quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Entorse de tornozelo



ANATOMIA E BIOMECÂNICA

Ossos:
O tornozelo é uma estrutura formada pela união de 3 ossos: tíbia, fíbula e tálus.

Partes Moles:
A estabilidade do tornozelo se dá através de ligamentos, que são: Ligamento, Colateral Medial - tem no maléolo tibial e inserção nos ossos navicular, tálus e calcâneo: são eles: tibiotalar anterior e posterior, tibiocalcâneio e tibionavicular, que juntos formam o forte ligamento deltóide.
Ligamento Colateral - tem origem no maléolo fibular e inserção nos ossos tálus e calcâneo; são eles: talofibular anterior e posterior e calcâneo fibular. Sindesmose Tibiofibular - tem origem na tíbia e inserção na fíbula: são eles: tibiofibular anterior e posterior e interósseos.

Articulações:
O tornozelo é formado por três articulações:
* Articulação Talocrural - formado pela extremidade inferior da tíbia e fíbula com o dorso do tálus.
* Articulação Subtalar - entre o tálus e calcâneo.
* Articulação tibiofibular - formada pela extremidade inferior da tíbia e da fíbula.

Cinesiologia:
Os movimentos envolvidos na articulação do tornozelo são:
* Flexão Plantar - movimento pelo qual a planta  do pé é voltada para o chão, músculos envolvidos neste movimento são: gastrocnêmio e sóleo, a amplitude de movimento é de 0 - 50º.
* Flexão Dorsal - movimento no qual o dorso do pé é voltado para a cabeça, músculos envolvidos neste movimento são: tibial anterior e extensor longo dos dedos, a amplitude de movimento é de 0 - 20º.
* Inversão - movimento no qual se vira a planta do pé para a perna, músculos envolvidos são: tibial anterior e posterior, a amplitude de movimento é de 0 - 45º.
* Eversão - movimento no qual se vira a planta do pé para a parte lateral da perna. Músculos envolvidos são: extensor longo dos dedos e fibular longo e curto, a amplitude de movimento é de 0 - 30º.

MECANISMO DE LESÃO
As lesões do tornozelo são causadas por uma súbita aplicação de força que exceda a resistência dos ligamentos, rodando o pé em inversão ou eversão.

LESÃO TRAUMÁTICA POR ENTORSE

Definição:
Entorse pode ser uma sobrecarga grave, estiramento ou laceração de tecidos moles como cápsula articular, ligamentos, tendões ou músculos. Porém esse termo é freqüentemente usado em referência especifica a lesão de um ligamento, recebendo graduação de entorse de grau 1, grau II e grau III.

Etiologia:
Após o trauma os ligamentos do tornozelo podem ser estirados ou rompidos, o tipo mais comum de entorse no tornozelo é provocado por uma sobrecarga em inversão e pode resultar em ruptura parcial ou total do ligamento talofibular anterior, provocando uma sobrecarga no tornozelo, tornando-o instável. Raramente componentes do ligamento deltóide são sobrecarregados, existe uma maior probabilidade de avulsão ou fratura do maléolo medial com uma sobrecarga em eversão.

Classificação:
As entorses de tornozelo são classificadas da seguinte maneira:
* Grau I - ligamento preservado, processo álgico ligamentar e edema local.
* Grau II - frouxidão ligamentar, dor intensa, edema difuso + hematoma.
* Grau III - ruptura ligamentar parcial ou total, provável fratura por avulsão, dor intensa, instabilidade, edema difuso e hematoma.

Cicatrização do Ligamento:
Os ligamentos tendo vascularização regular cicatrizam lentamente, sendo o reparo feito por tecido fibroso e colágeno. Os ligamentos com ruptura total devem ser saturados cirurgicamente.

Diagnóstico:
Nos entorses de tornozelo o diagnóstico é feito através de exames radiológicos, testes de instabilidades, artrografias e ultra-sonografias.

Objetivos de tratamento:
* Restaurar a amplitude de movimento
* Fortalecer os músculos do tornozelo
* Melhorar o equilíbrio e coordenação
* Diminuir dor e edema

Tratamento:
* Grau I - Crioterapia + compressão + elevação + fortalecimento muscular + propriocepção.
* Grau II - imobilização de 3 a 4 semanas. Após 20 dias faz-se: crioterapia + fortalecimento muscular + propriocepção.

* Grau III - cirúrgico.

domingo, 26 de outubro de 2014

Derrame x Fratura de Quadril


Pacientes que sofreram derrame têm 80% maior risco de fraturar o quadril ou a região da coxa, segundo estudo apresentado esta semana no Simpósio Europeu sobre Tecidos Calcificados. E os riscos seriam ainda maiores para aqueles com mais de 70 anos de idade, que costumam apresentar outros fatores de risco, como osteoporose.

Avaliando mais de 33 mil pessoas – 6,8 mil que já haviam sofrido fratura no quadril –, os pesquisadores da Universidade de Utrecht, na Holanda, descobriram que aqueles que haviam sofrido derrame tinham 79% maior risco de fraturas. E o risco seria três maior nos primeiros três meses após o derrame.

"Os resultados implicam que estratégias que visam prevenir  a fratura de quadril devem ser começadas tão logo seja possível após um derrame", destaca o pesquisador Frank de Vries, líder do estudo. Entre as estratégias, segundo o especialistas, incluem-se a avaliação de outros fatores de risco de fraturas, a prevenção a quedas e, se necessário, o uso de agentes protetores dos ossos.

Pacientes hospitalizados por mais de duas semanas por causa de derrame e aqueles que tiveram acidente vascular cerebral hemorrágico também apresentaram maiores riscos de fratura no estudo.

Os autores destacam que, embora o estudo seja observacional, não considerando dados importantes como o tabagismo e o peso, ele é representativo, pois inclui 6% da população holandesa inteira, sem excluir as pessoas pelo status socioeconômico.


Fonte: European Symposium on Calcified Tissues. 25 de maio de 2009.

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

A Importância da Fisioterapia Preventiva e de Reabilitação no Esporte



A fisioterapia é a ciência que trata e previne distúrbios na funcionalidade do organismo humano por meio de agentes naturais e terapêuticos. Na área esportiva, a fisioterapia vem ganhando espaço e credibilidade, em razão dos constantes estudos e investimentos feitos nesta área.

Antigamente, o principal uso da fisioterapia era voltado para a área de reabilitação, que consiste em tratar uma lesão instalada. Atualmente, o foco se volta cada vez mais para os trabalhos preventivos, que têm o objetivo de evitar atleta sofram lesões e, desta forma, melhorem seu desempenho e rendimento.

A fisioterapia de reabilitação consiste em restaurar os movimentos e funções comprometidas por uma doença ou acidente, diminuir processos inflamatórios, evitar dores, bem como realizar recuperação em fase pós operatória. O trabalho é realizado com ajuda de recursos terapêuticos como eletroterapia (aparelhos que utilizam eletricidade e que reduzem inflamações, dores e inchaços), termoterapia (utiliza calor), fototerapia (realizado com luz artificial), cinesioterapia (terapia feita a partir de movimentos corporais, como alongamento, por exemplo), mecanoterapia (aparelhos mecânicos que auxiliam a fortalecer, alongar e equilibrar musculatura), hidroterapia, massoterapia, crioterapia (gelo), entre outros.

Para realizar o trabalho de prevenção o fisioterapeuta tem que estar habilitado a avaliar o atleta e conhecer a fundo o esporte que o mesmo pratica. A partir daí, serão avaliados pontos principais e individuais que podem gerar uma lesão à curto, médio ou longo prazo.

Os pontos principais avaliados em um atleta de corrida são: postura, passada, tipo de pé e pisada, flexibilidade, equilíbrio de força e resistência muscular, tônus muscular e equilíbrio (ou propriocepção).

Após minuciosa avaliação, os fisioterapeutas procuram minimizar  os déficits individuais do atleta, aperfeiçoando qualidades existentes, para que seu corpo trabalhe da forma mais sincronizada possível.

Desta forma, além de diminuir eventuais riscos de lesão, o atleta pode até perceber um ganho de performance por isso!

Fonte: Running News 

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Problemas nos pés podem causar desalinhamento da coluna


Aquela dor na coluna no final do dia depois de uma longa caminhada pode ter origem em um dos membros mais importantes para a sustentação do corpo. O pé é responsável por manter o nosso equilíbrio e, quando é vítima de algum problema, pode se transformar em uma "avalanche" de outros, atingindo a coluna vertebral e todo organismo.

Entre os problemas, a fascite plantar, inflamação do tecido da sola do pé e que pode culminar na região do calcanhar. O estresse repetitivo, através da pisada, ocasiona diversas fissuras na região e a dor é o principal sintoma. Segundo o membro da Associação Brasileira de Cirurgia do Pé e Tornozelo, Renato Brufatto Machado, neste momento é comum a pessoa evitar o pé no chão, começando a caminhar de forma descompensada de um lado do corpo.

– Problemas nas articulações do fêmur e do joelho podem surgir, ocasionando o deslocamento da pélvis e, por consequência, causando desalinhamento da coluna e dor nas costas – comenta Brufatto.

O pé plano também está associado à dor nas costas. A alteração no arco plantar, que deixa o pé mais raso, ocasiona leve curvatura no tornozelo para dentro e uma distância aumentada entre os ossos dos calcanhares, os chamados calcâneos.

– Como não somos seres simétricos por natureza, a pessoa pode ter um membro um pouco mais curto do que o outro, o que causa um desnível pélvico no quadril e, em consequência, gera uma escoliose – explica o médico ortopedista do Laboratório do Pé.

A deformidade é o desvio da coluna para direita ou para esquerda, formando um "S" ou "C" e pode não apresentar sintomas. Suas consequências são desvio postural e dor.

Tratamento começa na saúde do pé

É comum que crianças tenham o pé plano, pois, na infância, as cartilagens da região ainda não estão formadas e o arco do pé encontra-se em desenvolvimento. A orientação de Brufatto é que, quanto antes a criança consultar um especialista, mais cedo ela pode prevenir problemas nos membros inferiores.

– Pacientes deveriam consultar um ortopedista ou um médico do pé já com um ano de idade, para identificar problemas que podem causar escolioses e outras deformidades mais tarde – comenta.

A prevenção está nos exames que podem identificar as complicações, como a baropodometria, que observa a força dos pés ao tocarem no solo e acusa as regiões de maior pressão plantar. O resultado desse exame possibilita a confecção de palmilhas ortopédicas sob medida que, tanto para crianças quanto para adultos, podem ajudar na redução dos sintomas e problemas que surgem por causa do pé plano ou cavo.

– O paciente precisa passar por uma avaliação ortopédica que analise também o tornozelo, o joelho e o desnível pélvico do quadril. Assim, o diagnóstico se torna mais preciso – afirma Brufatto.

Fonte: Zero Hora 

quinta-feira, 16 de outubro de 2014

Fisioterapia para mal de Parkinson


A fisioterapia para mal de Parkinson tem um papel importante no tratamento do indivíduo portador desta doença pois irá proporcionar uma melhora no seu estado físico geral, tendo como objetivo principal a restauração ou manutenção da função, incentivo à realização das atividades de vida diária de forma independente, dando assim mais qualidade de vida.

Objetivos da fisioterapia para mal de Parkinson

O fisioterapeuta deve atuar o mais precocemente possível através de um plano de tratamento, onde são destacados os seguintes objetivos:

Redução das limitações funcionais causadas pela rigidez, lentidão dos movimentos e alterações posturais;
Manutenção ou aumento das amplitudes de movimento prevenindo contraturas e deformidades;
Melhora do equilíbrio, marcha e coordenação;
Aumento da capacidade pulmonar e resistência física geral;
Prevenção de quedas;
Incentivo ao auto-cuidado.
Exercícios de fisioterapia para mal de parkinson

Os exercícios de fisioterapia para mal de parkinson devem ser prescritos após realização de uma avaliação globalizada do indivíduo, onde serão estabelecidas as metas a curto, médio e longo prazo. As condutas indicadas são as seguintes:          

Técnicas de relaxamento: devem ser realizadas num momento inicial para diminuir a rigidez, tremores e ansiedade, através de atividades rítmicas, envolvendo um balanceio lento e cuidadoso do tronco e membros. Pode-se usar também facilitação neuromuscular proprioceptiva, técnicas de bobath, terapia aquática Shiatsu e Yôga;
Alongamentos: devem ser feitos de preferência de forma ativa, pelo próprio indivíduo ou com ajuda do fisioterapeuta, visando sempre a manutenção das amplitudes articulares. Orienta-se alongamentos para os braços, tronco, cintura escapular/pélvica e pernas;
Exercícios ativos e de reforço muscular: devem ser realizados de preferência sentado ou de pé, através de movimentos dos braços e pernas, rotações do tronco, podendo ser utilizados bastões, elásticos, bolas e pesos leves;
Treino de equilíbrio e coordenação: é feito através atividades de sentar e levantar, rodar o tronco nas posições sentada e em pé, inclinação do corpo, exercícios com mudanças de direção e em várias velocidades, agarrar objetos e vestir-se;
Exercícios posturais: devem ser realizados sempre buscando a extensão do tronco e em frente ao espelho para que o indivíduo tenha mais consciência da postura correta;
Exercícios respiratórios: orienta-se a respiração em tempos com uso do bastão para os braços, uso da respiração através do diafragma e maior controle respiratório;
Exercícios de mímica facial: incentivo aos movimentos de abrir e fechar a boca, sorrir, franzir as sobrancelhas, fazer bico, abrir e fechar os olhos, soprar um canudo ou um apito e mastigar bastante os alimentos;
Treino de marcha: deve-se tentar corrigir e evitar a marcha arrastada através da realização de passadas maiores, aumento dos movimentos do tronco e braços. Pode-se fazer marcações no chão, andar sobre obstáculos, treinar o caminhar para frente, para trás e de lado;
Exercícios em grupo: ajudam a evitar a tristeza, isolamento e depressão, trazendo mais estímulo através do incentivo mútuo e bem-estar geral. Pode-se utilizar dança e música;
Hidroterapia: os exercícios na água são muito benéficos pois ajudam a reduzir a rigidez numa temperatura adequada, facilitando assim o movimento, a caminhada e trocas de postura;
Treino de transferência: numa fase mais avançada, deve-se orientar a forma correta para movimentar-se na cama, deitar e levantar, passar para a cadeira e ir ao banheiro.
É importante que toda a família esteja envolvida no tratamento do portador de Parkinson, para que as atividades também sejam encorajadas em casa, já que períodos prolongados de inatividade devem ser evitados. Também vale a pena lembrar que a fisioterapia será necessária por toda a vida, portanto quanto mais atrativas forem as sessões, maiores serão a dedicação e o interesse do paciente e, consequentemente, melhores serão os resultados obtidos.

Fonte: Tua Saúde 

segunda-feira, 13 de outubro de 2014

Por que as mãos ficam dormentes quando dormimos?


Em alguma ocasião você acordou pela manhã com uma sensação incômoda nas mãos, semelhante à cócegas? Uma sensação de dormência na região que aparece várias vezes durante a noite, que te obriga a acordar e se repete com frequência. Por que isso acontece? Existe alguma solução?

As câimbras ou o endurecimento das mãos podem ocorrer por fatores normais, como estarmos por muito tempo em uma má posição, que impede que o sangue circule com normalidade.

Mas, em outras ocasiões elas acontecem por algo que não tem relação com nossa posição. Uma sensação desagradável que, às vezes, aparece também em outras regiões do corpo, como nas pernas ou nos pés. Vejamos quais são as principais causas.

Causas para o adormecimento das mãos

Túnel metacarpiano
Essa é sem dúvidas a causa mais comum. Nossos três principais dedos, polegar, indicador e médio, tendem a ser os mais afetados pela conhecida síndrome do túnel do carpo (STC). Trata-se de um problema associado ao nervo médio, uma neuropatia periférica que exerce uma pressão em nosso pulso, fazendo com que sintamos grandes dores, dificultando a mobilidade, fazendo-nos perder a sensibilidade e provocando a conhecida sensação de adormecimento. E é a noite que sentimos mais esse efeito tão incômodo.

Trabalho exercido durante o dia
Em ocasiões exercemos uma sobrecarga em nossos pulsos. Trabalhos manuais como escrever muito, utilizar muito o teclado do computador, tesouras, ferramentas, coser… Podem fazer com que os nervos de nossa mão se sobrecarreguem. A flexão e a inflexão contínua dessa região do corpo costuma carregar-se se a exercitamos de uma maneira intensa, e a dor aparece especialmente à noite, quando já não exercemos nenhum movimento e os nervos e tendões descarregam com mais intensidade sua pressão.

Retenção de líquidos
Estar alguns quilos acima do peso, praticar pouco exercício físico ou seguir uma dieta inadequada pode fazer com que, não apenas os pés se inchem, mas também as mãos, devido a uma retenção exagerada de líquidos. A sensação de formigamento é sempre mais intensa a noite, a circulação sofre os efeitos, exerce pressão e aparece esse característico incômodo.

Deficiência de vitaminas B
Muitas vezes, manter uma alimentação deficiente e incorreta faz com que não tenhamos o teor suficiente de vitaminas B. Essa falta traz consequências que em ocasiões não damos a devida importância. As associamos a outras coisas, ao cansaço do trabalho ou do dia, à sonolência, a palidez da pele, a sensação de taquicardias e ao entorpecimento das mãos e das pernas, é muito característico nesses casos. As mãos e as pernas adormecem a noite, e esse é outro fator a considerar.

Remédios para o adormecimento das mãos
Antes de dormir, tome uma colher de sopa de óleo de linhaça. De acordo com vários estudos, ele é um anti-inflamatório muito efetivo que atua especialmente nas extremidades, aliviando a sensação de dormência nas mãos.
Submerja as mãos na pia do banheiro com água fresca. Se adicionar cubos de gelo à água será mais efetivo, aliviará a pressão, a inflamação dos nervos e a dor. Faça-o antes de dormir e notará a melhora.
Elimine o consumo de sal e bebidas acidificantes de sua dieta. Esses produtos acentuam a inflamação e a sensação de dor, por isso é melhor abrir mão deles.
Mantenha seu corpo hidratado, beba pelo menos dois litros de água diariamente. Uma opção, por exemplo, é fazer uma bebida com alcachofras, que possuem efeito diurético e depurativo e ajudarão a combater e evitar a retenção de líquidos. Para prepará-la basta ferver duas alcachofras em um litro de água e filtrar o conteúdo. Depois misture a bebida ao suco de meio limão. Tomar entre refeições.
É importante incluir a vitamina B em sua dieta. Atum, batatas, banana e todos os vegetais de folhas verdes podem te ajudar a obter um teor adequado dessa vitamina imprescindível. Além disso, é possível encontrar em farmácias homeopáticas ou lojas de produtos naturais, comprimidos de vitamina B que podem complementar sua dieta.
Pessoas que realizam trabalhos manuais e são obrigadas a exercitarem essa região durante muitas horas podem fazer uso de um protetor de punhos. Ele exercerá uma pressão capaz de proteger os nervos e articulações, evitando as temidas sobrecargas.

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

Os estalos nas articulações



Quando percebe, você já começou o trec-trec. Os estalos são um hábito na rotina de muitas pessoas, que adoram ouvir os barulhos das esticadas e dos contorcionismos nos dedos e na coluna (há até quem adore estalar o pescoço). Porém, quando ele não causa dor, não há motivo para preocupação! É uma  reação natural do organismo a um estímulo.

O barulho que você escuta ao puxar os dedos, por exemplo, é resultado de uma diferença de pressão.O líquido que está de um dos lados da articulação para passa para o outro lado quando você estica ou pressiona alguma parte do corpo. É desta passagem que vem o barulho.

É por isso que, logo depois de um estalo, dificilmente você consegue repeti-lo com a mesma intensidade. É preciso esperar alguns minutos para que o líquido volte a se acumular, gerando a diferença de pressão novamente.

A cena repete-se no caso da coluna, formada por uma série de pequenas articulações. O movimento do fluido sinovial, contido nestas articulações, causa os estalidos que você escuta quando torce o tronco ou quando se estica para trás ou para frente.

E nem precisa se incomodar: os estalos não engrossam os dedos, como pensa muita gente. Essas articulações ficam mais grossas com a idade, independente se há ou não ressaltos.

Mas nem todos os estalos estão ligados às articulações. Alguns deles ocorrem nas chamadas fáscias (camadas mais profundas da musculatura). Quando é estimulada de forma abrupta, principalmente em pessoas sedentárias, a fáscia gera os estalos (porque, dentro dela, também há um líquido semelhante àquele contido nas articulações). A diferença aqui é que, normalmente, há dor neste tipo de ressalto. Ele acontece nos movimentos bruscos da escápula e dos ombros, por exemplo.

Nas situações em que há dor, é importante buscar ajuda de um ortopedista. Isso porque o especialista vai fazer mais do que aliviar o desconforto, ele consegue descobrir por que a dor apareceu e dar um jeito para que isso não ocorra novamente. Além de analgésico, geralmente receita-se uma compressa de gelo para aplicar no local.

Muito comum entre os adolescentes, os estalos também podem ser resultado do chamado estirão de crescimento: nessa situação, os músculos são menores do que deveriam e não acompanham o crescimento ósseo, daí as dores e os estalos. Se o adolescente estiver com sobrepeso, recomendamos uma dieta (assim as articulações deixam de ser tão forçadas) e também é necessário o acompanhamento de um fisioterapeuta para que ele estimule o alongamento muscular. Mas este alongamento tem de ser constante e aos poucos, para não haver lesões ou mais dores. Qualquer trabalho de hipertrofia também deve ser suspenso nesta fase ou aumentam as dores e o desequilíbrio.

Fonte: Faça Fisioterapia

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

A Fisioterapia na paralisia facial


Em Fisioterapia, não existem “receitas”, mas sim linhas de conduta a seguir, ou seja, o tratamento deve ser adequado a cada paciente, e ao estado em que se encontra, pois cada caso é um caso único e singular, e devido ás diferenças existentes entre os indivíduos (desde diferenças anatómicas, fisiológicas, biomecânicas, etc.) o mesmo tratamento pode não ter o mesmo resultado em pacientes diferentes. O tratamento deverá ser adaptado e personalizado em função do Deficit e da Colaboração do paciente. O Nervo Facial é um nervo misto sob a dependência de um sistema voluntário e automático-reflexo que pode levar muito tempo a recuperar. O tratamento pode durar de 15 dias a 3 semanas, nas Paralisias Faciais pouco severas, até 4 anos, nas formas mais graves (Neurinoma do VIII ou VII nervo Craniano). Nas crianças, os exercícios serão praticados sob a forma de jogos com indicações indispensáveis. Nos doentes que estão motivados é bastante importante educá-los, quanto aos recém-nascidos quem tem que ser educado, são os pais. O tratamento das Paralisias Faciais pode incluir:

Massagem
Electroterapia
Reeducação dos Músculos da Face
Método de Kabat
Estimulação com Gelo
Exercícios Faciais

Massagem: Pode fazer-se vários tipos de massagens, entre as quais: 

Drenagem Linfática 
- Se há Ptose da Pálpebra inferior com edema ou se há edema Pós-cirúrgico, um hematoma Pós-cicatricial ou traumático é necessário utilizar a drenagem linfática.

Massagem dos Pontos Centrais 
- Fazer uma massagem bastante suave começando pelo “ ponto central “ ao nível da Fronte (perto da raiz das sobrancelhas).
- Ao mesmo tempo massajar um ponto situado ± no terço anterior, linha mediana, do couro cabeludo (zona que apresenta um plano diferente, facilmente notado ao tacto).
Massajar bem estes pontos em fricções circulares, no sentido dos ponteiros de um relógio, e terminar com manobras de mobilizações do Couro Cabeludo. Ao nível da Face propriamente dita, as manobras devem ser muito leves. Ao nível da fronte, na junção do ângulo temporo-maxilar externo e ao nível do nariz fazer uma massagem em forma de “8”. 

Massagem Endobucal
- Esta massagem far-se-á muito suavemente e permitirá verificar as eventuais tetanizações que podem surgir nos músculos Grande Zigomático, Bucinador, Triangular e Cutâneo do Pescoço.

Se for este o caso, é necessário massajar fortemente estas hipertonias intrabucais e seguidamente estirar a bochecha progressivamente para baixo e para dentro, para o eixo de simetria, e mantê-la estirada durante alguns instantes, só depois relaxar a pressão manual progressivamente. Esta massagem pode ser executada pelo Fisioterapeuta e pelo doente, caso este faça reeducação em casa, assim sendo:

- O Fisioterapeuta deve introduzir o 2º dedo (indicador), protegido por uma luva, na cavidade bocal e massajar a bochecha. Enquanto isto, o polegar deve estar no exterior, procurando os pontos de inserções dos músculos, pontos estes que têm que ser muito bem massajados. É necessário ter em atenção a reacção do doente, visto esta massagem ser bastante dolorosa, por vezes. Após a massagem, deve estirar-se o músculo lentamente e manter o estiramento durante alguns segundos, relaxando progressivamente a pressão digital.

- O Doente deve introduzir o polegar, da mão aposta à hemiface afectada no interior da boca, colocando o dedo indicador e o médio (da mesma mão) no exterior da cavidade bocal. O interior da boca deve ser muito bem massajado com a ajuda dos três dedos. Posteriormente a este exercício, o doente deve estirar a bochecha, lenta e progressivamente, sem fazer deslizar os dedos e tentando controlar o movimento da pálpebra inferior, “proibindo-a” de descer. Para os músculos superiores, este estiramento deve ser feito obliquamente para baixo, para o lado não afectado. Se pelo contrário, o estiramento for para os músculos inferiores da face, deve ser feito obliquamente para cima, para o lado não afectado;

As vantagens da massagem neste tipo de tratamento são a redução do edema (drenagem linfática), o efeito que tem sobre a circulação (na fase flácida) e sobre a detenção muscular após massagem dos pontos dolorosos (fase de hipertonia). Electroterapia: A electroterapia só será útil na forma periférica das Paralisias Faciais e caso a estimulação manual não tenha dado resultado.

Correntes Galvânicas
Correntes Excito-Motoras progressivas de base exponencial

No entanto, este tipo de técnica de tratamento também está contra-indicada em situações como a estimulação de músculos desnervados por meio de impulsos de curta duração e de frequências tetanizantes. As principais vantagens da utilização de Electroterapia neste tipo de tratamentos são:

Diminuir o grau de atrofia muscular
Evitar a esclerose parcial do músculo
Manter a nutrição muscular e facilitar a eliminação dos exsudados, devido à sua influência trófica

Reeducação dos Músculos da Face: 
Esta Reeducação é Longa e Minuciosa, exigindo da parte do doente bastante concentração, uma aprendizagem constante e, por tudo isto, um controlo enorme em frente ao espelho. Este tipo de tratamento, deve ser quotidiano e feito 2 vezes por dia (de manhã e à tarde, caso seja possível), não devendo ter sessões de mais de 15 minutos (na fase inicial). Previamente à reeducação, a hemiface afectada deve ser aquecida, aplicando-lhe calores húmidos. A duração desta aplicação varia consoante a fase em que o doente se encontra, assim sendo, na Fase Flácida deve ser aplicado calor húmido apenas durante 10 minutos, enquanto que na Fase de Hipertonia não deve passar os 15 minutos. (é necessário ter em conta que o calor não deve abarcar a região do olho nem do ouvido) Os movimentos indicados ao doente neste tipo de tratamento, deverão ser executados lenta e progressivamente na amplitude indicada, como tal deve começar-se por um esboço, seguido de movimentos na amplitude incompleta e por fim, movimentos na amplitude completa. Estes exercícios não devem ser executados de forma forçada. Método de Kabat: Este método, também designado de Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva (P. N. F.), promove e acelera as respostas dos mecanismos neuromusculares através da Estimulação dos receptores. Facilitação: Em Biologia, significa aceleração ou promoção de um processo natural, na Reabilitação, visa a melhoria do movimento e em Fisiologia tenta elevar o estado central de excitação, diminuindo a resistência ao impulso nervoso nas sinapses. Este impulso prepara o axónio para o próximo estimulo, visando o aparecimento da acção do músculo. Todas as vezes que se fala em Facilitação (reabilitação), fala-se em inibição. Quando facilitamos, estamos a estimular, logo, aumentamos a estimulação, assim sendo, alcança-se a mudança da permeabilidade da membrana, ocorrendo a despolarização, caso o estímulo seja limiar. Neuromuscular: Este método utiliza sempre a unidade motora (motoneurónio mais as fibras musculares por ele enervadas) que trabalha em relação a ser “tudo ou nada”. Proprioceptiva: Usa a estimulação dos receptores proprioceptivos, embora utilize todos os outros receptores. De acordo com Adler, S.; Beckers, D; Buck, M; 1999 (defensores do método de Kabat) o principal objectivo deste método visa conseguir o movimento normal que depende das acções integradoras do sistema nervoso central, da morfologia, da cinesiologia, do aprendizado do desenvolvimento motor e da conduta motora. Os padrões utilizados neste tipo de tratamento, visam a utilização de valores positivos, como tal, trabalham-se as partes mais fortes, irradiando energia nervosa para as mais fracas(7). É ainda objectivo deste método, induzir ao doente a capacidade de usar as partes mais fortes, para que se obtenha a irradiação do impulso nervoso. Como processos básicos deste método, devem salientar-se:

Padrões de Movimento: Usa movimentos em massa, globais, que são executados nos três planos do espaço, feitos em diagonal e espiral. Cada sector do aparelho locomotor possui duas diagonais de movimento e cada diagonal tem dois padrões antagonistas entre si.

Estímulo e reflexo de estiramento: Fisiologicamente, são a mesma coisa. Na prática, o estímulo é o máximo de alongamento do músculo; é a posição do início de cada padrão, enquanto o reflexo de estiramento é a ultrapassagem rápida do limite dado ao estiramento.

Tracção – Aproximação – Contactos Manuais e Máxima Resistência: São utilizados para estimular os receptores da pele e daí a máxima resistência, que é variável de pessoa para pessoa, do tipo de contracção muscular (isotónica ou assimétrica) e do tipo de movimento. Tem como principal objectivo a irradiação do estímulo nervoso.

Comandos Verbais e Estímulos Visuais: Existe reflexos entre os Tubérculos Quadrigémeos Inferiores (visão) relacionados com o núcleo motor.

A Sequência dos Movimentos: Nas Paralisias Faciais, os estímulos devem ter início na porção superior da Face, mesmo que não seja esta a região mais afectada.

Estimulação com Gelo: Neste tipo de tratamento podemos obter dois efeitos: o efeito analgésico e o efeito estimulante. Se quisermos um efeito analgésico fazem-se movimentos circulares lentos sobre uma pequena área (ventre muscular, ponto doloroso), mas se quisermos um efeito estimulante (facilitar a actividade muscular) aplica-se o gelo de forma rápida e breve sobre o dermátomo da pele com a mesma enervação do músculo em questão. O uso excessivo do gelo é um risco pois pode provocar no paciente queimaduras por gelo, a aplicação nunca de passar dos 10 minutos.

Fonte: Site Paralisia Facial

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

A Fisioterapia na reabilitação de pacientes com câncer


Os problemas encontrados nos pacientes oncológicos são devidos a diversos fatores, pela evolução da doença e seu tratamento, todos esses fatores ficam ainda mais agravados. Efeitos provenientes da radioterapia, quimioterapia, hormonoterapia, síndrome do imobilismo e fraqueza geral, levam o paciente a dependência das atividades do cotidiano. Nesse sentido, a atuação da fisioterapia a ser considerada, é por meio do seu caráter preventivo. Antecipando possíveis complicações, implementando as medidas preventivas e aconselhando os pacientes e familiares para evitar sofrimentos desnecessários. “Essas complicações seriam úlceras de decúbito, infecções, dispnéia ou parada cardiorrespiratória. O benefício a ser buscado é preservar a vida e aliviar os sintomas, dando oportunidade para a independência funcional do paciente”, explica a fisioterapeuta Andreisa Marin, especializada em fisioterapia oncológica (respiratória e motora). Segundo ela, o fisioterapeuta oncológico deve estar apto para trabalhar com pacientes de todas as faixas etárias, bem como, com as sequelas próprias do tratamento oncológico atuando de forma preventiva. “A fisioterapia contribui efetivamente na retomada de atividades da via diária destes pacientes, direcionando-os a novos objetivos”, ressalta.

INDICAÇÕES
De acordo com Andreisa, as indicações para assistência fisioterapêutica são determinadas pelas disfunções causadas pelo tumor do paciente, assim como pelos tipos de tratamento adotados como a fisioterapia motora e respiratória para a reabilitação desses pacientes. “Preservar, manter, desenvolver e restaurar a integridade cinético-funcional de órgãos e sistemas do paciente, assim como prevenir distúrbios causados pelo tratamento oncológico estão entre os objetivos do tratamento”, enfatiza. Segundo a profissional, na fase pré-operatória, busca-se o preparo para o procedimento e redução de complicações. Já na fase pós-operatória, reabilita-se o paciente para as atividades da vida diária (minimizar o quadro álgico e melhorar a amplitude de movimento). “O fisioterapeuta otimiza que as sequelas físicas sejam mínimas objetivando dessa forma a reintegração no convívio social e até nos casos possíveis, a volta ao mercado de trabalho”, finaliza.