Pacientes que sofreram derrame têm 80% maior risco de
fraturar o quadril ou a região da coxa, segundo estudo apresentado esta semana
no Simpósio Europeu sobre Tecidos Calcificados. E os riscos seriam ainda
maiores para aqueles com mais de 70 anos de idade, que costumam apresentar
outros fatores de risco, como osteoporose.
Avaliando mais de 33 mil pessoas – 6,8 mil que já haviam
sofrido fratura no quadril –, os pesquisadores da Universidade de Utrecht, na
Holanda, descobriram que aqueles que haviam sofrido derrame tinham 79% maior
risco de fraturas. E o risco seria três maior nos primeiros três meses após o
derrame.
"Os resultados implicam que estratégias que visam
prevenir a fratura de quadril devem ser
começadas tão logo seja possível após um derrame", destaca o pesquisador
Frank de Vries, líder do estudo. Entre as estratégias, segundo o especialistas,
incluem-se a avaliação de outros fatores de risco de fraturas, a prevenção a
quedas e, se necessário, o uso de agentes protetores dos ossos.
Pacientes hospitalizados por mais de duas semanas por causa
de derrame e aqueles que tiveram acidente vascular cerebral hemorrágico também
apresentaram maiores riscos de fratura no estudo.
Os autores destacam que, embora o estudo seja observacional,
não considerando dados importantes como o tabagismo e o peso, ele é
representativo, pois inclui 6% da população holandesa inteira, sem excluir as
pessoas pelo status socioeconômico.
Fonte: European Symposium on Calcified Tissues. 25 de maio
de 2009.
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