Os músculos contém uma combinação de diferentes tipos de
fibras ; classificadas como fibras de contração rápida ou lenta.Existem três
tipos diferentes de fibras musculares diferentes : Tipo I, Tipo IIA e Tipo IIB
.
Cada tipo de fibra possui diferentes propriedades, e a
maioria dos músculos esqueléticos contêm uma mistura de todos os três tipos de
fibras, com proporção de um tipo maior do que as outras. Fibras do tipo I ou
fibras musculares oxidativas de contração lenta, são encontradas em maiores
quantidades em músculos posturais do corpo, como os músculos da parte supe-rior
das costas e o sóleo .
As fibras são vermelhas devido ao alto conteúdo de
mioglobina no músculo, possuem baixo tempo de contração e são adequadas para
trabalho prolongado de baixa intensidade. Atletas que exigem alta resistência a
fadiga geralmente tem uma quantidade mais alta de fibras de contração lenta .
Fibras de contração rápida (tipo II), são aquelas que se
contraem rapidamente, e tem sua energia gerada do metabolismo anaeróbico .
Essas fibras são ativadas durante a mudan-ça de ritmo e em atividades
envolvendo paradas e partidas que dependem de movimentos poderosos a toda
velocidade [4] .
HAMMIL et al, subdivide as fibras do tipo II em : fibras do
tipo IIA,oxidativas–glicolíticas e fibras do tipo IIB, glicolíticas .
BRUNNSTROM, relatou que fibras do tipo II A corresponde a
músculos vermelhos,conhecida como fibras
de contração rápida intermediária, porque pode sustentar atividades por longos
períodos ou pode contrair-se com um disparo de força e então fadigam-se. Já a
fibra branca, tipo IIB, proporciona rápida produção de força e fadiga-se
rapidamente.
O terceiro tipo de fibra, o tipo IIB, é designado oxidativo
rápido-glicolítico e é inter-mediário em características tais como número de
mitocôndrias, tamanho, velocidade de contração e velocidade de fadiga.
As fibras de contração rápida levam apenas cerca de uma
sétima parte do tempo necessário para as fibras de contração lenta alcançam uma
tensão máxima, entretanto, em ambas as categorias existe ampla gama de tempo
para ser alcançada uma tensão máxima.
Essa diferença de tempo para chegar a uma tensão máxima é
atibuída às concentrações mais altas de miosina-ATPase nas fibras de contração
rápida. Elas possuem também um maior diâmetro que as fibras de contração lenta,
por causa dessas e de outras diferenças, em geral as fibras de contração rápida
se fadigam mais rapidamente que as de contração lenta. Apesar de os músculos de
contração rápida e lenta intactos gerarem aproximadamente a mesma quantidade de
força isométrica máxima por área transversal de músculo, os indivíduos com alta
porcentagem de fibras de contração rápida são capazes de gerar magnitudes mais
altas de torque e de potência durante o movimento que aqueles com maior número
de fibras de contração lenta.
Corredores de velocidade e saltadores, geralmente têm
maiores concentrações de fibras de contração rápida, também são encontradas em
altas concentrações nos músculos fásicos, como o gastrocnêmio . A maioria dos
músculos, se não todos, contém os dois tipos de fibras, um exemplo é o vasto
lateral que possui tipicamente metade de suas fibras rápidas e metades lentas.
Os músculos do tronco e dos membros humanos contêm várias
proporções de fibras musculares de contração rápida e contração lenta em um
músculo particular, variam de indivíduo para indivíduo.
É importante conhecer os tipos de fibras dos músculos, pois
o tipo de fibra influi em como o músculo será treinado e desenvolvido, assim
como quais técnicas serão mais ade-quadas para os indivíduos com tipos de
fibras específica.
Fonte: Faça Fisioterapia