Muitos acreditam que é um mito, porém as dores de
crescimento existem mesmo! Elas são uma causa muito freqüente de dor nas
crianças, principalmente nas meninas, entre os 3 e 5 anos de idade. São dores
tipicamente musculares, de caráter recorrente, ou seja, que vão e voltam, de
intensidade variável e que não tem um motivo claro para o seu aparecimento,
como, por exemplo, alguma doença reumatológica ou infecção (principalmente das
articulações– “juntas”) ou tumores ou doenças do sangue.
Geralmente são dores desproporcionais aos achados do exame
físico, ou seja, muita dor para um exame físico normal. A criança anda
normalmente, não tem dor à palpação do músculo ou osso e nem fraqueza muscular.
As coxas e as panturrilhas são os locais que apresentam mais dor. As crises
costumam ser bilaterais, ocorrem mais à tarde e à noite e podem interferir nas
atividades diárias da criança e interromper o sono. O frio, a atividade física
e os problemas emocionais pioram a dor.
A massagem e o calor (bolsa de água quente) no local
dolorido, o alongamento e o uso de analgésicos (por exemplo paracetamol)
costumam melhorar a dor. Quando os distúrbios emocionais estiverem presentes, a
abordagem psicológica deverá ser considerada.
Vale ressaltar que não há a necessidade de realizar nenhum
exame complementar paras as dores de crescimento, como, por exemplo, o raio-x
ou exames de sangue. O mais importante é manter a tranqüilidade, pois essas
dores são benignas e a sua evolução é muito boa!
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