O assunto de hoje é Dor Muscular Tardia, algo comum a atletas em qualquer estágio, já que costuma afetar pessoas sedentárias que iniciam treinamento volume e intensidade elevados, atletas que retomam os treinos após um período de afastamento e também indivíduos que treinam há mais tempo, mas fazem mudanças bruscas na intensidade e volume. Em linguagem leiga, trata-se daquela dorzinha que a gente sente no dia seguinte da atividade física.
Em linguagem técnica, o Dr. Cristiano Laurino explica que “a dor muscular tardia (DMT) é um fenômeno freqüente no esporte e pode acometer qualquer músculo esquelético. Geralmente é desencadeada após uma grande modificação do treino ou no reinício de treinamento, após um longo período sem praticar exercícios”. Vale ressaltar que ela é diferente da dor aguda, que aparece durante ou imediatamente após o exercício. Esta é um sinal de fadiga e acontece pela produção de substâncias químicas decorrentes do exercício e que são eliminadas dentro da primeira hora de repouso.
A DMT aparece entre 12 e 48 horas após a realização da atividade física e se intensifica entre 24 e 72 horas. Depois disso, ameniza, mas pode durar por sete ou dez dias. “As sensações associadas à dor são: inchaço, tensão muscular aumentada, dificuldades para iniciar alguns movimentos, alongar ou realizar um treino completo”, explica o Dr. Laurino. Sua origem se deve a microlesões das fibras musculares e o conseqüente processo inflamatório.
Medidas necessárias
Você treinou e acordou com essa dor bem chatinha. O que fazer? Muitos dizem para ficar sem treinar até a dor passar. Outros muitos dizem para continuar a rotina de treinos sem alterações. Mas o Dr. Cristiano Laurino explica que a melhor medida é evitar os exercícios intensos e vigorosos até que a dor tenha diminuído a intensidades suportáveis. Além disso, faça aquecimento antes do exercício, mantenha os exercícios aeróbicos leves (correr, nadar e pedalar), realize exercícios suaves de alongamento nas áreas afetadas até o ponto de desconforto, faça massagens nestas áreas e, se preciso, use bolsas de gelo e tome analgésicos, ambos com prescrição médica.
Com o passar do tempo, a dor se resolve espontaneamente, mas se os sintomas persistirem e se intensificarem depois de sete, com grande limitação de movimentos, aparecimento de equimoses ou hematomas, deformidades na superfície da musculatura, é hora de procurar um especialista.
Então, para evitar todo esse transtorno, o Dr. Cristiano Laurino dá dicas para evitar a DMT.
Faça aquecimento e exercícios de alongamento antes da atividade física.
Siga um programa de treinamento individual, respeitando as características de cada atleta.
Converse com o treinador sobre as dificuldades e sensações percebidas antes, durante e depois do treino.
Evite mudanças bruscas no tipo de exercício e na duração do mesmo.
“Atingir a forma física não depende necessariamente de passar por episódios de DMT”, finaliza o profissional.
Escrito por Lara Martins
Nenhum comentário:
Postar um comentário