Você sabia que a má alimentação
tem forte influência sobre as dores do corpo? Leandro Sousa, fisioterapeuta
osteopata, explica que algumas doenças estão ligadas diretamente à má alimentação:
obesidade, diabetes, hipertensão, etc. Outras, no entanto, dificilmente são
diretamente relacionadas. Alguns quadros de dores musculares/articulares são um
bom exemplo disso. “O corpo humano funciona em um sistema de hierarquia de
funções, ou seja, sistemas “mais importantes” têm prioridade de funcionamento,
enquanto sistemas “menos complexos” (ou não vitais, como é o caso do sistema
muscular) acabam sendo expostos a distúrbios para conservação dos outros
sistemas. Sendo assim, alimentar-se mal acaba criando sobrecarga, por exemplo,
num sistema vital (digestório), que por sua vez cria sobrecarga no sistema
muscular e articular, causando dores musculares e articulares do tipo
referida”.
A queixa de dor lombar, afirma
Leandro, é a mais frequente, seguida de dores no pescoço e nos ombros. Neste
sentido, o osteopata fala da importância da ostepatia no diagnóstico desse tipo
de dor proveniente da má alimentação: “A diferença principal da abordagem
osteopática é que o osteopata tem condições de avaliar quando as queixas são
provenientes dos órgãos ligados à alimentação ou quando são mesmo de problemas
musculares (por trauma ou exercício físico, por exemplo). Esse diagnóstico é
crucial para que o desenrolar da intervenção seja positivo ou não. Se tratarmos
uma queixa de dor no ombro, cuja causa é alimentar, por exemplo, realizando
procedimentos analgésicos locais, é muito provável que as queixas continuem e o
quadro piore”, alerta.
E sobre os alimentos que mais
trazem os pacientes ao consultório, Leandro não tem dúvidas: são os ricos em
gordura. “Algumas pessoas, porém, desenvolvem queixas por intolerância a
diferentes alimentos: ao leite (e suas proteínas), café, feijão, bebidas
alcoólicas, etc. Há casos de formigamentos nos dedos e nas mãos que se relacionam
diretamente à alimentação e pouco tem a ver com problemas neurológicos ou
circulatórios como a marioria dos pacientes acredita”. Feita a avaliação, o
tratamento, então, é focado na desintoxicação alimentar e no estímulo ao bom
funcionamento do sistema digestório como um todo através da osteopatia.
Resultado: melhora expressiva e duradoura do quadro”.
Segundo Leandro, cada indivíduo
precisa avaliar que tipos de alimentos causam sensações de mal estar, azia, má
digestão, dores de cabeça, gases em excesso, alteração do aspecto das fezes. E
atenção aos maus hábitos: “Em geral, mastigar pouco, comer demais em uma única
vez, permanecer em jejum por longos períodos, não diversificar os alimentos,
estes são os maiores vilões. É preciso ficar atento a isso também”, finaliza o
fisioterapeuta.