quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

A história da fisioterapia neurológica no Brasil



Fisioterapia Neurofuncional, como é chamada nos dias de hoje, é bastante difundida em nosso meio e surgiu no fim da década de 40 com alguns pesquisadores como Rood, Kabat e Knott, Brunnstrom e Bobath.

Antigamente, baseava-se apenas em informações empíricas e experiências clínicas. Entretanto, atua hoje com base nos conceitos neurofisiológicos obtidos após condutas bem sucedidas, pesquisas intensas e árduo trabalho, direcionando-se o tratamento para a recuperação funcional mais rápida possível para o paciente seja ele pediátrico, adulto ou geriátrico.

No Brasil, por muito tempo, pacientes neurológicos eram tratados com técnicas de cinesioterapia tradicional ou eram tratados em grandes ginásios através de mecanoterapia da mesma forma que os pacientes ortopédicos. Esta abordagem foi também muito empregada em pacientes com lesão neurológica periférica, como as crianças portadoras de poliomielite.

Hoje, com as modernas técnicas e com o aprimoramento constante dos profissionais com cursos de aperfeiçoamento, essa área da fisioterapia obtém grandes resultados.
A fisioterapia neurofuncional compartilha desse aprimoramento e pode minimizar as deficiências advindas das doenças que acometem o sistema nervoso como: Paralisia Cerebral, Esclerose Múltipla, Acidente Vascular Encefálico (derrame cerebral) dentre outras.

A recuperação tem como intuito restaurar a identidade pessoal e social dos pacientes que sofreram lesões no córtex, tronco cerebral, medula espinhal, nervo periférico, junção neuromuscular e no músculo, buscando o bem estar físico e emocional do indivíduo.


Células-tronco

                  
    Para entendermos o que são células-troncos, vamos primeiramente entender como elas surgiram.
     O surgimento dessas células se dá da seguinte maneira: O espermatozoide fecunda o óvulo, dando origem ao que chamamos de zigoto. O zigoto sofre mitoses dando origem a uma “bola de células”, que se diferenciam originando os folhetos germinativos, que em seguida se diferenciam em tecidos e órgãos do organismo.
   Essas células originadas das mitoses do zigoto são as células-troncos, que também são chamadas de célula-mãe ou células-estaminais. Elas são células muito simples que têm a capacidade de se diferenciarem em qualquer tipo de célula, formando qualquer tipo de tecido e podem ser classificadas em células-tronco embrionárias e células adultas.
 O QUE SÃO CÉLULAS-TRONCO?
     São as células com capacidade de auto-replicação, isto é, com capacidade de gerar uma cópia idêntica a si mesma e com potencial de diferenciar-se em vários tecidos do corpo, como ossos, nervos, músculos e sangue. Devido a essas características, as células-tronco são importantes, principalmente na aplicação terapêutica, sendo principalmente úteis em terapias de combate a doenças cardiovascular, neurodegenerativas, diabetes tipo-1, acidentes vascular cerebrais, doenças, hematológicas, trauma da medula espinhal e nefropatias. O principal objetivo das pesquisas com células-tronco é usá-las para recuperar tecidos danificados por essas doenças e traumas.
QUANTO A SUA CLASSIFICAÇÃO, PODEM SER:
  • TOTIPOTENTES: Aquelas células que são capazes de diferenciarem-se em todos os 216 tecidos que formam o corpo humano, incluindo a placenta e anexos embrionários. As células totipotentes são encontradas nos embriões nas primeiras fases de divisão, isto é, quando o embrião tem atp e 16-32 células, que corresponde a 2 ou 4 dias de vida.
  • PLURIPOTENTES OU MULTIPOTENTES:  Aquelas células capazes de diferenciar-se em quase todos os tecidos humanos, exceto a placenta e anexos embrionários. ou seja, a partir de 32-64 células, aproximadamente a partir do 5° dia de vida, fase considerada de blastocisto. As células internas do blastocisto são pluripotentes enquanto as células da membrana externa destinam-se a produção da placenta e as membranas embrionárias.
  • OLIGOTENTES: Aquelas células que se diferenciam em poucos tecidos.
  • UNIPOTENTES: Aquelas células que se diferenciam em um único tecido.
QUANTO A SUA NATUREZA, PODEM SER:
  • ADULTAS: Extraídas dos diversos tecidos humanos, tais como, medula óssea, sangue, fígado, cordão umbilical, placenta etc. (estas duas últimas são consideradas células adultas, haja vista a sua limitação de diferenciação). Nos tecidos adultos também são encontradas células-tronco, sistema nervoso e epitélio. Entretanto, estudos demonstram que sua capacidade de diferenciação seja limitada e que a maioria dos tecidos humanos não podem ser obtidas a partir delas.
      Entre as células tronco-adultas, atualmente as mais conhecidas e utilizadas rotineiramente no   tratamento de doenças são as que geram as células do sangue, também chamadas de células-       tronco hematopoiéticas. Hoje elas já tratam cerca de 100 doenças do sangue.
  Outro grupo de células-tronco adultas que tem sido muito estudado atualmente são as chamadas células-tronco mesenquimais, encontradas em maior quantidade no tecido do cordão umbilical. Devido a sua grande capacidade de diferenciação elas vêm apresentando resultados promissores para o tratamento de outras 200 doenças, como infarto agudo do miocárdio, Parkinson.
  • EMBRIONÁRIAS: Só podem ser encontradas nos embriões humanos e são classificadas como totipotentes ou pluripotentes, dando seu alto poder de diferenciação. Estes embriões descartados (inviáveis para a implantação) podem ser encontrados nas clínicas de reprodução assistida ou podem ser produzidos através de clonagem para fins terapêuticos.
VANTAGENS CÉLULAS-TRONCO EMBRIONÁRIAS:
– As células-tronco extraídas de embrião são bem mais abundantes;
– As células-tronco embrionárias conseguem se diferenciar em todas as 75 trilhões de células existentes nos 216 tipos de tecidos que formam o corpo humano.
DESVANTAGENS CÉLULAS-TRONCO EMBRIONÁRIAS:
– Para utilização das células-tronco embrionárias é necessário destruir uma vida no primeiro estágio de desenvolvimento (o embrião) para salvar um adulto doente;
– Podem ser atacadas pelo sistema imunológico dos receptores se confundidas com invasores indesejados;
– As células-tronco embrionárias causam grande rejeição no organismo transplantado, por isso o indivíduo que usá-las terá de tratar-se com imuno-depressores para o resto da vida;
– As células-tronco embrionárias apresentam grande risco de provocar tumores.
VANTAGENS CÉLULAS-TRONCO ADULTAS: 
– Para utilização das células-tronco adultas não é necessário destruir nenhuma vida;
– A chance de rejeição ao auto-transplante é bem menor;
– As células-tronco adultas apresentam menor risco de provocar tumores.
DESVANTAGENS CÉLULAS-TRONCO ADULTAS:
– As células-tronco adultas são bem mais raras e sua qualidade é inferior;
– Elas não atingem os 216 tipos de tecidos que formam o corpo humano, só conseguem geram um número limitado de tecidos diferentes.
ONDE AS CÉLULAS-TRONCO PODEM SER ENCONTRADAS:
  • Embriões recém-fecundados (blastocistos) criados por fertilizações in vitro aqueles que não serão utilizados no tratamento de infertilidade (“embriões disponíveis”) ou desenvolvidos especificamente para pesquisa;
  • Embriões recém-fecundados criados por incerção do núcleo celular de uma célula adulta em um óvulo que teve seu núcleo removido (reposição do núcleo celular, “clonagem”);
  • Células germinadas ou órgãos de fetos abordados;
  • Células sanguíneas do cordão-umbilical no momento do nascimento;
  • Alguns tecidos adultos (como medula óssea);
  • Células maduras de tecido adulto reprogramadas para ter comportamento de célula-tronco.
SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS ENTRE CÉLULAS-TRONCO EMBRIONÁRIAS E ADULTAS:
Tanto as células-tronco embrionárias quanto as adultas possuem vantagens e desvantagens em relação ao potencial de uso em terapias celulares regenerativas.
As células células-tronco embrionárias podem transforma-se em todos os tipos celulares do corpo porque são pluripotentes. As células-tronco adultas são geralmente limitadas para diferenciar-se em tipos diferentes de células de seu tecido e origem. Entretanto, evidências segurem que existe plasticidade nas célula-tronco adultas, aumentando o número de tipos celulares que uma delas podem se transformar.
Células-tronco embrionárias podem crescer facilmente em cultura, enquanto células-tronco adultas são raras nos tecidos maduros e os métodos expandir seu número em cultura não alcançam muito sucesso. Esta é uma diferença importante, pois é necessário grande número de células nas terapias de reposição.
PODEM SER OBTIDAS:
– POR CLONAGEM TERAPÊUTICA:  é a técnica de manipulação genética que fabrica embriões a partir da transferência do núcleo da célula já diferenciada, de um adulto ou de um embrião, para um óvulo sem núcleo. A partir da fusão inicia-se o processo de divisão celular, na primeira fase 16-32 são consideradas células totipotentes. Na segunda fase 32-64, serão células pluripotentes, blastocisto que serão retiradas as células-tronco para diferenciação in vitro, dos tecidos que se pretende produzir. Nesta fase ainda não existe nenhuma diferenciação dos tecidos ou órgãos que formam o corpo humano e por isso podem ser induzidas para a terapia celular.
– DO CORPO HUMANO: as células-tronco adultas são fabricadas em alguns tecidos do corpo, como a medula óssea, sistema nervoso e epitélio, mas possuem limitação quanto a diferenciação em tecidos do corpo humano.
– DE EMBRIÕES DESCARTADOS: (inviáveis para implantação)e congelados nas clínicas de reprodução assistida.
PODEM SER UTILIZADAS:
– TERAPIA CELULAR: tratamento de doenças ou lesões com célula-tronco manipuladas em laboratório.
O QUE É CLONAGEM REPRODUTIVA:
É a técnica pela qual se forma uma cópia de um indivíduo. O procedimento basea-se na transferência do núcleo de uma célula diferenciada, adulta ou embrionária, para um óvulo sem núcleo com implantação do embrião no útero humano. Gêmeos univitelinos são clones naturais.
PRINCIPAL DIFERENÇA DAS TÉCNICAS DE CLONAGEM TERAPÊUTICA E REPRODUTIVA
Nas duas situações há transferência de um núcleo de uma célula diferenciada para um óvulo sem núcleo. Mas na técnica de clonagem para fins terapêuticos as células são multiplicadas em laboratório para formar tecidos específicos e nunca são implantados em um útero.
VANTAGENS E LIMITAÇÕES DA CLONAGEM TERAPÊUTICA PARA A OBTENÇÃO DE CÉLULAS-TRONCO
A principal vantagem dessa técnica é a fabricação de células pluripotentes, potencialmente capazes de produzir qualquer tecido em laboratório, o que poderá permitir o tratamento de doenças cardíacas, doenças de Alzheimer, Parkinson, câncer, além de reconstituição de medula óssea, de tecidos queimados ou tecidos destruídos etc… sem o risco da rejeição, caso o doador seja o próprio beneficiado com a técnica. Mas a principal limitação é que no caso de doenças genéticas, o doador não pode ser a própria pessoa porque todas as suas células tem o mesmo defeito genético.
A clonagem para fins terapêuticos não pode reproduzir seres humanos, porque nunca haverá implantação no útero. As células são multiplicadas em laboratório até a fase de blastocisto, 32-64 células, sendo a partir desse estágio manipuladas para formação de determinados tecidos. Além disso, nessa fase o pré-embrião é constituído por um aglomerado de células que ainda não tem sistema nervoso.
AS CÉLULAS-TRONCO DO SANGUE DO CORDÃO UMBILICAL SÃO IMPORTANTES NO TRATAMENTO DE DOENÇAS
O sangue do cordão umbilical como fonte de célula-tronco para transplante de medula óssea começou a ser estudado na década de 80, sendo o primeiro transplante bem sucedido realizado em 1988, na França. Hoje, após inúmeros estudos e utilização em milhares de transplantes, o sangue do cordão umbilical é uma fonte consagrada de células-tronco para tratamento de doenças. E elas são mais de 100.
VEJA QUAIS SÃO:
  • A CordCell foi a primeira no Brasil na coleta e armazenamento das células-tronco, iniciando suas atividades em 1996. Dois anos depois, em 1998, a ciência descobriu a capacidade de transformação das células-tronco em outros tipos de tecidos especializados. Isso deu origem a novos e inúmeros estudos procurando aplicações desta característica no tratamento de outras doenças, além daquelas onde o seu uso já está estabelecido. Os resultados verificados até o momento são promissores e apontam para a aplicação destas células em tratamentos rotineiros a serem estabelecidos nos próximos anos.
  •     A única maneira de contar com suas próprias células em caso de necessidade de tratamento, como um transplante, é realizando a coleta do sangue do cordão umbilical.
  • Uma das principais fontes de células-tronco utilizadas nos estudos é a do sangue do cordão umbilical, que até então era descartado após os partos. Ela é a mais estudada devido à sua disponibilidade. Hoje se sabe que o sangue do cordão umbilical é rico em células-tronco de diferentes tipos. Como essas células so podem ser utilizadas se estiverem vivas, a única maneira de contar com suas próprias células em caso de necessidade de tratamento (como um transplante) é realizando a coleta do sangue do cordão umbilical imediatamente após o nascimento em bolsa com solução que preserve o sangue vivo. Posteriormente, é realizada a separação das células-tronco e empregada tecnologia de criopreservação para conservá-las por longos períodos.
Células-tronco do cordão umbilical O Sangue do Cordão Umbilical – SCUP
A presença de células-tronco no sangue do cordão umbilical foi uma das principais descobertas da medicina no século XX. As células-tronco do sangue do cordão umbilical são em sua maioria células-tronco hematopoiéticas similares às encontradas medula óssea e que são responsáveis pela geração do sangue. Nos últimos anos o sangue do cordão umbilical vem sendo utilizado em substituição à medula óssea, pois as células do cordão umbilical são células jovens e imaturas, fato que as tornam imunologicamente mais tolerantes, ou seja, menor o risco de rejeição dos transplantes. Outra particularidade é que as células sangue do cordão podem ser criopreservadas por longos períodos para uso futuro. Após anos de estudos e milhares de transplantes realizados ao redor do mundo, estas preciosas células-tronco do sangue do cordão umbilical podem ser utilizadas para o tratamento de mais de uma centena de doenças de origem sanguínea e imunológica. Contudo, novas possibilidades terapêuticas com uso destas células não cessam em aparecer e desta forma, é importante tomar a decisão de armazená-las. O método de coleta do sangue de cordão umbilical é simples e não invasivo, não acarretando nenhum risco para o recém-nascido ou para a mãe.
Tecido do Cordão Umbilical – TEC
O tecido do cordão umbilical é uma fonte riquíssima em células-tronco jovens, as quais podem dar origem a uma infinidade de tipos de células, como por exemplo, células musculares, ósseas, tendíneas e cartilaginosas e podem futuramente serem aplicadas para o tratamento de diversas patologias como, por exemplo, para diabetes, cirrose, infarto do miocárdio, doença de Alzheimer, doença de Parkinson, lúpus, esclerose múltipla e lesões esportivas. O CCB em parceria com cientistas consagrados desenvolveram uma tecnologia exclusiva para a produção e armazenamento de células-tronco do tecido do cordão umbilical. Esta tecnologia requer sala limpa e equipamentos especiais para manipulação e multiplicação das células-tronco mesenquimais multipotentes, contidas no tecido do cordão umbilical. Estas células têm características próprias e capacidade de regenerar tecidos e órgãos do nosso organismo.
COLETA
Durante o parto, após o nascimento do bebê e após a dequitação da placenta em condições assépticas, é retirado um pequeno segmento de aproximadamente 10 cm do cordão umbilical, próximo à placenta. Este fragmento será então enviado ao CCB e processado por profissionais especializados em extração e expansão de células-tronco. Tudo isso para garantir células-tronco do tecido do cordão umbilical de qualidade e certificadas que só o CCB pode oferecer.
POR QUE COLETAR E ARMAZENAR
QUANDO E COMO COLETAR?
É no momento do parto que se obtêm as células-tronco do sangue do cordão umbilical e placentário. O sangue do cordão umbilical é transferido para uma bolsa coletora especial sem qualquer risco à saúde da mãe ou do bebê e sem interferir nos procedimentos obstétricos. Nossa equipe especializada é acionada momentos antes do parto, e realiza a coleta que dura em torno de 3 a 5 minutos.
images
USO E APLICAÇÕES DAS CÉLULAS-TRONCO
Mais de 70 doenças do sangue, entre elas os vários tipos de leucemia, são tratados com células-tronco através de transplante da medula desde 1968. Foi em 1988 que as células-tronco do sangue do cordão umbilical começaram a ser usadas para terapia celular e, além dessas doenças do sangue, mais de 200 doenças degenerativas de outros órgãos estão em fase avançada de testes.
O ARMAZENAMENTO
Em nossos laboratórios, o sangue coletado passa por um processo de separação das células para que sejam armazenadas somente as células-tronco. Essas são transferidas para as 2 (duas) bolsas criogênicas e inicia-se o processo de criopreservação. As bolsas são submetidas ao congelamento gradativo programado para que, finalmente, as células-tronco sejam armazenadas em tanques de nitrogênio líquido a –196 °C. Vantagens de coletar e armazenar
– 100% compatível com o bebê.
– Alta compatibilidade com pais e irmãos.
– Disponibilidade imediata.
– Coleta não invasiva.
– Baixo custo em relação a tratamentos similares (transplantes).
– Podem ser criopreservadas indefinidamente.
– Atuam tanto em doenças do sangue como de outros órgãos.
– Baixa porcentagem de contaminação no processamento.
Células-tronco da polpa do dente de leiteVantagens do armazenamento das células-tronco da polpa do dente de leite
Dentre as várias fontes de células-tronco, a polpa do dente destaca-se pelo fato de fornecer células-tronco mesenquimais multipotentes e imunocompatíveis, isto é: elas podem servir não só ao doador, mas também a toda sua família.
A obtenção da polpa do dente de leite é um processo não invasivo e que pode ser feita naturalmente durante o período de troca dos dentes da criança, entre os 5 e 12 anos. Essas células-tronco são células jovens e de excelente qualidade e quantidade, portanto indicado para um futuro tratamento de doenças degenerativas.
Por que células-tronco da polpa do dente de leite são tão especiais?
A polpa do dente é uma pequena massa de tecido vivo, composta de vasos sanguíneos, nervos e células-tronco. Essas células são denominadas células-tronco mesenquimais multipotentes, o que significa que elas têm a capacidade de se transformar em uma ampla variedade de tipos de células, incluindo:
  • Miócitos: reparação do tecido muscular
  • Cardiomiócitos: reparação do tecido cardíaco
  • Neurônios e células da glia: reparação do tecido nervoso
  • Osteócitos: reparação de ossos
  • Condroblastos: reparação de cartilagem
  • Células epiteliais: reparação da pele e da superfície ocular
Como é feito o armazenamento da polpa do dente e também das células-tronco obtidas da polpa do dente?
Da mesma forma como acontece com o armazenamento das células-tronco do sangue e do tecido do cordão umbilical, o CCB mais uma vez está à frente das pesquisas e das tecnologias desenvolvidas para a produção e armazenamento de células-tronco encontradas na polpa do dente. PRIMEIRO BANCO A ARMAZENAR CÉLULAS´TRONCO DA POLPA DE DENTE DE LEITE NO BRASIL
Ao ser extraído, o dente de leite deve ser colocado em um tubo próprio fornecido pelo CCB. Em nosso novo laboratório, montado especialmente para cultura de células (sala limpa nível N7), essa polpa será cultivada por profissionais especializados, com a finalidade de extrair e multiplicar as células-tronco mesenquimais multipotentes.
O armazenamento será feito em 5 tubos, sendo 4 com 100% de células-tronco mesenquimais multipotentes e um quinto tubo armazenará a polpa do dente para fornecer, no futuro, se necessário, mais células-tronco. Esses 5 tubos serão armazenados em nitrogênio líquido, o que garante uma temperatura constante de -196 °C, fazendo com que as células-tronco neles armazenadas permaneçam em perfeitas condições de uso por tempo indeterminado.

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Transplante de medula óssea – qual a importância do fisioterapeuta?



Acredito que com a quebra do paradigma câncer x morte, a fisioterapia oncológica tem cada vez mais demonstrando sua importância na área, com os avanços técnicos- científicos o tempo de sobrevida do pacientes com câncer tem aumentado e a necessidade de um profissional capacitado para o manejo das sequelas advindas do próprio tratamento (cirurgia, quimioterapia e radioterapia) tem permitido que o fisioterapeuta especialista em oncologia alcance seu espaço dentro da equipe multiprofissional.

O fisioterapeuta que trabalha com oncologia, dentro desse universo de medos e incertezas, deve tirar o foco da doença e voltar o paciente para sua independência funcional e qualidade de vida. Nessa área temos a liberdade de atuar em todas as fases do tratamento, desde o diagnóstico até o momento em que não há possibilidade de cura (cuidados paliativos)garantindo o conforto aos nossos pacientes.

Dentro da oncohematologia uma das áreas que o fisioterapeuta tem papel relevante é no atendimento de pacientes que passam pelo Transplante de Medula Óssea (TMO), uma modalidade terapêutica que consiste na infusão intravenosa de células progenitoras hematopoéticas normais para substituição de células doentes, com o objetivo de restabelecer a função da medula danificada. Essas células “mãe” podem ser obtidas do próprio paciente (transplante autogênico), de um irmão gêmeo idêntico (transplante singênico) ou de um doador compatível que seja familiar ou não (transplante alogênico). O TMO é um termo genérico que vem sendo substituído por Transplante de Células Progenitoras Hematopoéticas (TCPH), já que atualmente o transplante pode ser realizado além da medula óssea, com sangue periférico ou pelo cordão umbilical.

O profissional que atende um paciente que passou ou passará por esse tipo de tratamento deve sempre
acompanhar os exames complementares, principalmente o hemograma de rotina, pois a baixa contagem de células no sangue é um efeito frequente nos pacientes pós-TMO e as sessões de fisioterapia devem ser baseadas de acordo com cada tipo e nível de célula diminuída, o profissional deve estar igualmente atento ao processo de fadiga oncológica e a existência de comprometimento ósseo (principalmente em pacientes com Mieloma Múltiplo) para indicação da atividade mais apropriada.

É importante lembrar que a fadiga oncológica é um sintoma bastante presente nos pacientes com câncer, entre 76 a 95% segundo dados da literatura, ela pode ser definida como um sintoma subjetivo de cansaço extremo que pode ou não melhorar com o repouso, é de difícil manejo por ser multifatorial envolvendo aspectos físicos, psicológicos e cognitivos.

O seu tratamento pode incluir informações de cunho educativo, intervenções farmacológicas e/ou não farmacológicas, fisioterapia oncológica com enfoque na conservação de energia (planejamento de atividades e programação de tempo de repouso) e promoção de exercícios físicos individualizados (caminhada, relaxamento, alongamento etc). Estudos tem demonstrado que exercícios aeróbicos são eficazes na abordagem da fadiga oncológica, mas sempre devem ser prescritos de acordo com o estado geral do paciente.

A fadiga oncológica devido à inatividade e repouso prolongado no leito pode estar associada à redução da capacidade/independência funcional, fraqueza muscular, descondicionamento físico, contraturas, dor e impacto sobre o sistema cardiorrespiratório, pois durante a TMO o paciente está sujeito a necessidade de longos períodos de isolamento protetor e a exposição a agentes tóxicos dos quimioterápicos. A fisioterapia nessa fase pode ajudar por meio de intervenção precoce, através de um arsenal de técnicas para prevenção das complicações oriundas do imobilismo de acordo com as condições e necessidades de cada paciente.

Já em relação às complicações tardias, elas podem ser divididas em: relacionadas ao processo de transplante e relacionadas ao regime de condicionamento (fase de imunossupressão induzida para erradicar a doença residual e promover a “pega” das células saudáveis).
Entre as complicações que a fisioterapia pode atuar de maneira mais efetiva estão as disfunções pulmonares, atraso do desenvolvimento motor em crianças e outras sequelas decorrentes do imobilismo como citado anteriormente, por meio da cinesioterapia motora e respiratória, estimulação psicomotora e sensorial ere-inserção do paciente em suas atividade do cotidiano, demonstrando assim que o fisioterapeuta tenha importante papel dentro da equipe multidisciplinar na recuperação funcional e qualidade de vida global de pacientes que realizaram transplante.


Fisioterapia é aliada no combate à osteoporoseo



Apesar da osteoporose ser uma doença metabólica do tecido ósseo, caracterizada por perda gradual de massa, enfraquecimento dos ossos por deterioração da microarquitetura tecidual (o que os torna frágeis e suscetíveis a fraturas), um fator importante na terapia é a introdução de exercícios. Neste contexto, a fisioterapia tem papel fundamental tanto na adequação de vida, quanto na orientação de atividades físicas.

De acordo com o fisioterapeuta Giuliano Martins, diretor regional da Associação Brasileira de Reabilitação de Coluna (ABRColuna) e proprietário do ITC Vertebral Ribeirão Preto (SP), não se deve proibir o portador de osteoporose de andar, caminhar, tomar sol, tudo pelo receio da fratura, mas sim é necessário e importante adequar sua vida e suas necessidades e reduzir riscos. “A fisioterapia é indicada para prevenir complicações, como deformidades e fraturas ósseas e também para fortalecer músculos, ossos e articulações, para assim melhorar a qualidade de vida do paciente. Ela ainda oferece benefícios cardíacos e respiratórios, além de favorecer o equilíbrio, fator importante para se evitar quedas”, admite.

Martins revela que as sessões de fisioterapia são indicadas de duas a quatro vezes por semana, na clínica ou em domicílio, mas não exclui a necessidade de uma alimentação rica em cálcio e de medicamentos receitados pelo médico. “Os exercícios fisioterapêuticos podem prevenir deformidades, como a posição corcunda, melhora do tônus muscular e para manter a boa amplitude das articulações. As atividades precisam ser individualizadas e orientadas por um profissional, para que sejam adequadas de acordo com os sintomas apresentados pelo paciente”, relata.

Segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, 10 milhões de brasileiros sofrem de osteoporose. Uma a cada quatro mulheres com mais de 50 anos desenvolve a doença. No Brasil, a cada ano, ocorrem cerca de 2,4 milhões de fraturas decorrentes da patologia. A entidade também identificou que 200 mil pessoas morrem todos os anos no país devido à doença. Mesmo após uma fratura osteoporótica, o diagnóstico acaba não sendo feito e o paciente não é encaminhado para tratamento, de acordo com a Sociedade.

O especialista informa que nos estágios iniciais da osteoporose a perda de massa óssea é assintomática. “Quando a perda óssea é mais significativa e acarreta em alterações clínicas, observa-se uma diminuição da estatura e aumento da cifose dorsal, devido a deformidades por compressão ou fratura das vértebras. Como consequência de quedas, macro traumas ou mesmo de baixo impacto, podem causar também fraturas dos ossos longos (fêmur e rádio). Assim que a osteoporose for diagnosticada, um acompanhamento médico é essencial. São recomendados medicamentos específicos que aumentem a absorção do cálcio e sua deposição nos ossos, suplementação de cálcio e vitamina D”, diz.

Para evitar as quedas e as lesões, Martins aconselha a retirada de tapetes, uma disposição adequada de móveis e evitar o uso indiscriminado de tranquilizantes. “Outros exercícios como caminhadas, dança, hidroginástica, pilates ou ioga também são recomendados no tratamento porque ajudam a retardar a perda da massa óssea e melhoraram o equilíbrio e a força. No entanto, estes movimentos só devem ser desenvolvidos sob a supervisão do fisioterapeuta”, alerta.

Saiba mais

O fisioterapeuta Giuliano Martins afirma que as mulheres têm mais osteoporose do que os homens, pois possuem ossos mais finos e mais leves e apresentam perda importante durante a menopausa. “No entanto, homens com deficiência alimentar de cálcio e vitaminas estão sujeitos à doença. Inclusive, o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia (Into) criou o Programa de Osteoporose Masculina (PROMA), desde março de 2004, com o objetivo de quantificar as vítimas da doença para tratá-las e estudar a sua incidência”, comenta.

O principal exame para rastreamento e diagnóstico da osteoporose é a densitometria óssea, que avalia a densidade dos ossos e músculos do corpo e pode identificar quando eles estão muito finos ou então quando a perda ainda está no início. Além desse, a radiografia também pode ser utilizada para a investigação da doença.


Por que se especializar em fisioterapia oncológica?



O câncer é a segunda maior causa de morte em nossa sociedade, ficando atrás apenas para as doenças cardiovasculares. E tenho uma má e uma boa noticia, vamos começar pela má: estima-se para o ano de 2015 mais de 517 mil novos casos de câncer no Brasil, isso mesmo… MAIS DE 500 mil pessoas receberam o diagnóstico da doença. Agora vamos para boa, os avanços científicos, principalmente na última década aumentam consideravelmente a chance de cura e sobrevida dos pacientes.

Os pacientes oncológicos precisam passar por diversos tratamentos agressivos, como cirurgias para retirada de tumores e necessitando às vezes da remoção parcial ou total de órgãos, quimioterapia e/ou radioterapia, diante disso diversas comorbidades atingem o paciente durante e após o tratamento, necessitando de profissionais da saúde que estejam empenhados em prevenir ou minimizar as sequelas/complicações relacionadas ao tratamento ou a doença, entre eles o fisioterapeuta.

O Conselho Federal de Fisioterapia e Terapia Ocupacional reconhece na resolução nº364/2009 a Fisioterapia Onco-funcional como especialidade que tem como objetivo preservar, manter, desenvolver e restaurar a integridade cinético-funcional de órgãos e sistemas do paciente, assim como prevenir os distúrbios causados pelo tratamento oncológico.

Também diversos estudos vem comprovando a importância e eficácia da atuação da fisioterapia em pacientes com diversos tipos de cânceres e também em diferentes estágios da doença, o que inclui os cuidados paliativos.

Então diante do exposto, se fizermos uma conta rápida entre a quantidade de pacientes que necessitam ou necessitarão do atendimento fisioterapêutico e o número de profissionais especializados e capacitados para suprir essa demanda à conta não fecha.

O paciente oncológico apresenta particularidades, devido as disfunções orgânicas e complicações oriundas da progressão tumoral e/ou pelos tratamentos anti-neoplásicos realizados, que faz com que o atendimento por um profissional não capacitado traga riscos a sua saúde e menor chance de resolução do quadro.

Por isso, profissionais que tenham entre suas principais virtudes a empatia e benevolência, devem procurar aprender mais sobre essa especialidade, havendo interesse se especializar na área da oncologia, estudar para entender não apenas o tratamento, mas a evolução da doença e assim estar qualificado para lidar com todos os aspectos do paciente com neoplasia seja adulto, idoso ou criança.

Então por que se especializar em fisioterapia oncológica?

1º As sequelas do tratamento oncológico repercutem diretamente sobre a funcionalidade do paciente em suas atividades de vida e laborais, necessitando do fisioterapeuta para minimizar esse impacto negativo.

2º Os sobreviventes de câncer precisam receber tratamento fisioterapêutico adequado para obter melhora da auto-estima, funcionalidade, dignidade e qualidade de vida.

3º O mercado precisa de profissionais preparados e dedicados para atender essa alta demanda de pacientes em todos os níveis de atenção à saúde.

4º Cresce o número de instituições privadas e públicas que atendem especificamente pacientes com câncer.

5º A Fisioterapia Oncológica pelos motivos citados acima é uma área em ascensão dentro da profissão e que merece continuar crescendo com excelentes profissionais que tenham como objetivo fazer a diferença na vida dos pacientes com câncer e seus familiares.


Como prevenir o desgaste nos joelhos



O processo de desgaste das estruturas do joelho pode ser muito doloroso e até incapacitante. A longo prazo, muitas pessoas acabam recorrendo à cirurgia por não suportarem os sintomas do problema. Daí a necessidade de hábitos de vida adequados para prevenir o desgaste nos joelhos.

Causas para o desgaste nos joelhos
Em muitas situações, a causa para o problema é desconhecida. Mas em outros casos pode estar associado a patologias (como a artrose), fatores hereditários e até mesmo à obesidade, uma vez que o peso corporal muito elevado tende a sobrecarregar os joelhos. O envelhecimento também contribui para o desgaste natural da região, assim como as lesões, traumas e fraturas causadas por diferentes fatores.

Principais sintomas do desgaste nos joelhos
– Sensação de fisgadas súbitas no joelho;

– Ocorrências frequentes de “pisadas em falso”;

– Fraqueza e rigidez muscular;

– Percepção de “rangidos” no joelho;

– Dor com fadiga ao se levantar após um período longo em posição sentada;

– Em casos mais avançados poderá surgir uma deformação do joelho, como mudanças no alinhamento da região.

Quando ocorre um desgaste nos joelhos, o indivíduo poderá perceber uma inflamação na região, normalmente, acompanhada de inchaço e vermelhidão. Mas é fundamental não confundir a inflamação com uma simples retenção de líquidos.

Dicas para evitar o desgaste nos joelhos
– Cuidado com o seu peso! Procure adotar uma alimentação saudável e balanceada;

– Procure investir, preferencialmente, em dietas que ajudem a renovar a cartilagem (legumes, gelatina, ovos, bacalhau, etc);

– Procure manter uma prática regular de atividades físicas, mas sempre com a supervisão de um profissional e sem exagerar nos esforços empreendidos. A natação, por exemplo, é um dos esportes mais apropriados para a saúde articular;

– Sempre realize alongamentos antes de se exercitar;

– Quando realizar caminhadas/corridas, procure utilizar um bom calçado com um sistema de amortecimento seguro.


quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Principais lesões do joelho



Uma das maiores articulações do nosso corpo é o joelho, basicamente formada por três ossos: o fêmur, a tíbia e a patela que estão ligados por meio de algumas estruturas como meniscos, tendões dos músculos das coxas e panturrilhas e ligamentos. Por ser bastante vulnerável aos traumas diretos e indiretos, além do seu alto uso (muitas vezes de maneira inadequada), o joelho é uma das áreas que mais sofrem lesões no corpo humano.

No dia a dia, diferentes ocasiões podem favorecer o aparecimento de patologias no joelho, como traumas ou posturas incorretas, por exemplo, mas é no meio esportivo que a incidência de lesões é bem maior, estando no auge das ocorrências ortopédicas. Isso ocorre porque, caso a prática esportiva não seja realizada de maneira dosada, pode acabar sobrecarregando o joelho, gerando efeitos nocivos e muitas vezes de ampla gravidade.

Veja abaixo as principais patologias que acometem o joelho:

– Ligamento Cruzado Anterior

O LCA conecta a tíbia ao fêmur, protegendo o joelho de importantes movimentos que o esporte exige, por exemplo, envolvendo rotação e translação, como é o caso dos movimentos para mudar de direção. Uma vez rompido o LCA, o indivíduo passa a sentir bastante dificuldade para realizar algumas atividades que envolvam a rotação do joelho.

– Ligamento Cruzado Posterior

A principal função do LCP é impedir a translação posterior da tíbia em relação ao fêmur, além de prevenir a rotação externa da tíbia. Lesões nesta estrutura levam à instabilidade do joelho e hiperpressão femoropatelar, podendo causar desde a dor característica até alterações degenerativas.

– Luxação patelar

A patela pode luxar ou sair da articulação com menor frequência ou de forma recidivante, principalmente em mulheres jovens. Para o surgimento de patologias a partir da luxação patelar, diversos fatores são analisados como sexo, idade, atividades corriqueiras, dentre outras. Em alguns casos é comum o surgimento da Síndrome fêmoro-patelar que causa, dentre outros sintomas, dor no joelho pelo contato entre a patela e o fêmur por questões anatômicas ou desequilíbrios musculares. Entre as causas para a luxação patelar estão os casos de patela alta e alterações ósseas do fêmur, por exemplo.

– Condromalácia patelar         

Conhecida popularmente por joelho de corredor, a condromalácia patelar surge em decorrência de um “amolecimento” da cartilagem. A causa não é exata, mas pode estar relacionada com fatores anatômicos, histológicos e fisiológicos. Um dos fatores comuns é por sobrecarga. Dentre os sintomas podem ser apontados: inchaço por baixo da edema do joelho; dor constante no meio do joelho; dor durante uma corrida, ao descer ou subir escadas e ao ficar muito tempo sentado.

– Artrose do joelho

Por suportar bastante peso ao longo do dia é normal que com o passar dos anos seja verificado um processo de desgaste da cartilagem ou “artrose”. Muitas vezes, o paciente apresenta o problema no joelho, mas não sente dores associadas.

– Tendinite patelar

Patologia do tendão patelar que, normalmente, relaciona-se com atividades no esporte que envolvem saltos e desacelerações bruscas, é o caso do atletismo e do futebol, por exemplo. Também conhecida como “joelho do saltador”, trata-se de uma das doenças do joelho mais comuns que afetam os atletas.

– Sindrome do corredor

Consiste numa inflamação da banda iliotibial (região lateral da coxa) como consequência da flexo-extensão excessiva do joelho que é resultante de fatores que promoveram um aumento na tensão ou atrito na região. Os principais sintomas são hipersensibilidade, dor e queimação na região lateral do fêmur. Diversos fatores podem favorecer o aparecimento da lesão, como calçados inadequados, sobrecarga provocada por treinamentos e competições e encurtamentos musculares.

– Lesões de menisco

O menisco é uma estrutura localizada no meio do joelho, entre o fêmur e a tíbia. Eles são responsáveis pela absorção dos impactos realizados sobre os joelhos e diferentes situações podem gerar lesões nessas estruturas, especialmente, nos casos de movimentos de giro.

– Cisto de Baker

Diferentes patologias que afetam os joelhos, como artrose, lesões meniscais, lesões na cartilagem, dentre outras, podem promover um aumento na produção de líquido sinovial, popularmente conhecida por sinovite, que levará a formação do cisto de Baker. Os principais sintomas são dor e rigidez no joelho e inchaço na parte de trás (às vezes, estendendo-se para a perna). O aumento de líquido provoca uma saliência, causando sensação de desconforto atrás do joelho.


Porquê diagnosticar, prognosticar e planejar o tratamento



Mais que uma obrigação prevista na Resolução COFFITO 414/12, a sequência de ações em questão é demanda necessária para organização do trabalho da Fisioterapia, porque define o ponto de partida, o provável “destino” e os meios para realização dessa “viagem”. Em oportunidade anterior, falamos sobre diagnóstico fisioterapêutico, sem o qual não é possível sistematizar o tratamento simplesmente por inexistir referência para comparação futura.

O prognóstico fisioterapêutico é a estimativa de evolução do caso, a opinião do profissional sobre a melhor capacidade física que o paciente está sujeito a alcançar depois de submetido ao tratamento. O ato de antecipação deve utilizar elementos que amparem as predições, tais como os índices aplicados aos pacientes críticos, e os quadros predispostos ao desenlace negativo, o rótulo de prognóstico reservado.

O plano terapêutico compreende a descrição dos procedimentos fisioterapêuticos propostos relatando os recursos, métodos e técnicas a serem utilizados e o(s) objetivo(s) terapêutico(s) a ser(em) alcançado(s), bem como o quantitativo provável de atendimento, ou seja, são três variáveis a consignar no mesmo item, relacionadas umas às outras para configurar o nexo de causalidade entre elas.
Na área de terapia intensiva, na qual são frequentes as oscilações no estado de saúde do paciente, a dificuldade em estabelecer a sistemática de assistência é potencialmente prejudicada pelas referidas intercorrências, porém não exime o fisioterapeuta de registrá-la na qualidade de dado básico obrigatório do prontuário. Na admissão do paciente, o diagnóstico é classificatório da funcionalidade, seguido do prognóstico, para o qual há meios de atingi-lo, o plano de tratamento, influenciável por situações que renovam ou não o fluxo a seguir.


Considerando Contingência como intervenção casual, resta evidente a viabilidade para que o trabalho seja executado com os marcos acima mencionados, não obstante a necessidade de aprimorar essa dinâmica em função das particularidades da área de atuação, porque precisamos saber o que estamos fazendo e onde queremos chegar.


Fonte: NovaFisio

Fisioterapia dermato-funcional e as cicatrizes


Áreas de Intervenção da dermato-funcional:
A intervenção da Fisioterapia Dermato-funcional divide-se em duas grandes áreas: reparadora e estética. Da primeira fazem parte problemas como:
•             úlceras;
•             cicatrizes;
•             feridas;
•             queimaduras.

Por outro lado a área estética é responsável por intervenção em distúrbios, como:
•             Envelhecimento cutâneo (rugas, manchas e pele desvitalizada);
•             Acne;
•             Hiperlipodistrofia (“gordura localizada”);
•             Flacidez (dérmica e muscular);
•             Estrias; Fibro edema gelóide (“celulite”);

As cicatrizes podem ser hipertróficas ou queloides. A hipertrófica pode regredir espontaneamente e a hipertrofia ocorre dentro dos limites da lesão. Os queloides não apresentam essa melhora espontânea: a fibrose forma-se além dos limites da lesão e os portadores têm sensação de prurido, ferroadas ou queimação.

Recursos Terapêuticos nas Cicatrizes hipertróficas e queloides:
•             Terapia compressiva – Prevenção de instalação de cicatrizes hipertróficas. A compressão parece estar associada à oclusão de pequenos vasos dentro da cicatriz, reduzindo a atividade fibroblástica;

•             Corticoides – injeção intralesional de triancinolona inibe a síntese de colagénio. Constitui a primeira linha de atuação nos queloides;

•             Cirurgia – remoção da cicatriz;

•             Crioterapia (promove destruição celular por anóxia) – congelamento com nitrogênio líquido;

•             Microdermoabrasão;

•             Massagem – eficaz na prevenção e no tratamento, permitindo alongamento do tecido conjuntivo;

•             Corrente galvânica/Ionização – a componente polar da galvanização favorece a regressão das cicatrizes hipertróficas. A iontoforese com princípios como a hialuronidase ou iodo apresenta bons resultados na alteração do arranjo estrutural do tecido conjuntivo;

•             Hialuronidase – enzima de difusão que promove despolimerização do ácido hialurónico, produzindo uma maior permeabilidade interfibrilar;

•             Iodo – principio ativo com efeito esclerolítico;

•             Ultrassom terapêutico/Fonoforese – participa na mobilização de aderências cicatriciais, graças aos seus efeitos sobre a substância fundamental amorfa e as fibras de colagênio;

•             Laser – provoca fototermólise de células endoteliais dos vasos da cicatriz. Resultados interessantes na redução de cicatrizes hipertróficas e hiperpigmentadas.

Fonte: PORTAL EDUCAÇÃO