A arte de brincar é encontrada na criança quase como algo
inato, verdadeiramente espontâneo, absolutamente criativo. Ela manifesta-se na
maioria das vezes através das brincadeiras.
Estudos já comprovaram a importância do brincar para o
desenvolvimento sensório-motor e intelectual da criança, assim como sua
importância no processo de socialização, no desenvolvimento e aperfeiçoamento
da criatividade e auto-consciência. Tem também um importante papel na
formulação dos valores morais. Estudos afirmam que “(...) brincar é um dos
aspectos mais importantes na vida de uma criança e um dos instrumentos mais
eficazes para diminuir o estresse”.
Ao brincar a criança libera sua capacidade de criar e
reinventa o mundo, libera afetividade e através do mundo mágico do
“faz-de-conta” explora seus próprios limites e parte para uma aventura que
poderá levá-la ao encontro de si mesma.
A literatura tem registrado a superioridade da abordagem por
meio da dramatização quando comparada com a unicamente verbal. Através da
primeira, podemos nos comunicar com as crianças, informando-as de forma mais
compreensível o tratamento da Fisioterapia e prepará-las para enfrentar
situações novas.
A fisioterapia na área de pediatria tem como base a
avaliação, o planejamento e a execução do programa, as orientações e as
reavaliações periódicas. O início da fisioterapia geralmente ocorre por meio da
avaliação, buscando identificar as limitações, as dificuldades, as alterações,
as capacidades, os interesses e as necessidades de cada criança. A presença das
atividades lúdicas deve ocorrer de maneira intencional e planejada pelo
fisioterapeuta, durante os atendimentos. Fujisawa (2000) refere que a presença
do lúdico na fisioterapia caracteriza-se como uma atividade-meio, ou seja, um
recurso que tem como finalidade facilitar ou conduzir aos objetivos
estabelecidos. Embora para a criança a atividade lúdica possa ser considerada
como brincar, busca-se o alcance dos objetivos estabelecidos.
Estudos ressaltam que os brinquedos e os jogos são
componentes essenciais no atendimento de crianças e que a sua utilização de
maneira correta torna a fisioterapia eficaz.
Segundo Burns e Macdonald (1999), o brincar deve ser
utilizado ao máximo, em todos os procedimentos, como uma estratégia útil para
incentivar a participação da criança na realização das atividades desejadas na
fisioterapia.
Dessa forma, os jogos e as brincadeiras podem estar
presentes tanto na avaliação, quanto nos atendimentos de fisioterapia. Vale
destacar que quando as atividades lúdicas são dirigidas pelo adulto com o
objetivo de promover e potencializar a aprendizagem, surge a dimensão
educativa.
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