O tendão é um tecido branco, denso e resistente por meio do
qual os músculos de uma articulação ligam-se aos ossos. Os tendões transmitem
aos ossos e às articulações a força e o movimento gerados pelos músculos.
Existem tendões em quase todas as articulações humanas. O rompimento desses
tecidos, infelizmente, é comum. Os que mais se rompem são aqueles que recebem
menos sangue e oxigênio e ao mesmo tempo são mais sobrecarregados, isto é, os
dos ombros, os dos cotovelos e os tendões-de-aquiles, nos calcanhares.
Qualquer pessoa pode romper total ou parcialmente os tendões
dos ombros, a qualquer momento da vida, em um acidente ou ao praticar esportes,
por exemplo. Isso ocorre mais, porém, com homens jovens e adultos.
Mas os rompimentos de tendões, constata-se no dia a dia dos
consultórios, são mais frequentes nas mulheres a partir dos 45 a 50 anos de
idade, ou seja, quando entram na menopausa. A causa pode estar relacionada à
maior fragilidade dos tendões e dos ossos à medida que vai caindo a produção
dos hormônios femininos. Outros fatores podem colaborar para o fenômeno, como
tendência familiar; malformações nos ombros; e gestos repetitivos acima da
cabeça, principalmente errados, nas atividades físicas e também no trabalho.
O desgaste natural dos tendões dos ombros, vale destacar,
costuma se manifestar em três fases. De início a pessoa sente uma dorzinha no
ombro que melhora ao tratar com remédios e/ou fisioterapia (em geral até
25anos); depois ela tem uma dor mais intensa, que é mais resistente ao tratamento,
já com tendinite e fibrose (em geral dos 25 aos 40 anos) — normalmente isso
ocorre quando a pessoa tratou mal do problema anterior ou interrompeu o
tratamento, o tendão se inflamou e se formou tecido cicatricial; então, com a
progressão da doença, o tendão se rompe até espontaneamente (em geral após os
40 anos).
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As doenças que atingem os tendões dos ombros podem ser
tratadas com eficácia para interromper sua progressão e, naturalmente, evitar
que cheguem a se romper. Já os tendões rompidos tanto em acidentes como pelo
desgaste natural, na maioria das vezes, são tratados com cirurgia. Consiste em,
se preciso, fazer uma espécie de “plástica” nele e religá-lo novamente no local
do osso em que se prendia. A cirurgia em si é rápida, mas a recuperação, que
inclui fisioterapia, claro, é lenta, levando até seis meses, às vezes, dependendo
da gravidade do caso e do estado de saúde do paciente, até mais.
Fonte: Revista Caras
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