Atlas – Quase todo mundo conhece a história por trás do nome da
primeira vértebra, mas vale a pena relembrar: a vértebra C1 foi batizada com o
nome de um Titã da mitologia grega chamado Atlas. Este Titã foi condenado por
Zeus a sustentar por toda a eternidade o globo terrestre sobre seus ombros.
Como a primeira vértebra cervical também sustenta sozinha todo o peso da
cabeça, os anatomistas acharam que seria uma analogia justa e batizaram C1 como
Atlas.
Músculo – Vem do latim musculus, que significa pequeno rato, ou
camundongo. Provavelmente este nome foi dado porque um músculo, ao se contrair,
parece um pequeno rato andando por baixo de um lençol.
Acetábulo – Vem do latim acetabulum, e significa literalmente
"copo raso de vinagre”. Recebeu este nome devido a sua semelhança com o
formato do vaso que os romanos usavam para guardar vinagre (acetum), que era
raso, de boca larga e arredondada.
Clavícula – Em latim clavis significa chave, e originou a palavra
clavícula que significa “pequena chave”. Existem algumas versões interessantes
para explicar o nome dado a este osso. Uma delas afirma que o nome se deve ao
movimento que a clavícula faz de girar sobre o próprio eixo como uma chave.Outra
versão diz que os anatomistas clássicos acreditavam que a clavícula era o
primeiro osso a se formar no feto e o último a se decompor após a morte. Assim,
poeticamente falando, a clavícula seria a chave que abre e fecha as portas da
vida.
Safena – A origem desta palavra não é clara e existem duas
explicações curiosamente conflitantes. A primeira sugere que safena vem do grego
saphenes, que significa visível (o que acontece quando ela fica varicosa). A
segunda explicação sugere que se trata de uma palavra que vem do árabe
al-safin, que significa escondido (o que pode ser explicado por sua posição
profunda). Ninguém sabe ao certo se ela
recebeu o nome por ser escondida demais ou visível demais.
Xifóide (processo xifoide) – A pontinha final do esterno recebeu
este nome devido à sua semelhança com um tipo específico de espada usada na
Grécia antiga chamada xiphos. Este tipo de espada é muito comum em filmes de
gladiadores. A palavra xifoide é derivada da junção das palavras gregas xiphos
e eidos (semelhante), literalmente “semelhante a xiphos”.
Sartório – Nas aulas de anatomia você provavelmente aprendeu que o
sartório é o músculo do alfaiate. Pois bem, o nome deste músculo é derivado da
palavra latina Sartor que significa exatamente alfaiate. Recebeu este nome
porque os antigos alfaiates trabalhavam sentados com as pernas cruzadas. A ação
deste músculo é justamente a de ajudar na flexão, abdução e rotação externa no
quadril e na flexão de joelho.
Tíbia – Esta palavra latina era usada para nomear tanto um tipo de
flauta quanto o osso da perna. Os instrumentos de sopro primitivos eram feitos
de madeira, chifres e ossos de animais, em particular do osso da perna de
pássaros. Acredita-se que a flauta recebeu o nome do osso (tíbia) do qual era
feita. A utilização do nome em medicina é atribuído a Aulo Cornélio Celso - 25
a.C.-50 d.C. Enciclopedista romano e possivelmente médico.
Fíbula – Fíbula é a palavra latina usada para descrever um alfinete
para prender roupas, tipo um broche. Ela é derivada do latim figo, palavra que significa
prender. Aparentemente os anatomistas antigos achavam que a fíbula se parecia
com este objeto. Aliás, a fíbula era anteriormente conhecida como Peroneo. A
palavra Peroneus significa exatamente a mesma coisa (alfinete), só que em
Grego.
Vértebra – O antigo termo latino vertebra significava uma
articulação ou algo que se poderia girar. Significa "para virar".
Celso, em cerca de 30 dC, usou o termo para designar qualquer articulação, bem
como os ossos da coluna vertebral. Foi somente muito tempo depois que o termo
passou a ser usado exclusivamente para descrever os ossos da coluna vertebral.
Valva mitral – Esta válvula cardíaca possui duas cúspides. O
formato lembra a mitra - chapéu fendido nas laterais superiores, usado pelo
papa e por bispos, arcebispos e cardeais em certas solenidades -. Foi chamada
de valva mitral por Andréas Vesálius, anatomista belga do século dezesseis.
Artéria – Vem do grego aer (ar) + terein (conter, guardar), ou
seja, que contém ar. Os antigos anatomistas acreditavam que as artérias levavam
ar ao corpo, já que sempre são encontradas vazias num corpo morto.
Trocanter – É derivada da junção das palavras gregas trekhein (correr)
e trokhos (roda). Galeno originalmente nomeou a cabeça do fêmur como trocanter
porque lembrava uma roda articulada dentro do acetábulo. Mais tarde o termo
trocanter foi transferido para as projeções ósseas da parte proximal do fêmur,
provavelmente em referência a sua função de inserção de músculos que produzem
os movimentos rotatórios do fêmur.
Sóleo – Soleus é a palavra latina para uma espécie de sandália
plana. A palavra “sola” de “sola do sapato” também é deriva de Soleus. O
músculo sóleo é o mais plano e mais profundo dos músculos que compõem o tríceps
sural.
Tendão de Aquiles – Aquiles é um dos mais famosos heróis gregos.
Segundo a mitologia grega, Aquiles, ainda recém nascido, foi mergulhado por sua
mãe nas águas do rio Estige. Este fato o tornou invulnerável, salvo pelo
calcanhar que não foi banhado, pois a mãe o segurava por esta parte do corpo.
Curiosidade: A expressão “calcanhar de Aquiles” é utilizada até os dias de hoje
para representar o ponto fraco e vulnerável de uma pessoa.
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