quinta-feira, 26 de março de 2015

Lesões nos tendões flexores



O Que são
Tendões são estruturas que continuam os músculos, fixando-se nos ossos, produzindo movimento na sua contração. Os TENDÕES FLEXORES fletem, fecham os dedos quando a mão está aberta. Dependendo do músculo e da função o tendão é forte e grosso. Na mão, a medida que vão chegando a extremidade distal dos dedos, tornam-se estruturas mais complexas, finas e delicadas.
No punho, para serem distribuídos para os dedos, os tendões em número de dois para cada dedo longo e 1 para o polegar, nove no total, passam dentro do túnel do carpo, juntamente com o nervo mediano. Esses tendões são envoltos em um tecido especial que aumenta de volume em caso de determinadas doenças ou uso e comprimem o nervo mediano provocando a SÍNDROME DO TÚNEL DO CARPO.
São divididos em superficial e profundo. O superficial dobra a articulação da primeira falange e o profundo a última falange.
O Que Causa
A causa mais comum de lesão são os traumas. Há particularidade de tratamento nas lesões da Zona I, quando o tendão é solta do osso e o dedo fica numa posição de hiper extensão e na Zona II, que foi chamada no início da cirurgia da mão de “no man’s land” ou seja TERRA DE NINGUÉM. Hoje se fala mesmo entre especialistas que a Zona II é a TERRA DE POUCOS, pois os resultados de lesão nessa área são muito difíceis de obter.
Sinais e Sintomas
Impossibilidade de movimentos. Aqui uma particularidade. Cada dedo longo tem dois tendões chamados Tendão Flexor Superficial e Profundo - TFS e TFP. O tendão superficial TFS inserse-se - fixa-se no osso - na 2ª falange, portanto só faz a flexão da falange média e o profundo TFP na 3ª e faz a flexão das duas.
Diagnóstico
Impossibilidade de movimentos. Aqui uma particularidade. Cada dedo longo tem dois tendões chamados Tendão Flexor Superficial e Profundo - TFS e TFP. O tendão superficial TFS inserse-se - fixa-se no osso - na 2ª falange, portanto só faz a flexão da falange média e o profundo TFP na 3ª e faz a flexão das duas.
Tratamento
Zona I - Há uma disinserção - soltura - do tendão do osso. Como a força de tração do músculo é grande, muitas vezes se encontra a parte distal, que estava colada na 3ª falange na palma da mão. O tratamento consiste em encontrar o tendão e refixá-lo ao osso com o uso de mini âncoras - mini aparelhos metálicos que se fixam ao osso, que ancoram o tendão. Anteriormente era feito um túnel ósseo ou uma fixação através da unha.Zona II - Existem dois tendões que passam num sistema de túnel ósteo fibroso, apertado, reforçado por polias denominadas A e C. Essas polias são importantes pois mantém o tendão colado ao osso na flexão e devem ser respeitadas e reconstruídas caso lesadas. Há discordância na literatura mundial se os dois tendões devem ser reparados ou apenas o profundo, mais importante, uma vez que flexiona as duas articulações.
Sempre que possível os dois tendões devem reparados. Todos os grupos de cirurgia da mão do mundo concordam que nessa zona deve haver uma MOBILIZAÇÃO PRECOCE. Isso é conseguido através de dois métodos principais. O método de Kleinert e o de Duran.
No método de Kleinert, o punho é colocado em flexão de 45º e um sistema de tração é colocado em cada dedo lesionado, fletindo-o. O paciente é orientado para desde o dia seguinte da cirurgia fazer a extensão ativa, ou seja, abrir o dedo com sua própria força e o sistema de tração irá trazê-lo de volta. Dessa maneira não haverá aderência dentro do túnel. Para p seu êxito é necessário a cooperação do paciente. As complicações mais freqüentes nesse método são as roturas da sutura realizada no tendão e a flexão da falange distal em pacientes não cooperativos.
O método de Duran, o punho também é imobilizado em flexão, e existe uma mobilização ativa assistida, ou seja, o fisioterapeuta guiará os movimentos.
Nas outras zonas não existe problema em particular e o tratamento consiste na TENORRAFIA.
Em qualquer Zona, quando existe uma lesão de nervo associada, é uma fator de risco pois nesses casos não será possível usar nenhum dos métodos citados e a fisioterapia só começará na 3ª semana, tempo necessário para a cicatrização do nervo. ( Cada dedo tem dois nervos de passam ao lado dos tendões, chamados nervos colaterais).

Fonte: Blog Fisio Brasil

Laser de Baixa Potência



A Fisioterapia, assim como várias especialidades médicas, vem mostrando nos últimos anos grandes resultados na utilização do laser como recurso terapêutico. Quando nos referimos à Fisioterapia, o Laser utilizado é o LBP (Laser de Baixa Potência).

A palavra laser é um acrônimo com origem na língua inglesa: Light Amplification by Stimulated Emission of Radiation (Amplificação de Luz por Emissão Estimulada de Radiação). É uma radiação eletromagnética não ionizante, diferente da luz fluorescente ou da lâmpada comum, promovendo efeitos a partir da interação da luz com o tecido, influenciando as respostas celulares tais como estimulação ou inibição de atividades bioquímicas, fisiológicas e proliferativas, além de ter efeito de biomodulação.

Por meio destes mecanismos, podemos obter respostas terapêuticas como efeitos analgésico, antiinflamatório, antiedematoso e cicatrizante. É importante salientar que todas as respostas citadas dependem do tipo de laser utilizado, do comprimento de onda e da dosimetria empregada, fatores que podem variar de acordo com o processo patológico.


Dessa forma, a utilização do laser de baixa potência em Fisioterapia apresenta várias indicações tais como: traumatismos, tendinites, mialgias, neurites, artrite reumatóide, artralgias, paralisia facial, feridas abertas, úlceras varicosas e dor orofacial, entre outras.

Síndrome do Ombro Doloroso



Essa síndrome causa dores e impotência funcional de graus variados. Isso quer dizer que ela atinge as estruturas que possibilitam o movimento do ombro, como tendões e músculos, articulações, ligamentos e bursas. Transtornos e afecções locais ou à distância de implicações etiopatogênicas também podem ser consequência dessa síndrome.

As dores no ombro podem ocorrer por dois motivos: causas indiretas ou por traumas, movimentos repetitivos, ocorrência neurológica (subluxação) e luxação após acidente vascular cerebral.

Na maioria dos casos (cerca de 80%), a síndrome do ombro doloroso é causada por bursites subdeltoidiana ou subacromial, com ou sem depósito calcário . Em outros casos, ocorre devido a miofibrosites e artrites do ombro, entre outros.

A bursite subdeltoiana ou subacromial é causada por: atividade excessiva; ruptura do supra-espinhoso, infra-espinhoso ou longa porção do bíceps; Hiperabdução prolongada; Luxação acrômio-clavicular; Irritação por osteófitos; Fratura do troquiter; Aderência (pacientes crônicos em leito); e Alterações (inflamações no manguito músculo tendinoso integrado).

os sintomas de dor de ombro são bastante variados.Porém, quando a dor é grave, é possível que ela irradie para áreas como pescoço, braço e cotovelo. A pessoa também pode sentir dificuldade em se vertir, fraqueza muscular, limitação dos movimentos de braço e mão e até interrupção do sono.

Quando o tratamento é feito por meio de fisioterapia, são utilizados recursos terapêuticos e terapias complementares, sempre em busca de restabelecer a função articular do ombro. Esses tratamentos proporcionam alívio dos sintomas ocasionados pela síndrome do ombro doloroso.

Fonte: Fisioterapia Manual

Síndrome do carpo



A síndrome do carpo ocorre pela compressão de um nervo, o nervo mediano, pelo aumento das estruturas que junto com o nervo mediano, passam por um canal estreito chamado Túnel do Carpo.

Quais as causas?

Várias são as causas de aumento das estruturas que passam pelo Túnel do Carpo. Algumas das causas que podem desencadear a doença são: trabalho  manual com movimentos repetidos, pessoas que não fazem trabalhos manuais, tem associação com alterações hormonais como menopausa e gravidez (geralmente desaparece ao fim da gravidez); fato que explica o porque de haver mais mulheres acometidas que homens. Outras doenças associadas são diabetes mellitus, artrite reumatóide, doenças da tireóide e causas desconhecidas.

Sinais e sintomas

Dor ou dormência a noite nas mãos, principalmente após uso intensivo destas durante o dia. A dor pode ser intensa a ponto de acordar o paciente. Ocorre diminuição da sensação dos dedos, com exceção do dedo mínimo e sensação de sudorese nas mãos. A dor pode ir para o braço e até o ombro. Atividades que promovem a flexão do punho por longo período podem aumentar a dor. Com a perda da sensação nos dedos, pode haver dificuldade de amarrar os sapatos e pegar objetos. Algumas pessoas podem apresentar até dificuldade de distinguir o quente do frio.

Caso os sintomas persistam por alguns dias, deve-se procurar um ortopedista para ser examinado, e podendo ser solicitado alguns exames, para confirmar o diagnóstico e indicar o tratamento. Quanto mais cedo for feito o diagnóstico e iniciado o tratamento, menores são as chances de precisar operar.

O tratamento conservador pode ser feito desde com antiinflamatórios e imobilização até injeção de corticóide. A maioria das pessoas responde ao tratamento conservador, sendo o tratamento cirúrgico para os casos refratários ao tratamento clínico.

Prevenção

Não existe medida preventiva concreta para a Síndrome do Túnel do Carpo, mas as pessoas devem se policiar a não realizar tarefas repetitivas de flexão do punho.

Conheça 11 causas comuns para a tontura



A terceira queixa mais comum em consultórios médicos do Brasil é a tontura. O sintoma só fica atrás de dor e febre. E, assim como os outros dois, a tontura pode ter uma série de razões ocultas — mais de 300 quadros clínicos podem levar a essa sensação. Portanto, é certo: quem ainda não teve, em algum momento da vida, terá sinais como falta de equilíbrio, sensação de possível queda ou de que a cabeça está girando.

Em geral, as causas estão relacionadas com o labirinto, uma estrutura localizada no ouvido interno que está relacionada à audição e equilíbrio. Quando ele é afetado por um dos fatores – que podem ser infecciosos, inflamatórios, neoplásicos (decorrentes de tumores), entre outros — a pessoa fica com a sensação de ter perdido o equilíbrio. O ideal é que um médico seja procurado assim que o sintoma aparecer. Segundo Fernando Ganança, otorrinolaringologista da Sociedade Brasileira de Otologia (SBO), mais de 90% das pessoas apresentam melhora parcial ou total depois de iniciar um tratamento.

Outra boa notícia é que raramente a tontura indica um problema neurológico mais sério, como um derrame, hemorragia cerebral ou esclerose múltipla.

Atenção -- Casos em que a tontura ocorrer após uma forte pancada na cabeça, vier acompanhada de febre alta, perda súbita de audição, dor no peito e visão turva devem seguir imediatamente para o serviço de emergência hospitalar. Enfraquecimento das pernas ou braços, fala embaralhada, perda de consciência e mal-estar acompanhado de náusea e vômito, além da presença de desequilíbrio intenso também fazem parte dos sinais que indicam a necessidade de procurar imediatamente um hospital. Abaixo, 11 causas comuns para a tontura:

Anemia
Quando o corpo não possui ferro suficiente para produzir hemoglobina — proteína que transporta oxigênio no sangue — a pessoa pode ter tontura, entre outros sintomas, se não houver tratamento.
Gripe
Pode obstruir a cavidade nasal. Com o nariz congestionado, outras áreas são afetadas e podem trazer consequências diretas ao labirinto, causando a tontura.
Enxaqueca
As dores de cabeça podem vir acompanhadas de náuseas e sensibilidade à luz. Em alguns casos, a enxaqueca pode vir junto com tontura.
Síndrome metabólica
Problemas como diabetes ou colesterol alto também podem causar tonturas. No caso do colesterol, por exemplo, há um engrossamento do sangue que prejudica a oxigenação do labirinto — fazendo com que o sintoma ocorra.
Transtornos de ansiedade
Sintomas como respiração ofegante, taquicardia e tontura podem ser sintomas de uma crise de ansiedade.
Distúrbios hormonais
A menopausa ou distúrbios na tireoide comprometem o labirinto. Nesse caso, a tontura pode não ser permanente, mas recorrente.
Distúrbios neurológicos
Entre 10 e 15% das tonturas tem origem neurológica, como por exemplo tumores que envolvam o próprio labirinto ou os nervos que saem dele, além de doenças degenerativas.
Lesões
Uma pancada forte na cabeça pode afetar o labirinto. Um trauma acústico também - por exemplo, se uma pessoa ficar próxima de uma caixa acústica potente poderá ter tontura. Outro tipo de lesão é o barotrauma, que é ligado a pressão no interior do corpo. O problema pode ocorrer ao decolar no avião ou durante um mergulho na água.
Medicamentos
Alguns medicamentos têm a tontura como efeito colateral. Por isso, é importante questionar o médico sobre as reações adversas dos remédios.
Distúrbios na visão
Problemas visuais, como distúrbios de refração (como miopia, hipermetropia, astigmatismo), e alterações na pressão intraocular podem dar a falsa sensação de movimento, causando tontura.
Doenças cardiovasculares
Arritmias, hipertensão e alterações dos vasos que levam o sangue para o ouvido, como é o caso da aterosclerose, alteram o fluxo de sangue que vai até o labirinto.

Fontes: Alfredo Salim Helito, clínico-geral do Hospital Sírio-Libanês; Ítalo Medeiros, chefe laboratório do Otorrinolaringologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo; Fernando Ganança, otorrinolaringologista da Sociedade Brasileira de Otologia (SBO) e chefe da disciplina de Otoneurologia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp)

Fonte: Veja

Esporão de calcâneo, você sabe o que é?



Um dos motivos mais frequentes para a procura ortopédica são as queixas de dores no calcanhar. Microtraumatismos no osso calcâneo podem levar à formação do esporão. As mesmas lesões que, normalmente, desencadeiam o surgimento da chamada fascite plantar, inflamação da fascia plantar – tecido que recobre a musculatura da sola do pé – também provocam o aparecimento do esporão de calcâneo. As mulheres são as mais suscetíveis ao problema.
O que é o esporão de calcâneo?

A planta do pé é composta por estruturas elásticas (músculo) e rígidas (fáscia) que aumentam, na prática, a eficiência do impulso e potencializam a força dos músculos flexores curtos dos dedos. O esporão de calcâneo é caracterizado por uma protuberância óssea na base do osso calcâneo (na sola do pé) ou ainda na região posterior do calcâneo, bem próximo à inserção do tendão de Aquiles.

Essa inflamação crônica da parte inferior do calcanhar afeta, não apenas, o osso calcâneo, mas também os tendões. E, caso a inflamação se estenda por um tempo prolongado, pode acabar levando à calcificação dos tecidos ao redor do osso do calcanhar, esse fenômeno é o que leva à formação dos esporões.
Causas do esporão de calcâneo

Situações variáveis que causem um estresse crônico à região do calcanhar podem provocar o surgimento de um esporão. Pessoas com a curvatura dos pés acentuada, que sofrem com o sobrepeso ou que trabalham em pé durante muito tempo têm forte tendência a apresentar o problema.

Outros fatores de risco para o surgimento do esporão de calcâneo são:

- Usar, excessivamente, salto alto ou calçados que sejam pouco apropriados para os pés. É o caso de sapatos muito apertados ou velhos;

- Praticar esportes com forte impacto nos pés. Dança e corrida, por exemplo;

- Alterar a marcha, como pisar com o pé torto.
Sintomas do esporão de calcâneo

Dificilmente o esporão causa um sinal aparente, como vermelhidão ou inflamação. O que caracteriza, de fato, o problema é a dor. Geralmente, a dor é pulsante na zona plantar do calcanhar. Mas atenção: nem toda dor nessa região é esporão e há casos em que o esporão de calcâneo não manifesta dor.
Tratamento para o esporão de calcâneo

Inicialmente, a inflamação pode ser controlada com repouso e gelo local. Mas nos casos em que há resistência, a melhor forma de tratamento é a fisioterapia que oferece exercícios e alongamentos bem específicos para os pés e as panturrilhas. A grande maioria dos pacientes responde muito bem ao tratamento com fisioterapia.
Como prevenir o esporão de calcâneo

- Controlar o excesso de peso do próprio corpo para reduzir o estresse provocado sobre os pés;

- Usar calçados adequados nas práticas esportivas e no dia-a-dia;

- Evitar permanecer de pé por longos períodos;

- Fortalecer, regularmente, a musculatura da planta do pé.

Fonte: Fisioterapia Manual

Fisioterapia no tratamento da asma



A fisioterapia mostrou-se bastante eficaz no tratamento da asma, doença inflamatória crônica que afeta as vias respiratórias, pois não tem nada mais incômodo do que ter uma má respiração, processo que tem como função levar o oxigênio aos tecidos e eliminar o gás carbônico.

O diafragma é o principal músculo da respiração. Para que a distribuição de ar em todas as áreas do pulmão aconteça, a musculatura do tórax superior deve estar relaxada.

É nesse momento que entra a fisioterapia respiratória, método que utiliza técnicas de relaxamento, alongamento e fortalecimento dos músculos do corpo, além de promover a reeducação do diafragma.

O objetivo do tratamento fisioterápico é melhorar o condicionamento físico do asmático, proporcionando uma readaptação gradativa aos esforços físicos e encorajando o paciente a participar de atividades físicas em geral. Só assim a pessoa asmática poderá, não apenas controlar sua doença, mas melhorar sua qualidade de vida.

Como o asmático apresenta um bloqueio inspiratório, com o passar dos anos, a respiração errada provoca um desiquilíbrio de toda a musculatura do tórax podendo ocasionar o surgimento de deformidades torácicas. Nesse caso surge o tipo peito de pombo, peito escavado, depressão submamária, tórax em tonel, entre outras. Em casos mais graves há alterações da coluna vertebral.

Já a Reeducação Postural Global (RPG) está sendo utilizada modernamente em conjunto com a fisioterapia respiratória. Tudo para reestruturar a postura e a respiração ao mesmo tempo.

Fonte: Mais Equilibrio

quarta-feira, 18 de março de 2015

Edema agudo de pulmão e fisioterapia



Síndrome clínica que caracteriza uma emergência médica, determinada pelo acúmulo anormal de fluidos no compartimento extravascular pulmonar, resultando em hipoxemia, aumento do trabalho respiratório, diminuição da complacência pulmonar e alteração da relação ventilação- perfusão.
Síndrome clínica que caracteriza uma emergência médica, determinada pelo acúmulo anormal de fluidos no compartimento extravascular pulmonar, resultando em hipoxemia, aumento do trabalho respiratório, diminuição da complacência pulmonar e alteração da relação ventilação- perfusão.

Causas:
As trocas gasosas no pulmão ocorrem entre os capilares pulmonares e os alveolos. No edema agudo de pulmão, ocorre um acumulo anormal de liquido nos pulmões, por um aumento da pressão sanguinea nesses capilares (hipertensão venocapilar pulmonar), acarretandoum desclocamento de liquido do sangue, p/ o intersticio, e depois p/ os alveolos pulmonares.
No edema agudo de pulmão o pcte se afoga c/ seu proprio sangue.
Um estreitamento da valvula mitral (estenose mitral), pode levar a uma congestão pulmonar e ao EAP no entanto, a causa mais comum do EAP é a disfunção do ventriculo esquerdo (insuficiencia ventricular esquerda), ou seja uma incapacidade desta câmara em bombear o sangue p/ fora do coração.
Essa disfunção ventricular pode ser causada pela doença arterial coronariana, em sua forma crônica ou aguda. A disfunção ventricular esquerda ainda pode ter outras causas como HAS, doenças das valvulas cardiacas, doenças dos musculos cardiacos, arritmias cardiacas e disturbios da condução eletrica do coração, entre outras doenças cardiacas.

Etiologia:

•Causas secundárias a cardiopatias:
•Isquemia miocárdica aguda
•Hipertensão arterial sistêmica
•Vavulopatia
•Miocardiopatia primária
•Cardiopatias congênitas
•Mixoma atrial

Causas não relacionadas a cardiopatias:

Lesão encefalica ou hemorragia intracraniana
SARA
Desnutrição severa
Após drenagem toracica
Após transplantes
Linfangite carcinomatosa
Linfangites fibrosantes
Fisiopatologia:

A disfunção cardíaca causa elevações na pressão venosa pulmonar, com conseqüente aumento da pressão hidrostática nos capilares pulmonares e da ultrafiltração do intravascular para o interstício pulmonar. O interstício dos septos interalveolares tem pressão hidrostática negativa, porém menos negativa que os espaços peribrônquicos, decorrente da drenagem linfática ativa destes últimos e pela ultra-estrutura do esqueleto pulmonar. As forças de tração que resultam da expansão pulmonar e da ventilação são aplicadas diretamente nos espaços peribrônquicos, e, a partir destes, distribuídas para os outros componentes da estrutura pulmonar. A resultante dessas forças leva ao fluxo unidirecional dos fluidos no interstício pulmonar dos septos interalveolares, onde é coletado o líquido ultrafiltrado dos capilares para os espaços peribrônquicos. É nos espaços peribrônqicos que esse líquido é captado pelo sistema linfático e devolvido para a circulação venosa sistêmica. O sistema linfático tem propriedades como o sistema valvar, que permite apenas o fluxo unidirecional. As paredes dos capilares são fixadas por meio de fibras colágenas nos septos interalveolares; assim, durante a inspiração, as paredes capilares são tracionadas em direções centrífugas, originando pressão negativa em seu interior. Por outro lado, durante a expiração, com o relaxamento das paredes capilares, a pressão em seu interior torna-se positiva por causa da retração elástica das paredes capilares e da contração dos periscitos capilares. Esse jogo de variação de pressões durante o ciclo respiratório aplicado a um sistema canalicular linfático valvado gera um fluxo em direção ao sistema venoso. Com esse mecanismo básico de drenagem de líquidos do terceiro espaço pulmonar, fica lógico que, quanto maior a freqüência respiratória e/ou a amplitude das inspirações, maior será a drenagem linfática. Além disso, no interstício pulmonar existem terminações nervosas com sensibilidade química (quimiorreceptores) e mecânica (mecanorreceptores e proprioceptores). Os mecanorreceptores (entre eles os receptores J ou justa-alveolares) são capazes de perceber o aumento da pressão hidrostática e/ou aumento do fluxo de líquidos. Esse estímulo é conduzido pelas suas eferências, que provocam aumento da descarga periódica do centro respiratório; isso resulta no aumento da freqüência respiratória, provocando drenagem linfática maior pelo mecanismo já descrito. Dessa maneira, forma-se o principal mecanismo de defesa pulmonar contra o aumento de ultrafiltração capilar pulmonar. Esse mecanismo permite o aumento do ultrafiltrado de 20 ml até 200 ml de água do interstício por hora sem acúmulo, ou seja, sem edema, às custas apenas da elevação da freqüência respiratória ou da amplitude desta. Nessa situação, o pulmão tolera aumento de pressão hidrostática capilar pulmonar de até 35 mmHg, sem existir congestão severa. Portanto, a taquipnéia pode ser a tradução da elevação da pressão hidrostática pulmonar associada ou não à sensação subjetiva de dispnéia, ainda sem alterações ao exame físico do paciente. Quando a ultrafiltração excede a drenagem de líquidos, os capilares linfáticos tornam-se completamente ingurgitados. O ultrafiltrado excedente, inicialmente, acumula-se no interstício do pulmão nas regiões peribrônquicas ;a seguir, ocorre acúmulo nos septos interalveolares ;e, por último, parcialmente totalmente , na luz alveolar.Quando esse processo se torna crônico ou a instalação do edema é gradual, existe a adaptação dos mecanorreceptores, podendo ocorrer edema pulmonar sem taquipnéia ou queixa de dispnéia marcante.O aumento da pressão hidrostática em capilares da parede brônquica também causa edema dessa parede, reduzindo sua luz. expressão clínica do edema agudo de pulmão se dá, portanto, por um desconforto respiratório com ou sem insuficiência resultante da soma de uma série de fatores:

— Inundação alveolar, com conseqüente redução da complacência pulmonar.

— O edema da parede dos brônquios, causado pelo aumento da pressão hidrostática vascular nestes, reduz a luz do órgão, aumentando sua resistência ao fluxo de ar. O edema de vias aéreas aumenta a reatividade da musculatura brônquica, podendo agravar a obstrução mecânica.

— A hipoxemia é causada pelo “shunt“ pulmonar ocasionado pelo líquido acumulado no interstício, com conseqüente aumento da barreira alveolocapilar, levando à maior dificuldade para a hematose. As áreas de colapso alveolar são regiões de “shunt” verdadeiro, onde existe passagem de sangue sem contato com a barreira alveolocapilar funcionante. A pressão parcial de oxigênio arterial baixa é capaz de estimular quimiorreceptores localizados na aorta e carótidas, aumentando a sensação de dispnéia e o tônus simpático.

— A intensa atividade muscular respiratória pode elevar o fluxo sanguíneo nessa musculatura, passando do nível normal de 4% a 5% para até 50% do débito cardíaco, desviando o oxigênio destinado para outros tecidos, como o do sistema nervoso central, podendo provocar variações no nível de consciência. A fadiga muscular, por causa de sua intensa atividade, leva, progressivamente, à hipoventilação com hipoxemia, à retenção de dióxido de carbono e à acidose respiratória, culminando com piora da função cardíaca e da congestão. Fechase, assim, um círculo vicioso, que, perpetuado, leva à morte

Sintomatologia:
•Ansiedade
•Agitação
•Sentado, com os membros pendentes
•Dispnéia
•Precordialgia
•Expectoração rósea espumosa, associada aos demais sintomas, em casos extremos

Exame físico:

•Palidez cutânea e sudorese fria
•Cianose de extremidades
•Uso da musculatura respiratória acessória
•Taquipnéia
•Estertores crepitantes audíveis em extensão variável do tórax
•Sibilância difusa
•Ausculta cardíaca prejudicada pela respiração ruidosa,
•Elevações pressóricas

Exames Complementares:

•ECG
•GASOMETRIA ARTERIAL
•RX TÓRAX
•ECOCARDIOGRAMA
•HEMOGRAMA, ELETRÓLITOS,ENZIMAS CARDÍACAS, UREÍA E CREATININA
•FUNÇÃO HEPÁTICA

Tratamento:

O tratamento do edema agudo de pulmão consiste de três etapas sobrepostas. Na primeira etapa, o objetivo é manter as funções respiratórias dentro de limites que permitam a manutenção da vida. Na segunda etapa, o objetivo é a redução da pressão hidrostática capilar pulmonar e a conseqüente redução do ultrafiltrado para o interstício pulmonar, de forma farmacológica ou não. Por último, na terceira etapa, o objetivo é tratar a causa ou eliminar o fator de descompensação da cardiopatia de base.O tratamento de suporte consiste, basicamente, em melhorar a oxigenação sanguínea e reduzir o trabalho respiratório do paciente. A oxigenação adequada do sangue tem por objetivo o transporte necessário de O2 aos tecidos, com conseqüente metabolismo aeróbico e produção eficaz de energia. Evita-se, dessa forma, a produção final de lactato pela via glicolítica anaeróbica. A oxigenação pode ser implementada pelo aumento da fração de inspiração de oxigênio por meio de cateteres de oxigênio (fração inspiratória de oxigênio ou FiO2 máxima = 40%), máscaras faciais (FiO2 máxima = 60%), máscaras de Venturi (FiO2 máxima = 50% ), máscaras de alto fluxo com reservatório e válvula unidirecional para o fluxo (FiO2 máxima = 98% a 100%) e, por último, máscara com suporte não-invasivo de ventilação, seja com pressão positiva contínua em vias aéreas (CPAP) ou com dois níveis de pressão, ambos com FiO máxima = 100%.A redução do trabalho respiratório é uma medida que evita a fadiga da musculatura da caixa torácica e a retenção de CO2 (e, conseqüentemente, a acidose respiratória), e reduz a ativi dade metabólica anaeróbia da musculatura. Esta última resulta da grande solicitação muscular somada a hipoxia hipoxêmica, causada pelo aumento do gradiente alvéolo-arterial proporcionado pelo edema pulmonar. A redução do trabalho inspiratório é feita com o auxílio pressórico inspiratório aplicado por ventilador mecânico, tendo como interface com o paciente intubação orotraqueal e máscara facial ou nasal.A redução de líquido do terceiro espaço pulmonar diminui o gradiente alvéolo-arterial, com conseqüente melhora da oxigenação. Provoca aumento da complacência pulmonar ao reduzir o número de alvéolos colabados, com desejável redução do trabalho respiratório. Esse objetivo é atingido reduzindo-se a pressão hidrostática de capilar pulmonar com posicionamento correto do paciente e uso de diuréticos, vasodilatadores ou inotrópicos.O paciente deve ser posicionado sentado e, sempre que possível, com os membros inferiores pendentes, reduzindo, assim, o retorno venoso e a pressão hidrostática capilar pulmonar. Monitorização contínua dos batimentos cardíacos, pressão não-invasiva automática, oximetria de pulso e obtenção de acesso venoso são medidas úteis e, portanto, recomendadas. Oxigênio deve ser oferecido com frações inspiratórias maiores que 60%, com o objetivo de manter a saturação periférica de oxigênio acima de 90%.A hipoxemia refratária, a acidemia por acidose respiratória progressiva, o rebaixamento do nível de consciência, bem como o aparecimento de sinais clínicos de fadiga da musculatura respiratória indicam a intubação orotraqueal com ventilação mecânica. Nos doentes com infarto agudo do miocárdio e desconforto respiratório moderado/importante, a intubação deve ser mais precoce, no sentido de reduzir o consumo de oxigênio do coração e permitir intervenção hemodinâmica de forma mais segura. A ventilação mecânica aplicada com intubação traqueal aumenta a sobrevida de pacientes com insuficiência e/ou desconforto respiratório grave. Por outro lado, pode causar complicações, como infecção pulmonar e barotrauma, além do aumento da permanência e da elevação dos custos hospitalares. O tratamento da insuficiência respiratória moderada e grave por meio da ventilação mecânica não-invasiva e da pressão positiva contínua em vias aéreas vem ganhando espaço recentemente.A pressão positiva contínua em vias aéreas reduz a necessidade de intubação traqueal em 30% a 35% dos casos.Proporciona melhora funcional respiratória precoce em resposta à medicação habitual; entretanto, não existe comprovação da redução de mortalidade com seu uso. Apesar de suas vantagens, como a fácil aplicabilidade, a redução do custo e as poucas complicações, as formas não-invasivas de aplicação de pressão em vias aéreas não isolam a via aérea, sendo, por isso, consideradas formas secundárias de suporte. A pressão positiva contínua em vias aéreas e a ventilação não-invasiva podem ser aplicadas por meio de máscara nasal ou de máscara facial.A pressão positiva intratorácica reduz o retorno venoso, reduzindo a pré-carga, e a pressão transmural em parede de ventrículo esquerdo, reduzindo a pós-carga . O apoio pressórico inspiratório reduz o consumo de oxigênio da musculatura respiratória, que, em condições basais, é de 5%, e passa a até 40% a 50% do débito cardíaco em condições de estresse, reduzindo, assim, o trabalho cardíaco.

Fonte: Fisio Diário

Nove dicas para prevenir problemas de coluna



Quem tem ou teve problemas de coluna sabe como é difícil lidar com a dor e o incômodo causado por ela. No entanto, para evitar e até aliviar as dores, o neurocirurgião, especialista em coluna, Eduardo Iunes dá algumas dicas, com base na pesquisa realizada pela Sociedade Norte-Americana de Coluna – “9 for Spine”.

1.   Exercite-se regularmente para melhorar a saúde e reduzir as chances de dor nas costas

Para se manter saudável, sua coluna precisa de um regime regular de alongamento, fortalecimento e exercícios de condicionamento aeróbico, tais como natação, yoga, musculação e caminhadas. “Sem exercício, os músculos podem ficar fracos e sem condicionamento, o que pode levar a dores nas costas e a lesões. Se você tiver dúvida sobre a prática esportiva mais apropriada para você, consulte um especialista, antes de iniciar a prática esportiva, visando encontrar os exercícios certos para ajudá-lo a permanecer saudável, sem estresse, forte e livre de dor nas costas”, orienta o neurocirurgião Eduardo Iunes.

2.   Não fume

Muitos especialistas em coluna relatam que os fumantes são mais propensos a sofrerem com dor nas costas do que os que não fumam. “Acredita-se que o fumo restringe o fluxo de sangue para os discos que amortecem as vértebras, reduz a absorção de cálcio e impede o crescimento de novos ossos. Muitos cirurgiões de coluna relutam em realizar certas cirurgias, como a fusão de coluna, em pacientes que fumam devido às possíveis  intercorrências no pós-operatório”, diz o médico.

3.   Mantenha um peso corporal saudável

O peso extra, particularmente quando concentrado na região abdominal, muda o centro de gravidade do corpo, deslocando-o para frente e realizando uma tensão desnecessária sobre os músculos das costas e dos tecidos circundantes. “Por outro lado, a magreza extrema, que também pode ser acompanhada por baixa massa óssea, também coloca o paciente em risco de desenvolver osteoporose. O ideal é contar com acompanhamento médico para determinar e manter o peso ideal durante a vida”, recomenda Eduardo Iunes.

4.   Mantenha os músculos das costas fortes

Músculos fracos e sem condicionamento no abdômen e nas costas não oferecem um apoio apropriado à coluna, podendo levar ao aparecimento de dor e ao risco de lesões. “É preciso buscar o fortalecimento da musculatura desta região do corpo, praticando exercícios, com orientação médica, que visem alongar e fortalecer as costas e os músculos abdominais, como yoga ou pilates”, diz o neurocirurgião.

5.   Observe as orientações de mecânica corporal quando você se levantar e se abaixar

“Se você deve levantar ou mover algo pesado, faça isto com segurança. Encontre um parceiro para compartilhar a carga. Em vez de puxar ou levantar um objeto pesado, empurre-o”, ensina o especialista em coluna.

6.   Verifique e altere a sua postura frequentemente ao usar seu laptop, smartphone ou tablet

Graças à tecnologia, sentir dores nas costas nunca foi tão fácil! O uso de tablets, smartphones e laptops todo o dia (e noite) pode causar dor no pescoço e tensão nas costas. “Estar conectado 24 horas por dia pode realmente adicionar estresse à vida, o que pode levar a dores nas costas. Se você deseja limitar a sua dor nas costas, limite também o uso da parafernália eletrônica. Se você precisa usar seus gadgets, mantenha uma postura neutra na coluna e observe se a tela está na altura dos olhos, sempre que possível. Assim que você completar 30 minutos de uso, levante-se, espreguice-se e faça uma pausa no uso dos eletrônicos, quebrando assim a atividade mecânica do corpo”, recomenda Eduardo Iunes.

7.   Reduza o estresse

Há uma forte ligação entre estresse e a dor na coluna. A resposta do organismo ao estresse pode ser dada pela tensão muscular nas costas, que pode causar espasmos dolorosos. “No manejo da dor crônica nas costas, é fundamental reduzir o estresse tanto quanto possível, mesmo que isso signifique desligar o smartphone após o trabalho, ir a um terapeuta, aprender técnicas de relaxamento ou praticar exercícios físicos mais regularmente. Gerenciar bem o estresse pode ajudar a prevenir que a dor nas costas ocorra”, ensina o médico.

8.   Mantenha os ossos fortes e saudáveis, tomando cálcio, vitamina D e praticando exercícios

Como a coluna tem 33 dos 206 ossos do nosso corpo, a saúde geral está ligada à saúde óssea. “Para reduzir a chance de sofrer com osteoporose, verifique com seu médico se você precisa tomar suplementos de cálcio e/ou vitamina D. Faça exercícios com regularidade. Caminhada, alongamento, yoga, pilates e musculação (sob orientação) desencadeiam um aumento da densidade óssea muito benéfica para prevenir dores na coluna”, informa Eduardo Iunes.

9.   Moderação! Se você não pratica exercícios físicos com frequência, nada de exagerar nas práticas esportivas no fim de semana

Se você trabalha duro de segunda a sexta, não declare "guerra" ao seu organismo, fazendo exercícios intensos ou todas as tarefas domésticas no fim de semana. “É provável que você acabe ficando doente na segunda por causa da tensão muscular dolorosa. A melhor aposta para se manter saudável e livre de dor na coluna é manter o mesmo ritmo, durante toda a semana, em suas tarefas e nos exercícios físicos. Um regime regular de alongamento,  musculação e exercícios aeróbicos de condicionamento são melhores para a coluna do que uma única explosão de exercício intenso no sábado”, alerta o neurocirurgião.

Fonte: Administradores

sábado, 14 de março de 2015

A estenose cervical e o prejuizo dos movimentos



A medula está localizada dentro da coluna vertebral, ocupando o chamado canal medular ou canal vertebral. É um caminho de duas vias - traz informações relevantes ao cérebro, entre elas sensações de dor, temperatura e posição do corpo no espaço (propriocepção), bem como leva estímulos para gerar movimento aos grupos musculares dos quatro membros. Esta região é bastante protegida por estruturas ósseas, ligamentos e músculos, pois é de vital importância manter os neurônios que compõem a medula íntegros durante toda a vida. Mas essa não é uma tarefa fácil e muitas vezes algumas destas estruturas protetoras se tornam vilões. Isso pode causar uma compressão da medula e criar um quadro conhecido como estenose do canal medular.

A  estenose cervical é a região de compressão da medula que apresenta os sintomas mais graves e com maior potencial de sequelas irreversíveis.

A estenose cervical traz em sua face mais severa a mielopatia cervical, que nada mais é que o nome científico para doença da medula cervical e que, segundo a literatura médica, é a causa mais comum de doença da coluna cervical em pacientes acima de 55 anos. Os sintomas geralmente têm início traiçoeiro e podem abrir o quadro com diminuição da destreza das mãos, traduzindo-se em mudança da letra cursiva, perda de firmeza das mãos, dificuldade de abotoar camisas e usar talheres ou copos.

A partir da instalação destes sintomas, a doença é considerada de caráter progressivo, com tendência à piora da função dos membros superiores e podendo também acometer os membros inferiores. Ela compromete a propriocepção, que inclui a capacidade de localizar as partes do corpo no espaço, e então o cérebro não recebe as informações necessárias para funções como sentir as sinuosidades do solo e promover todo equilíbrio muscular necessário para que a marcha ocorra normalmente. Há também, em casos mais graves, aumento descontrolado do tônus muscular, espasticidade e aumento patológico dos reflexos - o mais conhecido é o reflexo patelar de extensão do joelho, que somados ao restante do quadro podem limitar muito as atividades diárias destes pacientes.

O tratamento depende da sintomatologia. Em casos no qual o diagnóstico é um achado de exame, ou seja, o paciente não apresenta nenhum dos sintomas descritos acima, o médico está autorizado a observar este paciente, porém observar de perto, com consultas periódicas sem grande intervalo entre elas. No entanto, devido ao caráter progressivo e degradação do status funcional a tendência entre os cirurgiões da coluna vertebral é optar pelo tratamento cirúrgico o mais cedo possível após a abertura sintomática do quadro. As sequelas permanentes são diretamente proporcionais ao tempo de evolução e gravidade dos sintomas. No entanto, é muito importante diferenciar outras doenças que podem apresentar sintomas semelhantes ao da estenose cervical, como síndrome do túnel do carpo, neuropatia diabética e esclerose múltipla.

O tratamento é multidisciplinar. Além da descompressão cirúrgica da coluna cervical quando necessário, a cirurgia deverá ser associada ao tratamento com profissionais de áreas como  neurologia, fisioterapia e terapia ocupacional. Portanto, em caso de qualquer sintoma de alarme não hesite e procure seu médico o mais breve possível.

Fonte: Faça Fisioterapia

terça-feira, 10 de março de 2015

Paralisia Facial e a fisioterapia



A expressão facial é nosso principal meio de comunicação não verbal. É como nos apresentamos ao mundo e como os outros distinguem nossas emoções. Uma pessoa com paralisia da face fica desprovida de certas emoções e a medida que começa a restabelecer sua mobilidade fisionômica, essas emoções começam a ressurgir. ou mais conhecida como Paralisia de Bell, apresenta sinais e sintomas dependentes do acometimento do VII par craniano. A compressão desta estrutura, por uma inflamação sem procedência aparente, pode trazer consigo, principalmente, a privação completa dos movimentos faciais ipsolateral à lesão. Atualmente, esta paralisia acomete uma a cada cinco mil pessoas num ano.

Não há preferências por um certo grupo de pessoas, apenas observa-se uma predileção por indivíduos entre 30 a 40 anos. Aproximadamente oito horas após o momento que ocorre a inflamação, os sinais e sintomas começam a ser evidenciados, o rosto desvia sua linha média, a boca não fecha completamente e os olhos já não possuem a mesma força de oclusão.

Para antecipar a resolução do quadro a fisioterapia utiliza de vários recursos e técnicas. A laserterapia de baixa intensidade tenta controlar o quadro inflamatório nos primeiros dias de lesão. A mobilização passiva através da massagem, associada a cinesioterapia e crioterapia, resulta em um imenso ganho de força e tônus muscular. Nem só a hemiface comprometida deve receber atendimento. Uma vez que o tônus ausenta-se, contralateralmente os músculos estão recebendo uma menor resistência e tornam-se hipertônicos em relação ao lado lesado. Para tanto, emprega-se o calor superficial que auxilia no tratamento cinesioterapêutico e de massagem.

O tratamento poderá ser incrementado com a utilização da técnica de facilitação neuromuscular proprioceptiva e orientações domiciliares. O prognóstico é benéfico em 80% dos casos, onde em menos de oito semanas as manifestação regridem.


Nos casos mais graves, onde a resolução não ocorre em pelo menos dois meses, pode-se utilizar a eletroterapia como coadjuvante do tratamento.

domingo, 8 de março de 2015

Joelho de mulher é mais suscetível a lesões?



Estudos publicados nos últimos 20 anos mostram que as mulheres que praticam corrida de rua não apenas estão se lesionando, mas que isso acontece em taxas absurdamente maiores do que os homens. Para a corrida de rua, esta proporção de lesão no joelho extrapola o índice de um homem para sete mulheres lesionadas para a mesma intensidade e volume dos treinos.

Mas, por que isso ocorreria? Seria o uso do salto alto, força muscular reduzida? Anatomia? Por que o joelho da mulher é mais suscetível a lesões? Autores que estudam a mulher corredora afirmam que as atletas exibiriam um tempo de recrutamento de grupos musculares mais prolongado que os observados em homens e que isso poderia afetar a dinâmica de diversas articulações, principalmente do joelho.

De maneira mais didática, isso significa que, em uma aterrisagem do vôlei, por exemplo, o “comando” vindo do cérebro para que a musculatura se contraia de maneira adequada chega “atrasado” em alguns músculos, principalmente nos glúteos médio e mínimo no quadril (músculos estabilizadores da pelve) e no vasto medial (músculo interno da coxa). Isso faz com que o fémur “rode para dentro” e deixe a patela mais lateralizada e em contato reduzido das superfícies articulares.

Quanto menor a área de contato, maior a pressão e, consequentemente, maior a chance de lesão crónica de tecidos, em especial a cartilagem patelar. Nos últimos cinco anos, alguns autores provaram existir o valgo dinâmico através do exame chamado eletromiografia e da ressonância magnética dinâmica (em movimento). Ele postulam que o problema das mulheres corredoras é na verdade funcional e nao só anatómico, como se pensava 30 anos atrás.

Isso significa que a cada passo da corrida, a mulher estaria sujeita ao valgo dinâmico? Sim. A fase inicial da corrida é chamada de absorção de impacto, no qual a energia cinética do contato do pé ao solo é absorvida através da contração muscular e da flexão do joelho. Havendo o valgo dinâmico, existiria um micro-trauma de repetição que, a médio e longo prazo, desenvolveriam sintomas como a dor, desconforto e inchaço no joelho.

Condromalácea

A condromalácia patelar (também conhecida como síndrome da dor patelo-femoral, ou "joelho de corredor") consiste em uma doença degenerativa da cartilagem articular da superfície posterior da patela.

O termo vem do latim e significa, em sua essência, “amolecimento da cartilagem”. Muito comentada e estudada desde o início dos anos 90 com o advento da Ressonância Nuclear Magnetica como ferramenta diagnostica de lesões no joelho.

Dentre o rol de doenças do joelho da mulher corredora, esta estaria intimamente ligada ao valgo dinâmico e, infelizmente, tratada de maneira incorreta em muitos casos.

Acredita-se que a doença desenvolva-se a partir do contato excessivo da cartilagem da rótula que estaria lateralizada em relaçao ao seu “trilho”, a tróclea femoral. A distribuição desigual dos pontos de pressão causaria, em longo prazo, morte celular e desarranjo da matriz extra-celular, com consequentes sintomas de dor, creptação ou sensação semelhante a “areia” dentro do joelho, estalos e, às vezes, falseios. No início, a lesão dá-se por amolecimento da cartilagem. A seguir, podem haver ulcerações, fissuras, terminando com o desgaste de toda sua espessura, evoluindo,assim como qualquer lesão cartilaginosa, para a osteoartrose.

Os graus

Segundo a classificação descrita por Outerbridge (1961), existem 4 níveis de condromalácia patelar, de acordo com o estágio de deterioração da cartilagem.

1 - amolecimento da cartilagem e edemas. Este estagio é considerado como normal por quase todos os autores e estaria presente em quase toda a população acima de 20 anos de idade.

2 - fragmentação de cartilagem ou fissuras com diâmetro < 1,3cm de diâmetro

3 - fragmentação ou fissuras com diâmetro > 1,3cm

4 - erosão ou perda completa da cartilagem articular, com exposição do osso subcondral

O que se sente?

Os principais sintomas são: dor profunda no joelho, as vezes irradiada para a região posterior, desencadeada na corrida e, posteriormente, ao subir e descer escadas, ao levantar-se de uma cadeira, muitas vezes restringindo para atividades da vida diária.

Crepitação e estalos, muitas vezes audíveis sao comuns. Quando existe o acumulo de líquido dentro do joelho, conhecido popularmente como “água no joelho”, indica agravo da doença com uma complicação comum denominada sinovite, uma reação inflamatória da membrana sinovial que reveste o joelho.

Como se trata?

O tratamento fundamenta-se na detecção da presença valgo dinâmico e de desequlibrios musculares através do exame físico minucioso, com atenção especial para a musculatura do quadril feminino, observando-se a postura adotada no movimento de descida, detecção de pisada muito pronada pelo teste de baro-podometria e avaliação do equilíbrio muscular entre musculatura anterior da coxa (extensores do joelho) e posterior (flexores), através do teste de força ou avaliação isocinetica.

A reabilitação envolve recursos antiinflamatorios iniciais como o laser e o ultrassom, seguidos da ativação de grupos musculares enfraquecidos, muitas vezes com auxilio da eletroterapia (correntes russa ou australiana), seguida do fortalecimento e aumento do tempo de ativação de grupos musculares através dos treinos proprioceptivos e pliométricos.

Muitas vezes, o uso do salto alto deve ser reduzido por determinado período e pisadas muito pronadas ou muito supinadas também devem ser tratadas.

Tratamento

O tratamento cirúrgico da condromalácia patelar nunca deve ser a primeira opção no tratamento da doença e se reserva aos casos de quem não melhorara com a reabilitação
bem feita, com defeito cartilaginoso de graus 3 ou 4 e com encurtamento crônico da retinacula lateral (tecido que segura a patela na região externa).

Nestes casos, através da artroscopia do joelho pode se realizar a regularização da cartilagem lesada, retirada de corpos livres e a soltura da retinacula encurtada, procedimento chamado de “release lateral”. Terapias adjuvantes como a aplicação intra-articular de acido hialurônico no período pós-operatorio auxilia no tratamento e previne a recidiva de sintomas.


sexta-feira, 6 de março de 2015

Saiba tudo sobre Nervo Periférico

Um nervo periférico é um conjunto de fibras nervosas envolvidas por tecido conjuntivo. Cada fibra nervosa é revestida por uma camada de mielina, conhecida como bainha de mielina, produzida pelas células de Schwann. Centenas a milhares de fibras nervosas formam um nervo periférico1.
O tecido conjuntivo que reveste o nervo é conhecido como epineuro. Dentro do epineuro, as fibras nervosas estão agrupadas em feixes que são revestidos pelo perineuro. Finalmente, cada fibra nervosa é revestida pelo endoneuro1.
Dentro de cada nervo podem existir apenas fibras motoras, apenas fibras sensoriais ou ambas. O corpo celular dos neurônios motores localiza-se no corno anterior da medula e o corpo celular dos neurônios sensoriais localiza-se no gânglio da raiz dorsal. Dependendo do nervo lesado, sintomas motores, sensoriais ou mistos podem ocorrer1.
A estrutura do nervo se deve basicamente por:
a) Bainha: tecido fibroso que envolve todo o nervo e contém sua camada vasa nervorum.
b) Epineuro: tecido conjuntivo que envolve o nervo como um todo interiormente à bainha.
c) Perineuro: camada mesotelial fina e densa que envolve cada feixe de funículos nervosos.
d) Endoneuro: tecido conjuntivo que emoldura o interior do funículo nervoso; ele separa cada fibra nervosa.
e) Célula de Schwan com membrana basal.
f) Axônio: prolongamento fino, mais longo que os dendritos, cuja função é transmitir para outras células impulsos nervosos provenientes do corpo celular.



Fonte: Guyton, Arthur C.,Tratado de Fisiologia Médica
Classificação
Segundo Herbert Seddon (1943), as lesões nervosas são classificadas em três grupos, que indicam seu nível de gravidade: neuropraxia, axoniotmese e neurotmese1.

a) Neuropraxia é uma lesão onde ocorre alteração da bainha de mielina, sem perda da continuidade do nervo, não ocorrendo à degeneração deste, onde seu mecanismo de lesão pode ocorrer por contusão ou compressão.
b) Axoniotmese é mais grave que a neuropraxia, onde este já apresenta interrupções tanto na bainha de mielina quanto no axônio. Basicamente, ocorre a interrupção dos axônios, permanecendo intacto o tecido conectivo que o rodeia e, portanto, sem perda da continuidade no nervo. Clinicamente, existe uma perda completa da função nervosa, tanto motora como sensitiva.
c) Neurotmese caracteriza-se pela perda da continuidade anatômica do nervo produzida geralmente por secção ou arrancamento do nervo, sendo a mais frequente e a mais grave das lesões nervosas.



Fisiopatologia da lesão
A Neuropraxia resulta da compressão desde o axoplasma (citoplasma do axônio) ao axoruo distal, promovendo uma anóxia local dos axônios por compressão dos vasos sanguíneos. Ocorre um fenômeno de adelgaçamento da fibra nervosa com desmielinização focal (diminuição axoplasmática intensa e localizada). A condução nervosa se mantém preservada acima e abaixo do local de lesão, não ocorrendo Degeneração Walleriana (decomposição química da bainha de mielina em material lipídico e fragmentação das neurofibrilas).
Uma vez removido o processo compressivo, ocorre remielinização, reaparecendo a condução em dias ou semanas, com função nervosa condutiva normal.
Na neuropraxia as lesões traumáticas do nervo são mais leves. A alteração patológica presente é a desmielinização das fibras nervosas. Este fenômeno leva à perda da condutividade, mas sem qualquer degeneração de axônios. Clinicamente, pode haver paralisia matara completa na região do nervo atingida com perda de sensibilidade ou não.
Alterações histológicas após as lesões dos nervos periféricos
Os nervos periféricos podem se recuperar de três diferentes maneiras, dependendo do mecanismo da injúria:
Na desmielinização segmentar, a camada de mielina lesada se recompõe num processo chamado de remielinização. Esta é a forma mais rápida de recuperação, ocorrendo entre 2 e 12 semanas após a lesão1,5,11.
Nas lesões nervosas onde a continuidade dos axônios é interrompida, parcial ou totalmente, ocorre degeneração axonal distal à lesão, pois a comunicação com o corpo celular é interrompida. Isto inicia nos primeiros minutos após a lesão. Após as primeiras 24 horas, esta degeneração já é evidente e a destruição das bainhas de mielina se inicia. Após o terceiro dia inicia-se a quebra da bainha de mielina que se torna mais evidente a partir do quinto dia. Histologicamente, esse fenômeno é conhecido como câmaras de digestão de mielina1,5,11.
Após lesão axonal ter ocorrido, inicia-se o processo de regeneração do nervo. Esta regeneração se dará pelo menos após 3 semanas da lesão1,11.
Nas lesões axonais parciais ocorre um processo conhecido como brotamento axonal, onde axônios vizinhos intactos passam a inervar a área desnervada pela injúria. Este fenômeno demora de dois a seis meses para ocorrer1,5,11.
Após uma lesão completa de um nervo periférico, a regeneração das fibras proximais somente ocorre se houver preservação do corpo celular, presente no corno anterior da medula para os axônios motores e no gânglio da raiz dorsal para os axônios sensoriais. Esse processo ocorre numa velocidade de aproximadamente 1 mm por dia e pode levar até 18 meses para se completar1.
A regeneração da lesão da porção superior do plexo pode completar-se no prazo de 4 a 5 meses e entre 7 e 9 meses nas lesões da porção inferior do plexo1.
Etiologia
Existem várias causas que podem provocar lesões traumáticas nos nervos periféricos1,6:
- Incisão traumática (corte): A lesão do nervo pode ser parcial ou total e é provocada por instrumento
cortante.
- Compressão: Quando se associa a isquemia, tem sido uma das etiologias frequentes.
- Tração: Frequentes nas lesões do plexo braquial, Costuma ter o pior prognóstico.
- Lesão Química: Alguns ácidos.
- Lesão Térmica: Frio ou calor.

Sinais e sintomas de nervo lesad
A lesão nervosa aguda é caracterizada pela perda de sua função normal.
Isso depende do tipo de nervo lesado, motor ou sensorial, e do local da lesão.
O comprometimento da função muscular pode ser em forma de fraqueza ou paralisia. A deficiência sensorial pode apresentar-se como perda de sensações, sensações anormais (parestesia) ou dor. Alguns dos sintomas podem se desenvolver muito mais tarde após a lesão, enquanto outros sintomas podem se recuperar completamente em algumas horas1.
Diagnóstico
Do ponto de vista clínico, a história clínica é a que sugere o tipo de lesão produzida sobre um determinado nervo (tração, compressão / isquemia, etc.), embora seja necessário um cuidadoso e detalhado exame neurológico, o qual pode ajudar a localizar a lesão1,6.
Idealmente, quando não há implicações médico-legais no caso, opta-se pela realização do primeiro estudo eletrofisiológico após 3 a 4 semanas da lesão e repetição do estudo após 1 mês do estudo inicial1,6.
As explorações eletrofisiológicas podem indicar o nível e tipo de lesão nervosa, distinguir entre lesões nervosas e musculares e, sobretudo, seguir o processo de reinervação. Dentro das explorações eletrofisiológicas, a Eletromiografia procura estudar as variações da atividade elétrica das unidades motoras em repouso, durante a contração voluntária e em resposta a estimulação elétrica do nervo motor1.
A Eletromiografia (EMG) realiza-se colocando um elétrodo / agulha na massa muscular que se examina. O músculo normal, em estado de repouso, não produz atividade elétrica espontânea, a menos que o relaxamento seja insuficiente, porque as unidades motoras estão inativas. Como resposta a uma contração mínima, produzem-se potenciais de ação débil, bifásicos ou trifásicos1,6.
Estudos eletrofisiológicos seriados são importantes no seguimento dos pacientes com lesões parciais e naqueles com lesões totais reparados cirurgicamente. A EMG de agulha é muito mais útil que a condução nervosa nestas circunstâncias. Diminuição da quantidade de potenciais de desnervação ativa e surgimento dos potenciais de unidade motora polifásicos e de pequena amplitude (potenciais nascentes) indicam sinais de regeneração nervosa1,6.

Fonte: Faça Fisioterapia