quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Tipos de Fibras Musculares



Os músculos contém uma combinação de diferentes tipos de fibras ; classificadas como fibras de contração rápida ou lenta.Existem três tipos diferentes de fibras musculares diferentes : Tipo I, Tipo IIA e Tipo IIB .

Cada tipo de fibra possui diferentes propriedades, e a maioria dos músculos esqueléticos contêm uma mistura de todos os três tipos de fibras, com proporção de um tipo maior do que as outras. Fibras do tipo I ou fibras musculares oxidativas de contração lenta, são encontradas em maiores quantidades em músculos posturais do corpo, como os músculos da parte supe-rior das costas e o sóleo .

As fibras são vermelhas devido ao alto conteúdo de mioglobina no músculo, possuem baixo tempo de contração e são adequadas para trabalho prolongado de baixa intensidade. Atletas que exigem alta resistência a fadiga geralmente tem uma quantidade mais alta de fibras de contração lenta .

Fibras de contração rápida (tipo II), são aquelas que se contraem rapidamente, e tem sua energia gerada do metabolismo anaeróbico . Essas fibras são ativadas durante a mudan-ça de ritmo e em atividades envolvendo paradas e partidas que dependem de movimentos poderosos a toda velocidade [4] .

HAMMIL et al, subdivide as fibras do tipo II em : fibras do tipo IIA,oxidativas–glicolíticas e fibras do tipo IIB, glicolíticas .

BRUNNSTROM, relatou que fibras do tipo II A corresponde a músculos vermelhos,conhecida  como fibras de contração rápida intermediária, porque pode sustentar atividades por longos períodos ou pode contrair-se com um disparo de força e então fadigam-se. Já a fibra branca, tipo IIB, proporciona rápida produção de força e fadiga-se rapidamente.

O terceiro tipo de fibra, o tipo IIB, é designado oxidativo rápido-glicolítico e é inter-mediário em características tais como número de mitocôndrias, tamanho, velocidade de contração e velocidade de fadiga.

As fibras de contração rápida levam apenas cerca de uma sétima parte do tempo necessário para as fibras de contração lenta alcançam uma tensão máxima, entretanto, em ambas as categorias existe ampla gama de tempo para ser alcançada uma tensão máxima.

Essa diferença de tempo para chegar a uma tensão máxima é atibuída às concentrações mais altas de miosina-ATPase nas fibras de contração rápida. Elas possuem também um maior diâmetro que as fibras de contração lenta, por causa dessas e de outras diferenças, em geral as fibras de contração rápida se fadigam mais rapidamente que as de contração lenta. Apesar de os músculos de contração rápida e lenta intactos gerarem aproximadamente a mesma quantidade de força isométrica máxima por área transversal de músculo, os indivíduos com alta porcentagem de fibras de contração rápida são capazes de gerar magnitudes mais altas de torque e de potência durante o movimento que aqueles com maior número de fibras de contração lenta.

Corredores de velocidade e saltadores, geralmente têm maiores concentrações de fibras de contração rápida, também são encontradas em altas concentrações nos músculos fásicos, como o gastrocnêmio . A maioria dos músculos, se não todos, contém os dois tipos de fibras, um exemplo é o vasto lateral que possui tipicamente metade de suas fibras rápidas e metades lentas.

Os músculos do tronco e dos membros humanos contêm várias proporções de fibras musculares de contração rápida e contração lenta em um músculo particular, variam de indivíduo para indivíduo.

É importante conhecer os tipos de fibras dos músculos, pois o tipo de fibra influi em como o músculo será treinado e desenvolvido, assim como quais técnicas serão mais ade-quadas para os indivíduos com tipos de fibras específica.

domingo, 23 de novembro de 2014

Um pouco da história da Fisioterapia



Napoleão Bonaparte acabou por contribuir indiretamente com o desenvolvimento dos primeiros serviços organizados de Fisioterapia no Brasil, ao invadir Portugal e fazer com que a família real portuguesa desembarcasse no país em 1808.

Com os monarcas, vieram os nobres e o que havia de recursos humanos de várias áreas para servir à elite portuguesa, de passagem por estas terras.

Dentre todas as contribuições do reinado, o surgimento das primeiras escolas de ensino médico destacam-se como a grandiosa obra dos portugueses no país, em particular os avanços obtidos na cidade do Rio de Janeiro.

No século XIX, os recursos fisioterápicos faziam parte da terapêutica médica, e assim há registros da criação, no período compreendido entre 1879 e 1883, do serviço de eletricidade médica, e também do serviço de hidroterapia no Rio de Janeiro, existente até os dias de hoje, sob denominação de "Casa das Duchas".

O médico Arthur Silva, em 1884, participa intensamente da criação do primeiro serviço de Fisioterapia da América do Sul, organizado enquanto tal, mais precisamente no Hospital de Misericórdia do Rio de Janeiro.

São Paulo não vai ficar atrás e o médico Raphael Penteado de Barros é fundador do departamento de eletricidade médica, no que hoje pode ser considerada a USP, nos idos de 1919.

Dez anos após, em 1929, o médico Waldo Rollim de Moraes coloca em funcionamento o serviço de Fisioterapia do Instituto do Radium Arnaldo Vieira de Carvalho.

Na década de 30, Rio Janeiro e São Paulo possuíam serviços de Fisioterapia idealizados por médicos que tomavam para si a terapêutica de forma integral, experimentando recursos físicos que outros médicos, à época, não ousavam buscar para minimizar as seqüelas de seus pacientes.

Esses médicos eram distintos dos outros por estarem preocupados não apenas com a estabilidade clínica de seu paciente, mas com sua recuperação física para que pudessem voltar a viver em sociedade, com iguais ou parecidas funções anteriores ao agravo da saúde.

Essa visão ampla de compromisso com o paciente, engajando-se num tratamento mais eficaz que promovesse sua reabilitação, uma vez que as incapacidades físicas por vezes excluíam-no socialmente, levou aqueles médicos a serem denominados médicos de reabilitação.

As faculdades de Medicina lhes eram úteis para embasar cientificamente sua prática médica, pelo acesso ao conhecimento adquirido pelos cientistas europeus sobre fisiologia humana e o emprego crescente dos recursos hídricos, elétricos e térmicos.

Através de trabalhos e apresentações de teses, criou-se uma cultura de atenção diferenciada às deficiências não apenas físicas, mas também mentais e sensoriais.

Esse foi um período valioso no sentido de tornar possível recuperar funções de seres humanos que, em período não muito distante, não tinham perspectiva de melhora das suas incapacidades.

2ª GUERRA MUNDIAL COMO FATOR DECISIVO DE DESENVOLVIMENTO

A 2ª Guerra Mundial tem como novidade o envolvimento direto do Brasil, com o envio de pracinhas para a frente de combate dos Aliados, diferentemente da 1ª Guerra.

Os reflexos dessa participação estão no desenvolvimento da Fisioterapia enquanto prática recuperadora das seqüelas físicas de guerra, com a modernização dos serviços de Fisioterapia no Rio de Janeiro e em São Paulo e criação de novos em outras capitais do país.

A modernização dos serviços, com o conseqüente aumento da oferta e da procura, vai levar a que os chamados médicos de reabilitação se preocupassem com a resolutividade dos tratamentos.

Com este objetivo, empenharam-se para que o ensino da Fisioterapia como recurso terapêutico, então restrito aos bancos escolares das faculdades médicas nos campos teórico e prático, deveria ser difundido entre os paramédicos, que eram os praticantes da arte indicada pelos doutores de então.

Assim, em 1951 é realizado em São Paulo, na USP, o primeiro curso no Brasil para a formação de técnicos em Fisioterapia, com duração de um ano em período integral, acessível a alunos com 2º grau completo e ministrado por médicos.

Homenageando o professor de física biológica da Faculdade de Medicina, que criou um serviço de eletrorradiologia na referida cadeira em 1919, o curso paramédico levou o nome de Raphael de Barros, formando os primeiros fisioterapistas (denominação da época).

Curiosamente, os cursos de Fisioterapia iniciam-se em São Paulo antes do Rio, apesar dos primeiros serviços terem se desenvolvido na antiga capital federal.

Só em 1952 é que a cátedra de Fisioterapia é retomada na Faculdade de Ciências Médicas do RJ e é criada, em 1954, a Associação Beneficente de Reabilitação (ABBR), que 2 anos depois ministra o curso de técnico em reabilitação.

Entidades como a Associação de Assistência à Criança Defeituosa (AACD), Lar Escola São Francisco e as Casas da Esperança surgem absorvendo esse novo conceito de assistência diferenciada, incorporando em seu meio os paramédicos dos novos cursos.

As primeiras turmas formam os que estarão nos consultórios e clínicas auxiliando os médicos, que prescreviam os exercícios com e sem carga, as massagens, o uso do calor, da luz, dos banhos e dos rudimentares recursos eletroterápicos disponíveis para a recuperação do paciente.

Afinal, o que representou a criação de um curso que formava técnicos no sentido mais restrito?

Diferentemente dos países da Europa (como na França, que em 1927 já possuía faculdade de Fisioterapia), no Brasil o ensino de Fisioterapia restringia-se a aprender a ligar e desligar aparelhos, reproduzir mecanicamente determinadas técnicas de massagem e exercícios, tudo sob prescrição.

Os primeiros profissionais eram auxiliares do médico, seus ajudantes de ordem; não possuíam os conhecimentos necessários para o diagnóstico, o funcionamento normal e patológico avaliação do corpo humano, nem os mecanismos de lesão e conduta terapêutica.

É curioso observar que, há pouco mais de 40 anos atrás, os primeiros profissionais não passavam de meros aplicadores de aparelhos, só dominavam a arte, não a ciência, e uma arte rudimentar, há anos-luz do que se pensa e se faz atualmente na forma de procedimentos fisioterapêuticos.

Podemos concluir que, para chegar ao status que chegou nos dias de hoje, a Fisioterapia teve que escalar muitos degraus.

A preocupação crescente com a qualidade do atendimento oferecido fez com que esses cursos paramédicos se ampliassem.

Em 1959, com a fundação do INAR (Instituto Nacional de Reabilitação), denominação influenciada pelo grupo norte-americano que veio a São Paulo, organizado pela seção latina da Organização Mundial de Saúde (OMS), o curso da USP foi ampliado para o período de 2 anos, embora não fosse ainda considerado de nível superior.

Quando o INAR transmuta-se para Instituto de Reabilitação (IR), em 1964, criam-se os cursos superiores de Fisioterapia e de Terapia Ocupacional.

No Rio de Janeiro, à mesma época, a ABBR, mais tarde SUAM, teria cumprido papel semelhante ao da USP em São Paulo.


Fonte: Ebah

quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Fisioterapia para a prevenção do infarto



Infarto agudo do miocárdio é o resultado final da interrupção do suprimento de sangue por obstrução (depósito de gordura) na artéria coronária do coração. Como conseqüência, o miocárdio (músculo do coração) entra em sofrimento, levando à morte dessa área cardíaca não-irrigada por sangue e oxigênio. Quanto maior o tempo da interrupção de irrigação sanguínea no miocárdio, maior será a extensão do seu comprometimento cardíaco. A formação desses depósitos de gordura sofre influência de vários fatores, podendo ser hereditário (predisposição genética) ou adquirido por meio de fatores de riscos como fumo, diabetes melito, hipertensão arterial sistêmica (HAS), dislipidemia, sedentarismo e obesidade.O infarto agudo do miocárdio é um evento patológico de elevados índices de morbidade e mortalidade, sendo considerada a principal causa de morte nos países industrializados.

Os sintomas mais comumente relatados são: dor no peito relatada como um peso, com intensidade variável, podendo irradiar para região cervical e/ou braço esquerdo. A dor é prolongada (30 min.) e não passa com repouso. Podem ainda ocorrer náuseas, vômitos, falta de ar, suor, palidez e fraqueza, podendo ser também assintomático (ausência de sintomas), comum em pacientes diabéticos.

Algumas pessoas relatam que sentiram desconforto em braços, pernas, costas e mandíbulas, além de síncopes (desmaios). Mediante esses sintomas, a pessoa deve procurar um pronto-socorro o mais rápido possível, para que sejam feitos exames complementares que identifiquem o grau e a extensão do infarto, tratando-o com mais eficiência e objetivando assim a recuperação e minimização das lesões cardíacas, com redução dos altos riscos de óbito.

A atividade física é um fator importante na prevenção primária e secundária do infarto agudo do miocárdio. Deve-se levar em conta que determinados exercícios físicos relacionados a fatores de riscos (tabagismo, obesidade, sedentarismo) e doenças (diabetes melito, hipertensão arterial, dislipidemias) diminuem a ocorrência do infarto agudo do miocárdio.

É necessário ressaltar a importância dos exames médicos e fisioterapêuticos em pacientes portadores de doenças com maior risco para ocorrência de um infarto do miocárdio e que se predispõem a iniciar o programa preventivo. Esses exames são de fundamental importância, pois o principal objetivo do programa preventivo é a atividade física regular que estará associada a dietas específicas. Os benefícios alcançados por meio do programa preventivo incluem a diminuição e controle da gordura no sangue, triglicérides (VLDL), LDL (colesterol ruim), obesidade; taxa de glicose sanguínea, hipertensão arterial e aumento do HDL (colesterol bom).

O programa aplicado pela fisioterapeuta (desenvolvido pelo American College of Sports Medicine), tem seu inicio a partir de condutas, como: mudança dos hábitos alimentares, abolição do tabagismo e estímulo de exercícios aeróbicos de moderada intensidade, por 30 minutos, todos os dias da semana. No caso da adoção deste Programa, a supervisão deverá ser diretamente realizada pelo fisioterapeuta para o controle dos sinais e sintomas e monitorização cardíaca e respiratória, seguido de acompanhamento médico periódico durante todas as fases do Programa.

Ainda sugiro que o indivíduo, na impossibilidade de freqüentar o programa específico de prevenção do infarto agudo do miocárdio, mas liberado para atividades físicas poderá praticar as seguintes atividades diariamente: caminhar durante 30 minutos, três vezes por semana, em superfície plana; pedalar em bicicleta fixa, sem resistência, por 30 minutos três vezes por semana; andar em esteiras na velocidade suave, sem inclinação, por 30 minutos três vezes por semana.

As atividades domésticas também entram na forma de exercício aeróbico como fortes aliadas na prevenção do infarto agudo do miocárdio, desde que não sejam empregadas com força física exagerada e não apresentem nenhuma contra-indicação médica e ou fisioterapêutica para o indivíduo. Alguns exemplos que poderão ser seguidos: lavar quintal, limpar as janelas, juntar folhas do jardim, varrer ou utilizar o aspirador de pó, lavar louça com troca do apoio entre o pé direito e esquerdo (use uma lista telefônica como apoio); passar roupas (seguindo as mesmas recomendações feitas para lavar a louça) e estender roupas no varal com elevação dos braços.

Outro bom início para a prevenção do infarto agudo do miocárdio, além das descritas acima, é deixar seu carro na garagem e caminhar, sempre que possível. Todas essas dicas são recomendadas, mas não se pode esquecer de associar hábitos alimentares saudáveis.

Fonte: Minha Vida

domingo, 16 de novembro de 2014

Salto alto: um perigo para a coluna das adolescentes



Elas vivem nas alturas. Mas pelo menos os pés deveriam ficar plantados no chão. Em vez disso, garotas cada vez mais jovens estão subindo no salto, e por períodos tão longos que já começam a sofrer os efeitos colaterais dessa forma, digamos vaidosa, de andar por aí. O flagrante foi da fisioterapeuta Patrícia Pezzan, professora da Pontifícia Universidade Católica de Poços de Caldas, em Minas Gerais.

Com o objetivo de analisar a influência do calçado na postura teen, a especialista acompanhou um grupo de 50 meninas entre 13 e 20 anos que se equilibram em saltos de 10 centímetros. “Nas clínicas de fisioterapia, notamos uma progressão de adolescentes com desvio e dores na coluna. Todas fãs de sapato alto. Como a queixa em mulheres adultas muitas vezes acontece devido à elevação do calcanhar, suspeitei da causa”, conta.

Para descobrir a resposta, Patrícia aplicou um questionário a 185 meninas. Descobriu que o modelo anabela é o preferido da moçada. “Cem por cento usavam esse apoio para ir ao shopping, cinema, balada e até à escola”, revela. Do time, 50 garotas foram consideradas usuárias crônicas do modelito porque desfi lavam com ele havia no mínimo um ano, três vezes na semana, durante quatro horas seguidas. Comparadas a outras 50 não adeptas do anabela, a blitz confirmou: o pisante tem feito as jovens curvar acentuadamente a região lombar, exagero que os especialistas chamam de hiperlordose. Elas também aproximam mais os joelhos entre si, deixando as pernas em formato de X.

Quando está no topo, a menina vira ainda mais o pé — para dentro, ao tocar no chão, e para fora, ao terminar a pisada. “Isso mói o joelho como um pilão porque a tíbia, osso da perna, roda para fora, mas o fêmur fica parado”, descreve o especialista em marcha Júlio Cerca Serrão, coordenador do Laboratório de Biomecânica da Universidade de São Paulo. “O esforço se propaga pelo quadril e a coluna se ressente com o tempo”, conclui.

A ortopedista paulista Cibele Réssio, uma das pioneiras a conferir as consequências desse símbolo de feminilidade, vai além na patrulha. “Não interessa se o salto é plataforma, anabela, quadrado ou agulha: a partir de 3 centímetros, ele já começa a causar alterações corporais. Se estamos falando de
adolescentes, elas vão antecipar essas deformidades e um problema que teriam aos 30, depois de muito sapato alto, terão logo aos 20”, calcula.

“Aos 13, 14 anos, ocorre o estirão de crescimento. As mudanças físicas são muito rápidas e a adolescente fica toda desajeitada porque ganha um novo corpo a cada dia praticamente. O salto complica esse aprendizado porque gera uma dificuldade a mais nessa adaptação”, explica Evandro de Souza Portes, diretor da região São Paulo da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia.

Antes de crucificar o salto, saiba que ele não é a único culpado pelo comprometimento da coluna. O estudo de Patrícia, que resultou em sua tese de mestrado recém-defendida na USP, foi apenas o primeiro passo. O próximo é verificar os outros fatores de preocupação. “A mochila pesada, o jeito de dormir, a posição em frente ao computador e o fato de que o sexo feminino possui uma maior inclinação da pelve são uma combinação explosiva”, define Serrão.

Se o desalinhamento postural já aconteceu e as dores chegaram, a fisioterapia pode corrigir a musculatura e aliviar o tormento. Mas, se a adolescente teve sorte e continua com a coluna no lugar, o jeito é prevenir, deixando o salto para eventos esporádicos. Para o dia a dia, um dos objetivos do pisante é não atrapalhar o movimento. Vamos repetir: não atrapalhar o movimento.

Caminhar é um ato complexo e sincronizado que envolve todo o aparelho locomotor. Ficar descalço seria o melhor jeito de facilitar a marcha. Mas, já que não combina com a vida moderna, é importante escolher o sapato mais adequado a tão nobre função. “O toque do calcanhar no solo provoca uma vibração intensa que é transferida pelos ossos, músculos e ligamentos e que se estende das pernas até a mandíbula”, explica Serrão. “Por isso, o solado não deve ser muito raso. Ele tem que amortecer o impacto”, ensina.

O ideal são solados de 2 a 3 centímetros acima do piso. E quer saber? Essa altura presta até um serviço para a circulação, como provou o cirurgião vascular João Potério Filho em seu artigo publicado na revista Angiology em 2004. “Ela induz uma contração da panturrilha que melhora o retorno de sangue para o coração e evita que a perna inche”, diz o especialista.

Cibele Réssio ainda recomenda: “A adolescente deve alternar salto com tênis, sapatilha de bico fi no com outra de fôrma quadrada. Tudo para não engessar a musculatura. E, em casa, para aliviar uma eventual dor, alongar a batata da perna. Basta levar as mãos até a ponta dos pés sem dobrar os joelhos”.

Fonte: Revista Saúde 

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Por que encolhemos quando ficamos velhos?



Efeito da gravidade
Nossa altura diminui até 2 mm ao longo do dia, devido à gravidade. Durante o sono, hormônios como o GH, do crescimento, recuperam essa perda. Mas, com o tempo, essa regeneração enfraquece. E a mulher encolhe mais porque tem menos testosterona, hormônio ligado à manutenção da massa muscular.

Os discos
São estruturas flexíveis de cartilagem fibrosa, que compõem 25% da coluna vertebral. Eles servem para, entre outras coisas, absorver impactos e diminuir o atrito entre as vértebras. Ao longo da vida, perdem líquido e se achatam.

Os ossos
Outro causador da diminuição da coluna vertebral é o desgaste das próprias vértebras. Com o tempo, a parte superior desses ossos sofre alteração na densidade. Ou seja, eles ficam mais moles. E a pessoa, mais baixa.

Pés chatos
Lá embaixo, os ossos que nos sustentam são curvados. Mas eles se achatam com o tempo, assim como os discos. Até mesmo quem tem pés chatos já na juventude sofre essas consequências na velhice, mesmo que em menor escala.

Músculos
Perdemos massa muscular com o avançar da idade, o que dificulta uma postura correta (especialmente no abdômen, que ajuda a deixar as costas retas). Isso ocorre porque há um declínio natural nos níveis de hormônios anabólicos, que produzem nutrientes para armazenar energia e gerar tecidos. Esse desequilíbrio faz com que outro tipo de hormônio, os catabólicos, passem a enfraquecer nossos tecidos. E, assim, ficamos corcundas.

Fonte: Super Interessante

domingo, 9 de novembro de 2014

Fumar pode causar dor nas costas



O cigarro é sempre citado como um dos fatores de risco para doenças respiratórias, do coração (como infarto) e câncer (principalmente os de boca e os de pulmão). No entanto, dificilmente é relacionado com o aparecimento de dores nas costas.

Mas saiba que fumar acelera o aparecimento da hérnia de disco, um desgaste da estrutura da coluna existente entre as vértebras, semelhante a um amortecedor.

A fumaça do cigarro diminui a circulação sanguínea nos platôs sob o disco, evitando que os nutrientes cheguem ao local. O disco resseca, se desgasta mais facilmente e racha, explica João Luiz Pinheiro Franco, neurocirurgião e revisor científico do jornal Spine, a publicação internacional de maior prestígio sobre a coluna.

O problema é progressivo, ou seja, quanto antes o indivíduo começar a fumar, maiores suas chances de desenvolver o problema. Os sintomas iniciais são dores nas costas e um leve inchaço no local, que pode progredir.

“A hérnia pode ser incapacitante se tiver alterações neurológicas associadas. Se houver alteração da condução do nervo para perna, pode ter erro de condução para estímulo de músculo, atrofia e perda de sensibilidade”, alerta Ricardo Nahas, ortopedista do Hospital Nove de Julho.

Fatores de risco

Além do cigarro, obesidade, sedentarismo e herança genética são as características que predispõem o indivíduo ao desenvolvimento da hérnia de disco.

O desgaste nas estruturas da coluna começa naturalmente a partir dos 35 anos. Quem não apresenta nenhum desses fatores dificilmente terá a doença ou suas possíveis complicações. Mas basta que alguém na família tenha histórico do problema, para o risco chegar a 30%. Associado a qualquer um dos fatores acima, esse índice sobe para 50%.

“A predisposição genética é um fator poderoso. A pessoa pode ser magra e saudável e mesmo assim desenvolver um quadro doloroso”, afirma Nahas.

O tipo de trabalho e a carga exercida sobre a coluna também precisam ser analisados. Pessoas que trabalham carregando peso ou em qualquer função que exija da coluna estão mais propensas a apresentar o desgaste.

Prevenção e correção

É difícil prevenir a hérnia de disco em pessoas com forte predisposição genética. No entanto, vale a pena adotar um estilo de vida mais saudável. Exercícios físicos regulares e controle do peso são duas medidas simples que podem ajudar a retardar o aparecimento da hérnia ou até mesmo evitá-la.

Se ela já se instalou, o processo não pode ser revertido, mas os sintomas – principalmente as dores – podem ser contornados. A primeira medida é a melhoria na qualidade de vida. Fisioterapia ou reeducação postural são ferramentas essenciais nesse caminho.

“São tratamentos simples, mas que combatem o processo inflamatório na coluna”, afirma Franco.

"O tratamento inicialmente é clínico com medicação analgésica, anti-inflamatório e fisioterapia. Nos casos de dor muito intensa podemos realizar bloqueios analgésicos perto das raízes nervosas. Nos casos em que há falha desse tratamento ou quando além da dor há uma diminuição de força ou alterações importantes de sensibilidade, realizamos o tratamento cirúrgico", avalia Luciano Miller, ortopedista da Clínica Colunar.

Dores persistentes na coluna ou na perna por mais de três meses, que não melhoraram com os tratamentos chamados conservadores (fisioterapia e atividades físicas), fazem desse paciente o candidato perfeito para uma intervenção.

“Quando os sintomas passam a prejudicar a qualidade de vida do paciente e os outros métodos falharam, então é indicado um procedimento”, conclui Nahas.

"A descompressão do nervo é realizada por microcirurgia com o uso de microscópio e pequenas incisões, ou por meio de endoscopia que, em alguns pacientes, é realizada apenas com sedação e anestesia local. Com isso o paciente pode ter alta hospitalar no mesmo dia do procedimento", explica Miller.

Fonte: Minha Saúde 

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

A fisioterapia no esporte


Qualidade de vida e atividade física sempre caminharam juntas. Atualmente, as pessoas estão investindo cada vez mais em saúde e qualidade de vida por meio de diferentes práticas esportivas, dentre as quais podemos destacar as corridas de rua.

Nos últimos anos, houve um aumento significativo no número de pessoas que passaram a correr, procurando combater os males de um cotidiano estressante e sedentário. Porém, esse aumento na prática esportiva sem controle levou à maior incidência de lesões, as chamadas esportivas, que podem levar essas pessoas ao afastamento de suas atividades cotidianas. Entre as lesões mais comuns, podemos destacar as cãibras, tendinites, lesões musculares, lombalgias e canelites.

Em meio a esse cenário, a Fisioterapia surge como uma grande aliada, atuando na prevenção e reabilitação dessas lesões, bem como, das diversas lesões e patologias que acometem o sistema músculo esquelético (Aparelho Locomotor).

Dentre as funções do Fisioterapeuta Esportivo que atua com atletas de corrida, podemos destacar o auxílio durante a fase de preparação, quando o Fisioterapeuta, trabalha em conjunto com o preparador físico e treinador do atleta, realizando trabalhos de avaliação e correções posturais, avaliações quanto ao tipo de pisada do atleta e dessa forma sugerir mudanças e indicação do calçado mais adequado. Pelo conhecimento de Anatomia, Biomecânica, Cinesioterapia e Propriocepção, serão realizados trabalhos preventivos de reequilíbrio muscular, a fim de reduzir os riscos de lesões e dores, além de também evitar problemas e dores durante o treinamento e a prova.

Durante o evento esportivo o Fisioterapeuta vai assistir o atleta no que for necessário, auxiliando durante sua fase de aquecimento, e após a corrida, realizando desaquecimento, terapias para relaxamento muscular, e se necessário, alguma técnica Fisioterapêutica para dar início ao tratamento caso o atleta venha sentir alguma dor ou sofrer algum tipo de lesão.

Dica: Sempre que for participar de um evento esportivo procure a ajuda de uma equipe multidisciplinar com Médicos, Fisioterapeutas e Educadores Físicos. Esses profissionais em conjunto passarão todas as dicas necessárias para você conseguir todos seus objetivos esportivos com total segurança.

Fonte: Minha Vida

domingo, 2 de novembro de 2014

Travesseiro x Sono: como evitar a noite mal dormida



Possíveis problemas e soluções

O travesseiro tem mais de uma década: travesseiros velhos são sinônimos de mais mofo e ácaros, que tiveram bastante tempo para se multiplicar. Quem é alérgico, tem coriza, coceiras nos olhos, sofre com espirros e tosses. Lavar o travesseiro é recomendado, no entanto, a peça deve ser substituída a cada ano.

 O travesseiro é muito alto: quem dorme de barriga para baixo ou de lado e o travesseiro é alto, o pescoço irá ficar dobrado para cima. Isso pode causar dores nos ombros, costas, pescoço e até cabeça. Apoiar a cabeça em muitos travesseiros também irá causar estes problemas. Por isso, escolha um modelo que permita que sua cabeça fique alinhada com a coluna.

O travesseiro pode ajudar você a roncar menos: dormir com a barriga para cima faz com que o palato entre em atrito com a parede da sua garganta, o que causa o barulho do ronco. Se existe esse problema, aposte em um travesseiro macio ou de corpo grande, para incentivar a posição de lado.

Travesseiro de plumas pode não ser a melhor opção: os travesseiros de plumas são mais luxuosos, mas se, assim que deita, o nariz pode começar a escorrer ou congestionar, então, pode ser  alérgia ao material. A solução para isso é simples: deixar as plumas de lado e observar se os sintomas da alergia desaparecem.

Travesseiro de espuma também tem desvantagens: a espuma é ótima para pessoas com alergias, mas podem intensificar o calor do corpo, fazendo com que você se sinta suado e desconfortável. Para driblar o problema, procure modelos com gel de refrigeração na parte superior, para evitar o  superaquecimento.

Procure um local especializado em colchões e travesseiros e peça a orientação de um profissional. Em caso de dúvidas, consulte um médico ortopedista ou um fisioterapeuta.

Fonte: Terra