Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), no Amazonas,
durante todo o ano de 2014, devem ser registrados 390 novos casos de câncer de
mama, sendo a maioria na capital. O câncer de mama é a maior causa de óbitos
por câncer na população feminina no Brasil, principalmente na faixa etária
entre 40 e 69 anos.
A retirada da mama pode ser uma das opções de tratamento
para mulheres vítimas de câncer de mama. Depois do procedimento, começa uma
nova etapa para a paciente: a de recuperação dos movimentos, que nessa fase,
encontra a fisioterapia como principal aliada para garantir a qualidade de
vida.
A paciente submetida ao tratamento cirúrgico do câncer de
mama terá que conviver com as mudanças de postura causadas pela retirada do
seio, como dor e restrição ao movimentar o ombro, inchaço do braço (linfedema)
e a falta de sensibilidade na parte superior e interna do braço.
Após a cirurgia, a mulher passa a ter uma nova realidade de
seu esquema corporal devido a importantes alterações que com freqüência são
geradas pela dor, fraqueza muscular e modificação na imagem corporal. A
fisioterapia ajuda a mulher a enfrentar as mudanças causadas pela retirada do
seio.
O fisioterapeuta pode intervir desempenhando um papel
importante na prevenção de sequelas, fazendo parte integrante da equipe
multidisciplinar no acompanhamento da recuperação destas mulheres. Atualmente,
a fisioterapia está incluída no planejamento da assistência para a reabilitação
física no período pré e pós-operatório do câncer de mama.
A mastectomia radical modificada, principalmente acompanhada
de radioterapia, pode determinar complicações físicas, imediatas ou tardias,
tais como limitação da amplitude de movimento (ADM) do ombro e do cotovelo,
linfedema, fraqueza muscular, infecção e dor, que colocam em risco o desempenho
das atividades de vida diária e dos papéis da mulher mastectomizada. Com a
fisioterapia, as mulheres são orientadas quanto à postura que irão adquirir no
pós-cirúrgico e a importância da aderência à reabilitação.
Quanto mais precoce forem orientados os exercícios, mais
rapidamente a mulher responderá ao tratamento. A amplitude de movimentos deve
ser alcançada no menor espaço de tempo possível, levando-se sempre em conta as
dificuldades individuais de cada paciente.
As pacientes submetidas ao tratamento fisioterápico diminuem
seu tempo de recuperação e retornam mais rapidamente às suas atividades
cotidianas, ocupacionais e desportivas, readquirindo amplitude em seus
movimentos, força, boa postura, coordenação, autoestima e, principalmente,
minimizando as possíveis complicações pós-operatórias e aumentando a qualidade
de vida.
A fisioterapia desempenha um papel fundamental nesta nova
etapa da vida da mulher operada, pois além de significar um conjunto de
possibilidades terapêuticas físicas passíveis de intervir desde a mais precoce
recuperação funcional, até a profilaxia das seqüelas, além de diminuir o tempo
de recuperação, com retorno mais rápido às atividades cotidianas e
ocupacionais, colaborando com sua reintegração à sociedade, sem limitações
funcionais.
Segundo tipo mais comum
Segundo tipo mais frequente no mundo, o câncer de mama é o
mais comum entre as mulheres, respondendo por 22% dos casos novos a cada ano.
Se diagnosticado e tratado oportunamente, o prognóstico é relativamente bom.
No Brasil, as taxas de mortalidade por câncer de mama
continuam elevadas, muito provavelmente porque a doença ainda é diagnosticada
em estádios avançados. Na população mundial, a sobrevida média após cinco anos
é de 61%.
Relativamente raro antes dos 35 anos, acima desta faixa
etária sua incidência cresce rápida e progressivamente. Estatísticas indicam
aumento de sua incidência tanto nos países desenvolvidos quanto nos em desenvolvimento.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), nas décadas de 60 e 70
registrou-se um aumento de 10 vezes nas taxas de incidência ajustadas por idade
nos Registros de Câncer de Base Populacional de diversos continentes.
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