A internação numa Unidade de Terapia Intensiva (UTI) pode
causar algumas debilidades motoras aos pacientes. “Eles apresentam maior
dependência funcional, ou seja, têm restrição de mobilidade, com dificuldade
para se movimentar, levando à
polioneuropatias, disfunção do sistema nervoso e muscular”, explica o
fisioterapeuta José Aires, da UTI do Hospital Santa Luzia, em Brasília.
“A UTI do Hospital é adaptada para a mobilização precoce do
paciente. Temos recursos que vão desde bicicletas adaptadas para os leitos dos
pacientes que não podem se levantar até aparelhos de eletroestimulação
muscular”, destaca José Aires. Ele acrescenta que a eletroestimulação é
direcionada aos músculos do paciente, garantindo o ganho de força e a prevenção
da atrofia muscular.
O fisioterapeuta enfatiza que o tratamento é iniciado nas
primeiras 48 horas de internação e que todo paciente deve realiza-lo. “Todo
paciente deve ser estimulado, mesmo os que estão sedados e com fraturas ósseas,
por exemplo. Para aqueles que não podem sair do leito, adaptamos as ações, como
é o caso do estímulo elétrico”, esclarece.
Terapia intensiva
A fisioterapia na UTI é responsável pelo tratamento de
mobilização precoce dos pacientes críticos. A terapia é personalizada e
composta por etapas, o que estimula o paciente a progredir gradualmente, de
acordo com os seus limites. “O primeiro passo é o fortalecimento muscular,
seguido da mobilização dos membros inferiores e superiores. Após essa fase, são
realizados testes de equilíbrio, para que a pessoa possa sentar, levantar e,
posteriormente, andar”, conclui o especialista José Aires.
Fonte: Blog Fisioterapia&Saúde
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