A expressão facial é nosso principal meio de comunicação não
verbal. É como nos apresentamos ao mundo e como os outros distinguem nossas
emoções. Uma pessoa com paralisia da face fica desprovida de certas emoções e a
medida que começa a restabelecer sua mobilidade fisionômica, essas emoções
começam a ressurgir. ou mais conhecida como Paralisia de Bell, apresenta sinais
e sintomas dependentes do acometimento do VII par craniano. A compressão desta
estrutura, por uma inflamação sem procedência aparente, pode trazer consigo,
principalmente, a privação completa dos movimentos faciais ipsolateral à lesão.
Atualmente, esta paralisia acomete uma a cada cinco mil pessoas num ano.
Não há preferências por um certo grupo de pessoas, apenas
observa-se uma predileção por indivíduos entre 30 a 40 anos. Aproximadamente
oito horas após o momento que ocorre a inflamação, os sinais e sintomas começam
a ser evidenciados, o rosto desvia sua linha média, a boca não fecha
completamente e os olhos já não possuem a mesma força de oclusão.
Para antecipar a resolução do quadro a fisioterapia utiliza
de vários recursos e técnicas. A laserterapia de baixa intensidade tenta
controlar o quadro inflamatório nos primeiros dias de lesão. A mobilização passiva
através da massagem, associada a cinesioterapia e crioterapia, resulta em um
imenso ganho de força e tônus muscular. Nem só a hemiface comprometida deve
receber atendimento. Uma vez que o tônus ausenta-se, contralateralmente os
músculos estão recebendo uma menor resistência e tornam-se hipertônicos em
relação ao lado lesado. Para tanto, emprega-se o calor superficial que auxilia
no tratamento cinesioterapêutico e de massagem.
O tratamento poderá ser incrementado com a utilização da
técnica de facilitação neuromuscular proprioceptiva e orientações domiciliares.
O prognóstico é benéfico em 80% dos casos, onde em menos de oito semanas as
manifestação regridem.
Nos casos mais graves, onde a resolução não ocorre em pelo
menos dois meses, pode-se utilizar a eletroterapia como coadjuvante do
tratamento.
Fonte: Faça Fisioterapia
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