O Que são
Tendões são estruturas que continuam os músculos, fixando-se
nos ossos, produzindo movimento na sua contração. Os TENDÕES FLEXORES fletem,
fecham os dedos quando a mão está aberta. Dependendo do músculo e da função o tendão
é forte e grosso. Na mão, a medida que vão chegando a extremidade distal dos
dedos, tornam-se estruturas mais complexas, finas e delicadas.
No punho, para serem distribuídos para os dedos, os tendões
em número de dois para cada dedo longo e 1 para o polegar, nove no total,
passam dentro do túnel do carpo, juntamente com o nervo mediano. Esses tendões
são envoltos em um tecido especial que aumenta de volume em caso de
determinadas doenças ou uso e comprimem o nervo mediano provocando a SÍNDROME
DO TÚNEL DO CARPO.
São divididos em superficial e profundo. O superficial dobra
a articulação da primeira falange e o profundo a última falange.
O Que Causa
A causa mais comum de lesão são os traumas. Há
particularidade de tratamento nas lesões da Zona I, quando o tendão é solta do
osso e o dedo fica numa posição de hiper extensão e na Zona II, que foi chamada
no início da cirurgia da mão de “no man’s land” ou seja TERRA DE NINGUÉM. Hoje
se fala mesmo entre especialistas que a Zona II é a TERRA DE POUCOS, pois os
resultados de lesão nessa área são muito difíceis de obter.
Sinais e Sintomas
Impossibilidade de movimentos. Aqui uma particularidade.
Cada dedo longo tem dois tendões chamados Tendão Flexor Superficial e Profundo
- TFS e TFP. O tendão superficial TFS inserse-se - fixa-se no osso - na 2ª
falange, portanto só faz a flexão da falange média e o profundo TFP na 3ª e faz
a flexão das duas.
Diagnóstico
Impossibilidade de movimentos. Aqui uma particularidade.
Cada dedo longo tem dois tendões chamados Tendão Flexor Superficial e Profundo
- TFS e TFP. O tendão superficial TFS inserse-se - fixa-se no osso - na 2ª
falange, portanto só faz a flexão da falange média e o profundo TFP na 3ª e faz
a flexão das duas.
Tratamento
Zona I - Há uma disinserção - soltura - do tendão do osso.
Como a força de tração do músculo é grande, muitas vezes se encontra a parte
distal, que estava colada na 3ª falange na palma da mão. O tratamento consiste
em encontrar o tendão e refixá-lo ao osso com o uso de mini âncoras - mini
aparelhos metálicos que se fixam ao osso, que ancoram o tendão. Anteriormente
era feito um túnel ósseo ou uma fixação através da unha.Zona II - Existem dois
tendões que passam num sistema de túnel ósteo fibroso, apertado, reforçado por
polias denominadas A e C. Essas polias são importantes pois mantém o tendão
colado ao osso na flexão e devem ser respeitadas e reconstruídas caso lesadas.
Há discordância na literatura mundial se os dois tendões devem ser reparados ou
apenas o profundo, mais importante, uma vez que flexiona as duas articulações.
Sempre que possível os dois tendões devem reparados. Todos
os grupos de cirurgia da mão do mundo concordam que nessa zona deve haver uma
MOBILIZAÇÃO PRECOCE. Isso é conseguido através de dois métodos principais. O
método de Kleinert e o de Duran.
No método de Kleinert, o punho é colocado em flexão de 45º e
um sistema de tração é colocado em cada dedo lesionado, fletindo-o. O paciente
é orientado para desde o dia seguinte da cirurgia fazer a extensão ativa, ou
seja, abrir o dedo com sua própria força e o sistema de tração irá trazê-lo de
volta. Dessa maneira não haverá aderência dentro do túnel. Para p seu êxito é
necessário a cooperação do paciente. As complicações mais freqüentes nesse
método são as roturas da sutura realizada no tendão e a flexão da falange
distal em pacientes não cooperativos.
O método de Duran, o punho também é imobilizado em flexão, e
existe uma mobilização ativa assistida, ou seja, o fisioterapeuta guiará os
movimentos.
Nas outras zonas não existe problema em particular e o
tratamento consiste na TENORRAFIA.
Em qualquer Zona, quando existe uma lesão de nervo
associada, é uma fator de risco pois nesses casos não será possível usar nenhum
dos métodos citados e a fisioterapia só começará na 3ª semana, tempo necessário
para a cicatrização do nervo. ( Cada dedo tem dois nervos de passam ao lado dos
tendões, chamados nervos colaterais).
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