirúrgicos, gestação, idade avançada, parto e menopausa. Algumas pessoas podem desenvolver esta disfunção em decorrência de fatores genéticos ou do seu tipo de colágeno.

A fisioterapeuta Luísa Braga Jorge, especialista em uroginecologia e urologia, explica que as principais disfunções são: incontinência urinária, fecal, dispareunia (dor durante a relação sexual), constipação, e prolapso (bexiga caída). Entretanto, o que apresenta maior prevalência é a incontinência urinária.

Esta disfunção independe de sexo, mas a maior incidência é registrada em mulheres devido à anatomia pélvica. Pesquisas indicam que de 12% a 56% das mulheres de 40 a 69 anos apresentam casos de incontinência urinária. Na região Sul os índices podem aumentar em decorrência do frio. "A contração do corpo quando se está com frio gera espasmos na musculatura que podem facilitar a ocorrência de casos de incontinência", relata a fisioterapeuta.

Mas o diagnóstico desses casos irá depender unicamente da observação do próprio afetado, já que não existe um exame específico para diagnosticar tais condições. Contudo, após o quadro ser de conhecimento do médico, os tratamentos são basicamente simples.

O importante é que ao notar os primeiros sinais, procure auxílio profissional imediatamente, pois além de causar dor e constrangimentos, essas disfunções podem afetar até mesmo a vida sexual de um casal, já que o prazer sexual também está relacionado a esse conjunto de 13 músculos da região pélvica. Entre as disfunções sexuais que ele pode favorecer quando lesionado estão o vaginismo (contração involuntária dos músculos próximos da vagina, impedindo a penetração do pênis) e a dispareunia (dor durante a relação sexual).

Apesar de cirurgias e medicamentos serem as formas mais tradicionais de tratamento, existem alternativas menos invasivas e tão eficazes quanto. São exercícios realizados através de fisioterapia, que auxiliam no processo de fortalecimento destes músculos.

Quais são e como funcionam cada tipo de tratamento?

- Biofeedback: é a terapia mais comum no tratamento da disfunção do assoalho pélvico. Não é doloroso, e é eficaz em aproximadamente 75% dos casos. Através de exercícios de contração da musculatura pélvica, o paciente recebe uma resposta auditiva ou visual para saber se está executando o exercício de forma correta. O treinamento inclui diferentes métodos de conscientização e relaxamento, como, por exemplo, técnicas musculares, respiratórias, autogênicas e cognitivas.

- Técnicas de relaxamento e fortalecimento: envolve ioga e exercícios como pilates.

- Eletroestimulação, exercícios perineais, técnicas comportamentais, e reorganização corporal.

"Em grande parte dos casos, não é necessário submeter o paciente a um tratamento invasivo, uma cirurgia. Com técnicas simples de readequação, grande parte dos distúrbios pode ser contornada", afirma a fisioterapeuta Luísa.

Como evitar o enfraquecimento da musculatura?

Existem diversos tipos de exercícios que podem ser realizados no próprio conforto do lar ou mesmo durante as atividades da vida diária. Mas, assim como em qualquer outro exercício de academia, o treino da musculatura requer persistência e precisão nos movimentos, sendo ideal o monitoramento inicial por um fisioterapeuta especialista: se realizados de maneira incorreta os exercícios podem ser prejudiciais, causando efeito inverso ao desejado.

O exercício abaixo é simples, nada mais do que a contração dessa musculatura que envolve a região do ânus e da vagina, para tonificar a área e prevenir problemas:

- Deitada de frente, com os joelhos dobrados e pés apoiados no chão ou colchão, coloque a mão desde o púbis, que é osso acima da vagina, até o cóccix, o osso do final da coluna. Está identificada a musculatura do seu assoalho pélvico.

- Em seguida, tente contrair, como se fosse segurar gases. Você vai sentir um movimento de sugar toda a região do ânus e da vagina para dentro. Depois tente realizar esse mesmo movimento e segurar essa contração por um segundo e relaxar dois segundos. Repita dez vezes.

- Aumente o tempo da contração para cinco segundos e relaxe dez segundos. Repita novamente dez vezes.

Fonte: Jornal Minuano 

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Qual melhor colchão para sua coluna?


Escolher errado um colchão pode causar indisposição, cansaço e até dores de cabeça. Algumas informações podem fazer toda a diferença entre uma noite bem dormida e um amanhecer com dores no corpo e a sensação de sequer ter fechado os olhos.

Qual tipo escolher?

Primeiramente é necessário escolher o tipo de colchão. Os mais comuns são os de mola e espuma. Os colchões de mola têm sua estrutura internada formada por molas de aço interligadas ou ensacadas. As molas interligadas transmitem o movimento de uma à todas, enquanto as ensacadas repercutem em menor intensidade a movimentação. Colchões de molas possibilitam alto conforto, resistência e durabilidade para pessoas até 150 kg. Os colchões de espuma, por sua vez, possuem várias densidades, cada uma delas sendo indicada para uma determinada faixa de peso. Isso possibilita uma maior adequação do colchão à estrutura corpórea do usuário, aumentando o conforto e a durabilidade.

Colchão mole ou duro?

O colchão ideal deve ser firme, nem duro demais, nem mole demais; de tal forma que a coluna se molde corretamente, sustentando de maneira equilibrada o peso do corpo, proporcionando, assim, descanso para todas as estruturas.

A maneira correta de dormir

É importante deitar de lado ou de barriga para cima. Evite deitar-se de bruços, nesta posição a coluna fica sem apoio e torna-se dolorosa. Ao deitar-se de barriga para cima, use travesseiros em baixo das pernas de tal maneira que deixe a coluna lombar bem apoiada. De lado, use um travesseiro entre as pernas flexionadas.

Colchão para determinadas patologias

Independentemente de possuir alguma patologia, a escolha do colchão deve seguir as orientações recomendadas. Porém, no caso de doenças da coluna, como a hérnia de disco, o recomendado é o uso de colchões ortopédicos, que são mais firmes e proporcionam maior sustentação ao corpo sem prejudicar o conforto. Atentando-se, também, para o travesseiro, que deve preencher o espaço que sobra entre o pescoço e o ombro, de modo que a coluna fique em linha reta quando a pessoa se deita de lado.

Pacientes portadores de fibromialgia e outras doenças reumáticas, podem se beneficiar com colchões semiortopédicos, que também apresentam boa sustentação, mas com menor rigidez.

Dicas ao comprar o colchão

• Para escolher um colchão, peça ao vendedor que lhe informe o tipo de colchão e/ou travesseiro levando em consideração seu peso e altura;

• O tempo de vida de um colchão pode variar de 1 a 10 anos dependendo dos materiais e acabamento utilizados;

• A densidade deve ser de acordo com o peso e a altura da pessoa. Lembrando que, quando se escolhe um colchão para casal, deve-se levar em consideração o peso e altura do cônjuge maior;

• Quanto a firmeza, seu colchão não deve ser muito duro, nem muito macio. Nos colchões muito macios a coluna fica “torcida”, já os muito duros não se ajustam ao contorno do corpo.

Veja mais informações nesse infográfico retirado do site G1:



Fonte: Dr. Coluna 

quinta-feira, 22 de maio de 2014

O papel da Fisioterapia no Acidente Vascular Cerebral


Quem não conhece uma pessoa que já tenho tido um acidente vascular cerebral (AVC) ou um derrame? Infelizmente, cada dia mais e mais, essas três letras estão presentes na vida das pessoas. Para quem não sabe, o início do AVC, na maioria das vezes, é provocado de forma abrupta ou em forma de crise de sintomas neurológicos causados por isquemia (ausência de fluxo sanguíneo) ou hemorragia (extravasamento de sangue) no cérebro. Entre as causas dessa catástrofe, estão: as doenças dos vasos sanguíneos, a pressão alta, o diabetes, o rompimento de um vaso sanguíneo no cérebro, a trombose aguda, os tumores e a embolia. Porém, seja qual for a causa, as consequências ou sequelas se instalam sempre com muita rapidez, provocando problemas à capacidade física e ao estado emocional do paciente.

Quando acontece o AVC, o corpo do paciente sofre alterações importantes, tais como: dificuldade na movimentação normal, diminuição da força muscular e da coordenação motora, perda do equilíbrio, dificuldade para andar, dificuldade na fala e na deglutição e falta de sensibilidade, entre outras. Diante dessa nova situação, muitos pacientes que apresentam sequelas isolam-se em suas casas, pois estão preocupados com a reação que outras pessoas podem ter por causa da sua nova estética corporal.

Como primeira causa de mortalidade e incapacitação no mundo, o AVC merece grandes esforços de prevenção e tratamento rápido. Mas como enfrentar esse desafio? As primeiras medidas de tratamento do paciente com AVC estão a cargo do médico, que precisa intervir imediatamente, e em caráter de urgência, logo após o AVC.

Porém, há muito mais para se fazer depois dessa primeira intervenção médica. O tratamento do AVC em seus estágios iniciais evoluiu de maneira extraordinária na última década, mostrando que as lesões cerebrais secundárias a esse evento podem não ser tão permanentes como se acreditava anteriormente. Um curto período inicial de internação se faz necessário em muitos dos casos, mas o paciente deve retornar ao lar o mais rapidamente possível. Quase sempre, a essa altura, ele terá necessidade de reabilitação bem conduzida, para evitar a instalação de graves sequelas.

A fisioterapia pode contribuir, e muito, para minimizar ou até mesmo eliminar por completo a maioria dessas sequelas. Antes de qualquer coisa, deve-se detectar a causa do AVC e, em seguida, começar a trabalhar na resolução desse novo desafio. Tão logo o paciente esteja estável e ciente de sua situação e da extensão de suas sequelas, deve-se iniciar o atendimento de fisioterapia. O programa fisioterápico precoce, intensivo, eficaz, é sempre necessário, importante e, principalmente, capaz de prevenir as possíveis complicações, aumentando assim, a expectativa e a qualidade de vida do paciente.

A reabilitação após o AVC significa ajudar o paciente a usar plenamente toda sua capacidade, a reassumir sua vida anterior, adaptando-se à sua atual situação. Essa reabilitação consiste na aplicação de um programa planejado, através do qual a pessoa, no pós-AVC, ainda convalescente, mantém ou progride para o maior grau de independência.

O fisioterapeuta começará por atividades simples de movimentação de ambos os lados do corpo. Essa atividade inicial é muito importante, pois só assim o paciente terá maior segurança ao tentar movimentar-se. Serão realizados exercícios para fortalecer os músculos e também para alongá-los, treino de equilíbrio e vários estímulos para recuperar a sensibilidade.

Muitas das atividades iniciais, com o passar dos dias e com a melhora do paciente, serão modificadas para um novo desafio, fazendo com que o paciente possa progredir até sua recuperação. Um aspecto extremamente importante é estimular o paciente a ter o máximo de independência para realizar as suas atividades diárias, das mais simples às mais difíceis.

Outro aspecto importante a ser enfatizado é a dificuldade de aceitação, pelo paciente e também pela família, de que o tratamento é um processo lento e gradual de aprendizagem. Observamos também que o tempo para a reabilitação, parcial ou total, está relacionado com a lesão, o grau das sequelas do AVC e outros agravantes, como, por exemplo, a presença de quadro depressivo.

Estratégias e orientações ao paciente pós-AVC:

- Promover a movimentação e a reabilitação do paciente o mais precocemente possível, logo que a situação clínica o permita.

- Envolver o pacientes e a família no processo de reabilitação.


Os programas de informação estruturados são, sem dúvida, uma necessidade para os pacientes com AVC e para os seus familiares, ou seja, quanto mais esclarecidos estiverem, melhor será a sua participação e, consequentemente, melhor sua adesão ao tratamento e seu prognóstico. Para finalizar, é importante lembrar que a equipe de assistência ao paciente com AVC deve contar com médicos, fisioterapeutas, psicólogos, enfermeiros, assistentes sociais, nutricionistas, terapeutas ocupacionais e fonoaudiólogos. Só desta maneira, teremos melhor efetividade e eficácia no tratamento pós-AVC.

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Andar descalço, pode?


Andar descalço é benéfico porque favorece a sensibilidade do pé e o controle neurológico dos movimentos articulares, que chamamos de propriocepção, porém, em termos médico-ortopédicos, não é aconselhável fazer longas caminhadas sem calçados, a menos que seja em solo regular, não abrasivo e macio como grama.

Para caminharmos descalços sem comprometer nossa saúde, devemos considerar a regularidade e a dureza do solo, ou seja, não se deve caminhar longas distâncias em terrenos com muitas irregularidades (buracos e desníveis) e muito duros, como o asfalto e pedras.

Atividades físicas

Para a prática esportiva, tudo depende de adaptação individual, mas, em termos gerais, é contraindicado fazer corridas que gerem muito impacto sem calçados adequados. As lesões são muito frequentes mesmo usando-os. Além dos pés, todas as estruturas dos membros inferiores suportam impactos enormes e, com os calçados, isto é minimizado.

Portanto, não se arrisque a fazer atividades físicas descalço sem antes consultar um profissional de sua confiança, que forneça todas as orientações adequadas e os possíveis riscos desta prática.

Fonte: Blog Albert Einsten 

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Saiba como evitar e o que fazer em caso de queda e fratura


A primeira providência, segundo o ortopedista Moisés Cohen e o socorrista Jorge Ribera, é imobilizar o membro lesionado na posição em que ele está até que o diagnóstico final seja feito no hospital. Colocar uma tala, por exemplo, ajuda também a reduzir a dor, o inchaço e evitar que o machucado desenvolva para algo mais grave.

Se o paciente não conseguir se levantar depois de cair, o ideal é não movimentá-lo. Se ele estiver no meio da rua, por exemplo, é importante pedir para alguém colocar algum obstáculo para evitar que os carros continuem passando. Segundo o ortopedista, nunca se deve tentar colocar o osso na posição correta ou tentar movimentar o membro lesionado – nesse caso, é preciso primeiro ir imediatamente ao hospital.

Se, além da fratura, houver ferimento, a recomendação é limpá-lo com água corrente e cobri-lo com material limpo até a chegada do serviço de emergência. Em caso de sangramento abundante, os especialistas explicam que é preciso fazer uma compressão moderada na ferida para estancar o sangue. O mesmo vale para o sangramento no nariz, mas em caso de batida na cabeça, o socorrista Jorge Ribera aconselha procurar um médico o quanto antes porque essa lesão pode ter consequências mais graves, como uma hemorragia, por exemplo.

O ortopedista Moisés Cohen explicou ainda as diferenças entre fraturas e luxações - no caso da fratura, quando o osso quebra, existem dois fatores que ajudam na recuperação: o mecânico, que é o que o médico faz para imobilizar o local, seja com gesso, tala, bota ortopédica ou cirurgia; ou o biológico, que é o processo do próprio organismo, capaz de refazer e unir o osso quebrado.

No entanto, existem ossos mais fáceis de colar e outros que dificilmente se reconstituem sozinhos, como o do quadril, por exemplo. Já os ossos dos braços têm uma vascularização maior, o que facilita a recuperação.

Fraturas nas vértebras e joelhos, por outro lado, são difíceis de tratar porque essas regiões têm ossos muito porosos que amassam ao invés de quebrar – nesse caso, só com cirurgia é possível "desamassar" e colocar na posição correta.

Fora a região da fratura, porém, a idade da pessoa também influencia na recuperação do osso. Crianças têm maior facilidade de refazer as estruturas por causa dos ossos elásticos e porosos e também porque estão em fase de crescimento, quando a capacidade do corpo de desenvolver é maior do que a do adulto. Já os idosos demoram mais para se recuperar porque, com o passar do tempo, a formação das células ósseas diminui.

No caso das crianças, como a recuperação é rápida, não há a necessidade de uma imobilização mais intensa ou demorada. Porém, é importante que o osso ganhe uma resistência maior para evitar que um novo trauma frature o mesmo lugar – por isso, a imobilização e a medicação ajudam, principalmente no controle da dor para deixá-la mais confortável.

Se houver um entorse de tornozelo, muitas vezes, é preciso imobilizá-lo com uma bota ortopédica durante 3 semanas. Já as fraturas, por outro lado, são imobilizadas com talas de gesso. Porém, no caso do gesso, é importante procurar um médico se houver dor intensa mesmo com o uso de analgésicos, inchaço nos dedos, palidez ou extremidades roxas nos dedos, dedos frios, formigamento ou alterações de sensibilidade ou dificuldade para movimentar os dedos.

De acordo com o ortopedista, esses sintomas indicam que pode o gesso pode estar causando uma compressão capaz de lesionar nervos e músculos - se não forem tratados logo, podem deixar sequelas sérias.

No caso das crianças, se elas estiverem engessadas e apresentarem choro intenso, desconforto acima do normal ou dor, os pais devem procurar imediatamente o ortopedista ou algum serviço de emergência.

Seja qual for a idade, no entanto, existem algumas recomendações em relação ao gesso: não pode molhá-lo, usar agulha de tricô ou régua para coçar a pele ou colocar talco dentro. De acordo com o ortopedista Moisés Cohen, porém, o gesso não tem sido muito utilizado pelos médicos atualmente, que preferem um tratamento que imobilize o local, mas ainda possibilite um pouco de movimento, como a bota ortopédica, por exemplo. Isso porque, com o gesso, as articulações ficam paradas por muito tempo e podem se prejudicar.

Segundo o médico, atualmente, há ainda uma tendência de operar a fratura porque a recuperação é mais rápida. Certas lesões, por exemplo, exigem o uso de pinos, hastes, placas ou fixadores. Porém, existem casos em que não há necessidade de corte na cirurgia. Depois do procedimento, o paciente geralmente precisa utilizar uma tala, que ajuda a aliviar a dor e serve também para o médico observar a recuperação.

Qual o jeito certo de cair?

Saber cair é importante para evitar lesões e machucados mais graves, como explicou o professor de judô Dante Kanayama.

A dica é transformar a queda em rolamento, como se fosse uma continuação do movimento, o que não prejudica nenhuma articulação e nem a cabeça. Além disso, não é recomendável tensionar o corpo na hora de cair - ir contra o movimento pode afetar as articulações, como explicou o professor.

Como evitar quedas em casa?

As pessoas não percebem, mas a casa pode ser um ambiente cheio de armadilhas. O fio da televisão, o tapete solto ou até a mesa de centro podem favorecer quedas e outros acidentes, como mostrou a reportagem da Daiana Garbin.

Segundo a terapeuta ocupacional Mariana Pietra, a dica é prender bem os fios e colocar fita adesiva na ponta dos tapetes, para evitar que ele deslize no chão. Já na mesa de centro a dica é colocar suportes nos cantos. O perigo costuma ser ainda maior para os idosos e, para eles, a terapeuta recomenda tomar alguns cuidados, como utilizar sapatos que fiquem bem presos no pé e tapetes antiderrapantes no banheiro.

Fonte: Bem Estar 

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Você já ouviu falar em dores do crescimento?


Muitos acreditam que é um mito, porém as dores de crescimento existem mesmo! Elas são uma causa muito freqüente de dor nas crianças, principalmente nas meninas, entre os 3 e 5 anos de idade. São dores tipicamente musculares, de caráter recorrente, ou seja, que vão e voltam, de intensidade variável e que não tem um motivo claro para o seu aparecimento, como, por exemplo, alguma doença reumatológica ou infecção (principalmente das articulações– “juntas”) ou tumores ou doenças do sangue.

Geralmente são dores desproporcionais aos achados do exame físico, ou seja, muita dor para um exame físico normal. A criança anda normalmente, não tem dor à palpação do músculo ou osso e nem fraqueza muscular. As coxas e as panturrilhas são os locais que apresentam mais dor. As crises costumam ser bilaterais, ocorrem mais à tarde e à noite e podem interferir nas atividades diárias da criança e interromper o sono. O frio, a atividade física e os problemas emocionais pioram a dor.

A massagem e o calor (bolsa de água quente) no local dolorido, o alongamento e o uso de analgésicos (por exemplo paracetamol) costumam melhorar a dor. Quando os distúrbios emocionais estiverem presentes, a abordagem psicológica deverá ser considerada.

Vale ressaltar que não há a necessidade de realizar nenhum exame complementar paras as dores de crescimento, como, por exemplo, o raio-x ou exames de sangue. O mais importante é manter a tranqüilidade, pois essas dores são benignas e a sua evolução é muito boa!

Fonte: Blog Albert Einsten 

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Conheça as causas e os sintomas da lombalgia



Surgiu depois de levantar um objeto pesado
É preciso treinamento específico para garantir estabilidade à coluna durante o esforço físico. Sobrecargas repentinas (principalmente com a coluna flexionada para frente e torta) são capazes de desencadear uma crise de dor aguda e incapacitante. Esse caso é emergencial e necessita de intervenção médica imediata.

Sinto dormência na perna
É possível que seja hérnia de disco. Isso acontece quando um dos discos intervertebrais (estruturas que servem para evitar o atrito entre as vértebras) se desloca por um trauma físico, predisposição genética ou sedentarismo, exercendo pressão nos nervos espinhais. Além da dor, o problema acarreta fraqueza na perna e dormência na planta do pé.

Pode ser um quadro de artrose
Conhecida pelos médicos como osteoartrite, a doença consiste em uma degeneração das cartilagens das articulações. Quando afeta os tecidos cartilaginosos da coluna, essa condição provoca a lombalgia, além de rigidez nas costas e diminuição da mobilidade. Crônica, a patologia é mais incidente nas pessoas com mais de 70 anos, mas também atinge os mais jovens.

Mudei a cadeira no trabalho
Evite assentos retos, pois eles não respeitam as curvas naturais da coluna. O uso prolongado faz que a pressão exercida contra os discos intervertebrais seja maior. Sentar-se sem apoio nos braços e pernas também facilita o surgimento do sintoma. Dê preferência para cadeiras vazadas.

Trabalho muito tempo sentado
Os discos intervertebrais são nutridos por glicose e oxigênio transportados pelo sangue. O ato de permanecer sentado dificulta esse processo. É daí que surge a recomendação médica de fazer alongamentos e ficar em pé por 10 minutos a cada hora. Tal medida ajuda a nutrir a região e a regenerar traumas localizados.

Pode ter causa emocional?
Ansiedade, depressão, estresse e fobias facilitam o aparecimento da dor e elevam o risco de cronicidade. Isso porque ela consiste em um estímulo elétrico, o qual sai de uma parte do corpo onde há inflamações ou lesões e percorre o cérebro. Se não for contornado, o órgão emite respostas que intensificam a dor. E elas são mais intensas para quem sofre com essas emoções.

Fonte: Revista Viva Saúde 

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Joelho instável tem causa no mau alinhamento do 'aparelho extensor'


O mau alinhamento do que chamamos de “aparelho extensor”, um conjunto de estruturas da frente do joelho, composto pela patela, tendão patelar e músculo quadríceps, é um problema comum na prática ortopédica, acometendo, principalmente pacientes mulheres.

Isso, associado a hipotrofia ou diminuição de força do músculo vasto medial força a patela a sua lateralização, principalmente entre os ângulos de 30 e 60 graus. Dependendo da quantidade de energia cinética, ela sai de seu “trilho” e luxa para fora do joelho.

Pessoas que possuem o que chamamos de genu valgo, ou seja, joelho em “x” leva ao aumento do ângulo Q (ângulo quadricipital), fazendo com que diminua a contenção da patela. Isso, associado a hipotrofia ou diminuição de força do músculo vasto medial a força à sua lateralização, principalmente entre os ângulo de 30 e 60 graus e, dependendo da quantidade de energia cinética, a patela sai de seu “trilho” e luxa para for a do joelho

O primeiro episódio é geralmente seguido de dor intensa, inchaço e incapacitação imediata. Em geral, o paciente não consegue recolocá-la em seu lugar, sendo necessária a redução em serviço de emergência ortopédica.

CLASSIFICAÇÃO
Conceitualmente, reconhecem-se situações distintas para a instabilidade da articulação patelo femoral, sendo a luxação habitual do joelho aquela que ocorre toda vez que o joelho é fletido; a recidivante, a que ocorre ocasionalmente com frequência variável, caracterizada, portanto, por episódios isolados, frequentemente associada à história de trauma acompanhado de dor intensa e edema; a forma permanente, presente desde o nascimento, causada, portanto, por alterações congênitas, e situações de subluxação em qualquer dos casos.

TRATAMENTO
Devido à grande incapacidade que a instabilidade da articulação femoropatelar provoca no paciente, seja para o desenvolvimento da prática esportiva e mesmo em suas atividades diárias, o tratamento dessa patologia é motivo de grande interesse.

FISIOTERAPIA
A insuficiência do VMO levará ao arrastamento lateral da patela. O treinamento do VMO é importante para eliminar a disfunção patelo-femural. Entretanto, na literatura ainda há controvérsias sobre a ação muscular na estabilização patelar, enquanto alguns trabalhos sugerem haver desequilíbrios na amplitude da atividade elétrica dos músculos vasto medial oblíquo (VMO) e vasto lateral (VL), outros não observaram este fato. Ultimamente, tem sido dado especial interesse nos músculos estabilizadores do quadril, em especial os glúteos médio e mínimo e rotadores laterais, pois sua estabilidade preveniria o “tilt” lateral do joelho.

TRATAMENTO CIRÚRGICO
Este tem sido o tratamento de escolha para os pacientes que tiveram três ou mais episódios bem definidos de luxação femoropatelar, pois acredita-se que o afrouxamento das estruturas de contenção medial (da parte de dentro) do joelho façam com que a ação muscular seja insuficiente em segurar a patela em seu “trilho”.

Inúmeras técnicas já foram descritas no tratamento cirúrgico desta doença, mas, há 10 anos tem sido empregada a técnica de reconstrução do ligamento femoropatelar medial com excelente resultados. O enxerto utilizado pode ser tanto o tendão gracil, quanto o semi-tendíneo e a fixação do mesmo na patela pode ser feita com parafusos ou ancoras.

Fonte: Globo Esporte 

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Espondilolistese: o que é isso?


O que é a espondilolistese?

Espondilolistese é o deslizamento de uma vértebra sobre a vértebra de nível seguinte, no sentido anterior, posterior ou lateral, provocando um desalinhamento da coluna, o que geralmente ocasiona dor ou irritação de raiz nervosa, com seus sintomas correspondentes, tais como alterações da sensibilidade, formigamento, dormência, etc.

Segundo a etiologia, as espondilolisteses podem ser divididas em:

Displásica: malformação congênita que afeta a porção superior do sacro ou do arco da quinta vértebra lombar (L5).
Ístmica: quando afeta o istmo vertebral.
Degenerativa: quando ocasionada pelo processo degenerativo próprio do envelhecimento.
Traumática: ocasionada por um traumatismo que atinja a coluna vertebral.
Patológica: quando ocasionada por alguma patologia que atinja a coluna vertebral.
Quanto ao grau do deslizamento, ela costuma ser classificada em:

Grau I: de zero a 25%.
Grau II: de 25% a 50%.
Grau III: de 50% a 75%.
Grau IV: de 75% a 100%.
Grau V: ptose vertebral. Esse deslizamento é mais comum nos níveis mais baixos da coluna, que são os que suportam os maiores pesos (geralmente entre a quarta e quinta vértebras lombares - L4 e L5).

Quais são as causas da espondilolistese?

A espondilolitese ocorre com maior frequência nas 4a e 5a vértebras lombares (L4 e L5) e, principalmente, em pacientes que participam de atividades que aumentam o estresse nesta região, como ginastas, dançarinos e jogadores de futebol.

A forma degenerativa da espondilolistese ocorre em idosos na maioria das vezes e é provocada pelo desgaste das articulações entre as vértebras, o que faz parte do quadro geral de degeneração da coluna com a idade.

A espondilolistese ístmica corresponde a um defeito articular das vértebras, de natureza congênita ou ocasionada por lesões ocorridas na infância. Ela é a forma de espondilolistese mais frequente na infância e na adolescência.

As espondilolisteses traumáticas e patológicas podem ocorrer em qualquer momento da vida.

Quais são os sinais e os sintomas da espondilolistese?

Dependendo do seu tipo e grau a espondilolistese pode gerar dor lombar, dor irradiada, dor nas pernas ao caminhar, formigamento, encurtamento dos músculos posteriores das pernas, perda de força e coordenação dos movimentos, incapacidade de andar.

Como o médico diagnostica a espondilolistese?

O diagnóstico da espondilolistese deve começar por uma história clínica que leve em conta os sintomas do paciente e ser complementado pelas radiografias, pela tomografia computadorizada e/ou pela ressonância magnética da coluna vertebral.

Como o médico trata a espondilolistese?

O tratamento da espondilolistese inicialmente visa aliviar a dor e, em princípio, deve ser fisioterápico, utilizando técnicas de fisioterapia manual, mesas de tração e descompressão e exercícios de musculação. Esse tratamento visa melhorar a mobilidade músculo-articular, diminuir a compressão entre as vértebras, restituir o espaço para as raízes nervosas e fortalecer os músculos que sustentam a coluna vertebral.

As medicações analgésicas e até mesmo os bloqueios de ramo nervoso (em casos graves) podem ser utilizados. Alguns casos parecem beneficiar-se da acupuntura. Também a hidroterapia adequada, associada a outros tratamentos, pode ser usada com sucesso. Ela tem a vantagem de não produzir impacto para as articulações.

Somente se deve recorrer à cirurgia nos casos mais graves e/ou naqueles em que os tratamentos conservadores não funcionarem. A cirurgia tem o objetivo de descomprimir os nervos pinçados e fixar a vértebra deslizante. Para essa fixação usam-se parafusos de titânio.

Como evolui a espondilolistese?

A evolução da espondilolistese depende da sua natureza e de sua causa. Ela pode estabilizar-se no nível em que se encontra e não gerar sintomas, ser sintomática desde o início ou evoluir com dor e prejuízos funcionais.


Em casos em que haja dores e/ou repercussões funcionais significativas e resistentes aos tratamentos conservadores, impõe-se a cirurgia.

Fonte: Centralx