quinta-feira, 28 de agosto de 2014

A importância da fisioterapia na reabilitação da criança com necessidades especiais



O trabalho do fisioterapeuta com crianças especiais é desafiador, pois é a oportunidade de o paciente descobrir posições e novas experiências e ao mesmo tempo provar de que é capaz, que pode brincar e usufruir de sua vida mesmo com um déficit neurológico leve, moderado ou grave, afinal é um ser humano, também sente e necessita de viver.

Mas não é uma tarefa fácil, afinal o profissional fisioterapeuta terá que conquistar a confiança da criança, interagindo amistosamente com ela, que, dessa forma, passará a colaborar com o tratamento.

Nesse contexto, o fisioterapeuta tem como principal objetivo desenvolver habilidades, melhorando a independência funcional num contexto lúdico e educativo, recuperar as habilidades motoras perdidas dentro do limite do paciente, treinar novas formas de adaptação ao ambiente e as suas atividades dentro de sua capacidade e por fim orientá-lo e a família também sobre formas de higiene e adaptações.

Os recursos fisioterapêuticos mais utilizados são os exercícios de alongamentos, treinos posturais, brinquedos para estimular os movimentos, escadas e rampas para treino de marcha, bolas para treinar posturas, rotações de tronco, equilíbrio e propriocepção, espelho para trabalhar também a posturas, dentre muitos outros recursos.

A Fisioterapia Neurológica tem por objetivo tratar com eficácia os distúrbios relacionados sempre com o objetivo de minimizar os efeitos da incapacidade, seja ela permanente ou não e readquirir a máxima independência funcional possível.

Os resultados variam por muitas razões, como o grau do dano neurológico permanente, quais partes do sistema nervoso são afetadas, idade e capacidade anteriores do paciente, estado mental, motivação do paciente e condições associadas.

Desde a infância, o corpo precisa estar em movimento e a mente precisa estar em ação. Para as crianças com problemas neurológicos, a fisioterapia vai ajudar nesse sentido, respeitando toda forma de ser da criança, possibilitando melhor expressão corporal.

A compreensão de todos os aspectos envolvidos nos distúrbios neonatais e pediátricos pode auxiliar o fisioterapeuta a fornecer um tratamento de qualidade, respeitando sempre o princípio que cada criança é única e possui a sua particularidade. Por isso, o tratamento sempre deverá ser diferenciado mesmo que a doença for a mesma, pois cada um reage de uma maneira diferente.

O tratamento de uma criança com disfunções neurológicas deve ser desenvolvido de acordo com suas necessidades e acompanhado por uma equipe multidisciplinar. Durante as sessões, todo o esforço deve ser feito para que a criança dê passos além das próprias limitações.

Os desafios propostos durante o programa de reabilitação devem estar igualmente compatíveis com as habilidades do paciente. Se a capacidade da criança satisfaz o desafio, as sessões de fisioterapia tornam-se mais estimulantes e produtivas.

O acompanhamento da melhora da criança através da fisioterapia neurológica é fundamental, pois só é possível verificar a evolução do procedimento a partir das reações que ela demonstra. Esse acompanhamento será pelo resto da vida, pois a fisioterapia trata a deficiência, mas a origem do problema é neurológica.

É importante numa sessão de fisioterapia verificar constantemente se o paciente melhorou em decorrência do procedimento terapêutico selecionado.

O tratamento de uma criança neurológica não deve nunca tornar-se estático, mas continuar a desenvolver-se cada vez mais, de acordo com as necessidades do paciente. Durante as sessões, todo o esforço deve ser feito para que o paciente dê passos além das limitações aparentes de si próprio.

Enfim, o tratamento de fisioterapia neurológica deve sempre estar disponível ao paciente enquanto ele continuar a melhorar sua qualidade de vida, e certamente até que ele seja capaz de “mover-se” livremente fora dos limites da sua casa.

Conheça mais

A Fisioterapia Neurológica é a área de atuação da fisioterapia que atua no tratamento de disfunções do sistema nervoso central e/ou do sistema nervoso periférico. A fisioterapia neurológica têm o objetivo de analisar os déficits neurológicos e determinar o tratamento adequado para cada paciente.

O trabalho do fisioterapeuta com crianças especiais é desafiador, pois é a oportunidade de o paciente descobrir posições e novas experiências e ao mesmo tempo provar de que é capaz, que pode brincar e usufruir de sua vida mesmo com um déficit neurológico leve, moderado ou grave, afinal é um ser humano, também sente e necessita de viver.

Mas não é uma tarefa fácil, afinal o profissional fisioterapeuta terá que conquistar a confiança da criança, interagindo amistosamente com ela, que, dessa forma, passará a colaborar com o tratamento.

Nesse contexto, o fisioterapeuta tem como principal objetivo desenvolver habilidades, melhorando a independência funcional num contexto lúdico e educativo, recuperar as habilidades motoras perdidas dentro do limite do paciente, treinar novas formas de adaptação ao ambiente e as suas atividades dentro de sua capacidade e por fim orientá-lo e a família também sobre formas de higiene e adaptações.

Os recursos fisioterapêuticos mais utilizados são os exercícios de alongamentos, treinos posturais, brinquedos para estimular os movimentos, escadas e rampas para treino de marcha, bolas para treinar posturas, rotações de tronco, equilíbrio e propriocepção, espelho para trabalhar também a posturas, dentre muitos outros recursos.

A Fisioterapia Neurológica tem por objetivo tratar com eficácia os distúrbios relacionados sempre com o objetivo de minimizar os efeitos da incapacidade, seja ela permanente ou não e readquirir a máxima independência funcional possível.

Os resultados variam por muitas razões, como o grau do dano neurológico permanente, quais partes do sistema nervoso são afetadas, idade e capacidade anteriores do paciente, estado mental, motivação do paciente e condições associadas.

Desde a infância, o corpo precisa estar em movimento e a mente precisa estar em ação. Para as crianças com problemas neurológicos, a fisioterapia vai ajudar nesse sentido, respeitando toda forma de ser da criança, possibilitando melhor expressão corporal.

A compreensão de todos os aspectos envolvidos nos distúrbios neonatais e pediátricos pode auxiliar o fisioterapeuta a fornecer um tratamento de qualidade, respeitando sempre o princípio que cada criança é única e possui a sua particularidade. Por isso, o tratamento sempre deverá ser diferenciado mesmo que a doença for a mesma, pois cada um reage de uma maneira diferente.

O tratamento de uma criança com disfunções neurológicas deve ser desenvolvido de acordo com suas necessidades e acompanhado por uma equipe multidisciplinar. Durante as sessões, todo o esforço deve ser feito para que a criança dê passos além das próprias limitações.

Os desafios propostos durante o programa de reabilitação devem estar igualmente compatíveis com as habilidades do paciente. Se a capacidade da criança satisfaz o desafio, as sessões de fisioterapia tornam-se mais estimulantes e produtivas.

O acompanhamento da melhora da criança através da fisioterapia neurológica é fundamental, pois só é possível verificar a evolução do procedimento a partir das reações que ela demonstra. Esse acompanhamento será pelo resto da vida, pois a fisioterapia trata a deficiência, mas a origem do problema é neurológica.

É importante numa sessão de fisioterapia verificar constantemente se o paciente melhorou em decorrência do procedimento terapêutico selecionado.

O tratamento de uma criança neurológica não deve nunca tornar-se estático, mas continuar a desenvolver-se cada vez mais, de acordo com as necessidades do paciente. Durante as sessões, todo o esforço deve ser feito para que o paciente dê passos além das limitações aparentes de si próprio.

Enfim, o tratamento de fisioterapia neurológica deve sempre estar disponível ao paciente enquanto ele continuar a melhorar sua qualidade de vida, e certamente até que ele seja capaz de “mover-se” livremente fora dos limites da sua casa.

Fonte: Blog A Crítica 

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Síndrome do desfiladeiro torácico neurogênica ou vascular


por Willem-Paul Wiertz

Dentre as possíveis causas da síndrome do desfiladeiro torácico neurogênica ou vascular pode ser a ocorrência de uma costela cervical. Costelas cervicais estão localizadas entre a vértebra C7 e a primeira costela e podem variar em comprimento. A incidência na população geral varia entre 0,2 e 1,0%.

Geralmente distinguimos entre quatro diferentes tipos: (1) que são ligeiramente mais longas do que o processo transverso; (2) anexas as costelas que se estendem sobre o processo transverso e quase chegam a primeira costela; (3) costela cervical proeminente a primeira costela através de um tecido fibroso; e 4) costelas cervicais que se fundem com a primeira costela.

Sintomas tais como parestesia, dor e fraqueza no braço são causas comumente relacionadas com os tipos 3 e 4.

De acordo com os autores, o procedimento cirúrgico preferencial para esta condição é uma resseção da primeira costela e uma "escalenotomia". Essa cirurgia é realizada com um acesso transaxilar ou supraclavicular, dependendo da necessidade de intervenção vascular adicional.

Com uma ressecção de costela cervical deve-se aliviar a artéria subclávia, veia subclávia e o plexo braquial e, assim, eliminar os sintomas de dor.

Chang et al., J Vasc Surg 57 (2013) 771-775. Alle Rechte vorbehalten an die Society for Vascular Surgery. Bild von: radiologypics.com.

Além do resumo do artigo, você encontrará um sumário de outros artigos relevantes e o link para a PubMed na http://www.anatomy-physiotherapy.com/

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Lesões do plexo braquial


As principais conseqüências em lesões do plexo braquial são paralisia total ou parcial do braço, ombro, mãos e antebraço, além de transtornos de sensibilidade e dependendo do caso dor.
A lesão do plexo braquial é uma lesão nervosa que pode acometer recém-nascidos na hora do parto natural e adultos geralmente em acidentes de moto e esportes de contato.

A sensibilidade e motricidade do membro superior é responsabilidade das raízes nervosas do plexo braquial (chamadas de C5, C6, C7, C8 e T1). As raízes C5 e C6 (tronco superior) tem a função básica de movimento do ombro e flexão do cotovelo. C7 (tronco médio) comanda o conjunto muscular extensor do cotovelo, extrínseco do polegar e dedos. C8 e T1 são responsáveis por muitos movimentos da mão, flexor extrínseco e musculatura intrínseca.6

A inervação do braço é composta pelo plexo braquial localizado nas axilas e pescoço. Os ramos anteriores dos quatro nervos espinhais cervicais inferiores (C5,C6,C7,C8) e do primeiro torácico (T1) podem ter sofrido rompimento ou estiramento.

A gravidade da lesão do plexo braquial é determinada pelo tipo de dano do nervo. Há vários sistemas de classificação diferentes para classificar a gravidade dos nervos periféricos e lesões do plexo braquial. A maioria dos sistemas tentativa de correlacionar o grau de lesão com os sintomas da patologia e prognóstico. classificação de Seddon, concebida em 1943, continua a ser utilizado, e baseia-se em três tipos principais de lesão de fibras nervosas, e se há continuidade do nervo.

- Neurapraxia: A forma mais branda de lesão do nervo. Trata-se de uma interrupção da condução nervosa, sem perda de continuidade do axônio. A recuperação ocorre sem degeneração walleriana.

- Axoniotmese: Envolve a degeneração axonal, com perda da relativa continuidade do axônio e sua cobertura de mielina, mas a preservação da estrutura do tecido conectivo do nervo (o tecido de encapsulamento, o epineuro e perineuro, estão preservadas).

- Neurotmese: A forma mais grave de lesão do nervo, em que o nervo é completamente interrompido pela tração, contusão ou laceração. Não só axônio, mas o tecido conjuntivo encapsular perder a sua continuidade. O grau mais extremo de neurotmese é transsecção, embora a maioria das lesões neurotmeticas não produzem perda bruta de continuidade do nervo, mas sim, o rompimento interno da arquitetura do nervo suficiente para envolver perineuro e endoneuro, bem como os axônios e seus invólucros. Ele necessita de cirurgia, com recuperação imprevisível.

As principais conseqüências em lesões do plexo braquial são paralisia total ou parcial do braço, ombro, mãos e antebraço, além de transtornos de sensibilidade e dependendo do caso dor. Nas regiões onde não existe recrutamento de fibras musculares irá ocorrer atrofia muscular.

O tratamento para lesões do plexo braquial inclui fisioterapia e, em alguns casos, cirurgia para religamento dos nervos. Mas muitas lesões do plexo braquial podem curar sem tratamento. Geralmente espera-se três meses antes de qualquer intervenção cirúrgica, visando indícios de recrutamento de fibras nervosas. Por vezes é necessária a utilização de órteses e tipoias.

Muitas crianças melhoram ou recuperam dentro de seis meses, mas aqueles que não têm uma boa recuperação precisam de cirurgia para tentar compensar os déficits dos nervos. A capacidade de dobrar o cotovelo (função do bíceps) no terceiro mês de vida é considerado um indicador da provável recuperação, com movimento ascendente adicional do pulso, bem como a correcção de dedos polegar e indicador fortes de indica uma melhora espontânea excelente. Grande amplitude de movimento e exercícios realizados pelos pais, acompanhados de exames repetidos por um médico, pode ser tudo o que é necessário para pacientes com fortes indicadores de recuperação.

Fonte: Lista da Saúde

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Podoposturologia: o uso de palmilhas para tratar e prevenir dores e doenças


Nossos pés funcionam como base de sustentação corporal, isso quer dizer que nosso equilíbrio se inicia por eles. Assim, quando pisamos de forma errada nosso corpo fica desequilibrado, provocando diversos males à nossa saúde e dores físicas. São problemas de coluna, nos quadris, joelhos, e pasmem, até mesmo de oclusão dentária, visão e enxaqueca, entre outros. Agora, imagine se livrar de todo esse incômodo com o simples uso de uma deliciosa e confortável palmilha. Sim, isso já é possível graças à Podoposturologia, uma ciência que vem conquistando cada vez mais adeptos.

Diferentemente do que muita gente pensa, a chamada palmilha postural não é indicada apenas para atletas. Posicionadas entre o pé e o calçado, as palmilhas têm o intuito de reduzir os picos de pressão em certas regiões dos pés, decorrentes da má postura, e distribuir a força de reação do solo por toda a região plantar bilateral. Dessa forma, aumenta a eficiência do controle postural ao promover uma posição ereta, seja na caminhada, na corrida e na realização de uma atividade física ou ocupacional.

“Macias, confortáveis e confeccionadas sob medida, ao mesmo tempo em que corrigem a postura, essas palmilhas evitam a agressão e/ou stress ao corpo, eliminando doenças, cansaço e dores motivadas pela má postura”, garante o fisioterapeuta Victor Marcassa Neto, especialista em fisioterapia ortopédica, traumatológica e desportiva, com formação em Podoposturologia.

“Abordando o indivíduo como um todo, a técnica permite tratar a causa da doença, gerando resultados mais satisfatórios e em menor tempo, evitando o seu reaparecimento e até mesmo uma cirurgia”. O fisioterapeuta ressalta que as palmilhas podem ser usadas em qualquer tipo de calçado (inclusive sandálias e sapatos de salto), por crianças, jovens, adultos e idosos. O tratamento tem custo acessível e apresenta resultados surpreendentes, de forma rápida e segura.

Indicações

As recomendações para o uso das palmilhas são muitas: elas podem ser prescritas de acordo com a marcha (rotação interna ou externa da perna), perna curta, pé cavo, pé plano (chato), esporão de calcâneo, calcâneo valgo (para dentro), calcâneo varo (para fora), joelho valgo, joelho varo, joanete e tendinites nos membros inferiores.

São indicadas também para o tratamento dos desníveis da bacia (obliquidade), diversas patologias nos pés, dores na região cervical, lombar e dorsal, dores irradiadas, pubalgias, hérnia de disco, síndromes musculares e fasciais, síndromes fêmuro-patelares, artrose, artrite, alterações morfológicas da coluna vertebral, entre outras.

Fonte: Fisioterapia.com 

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Corrida descalça?


por Jens Erik Jørgensen
Traduzido por: Lídia da Silva Farinha

A corrida descalça é muitas vezes prescrita como um modo de tratamento para sequelas de algumas lesões, fortalecimento e condicionamento. Esta revisão tem como objetivo avaliar criticamente a teoria bem como a evidência de correr descalço.

A evidência conclusiva das vantagens ou desvantagens de correr descalço ainda não foi demonstrada. Quatro grandes fatores contribuem para tal. 1) A complexidade da etiologia da lesão 2) A Grande variabilidade biomecânica entre indivíduos 3) As diferenças entre desenhos de estudo e 4) a análise dos dados , muitas vezes não analisadas de forma adequada.

A revisão conclui que ainda pouco se sabe sobre o assunto de correr descalço. O conhecimento atual sobre correr descalço é mais simplificado e mal compreendida. A revisão reconhece que correr descalço tem impacto significativo sobre a cinemática da corrida, no entanto, ainda tem de ser comprovado se há alguma conexão causal entre a lesão e correr descalço .

Para correr descalço é necessário a aquisição dessa habilidade específica, e não está claro a forma como esta adaptação pode ser feita e se pode esperar que todos os corredores a consigam fazer. > De: . Tam et al , Br J Sports Med 48 ( 2014) 349-355 . Todos os direitos reservados ao BMJ Publishing Group Ltd. Imagem tirada de: mo.austin360.com .

Você encontrará o resumo PubMed e um link para a versão em texto completo gratuitamente no http://www.anatomy-physiotherapy.com/

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

O que acontece com o corpo de quem não dorme?


Ganho de peso
Dormir pouco faz você ter vontade de ingerir mais calorias do que seu corpo precisa, especialmente alimentos açucarados e com amido. Com duas noites sem dormir o suficiente, pessoas que participaram de uma pesquisa nos EUA apresentaram mais hormônios grelina (aquele que induz à fome) e menos leptina (que reduz o apetite). O risco neste caso é a obesidade.

Desenvolve diabetes tipo 2
A glicose é o combustível das células do seu corpo. Pessoas que dormem mal por seis dias seguidos normalmente desenvolvem resistência à insulina, o hormônio que ajuda no transporte da glicose da corrente sanguínea para as células, revelou uma pesquisa da Universidade de Chicago. Em outro estudo, testes mostraram que pessoas que dormem menos de seis horas à noite e acham natural dormir pouco não podem metabolizar o açúcar corretamente. A longo prazo poderão desenvolver o diabetes tipo 2.

Baixa no sistema imunológico
Pessoas que dormiram pouco durante dez dias consecutivos aumentaram o nível da proteína Criativa, que é um indicador de inflamação associada a doenças cardíacas e autoimunes. Os riscos, em longo prazo, são: inflamação que pode desencadear doenças no coração, derrame (AVC) e diabetes tipo 2.

Depressão
Depois de uma noite mal dormida, pessoas cansadas ficam menos felizes, pois o sono e o humor são regulados pela mesma química cerebral. A longo prazo, isso se transforma em depressão.

Envelhecimento precoce
 As alterações orgânicas causadas pelos distúrbios do sono agem sobre a saúde das células, com reflexos que chegam também à pele, causando envelhecimento precoce.

Sofre de hipertensão ou doenças cardiovasculares
Estudo da Universidade de Chicago aponta que cochilos inesperados causados pela elevação dos níveis de cortisol, o hormônio do estresse, cujo ápice acontece à tarde ou à noite, aumentam o ritmo cardíaco, a pressão sanguínea e a glicose no sangue. Os riscos, a longo prazo, são: hipertensão, doenças do coração e diabetes tipo 2.

Fonte: Revista Viva Saúde 

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Benefícios da fisioterapia preventiva na terceira idade


De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), no Brasil, 5,85% da população tem mais de 65 anos, número que deverá aumentar em 15 vezes até 2025. Em decorrência desta longevidade, a procura por profissionais de fisioterapia está em plena ascensão e vem ganhando um novo status no segmento da prevenção e qualidade de vida.

Até há pouco tempo, o principal uso da fisioterapia era voltado para a área de reabilitação, que consiste em tratar uma lesão instalada. Atualmente, o foco se volta cada vez mais para os trabalhos preventivos, que têm o objetivo de evitar lesões. A Academia B-Active possui uma equipe multidisciplinar, que reúne médicos, fisioterapeutas e profissionais especializados, para atendimento personalizado, onde os exercícios são adaptados às condições físicas e clínicas de cada indivíduo. A equipe médica especializada em medicina esportiva e fisiologia do exercício garante a segurança e maior eficiência das atividades.

Dr. Benjamim Apter, médico especialista no esporte e fisiologia do exercício, que coordena a rede de franquias B-Active, academias e fisioterapia para terceira idade, comenta que todas as publicações científicas na área da saúde comprovam a eficácia dos exercícios para prevenção das doenças crônicas mais comuns na terceira idade que são osteoporose, hipertensão arterial, diabetes, osteoartrose ansiedade e depressão.

“Os estudos comparativos entre grupos portadores de doenças crônicas que praticam exercícios físicos versus os que não praticam, mostram que o primeiro grupo usam menos medicamentos, têm menos internações, menos dor e maior sobrevida”, pondera Dr. Apter.

A novidade que a B-Active traz ao mercado sênior é utilizar estes recursos antes da instalação das doenças.

Muitos idosos que utilizam este método não sentem os sintomas de algumas doenças. Dr. Apter cita exemplos de alunos portadores de osteoartrose diagnosticada em exames de imagem sem qualquer sintomatologia clínica ou restrições de mobilidade.

O método de fisioterapia preventiva adotada pela B-Active inclui fortalecimento muscular, pilates, yoga, exercícios funcionais e aquaterapia.

Fonte: Fisiogama 

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Passos da Reabilitação Esportiva


A reabilitação é um programa dinâmico de exercícios, utilizado para prevenir ou reverter os efeitos deletérios da inatividade pós-lesão enquanto o indivíduo recupera seu nível precedente de competição.

A reabilitação esportiva se diferencia da reabilitação convencional, pois ela combina o exercício e as modalidades terapêuticas com a finalidade de restaurar o atleta ao seu nível normal de atividade, e até mesmo levá-lo a um nível de condicionamento maior do que o nível que este possuía antes de sofrer a lesão. Para que isso aconteça é importante levar em conta a força muscular, potência, flexibilidade e resistência, assim como equilíbrio e propriocepção. Cada programa de reabilitação deve ser individualizado de forma a atender as necessidades especiais de cada atleta, mas sempre deve seguir alguns passos para que o atleta retorne plenamente a sua prática esportiva.

Em qualquer tipo de lesão ocorrem eventos fisiológicos específicos em resposta do traumatismo. Cabe ao terapeuta reduzir a gravidade desses efeitos, otimizar a cicatrização e devolver o atleta à competição o mais rápido possível. Para isso, o terapeuta e o atleta deverão elaborar em conjunto os objetivos a curto e longo prazo baseados na lesão sofrida pelo atleta ou no procedimento cirúrgico realizado. Os objetivos gerais de todo programa de reabilitação incluem:

- Redução da dor
- Redução da resposta inflamatória
- Retorno ADM ativa completa e sem dor                                                            
- Redução do edema
- Recuperação da força, potência e resistência muscular
- Retorno às atividades funcionais assintomáticas (ao nível pré-lesão)

Os fatores mais importantes a serem levados em consideração ao elaborar esse tipo de programa são as exigências fisiológicas para que ocorra a cicatrização. É importante saber que essa cicatrização é afetada por idade, saúde e estado nutricional do atleta e pela extensão da lesão (tendões, músculos, ligamentos, etc.). Ao ter em mente essas exigências é necessário iniciar com o tratamento.

Inicialmente devemos controlar a dor e a tumefação.  No tratamento da dor é necessário primeiramente classificar se trata-se de uma dor aguda ou crônica. A dor aguda é tipicamente de curta duração e está associada a uma lesão ou cirurgia. Já a dor crônica está presente por um longo período, recidiva com frequência e sem finalidade. É uma dor que pode persistir por muito tempo depois que a lesão original já cicatrizou, como resultado da alteração na biomecânica ou na resposta de defesa do organismo. O controle da tumefação também é muito importante, pois pode estar comprimindo terminações nervosas sensoriais e contribuir para o aumento ou permanência da dor. Na fase aguda da lesão devem ser usados gelo, compressão e elevação do local afetado, a fim de prevenir a lesão hipóxica secundária e controlar então o edema e hemorragia. Além dessa técnica também podemos fazer uso da estimulação elétrica associada a contrações musculares isométricas voluntárias para o combate ao edema.

Uma vez a dor e o edema controlados é necessário dar início aos exercícios de fortalecimento muscular. Esses exercícios podem ser feitos em cadeia cinética aberta (CCA) e/ou em cadeia cinética fechada (CCF). Os exercícios em CCA se caracterizam pelo segmento distal que termina livremente no espaço, ao passo que na CCF o segmento distal da articulação encontra-se fixo e suporta uma considerável resistência externa. Os exercícios em CCA são importantes em fases iniciais de tratamento, porém os exercícios em CCF são mais vantajosos, pois diminuem as forças de cisalhamento presentes na articulação, estimulam proprioceptores, aprimoram a estabilidade articular, toleram padrões de movimentos mais funcionais e possuem uma maior especificidade para atividades esportivas. Existem vários tipos de exercício que podem ser utilizados em um programa de reabilitação, dentre eles:

- Exercício Estático: contrações isométricas nas quais a força é gerada sem restringir o movimento e sem modificar o ângulo articular. O exercício isométrico é o método menos eficaz de se aumentar a força, pois os aumentos de força são limitados ao ângulo articular no qual ocorreu a contração. Porém, nas fases iniciais do tratamento, esse poderá ser o único tipo de exercício permitido.

- Exercício Passivo: ajudam a restaurar os movimentos articulares fisiológicos e acessórios. Esse exercício é realizado pela aplicação de alguma força externa e com mínima contração. Os movimentos fisiológicos podem ser realizados pelo terapeuta ou por algum dispositivo mecânico  (exemplo do CPM para ganho de flexão joelho) e os movimentos acessórios podem ser restaurados por meio de mobilizações ou manipulações articulares. É importante ressaltar que para que haja um movimento fisiológico é necessário que ocorra o movimento acessório, tais como rotações, deslizamentos e rolamentos

- Exercício Ativo: movimento voluntário intencional realizado pelo atleta, com ou sem resistência. Pode ser assistido (com ajuda do terapeuta ou de algum objeto) ou resistido.

- Contração concêntrica e excêntrica:

* Concêntrica – onde ocorre encurtamento das fibras musculares e redução do ângulo da articulação.

* Excêntrica – onde o músculo resiste ao seu proprio alongamento, de forma que o ângulo articular aumenta durante a contração;

O exercício excêntrico é considerado mais funcional que o concêntrico, porém está associado à produção de dor muscular de inicio tardio. Por isso é importante que ele seja realizado com progressão gradual.

- Exercício Dinâmico:

* Isotônico – comprimento real do músculo se modifica quando este produz ou resiste a uma mudança do ângulo articular. No exercício isotônico, a resitência permanece contante.

* Pliométrico – treinamentos ou exercícios destinados a unir força e velocidade do movimento, de forma a produzir resposta muscular explosiva e reativa.

Durante o trabalho de fortalecimento muscular também se dá inicio ao treino sensório motor ou propriocepção. O reparo dos elementos estáticos ou dinâmicos de contenção e fortalecimento dos músculos não preparam uma articulação para modificações bruscas de direção a que estão submetidas as articulações durante a prática esportiva, já o treino sensório motor trabalha com os receptores articulares que estão localizados dentro da cápsula articular, ligamentos e em todas as estruturas intra articulares do corpo.

Uma vez a força muscular e o treino sensório motor bem trabalhados, o atleta evolui com treinos pliométricos e funcionais, para então retornar ao esporte. A pliometria consiste em conjuntos de exercícios destinados a unir força e velocidade para produzir uma resposta muscular explosiva e para realçar a excitabilidade dos receptores neurológicos. O exercício pliométrico possui 3 fases e é realizado por meio de saltos sobre caixas ou em profundidade.

- Fase excêntrica: período de pré-carga. O fuso muscular encontra-se pré alongado.
- Fase de amortização:  fase entre a contração excêntrica e inicio da força concêntrica. 
- Fase concêntrica

A pliometria será contra indicada em casos de cirurgia recente, instabilidade articular excessiva, dor e déficit de força e controle muscular.

O treino funcional ajuda o atleta apreensivo a se adaptar gradualmente as demandas inerentes ao esporte, já que cada estágio da reabilitação tem como alicerce os estágios precedentes. Isso garante o retorno da destreza física e dá confiança ao atleta com relação a sua capacidade de realizar o gesto esportivo sem qualquer sintoma. As atividades funcionais devem ser realizadas em combinação com o programa de reabilitação e não como um substituto para tal.

O desempenho criterioso baseado em mensurações objetivas e testes de atividade funcional sem qualquer dor ou derrame indica que o atleta está pronto para voltar a praticar plenamente sua atividade esportiva. A eficácia da reabilitação no período de recuperação, tanto após uma cirurgia quanto após um traumatismo, geralmente determina o grau e o sucesso da futura competição atlética!


Fonte: Spalla