segunda-feira, 30 de junho de 2014

Como a insônia pode afetar o seu corpo


Imunidade

Uma pesquisa brasileira provou que dormir regula as defesas do corpo: 32 homens foram divididos em três grupos: indivíduos totalmente privados de descanso, os que não atingiram o estado de sono profundo (REM ), e os que repousaram. Ao final, constatou-se que quanto mais tempo eles ficavam sem dormir, maior era a produção de neutrófilos, células que combatem infecções, o que indicaria uma inflamação em todo o organismo.

Coração

A privação de sono está associada ao estreitamento das camadas celulares da artéria carótida, estrutura que tem a missão de levar sangue para o cérebro. É o que mostrou uma pesquisa da Associação Americana do Coração, a qual avaliou 617 pessoas. Divulgada no jornal Stroke, ela mostrou que a alteração na artéria facilita o surgimento de um AVC e doenças cardiovasculares, como arritmia e infarto.

Aparelho digestivo

O consumo excessivo de café pode acarretar gastrite e até úlcera. Estudos japoneses* também apontaram uma relação direta entre os distúrbios do sono — categoria que abrange a dificuldade em adormecer — e a doença do refluxo gastroesofágico, que provoca queimação na região do esôfago.

Cérebro

Irritabilidade, sonolência, lapsos de memória e déficit de atenção são algumas das principais queixas dos notívagos. Pesquisas também comprovam que as capacidades cognitivas são reduzidas, assim como a produção de serotonina (neurotransmissor responsável pela sensação bem-estar). Isso facilitaria o desenvolvimento de um quadro de depressão.

Pâncreas

Sabe-se que o problema afeta o sistema nervoso simpático de tal modo que este inibe a produção do hormônio insulina pelo pâncreas. Uma vez que a substância é responsável por controlar a taxa de açúcar no sangue, o risco de desenvolver diabetes aumenta consideravelmente.

Sistema endócrino

Ficar sem dormir compromete a emissão do hormônio GH, responsável pelo crescimento. No caso dos adultos, a falta dessa substância causa redução do vigor físico, envelhecimento precoce e diminuição do tônus muscular. A produção de leptina é prejudicada. O déficit da substância está ligado ao aumento de peso e à obesidade”, diz o médico do Instituto de Medicina e Sono (SP).

Aparência facial

Um experimento realizado pelo Instituto Karolinska (Suécia) avaliou retratos de cinco mulheres. Parte das imagens foi registrada após uma noite de sono normal, enquanto que as demais fotografias foram tiradas depois de 31 horas de privação de sono. Dentre os sinais notados, estavam os olhos avermelhados e inchados, olheiras, palidez, rugas e marcas nos cantos da boca. Os analistas concluíram que as fotografadas pareciam mais tristes quando não repousaram.

Circulação sanguínea

De acordo com um artigo recente divulgado na revista Sleep, pessoas que dormem menos de cinco horas diárias têm 500 vezes — não, você não leu o número errado! — mais chance de se tornarem hipertensas. Lembrando que os portadores desse quadro são mais propensos a desenvolverem um acidente vascular cerebral (AVC).

Músculos

Além de sofrerem com as dores e fadiga causadas pela falta de repouso, eles passam a responder mais lentamente devido à redução do tônus muscular.

Fonte: Revista Saúde 

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Alzheimer e o tratamento fisioterápico


Entre as doenças que afetam o cérebro, o mal de Alzheimer é uma das mais cruéis. Ela se instala lentamente e mina a capacidade do indivíduo de se relacionar com o mundo exterior e consigo mesmo.

A doença de Alzheimer é uma doença neuropsiquiátrica progressiva do envelhecimento encontradas em adultos de meia-idade e, particularmente, em mais velhos, que afeta a substância cerebral e é caracterizada pela perda inexorável da função cognitiva, bem como distúrbios afetivos e comportamentais. A principal causa de demência em adultos com mais de 60 anos, o mal de Alzheimer, é responsável por alterações de comportamento, de memória e de pensamento.

A doença se caracteriza pela morte gradual de neurônios, as células nervosas do cérebro. As causas desse desastre são pouco conhecidas. Sabe-se que ele está relacionada a um acúmulo de duas proteínas, a beta-amilóide.

Doença de Alzheimer

A doença de Alzheimer caracteriza-se pela atrofia do córtex cerebral. O processo geralmente é difuso, mas pode ser mais grave nos lobos frontal, parietal e temporal. O grau de atrofia varia.

O envelhecimento normal do cérebro também se acompanha de atrofia, há uma superposição no grau de atrofia do cérebro de pacientes idosos com Alzheimer e pessoas da mesma idade afetadas pela doença. Ao exame microscópio, há perda tanto de neurônio como de neurópilo no córtex e, ocasionalmente, se observa uma desmielinização secundária na substância branca subcortical. Com o uso da morfometria quantitativa, a maior perda é a de grandes neurônios corticais.

Os achados mais característicos são placas senis e emaranhadas neurofibrilares argentofílicos. A placa senil é encontrada em todo o córtex e hipocampo e o número de placas por campo microscópio correlaciona-se com o grau de perda intelectual. Emaranhados neurofibrilares são estruturas fibrilares intracitoplasmáticas neuronais.

A degeneração e a perda neuronal são gerais, embora especialmente acentuadas nas células piramidais do hipocampo e células piramidais grandes no córtex associativo. A degeneração aparece cedo no núcleo basal de Meynert e mais tarde nos lócus coeruleos. A patologia inclui a presença de desarranjos neurofibrilares, placas neuríticas e degeneração granulovacuolar. Os desarranjos são massas intraneurofibrilares de filamentos citoplásticos.

Fisioterapia

Designa a habilitar o indivíduo comprometido funcionalmente, a novamente desempenhar suas AVDs, da melhor maneira e pelo menor tempo possível, com mais autonomia. Os principais aspectos da assistência são preventivos, elaborados para manter o indivíduo mais ativo e independente possível. No maior grau que for possível, a atividade deve ser encorajada para manter a força, ADM e estado de alerta.

Promover somente a ajuda que é absolutamente necessária, com os pacientes continuando a realizar sozinhos máximo de AVDs possível; o paciente precisa ser capaz de lembrar o comando, identificar o objeto (exemplo, escova de dente), e realizar a ação motora.

O processo de reabilitação também inclui a realização de modificações ambientais necessárias para segurança do paciente e de modo que esse possa viver em um ambiente o mais aberto possível. Quedas podem ser devido a riscos ambientais o mais (iluminação inadequada, pisos escorregadios, tapetes soltos, etc). Tais riscos devem ser evitados. Os ambientes devem manter um apresentação familiar (não mudar a disposição da mobília desnecessariamente) e barras presas na parede e corrimãos devem ser instalados nos locais necessários.

As técnicas de fisioterapia serão as mesmas que usamos nas pessoas de terceira idade que não apresentam demência, mas a maneira de aborda-las exige habilidade especial. O paciente pode não aparecer interessado em saber como a falta de flexibilidade articular, a fraqueza muscular ou o edema poderão afeta-lo; não tem condições de entender a relação que existe. O preparo antecipado dos planos de terapêutica  impede que o fisioterapeuta pareça indeciso. O preparo de explicações claras e simples darão melhores resultados. A instrução deverá ser repetida da mesma forma; o emprego das palavras diferentes poderá confundir o paciente. Não é aconselhável entrar em conversas desnecessárias, pois podem desnorteá-lo mais ainda.Lançar mãos de gestos e sinais físicos para esclarecer e reforçar as instruções exigentes.

São comuns as alterações de sensibilidade, por isso evitar atração, a eletroterapia e os equipamentos que exigem colaboração de participação subjetiva. O calor somente deve ser usado naqueles capazes de reconhecer e dizer quanto é demasiado quente.

O estabelecimento de metas realizáveis no tocante à mobilidade é muito útil. Mesmo as realizações mais modestas merecem ser recompensadas por parabéns e pelo interesse que o fisioterapeuta demonstra pela pessoa.

A meta de reabilitação precisa ser redefinida para assegurar que o paciente permaneça seguro, independente, e capaz de realizar atividades da vida diária e atividades instrumentais da vida pelo máximo de tempo que for razoável.

O processo de reabilitação pode começar enquanto o trabalho de diagnóstico está ainda sendo feito. Isso pode tornar a forma de treinamento básico em atividades da vida diária. Isso inclui o treinamento de atendentes para a assistência de paciente e a reabilitação de modificações ambientais necessárias para a segurança da pessoa confusa de modo que essa possa viver em um ambiente o mais aberto possível. Uma vez o diagnóstico tenha sido estabelecido, pode ser feito o planejamento cuidadoso para a assistência.

Nos estágios iniciais e médios da doença, a intervenção fisioterápica geralmente pode prolongar a habilidade de movimentar-se com facilidade.

É importante observar que inicialmente a intervenção fisioterápica pode ser potencialmente envolvida com a facilitação do planejamento motor e planejamento para compensação de perdas nas atividades de vida diária. A habilidade para andar é perdida mais tarde, e outros estudos relatam níveis comparáveis de comprometimento.

A intervenção fisioterápica para assistir o paciente e treinar os atendentes envolve a facilitação dos movimentos e planejamentos motor e o desenvolvimento ou refinamento de pistas ambientais e cognitivas para ajudar a realizar tarefas complexas.

O comprometimento cognitivo é o fator limitante. A análise ajuda o atendente a prover somente a ajuda que é absolutamente necessária, com os pacientes continuando a realizar sozinhos o máximo de AVDS possível; por exemplo, para escovar os dentes, o paciente precisa ser capaz de lembrar o comando, identificar a escova de dentes, e realizar a ação motora. O paciente pode somente precisar de ajuda de alguém que coloque a escova em sua mão e a guie lentamente para a boca para que seja capaz de escovar os dentes.

A primeira meta da reabilitação é criar um ambiente (emocional e físico) que dê suporte (trabalhar ativamente para compensar as perdas cognitivas específicas dos pacientes na medida em que forem ocorrendo gradualmente). A meta final é ajudar os pacientes a sentirem que eles são capazes, de modo que continuem a tentar fazer por si próprios as coisas que possam fazer com segurança, independentemente de permanecerem em sua casa ou estarem vivendo em uma instituição.

Em cada sessão os movimentos precisam ser equilibrados com períodos adequados de repouso para assegurar que o paciente não atingirá o ponto de fadiga e exaustão. São preferíveis freqüentes e breves períodos de atividade física.

O fisioterapeuta pode contribuir muito com a melhora da qualidade de vida do paciente e da família.

Objetivos da reabilitação fisioterápica:

- Diminuir a progressão e efeitos dos sintomas da doença,
- Evitar ou diminuir complicações e deformidades,
- Manter as capacidades funcionais do paciente (sistema cardiorrespiratório),
- Manter ou devolver a ADM funcional das articulações,
- Evitar contraturas e encurtamento musculares (imobilização no leito),
- Evitar a atrofia por desuso e fraqueza muscular,
- Incentivar e promover o funcionamento motor e mobilidade,
- Orientação sobre as posturas corretas,
- Treino do padrão da marcha,
- Trabalhar os padrões do funcionamento sistema respiratório (fala, respiração, expansão e mobilidade torácica),
- Manter ou recuperar a independência funcional nas atividades de vida diária.

Consiste basicamente na fisioterapia motora, que engloba desde exercícios ativos, passivos, auto-assistidos, contra-resistência, isométricos, metabólicos, isotônicos, ou seja, qualquer tipo de movimento é bem vindo no tratamento. Quando chega a uma segunda fase esta patologia, deve-se estimular atividades para que o paciente não fique o tempo inteiro na cama, evitando assim escaras de decúbito, comumente relatadas. Alongamentos e atividades de relaxamento podem ser realizados.

Outras modalidades de tratamento são eficazes, como a parte de exercícios para o condicionamento aeróbico, como estimular o paciente a realizar caminhadas, tanto por percursos diferentes, ou dependendo pelo mesmo percurso, estimulando assim concomitantemente a memória do paciente. Bicicletas estacionárias também são de grande valia, assim como se possíveis trabalhos de hidroterapia.

Exercícios para propriocepção e equilíbrio são fundamentais para a desenvoltura do paciente, como exercícios com bastões, bola, descarga de peso gradual, andadores, percursos.

Pode realizar atividades em que se estimule o raciocínio do paciente, como atividades de escrever, decorar palavras, nomear objetos, que levam a um estímulo da memória.

Porém a principal atitude a ser tomada é a companhia que este paciente precisa, nunca deixa-lo no abandono, por isso a conversa com familiares sobre o assunto é importante, para que assim este paciente possa conviver normalmente num meio familiar, eliminando o risco de passar o resto de sua vida num asilo.

Conclusão

Existe uma busca de uma melhor qualidade de vida para os pacientes e dos vários tipos de tratamento para a doença de Alzheimer, com o objetivo de amenizar os sintomas. Porém enquanto não for descoberta a etiologia dessa patologia, torna-se difícil chegar á cura dessa doença.

A fisioterapia busca melhoria na qualidade de vida do paciente, sendo que o paciente com Alzheimer necessita de uma reabilitação global, envolvendo uma equipe multidisciplinar, e que a fisioterapia tem um papel fundamental tanto na reabilitação motora quanto no retorno as relações interpessoais e na obtenção de independência por parte do paciente.

Fonte: Adaptado do Site Fisioterapia Porto Alegre 

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Lesões no menisco


O menisco é um tipo especial de cartilagem, em cada joelho existem dois deles. São estruturas muito importantes para a saúde da articulação, porque diminuem o impacto e melhoram o encaixe entre os ossos. Desta forma, funcionam como um potente amortecedor natural. Na sua falta, ocorre um desequilíbrio de pressões dentro do joelho, levando a uma doença chamada “Artrose”, uma das causas mais frequentes de dor crônica na atualidade.

As lesões do menisco ocorrem em duas situações: em pessoas jovens, após uma torção do joelho em atividades esportivas, ou em atividades profissionais, nas quais se trabalha agachado. Já em pessoas mais velhas, quando rompe por desgaste, sem um trauma evidente. Os sintomas são dor, que geralmente piora quando a pessoa agacha ou tenta dobrar o joelho, acompanhada por inchaço e dificuldade de movimento.

O diagnóstico é feito pela história e pelo exame clínico minucioso. Se houver dúvida, a ressonância magnética é o exame de escolha. Mas é preciso muito cuidado com este exame, porque, com frequência, aparecem alterações meniscais inespecíficas que nem sempre são a causa do problema, podendo até mesmo levar a cirurgias desnecessárias.

O tratamento depende do tipo da lesão. Nos casos da degenerativa, em pessoas mais velhas, pelo desgaste do menisco, a cirurgia raramente trás algum benefício, devendo ser evitada. Neste caso são indicados medicamentos e fisioterapia. Já na lesão traumática, que acomete mais os jovens, a indicação é cirúrgica. Nas últimas décadas houve uma importante evolução das técnicas cirúrgicas, baseadas no uso da artroscopia (técnica minimamente invasiva) e no conceito da preservação do menisco. Quando ele é totalmente retirado, estima-se que o impacto entre o fêmur e a tíbia aumente 200%. Por isso, não se indica mais sua retirada total. Procura-se sempre preservá-lo, através de ressecções parciais (da parte lesada), ou de suturas quando possível.

O transplante de menisco, obtido de doadores com morte cerebral, já começa a ser praticado em alguns países e deverá se tornar uma opção nos casos em que a sutura não é possível e a área lesada seja muito extensa. A fabricação de meniscos em laboratório, com técnicas de bioengenharia, também começa a ser descrita em caráter experimental, podendo se tornar um recurso para melhorar o tratamento.

Fonte: Blog Albert Einsten 

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Dores lombares e nos ombros são principais queixas no ambiente de trabalho


Muitas vezes, dependendo das atividades diárias, no trabalho ou em casa, acabamos adquirindo dores que passam a prejudicar o nosso bom desempenho e consequentemente a produtividade da empresa onde trabalhamos. No trabalho, as queixas aparecem, com mais frequência em pessoas que realizam tarefas que exigem movimentação manual de cargas, que trabalham em posturas inadequadas ou fazem movimentos que geram fadiga na musculatura.

Apesar da maior incidência ser de queixas lombares e nos ombros, salienta Leandro Sousa, fisioterapeuta osteopata da Laborall – empresa que presta assessoria em temas ligados à saúde ocupacional, isso não significa que sejam ligadas ao trabalho. “Geralmente, cerca de 25% destas queixas estão diretamente ligadas ao trabalho. As lombalgias mais frequentes são as lombalgias baixas (L4/L5) sem irradiação para os membros inferiores. As dores nos ombros, por outro lado, aparecem como tendinites e bursites”.

Dessa forma, Leandro conta como é feito o diagnóstico de causa e de que forma a osteopatia pode reverter este quadro de queixas dentro da empresa. “Sempre que a osteopatia detecta que há relação da queixa com o trabalho, é lançada mão de todo o ferramental corretivo para a tarefa em questão, como: o atendimento, a avaliação ergonômica do posto, a sugestão de melhorias a curto, médio e longo prazos, os treinamentos individuais para correção de fatores ligados ao homem e não à máquina, e cuidamos também do seguimento deste processo para que as correções sejam implementadas e que surtam o efeito esperado”.

Por outro lado, orienta o osteopata, é preciso sensibilidade da empresa para notar que há problemas com o funcionário e que eles estão afetando o seu bom desempenho dentro da corporação. “Deve haver observação constante por parte do departamento responsável. Os principais indícios são queda na produtividade, aumento dos afastamentos e aparecimento da sobrecarga em outros membros da equipe que começam a apresentar queixas semelhantes”.

Portanto, para que a saúde do colaborador seja preservada e a produtividade da empresa não seja afetada, o melhor mesmo é se prevenir contra as queixas. “Realizando avaliações preventivas do estado de saúde do sistema muscular/esquelético, avaliando o ambiente de trabalho e as relações interpessoais, avaliando os padrões de queixas para o mesmo setor, realizando treinamentos específicos de acordo com cada tarefa, avaliando a produtividade e o número de colaboradores, realizando avaliações ergonômicas, buscando novos padrões ou tarefas que não existiam e, por fim, convergindo o conhecimento da Osteopatia, Fisioterapia e Educação Física para entender como as pessoas (e seus corpos) reagem a diferentes estímulos durante o trabalho é possível evitar este tipo tão comum de queixa e proporcionar, dentro do âmbito corporativo, qualidade de vida aos funcionários”.

De qualquer modo, conclui Leandro, algumas dicas podem ser seguidas para minimizar o impacto das tarefas do trabalho sobre a coluna vertebral e os ombros.

- Realize ginástica laboral: ela alonga e prepara a musculatura para o trabalho;

- Faça rodízios de tarefas: sempre que a atividade de trabalho permitir, o revezamento pode motivar e aliviar tensões mentais e físicas;

- Faça pausas de recuperação: quando os rodízios não são permitidos, as pausas (mudar de postura durante a realização das tarefas) são bastante salutares.

Fonte: Labor All 

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Postura errada ao dirigir provoca problemas na coluna


Manter o encosto do banco distante do volante, o assento longe dos pedais e os retrovisores mal posicionados são alguns erros comuns dos motoristas, que estão relacionados à má-postura e podem resultar em dores na coluna ou até complicações mais graves. De acordo com Giuliano Martins, fisioterapeuta e diretor regional da Associação Brasileira de reabilitação de Coluna (ABRColuna) e do ITC Vertebral Curitiba, a posição sentada gera mais sobrecarga na coluna lombar do que em pé. “Motoristas de ônibus geralmente ficam muito tempo ao volante e sofrem de dores lombares, sobretudo os mais obesos”, afirma.

Os principais sintomas de uma postura errada ao dirigir, segundo o especialista, são formigamento e dores que afetam outros membros, como braços e pernas. Podem também evoluir para problemas como escoliose (desvio da coluna vertebral), lombalgia (dores lombares) e cervicalgia (dores cervicais). “Uma das causas são os movimentos de torções da cervical que o motorista faz quando os espelhos retrovisores estão mal posicionados e a regulagem do volante e do banco está inadequada”, explica Martins. “Essas complicações podem ser corrigidas em estágio inicial, entretanto, podem se agravar se não forem tratadas corretamente e a postura não for corrigida. As doenças que podem ser causadas são abaulamentos e hérnias de discos”, alerta.

Segundo o especialista, mesmo depois de o paciente tratar essas doenças, é importante tomar alguns cuidados. “Deverá evitar a obesidade, manter uma atividade física regular e corrigir a postura ao dirigir, no trabalho e também nas horas de lazer.”

A postura correta

Martins dá algumas dicas sobre como manter a boa postura ao dirigir o veículo e, dessa forma, prevenir problemas na coluna.

- Região lombar: deve ficar totalmente apoiada no encosto.

- Cabeça: o encosto deve ser mantido na mesma altura da cabeça.

- Joelhos: a distância dos pedais deve ser adequada para que os pés os alcancem, mas sem flexionar muito os joelhos, que devem ficar levemente dobrados. Os joelhos também precisam ficar alinhados com a altura dos quadris ou ligeiramente acima.

- Mãos e ombros: as mãos não devem ficar muito elevadas para evitar tensão nos ombros

- Costas: apoiar bem o corpo no assento e no encosto do banco, o mais próximo de um ângulo de 90 graus. O encosto precisa dar apoio completo à coluna.

- Cotovelos: o encosto deve estar a uma distância do volante que permita que os cotovelos fiquem levemente flexionados, para garantir a liberdade dos movimentos.

Fonte: Runners World 

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Estenose espinhal: doença que afeta a coluna à medida que envelhecemos


A estenose espinhal é um estreitamento da coluna vertebral que causa uma pressão sobre a medula espinhal ou um estreitamento das aberturas (chamadas de forame neural) onde os nervos espinais deixam a coluna espinhal. Este estreitamento pode acontecer na coluna cervical (pescoço), na coluna lombar (lombalgia) e muito raramente na coluna torácica (região torácica).

“A idade média de início dos sintomas da estenose degenerativa é de 60 anos. Os homens são atingidos duas vezes mais que as mulheres. A estenose primária ou congênita pode se apresentar até os 30 anos de idade. O risco dos sintomas aparecerem aumenta com a idade por causa da sobreposição de alterações degenerativas associadas ao envelhecimento. Indivíduos com osteoartrose, artrose, escoliose, nanismo, espondilolistese e doença de Paget apresentam um risco aumentado de desenvolvimento de estenose espinhal”, afirma o neurocirurgião Cezar Augusto Oliveira, especialista em coluna.

A seguir, o médico esclarece as principais dúvidas sobre a doença:

Quais são as causas mais comuns para o aparecimento da estenose espinhal?

Dr. Cezar Oliveira - A estenose espinhal geralmente ocorre em decorrência do envelhecimento, quando os discos ficam mais secos e começam a crescer demais. Ao mesmo tempo, os ossos e ligamentos da espinha engrossam ou ficam maiores devido à artrose ou a um outro inchaço/inflamação de longo tempo. Além da idade, a estenose espinhal também pode ser provocada por:

Artrose da espinha, geralmente em idosos;
Doenças nos ossos, como a Doença de Paget ou a acondroplasia (forma mais comum de nanismo rizomélico);
Defeito ou crescimento na espinha que estava presente desde o nascimento (defeito congênito);
Hérnia de disco, que muitas vezes aconteceu no passado;
Lesão que provoca pressão sobre as raízes do nervo ou da medula espinhal;
Tumores na espinha.

Como a doença é diagnosticada?

Dr. Cezar Oliveira - Durante o exame físico, o médico tenta encontrar o local da dor e descobrir como ela está afetando os movimentos do idoso. Para isso, ele vai pedir que o paciente:

Sente, fique de pé e caminhe nas pontas dos pés e depois nos calcanhares;
Se curve para frente, para trás e para o lado;
Levante as pernas retas enquanto estiver deitado. Se a dor for pior quando o idoso fizer esse exercício, ele pode ter dor no nervo ciático, especialmente se sentir dormência ou formigamento em uma das pernas.

Durante este exame, o médico também vai movimentar as pernas do idoso em posições diferentes, inclusive dobrando e esticando os joelhos. Ao mesmo tempo, irá verificar sua força e capacidade de se movimentar. Para testar a função nervosa, o médico usará um martelo de borracha para verificar os reflexos do idoso. Para testar a sensibilidade, tocará suas pernas em muitos lugares usando um alfinete, um cotonete ou uma pena. Um exame neurológico pode confirmar a fraqueza das pernas e a diminuição da sensibilidade dos membros. Neste sentido, alguns exames podem ser feitos, como uma ressonância magnética da espinha, uma tomografia computadorizada da espinha e/ou ainda um raio X da coluna.

Quais são os principais sintomas da estenose espinhal?

Dr. Cezar Oliveira - Os sintomas da doença pioram lentamente com o tempo. Mais frequentemente, os sintomas são de um lado do corpo ou do outro, mas podem envolver ambas as pernas. Dentre os sintomas mais comuns, destacam-se dormência, cãibras, dor nas costas, nas nádegas, nas coxas ou panturrilhas, no pescoço, nos ombros ou braços, além de fraqueza em parte da perna ou do braço. A ocorrência dos sintomas e seu agravamento são mais prováveis de acontecer quando o idoso fica de pé ou anda. Muitas vezes, os sintomas diminuem ou desaparecem quando o paciente senta ou curva-se para frente. A maioria das pessoas com estenose espinhal não consegue andar por muito tempo. Sintomas mais sérios da doença podem incluir dificuldades ou falta de equilíbrio para andar e problemas para controlar a urina ou os movimentos intestinais.

Como é feito o tratamento da estenose espinhal?

Dr. Cezar Oliveira - O principal objetivo do tratamento da estenose espinhal é controlar a dor do idoso e mantê-lo ativo. Assim, de acordo com cada caso, é possível indicar fisioterapia, massagem, acupuntura, bolsas de gelo, terapia térmica, alguns medicamentos para dores crônicas e até mesmo terapia, que pode ser útil se a dor estiver causando sérios impactos na qualidade de vida do idoso. Se a dor não responder a esses tratamentos ou se o paciente apresentar perda de movimento ou de sensibilidade, uma cirurgia pode ser indicada. A cirurgia é feita para aliviar a pressão nos nervos ou na medula espinal. O médico pode optar pela cirurgia quando os sintomas da estenose espinhal se agravam muito. Dentre as técnicas disponíveis destacam-se a foraminotomia, a laminectomia e a fusão espinhal.

Qual o prognóstico da estenose espinhal?

Dr. Cezar Oliveira - Muitas pessoas com estenose espinhal conseguem ser ativas por muitos anos, embora possam precisar fazer algumas alterações em suas atividades diárias ou de trabalho. A cirurgia de coluna muitas vezes alivia os sintomas parcialmente ou totalmente. Contudo, pacientes que já vinham sofrendo de dor na coluna há muito tempo, antes da cirurgia, ainda têm probabilidade de ter alguma dor depois do ato cirúrgico. A fusão espinhal nem sempre elimina toda a dor e os outros sintomas. Novos problemas de coluna são possíveis após a cirurgia. A área da coluna vertebral acima e abaixo da fusão espinhal tem maior probabilidade de ser forçada quando a espinha se movimenta. Se o paciente precisar de mais de um tipo de cirurgia na coluna (como laminectomia e fusão espinhal), ele terá mais probabilidades de apresentar problemas futuros.

Fonte: Jornal do Brasil 

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Conheça a maneira correta de andar


Muitos problemas de saúde nos pés surgem em consequência da maneira incorreta de andar, às vezes, aliada ao uso de calçado inadequado. O ortopedista Fabio Ravaglia explica o tripé da caminhada preventiva de dores e outros desvios:

Apoio do pé
Durante a caminhada em percursos com desníveis (aclive ou declive), o pé deve estar totalmente apoiado no chão, para que se tenha total equilíbrio e sustentação do corpo. A prática evita escorregões.

Peso do corpo
A maior concentração do peso do corpo se situa na parte anterior do pé. O apoio deve ocorrer primeiro na parte anterior (sem que o peso fique mais nos dedos do pé) e seguir com o amortecimento da articulação. O calcanhar deve ser apoiado no chão e, na sequência, voltar à parte anterior. Termine o movimento com o apoio dos dedos no chão.

Coluna
A coluna deve estar ereta, com a cabeça elevada, olhando para o horizonte e sem curvar as costas.

Cuidados diários
Como estão lá embaixo e quase sempre escondidos dentro de um sapato, tênis ou sandália, os pés geralmente são pouco cuidados, a não ser, é claro, quando incomodam para valer. Mas, até mesmo pela sua atribuição de sustentar o corpo, é fundamental conservar a saúde deles. A recomendação de Arinda Corrêa Nogueira, técnica em Podologia da clínica Clinderm, em São Paulo, é a visita mensal a um profissional dessa área para o corte e limpeza geral. Outra dica é usar diariamente um hidratante especial para evitar ressecamentos e fissuras. Aqueles com ureia e/ou ácido salicílico, conforme Solange, deixam os pés mais macios e diminuem as áreas de hiperqueratose (pele grossa). 

Esfoliar também pode ajudar, mas atenção: Nada de raspar com lâmina de barbear, e, sim, usar uma lixa ou cremes esfoliantes, uma ou duas vezes na semana. “No dia-a-dia é importante manter os pés sempre secos para evitar o desenvolvimento de micro-organismos que se aproveitam do calor e da umidade para se desenvolver nas camadas superficiais da pele, na região plantar e entre os dedos”, reforça a médica. Walter Fukushima lembra que o uso prolongado de calçados fechados pode levar a descamação. “Com o calor, principalmente durante uma atividade física, a proliferação das bactérias ocorre de modo mais intenso, com aparecimento do ‘chulé’, micoses e das infecções”, alerta o ortopedista. Ele chama a atenção para o fato de que as lesões crônicas nos membros inferiores trazem prejuízos à saúde como um todo, na medida em que resultam em sedentarismo e dificuldade para as atividades diárias e prática esportiva. Como se vê, os pés são mesmo vitais ao conjunto da obra.

Fonte: Revista Viva Saúde 

quinta-feira, 5 de junho de 2014

Artrose não é doença exclusiva da terceira idade


Quando se ouve falar em artrose, já pensamos em uma doença que afeta apenas idosos, mas não é o que mostram algumas pesquisas. A doença, também conhecida como osteoartrite, tem caráter degenerativo e já faz parte da vida de 10 milhões de brasileiros, segundo a Sociedade Brasileira de Estudo da Dor (SBED). A patologia está cada vez mais presente entre pessoas mais jovens.

Os desgastes nas cartilagens das articulações são o que levam a pessoa a desenvolver a artrose, que causa dor e pode levar a uma perda considerável de qualidade de vida, chegando a ocasionar danos irreversíveis, como a deformação e enrijecimento de membros. A faixa etária mais afetada é mesmo a terceira idade, por conta do envelhecimento natural do corpo, mas os sintomas não são exclusivos desse público.

A artrose tem começado a se manifestar mais cedo, já na faixa dos 30 anos de idade, principalmente com desgastes das articulações de joelhos, quadris, tornozelos e coluna, por conta de pratica em excesso de esportes e atividades físicas, por exemplo. As estatísticas demonstram que 20% dos adultos brasileiros já são acometidos pela doença, segundo a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT). São 5,5 milhões de pessoas com sintomas de artrose entre 20 e 59 anos. Estima-se que o excesso de exercícios físicos será a causa de 45% dos casos de artrose no futuro, segundo dados do livro “Osteoartrite – Cenário Atual e Tendências no Brasil”.

Levar uma vida saudável e com atividades físicas é recomendado para uma boa saúde, sempre na medida adequada a seu tipo físico e sem excessos. Treinamentos intensivos em esportes, como futebol, rúgbi e tênis, ou ainda o trabalho de contração física, realizado em academias, podem agravar os sintomas da patologia. As articulações se desgastam com exercícios físicos em excesso, independentemente da idade. É importante lembrar que ações extrapoladas podem fazer mal até mesmo a crianças, que correm um risco maior de sofrerem com artrose futuramente. Já são 163 mil casos de artrose em pessoas de até 19 anos, segundo dados do livro.

Alguns dos principais sintomas da patologia podem ser facilmente percebidos em um rápido exame clínico, como uma articulação com dores, inchada, com falta de firmeza ou rangidos. Dificuldades ou reduções na capacidade de movimento também podem ser indícios da artrose.

Além da questão física, o surgimento da doença pode ser vinculado a outros fatores. A hereditariedade, uma cirurgia (no joelho, por exemplo), alterações hormonais, uma inflamação ou doenças metabólicas, como o diabetes, podem desenvolver a doença. O tabagismo e estar acima do peso também podem agravar sintomas da patologia.

Como tratar a doença

O primeiro ponto importante é procurar ajuda médica, caso haja sintomas. Quanto mais cedo o diagnóstico for feito, melhor será o tratamento e, caso seja tardio, pode causar danos irreversíveis ao corpo, como a deformação de membros. Apenas 42% dos pacientes que tem a doença estão diagnosticados.

A artrose não tem cura, mas tem métodos conhecidos que aliviam as limitações e dores. Exercícios físicos, de postura, fortalecimento muscular, fisioterapia, analgésicos, anti-inflamatórios e até infiltrações nas articulações podem ser algumas soluções.

Fonte: Imirante 

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Fratura por estresse: conheça sinais, riscos e tratamento para o problema


As fraturas por estresse representam 10% de todas as fraturas esportivas. Corredores e militares são os grupos mais suscetíveis ao problema devido à grande quantidade de impacto nos membros durante a prática de exercícios. A fadiga e o desequilíbrio muscular são os principais responsáveis por essas fraturas, pois a redução da absorção do impacto sobre o osso - devido à fraqueza muscular ou à falha na absorção - gera um aumento do estresse em pontos focais (fratura microscópica) e, se não corrigido a tempo, pode levar à fratura macroscópica (possível de ver no raio-x).

Existem outras causas que devem ser investigadas, pois diversos são os fatores que contribuem para a patogênese da doença. Eles podem ser classificados em dois subtipos: intrínsecos e extrínsecos. Em geral, os fatores extrínsecos estão relacionados ao tipo e ritmo de treinamento, ao uso de calçados e equipamentos esportivos, condicionamento físico,  local de treinamento e à temperatura do ambiente. Já os fatores intrínsecos incluem idade, sexo, raça, densidade e estrutura óssea, equilíbrio hormonal, menstrual, metabólico e nutricional, ritmo de sono e doenças do colágeno.

Embora as fraturas por estresse possam acometer todo o tipo de osso, elas são mais comuns em ossos que suportam o peso corporal, especialmente os membros inferiores. Estudos com corredores revelam maior incidência de fraturas por estresse na tíbia, seguida dos metatarsos, fíbula, fêmur e navicular.

QUADRO CLÍNICO

- Dor de início insidioso, piora com atividade física e melhora com repouso, edema após esforço, sem história de trauma;
- Dor forte à palpação do local acometido;
- Queda de desempenho e alterações abruptas no treinamento

CLASSIFICAÇÃO

- Baixo risco: São fraturas de bom prognóstico para consolidação. Estão localizadas na zona de compressão do osso. Dentre elas, temos: fêmur proximal (cortical infero-medial), diáfise da tíbia (cortical posterior), tíbia proximal, fíbula, metatarsos (2º, 3º e 4º), membros superiores e costelas.
- Alto risco: Prognóstico ruim para a consolidação. Estão localizadas na zona de tensão do osso. Dentre elas, temos: fêmur proximal (cortical súpero-lateral), diáfise da tíbia (cortical anterior), maléolo medial, navicular, 5º metatarso e cuboide, patela, sesamóide e tálus.

TRATAMENTO

O tratamento é conservador, principalmente nas fraturas de baixo risco, com interrupção das atividades de impacto, sendo permitida a realização de atividades na água e exercícios de fortalecimento e alongamento, com intuito de manter a condição muscular e cardiorrespiratória. No geral, a imobilização não é necessária ou pode ser utilizada por curto período.

O uso de muletas é empregado para proteção em algumas fraturas. Se a dor é incapacitante, recomenda-se o uso de analgésicos e anti-inflamatórios apenas por curto período. Nas fraturas de alto risco, o tratamento é mais rigoroso, com repouso absoluto e imobilização. Se não houver boa evolução, o tratamento cirúrgico com fixação da fratura é indicado. Em alguns casos, a cirurgia pode ser indicada precocemente.

Fonte: Eu Atleta