domingo, 25 de janeiro de 2015

Cigarro aumenta risco de dores nas costas



Conhecido por ser um dos maiores vilões da saúde, o cigarro também é responsável por aumentar o risco de dores nas costas, doença do disco intervertebral e complicações pós-operatórias depois de cirurgias de coluna.

De acordo com o fisioterapeuta Helder Montenegro, especialista em coluna vertebral, presidente da Associação Brasileira de Reabilitação de Coluna, as altas chances de um fumante desenvolver complicações na lombar se deve à fumaça do cigarro, que reduz a circulação sanguínea nos platôs (amortecedores naturais) do disco invertebral. “Essa diminuição dificulta a chegada de nutrientes na região, fazendo com que os discos ressequem e se desgastem”, descreve o especialista.

O tabaco contribui ainda para o surgimento de hérnia de disco, um processo em que o disco intervertebral sofre uma ruptura no anel fibroso, sendo que este envolve o núcleo pulposo. “Com a ruptura e posteriormente a saída do núcleo pulposo, as raízes cervicais que são incumbidas pela inervação de membros superiores, ficam comprimidas, causando as dores, diminuição da força e atrofia da musculatura”, descreve Montenegro.

Quanto mais cedo começa a fazer o uso do cigarro, mais chances de desenvolver problemas na coluna. “Naturalmente o corpo sofre um desgaste natural de suas articulações a partir dos 35 anos, porém, o tabagismo acelera esse processo. Além disso, a obesidade, a má alimentação e a ausência da prática de atividades físicas podem agravar o problema”, informa Helder.

Além disso, a nicotina e outras substâncias encontradas no cigarro reduzem o diâmetro dos pequenos vasos, inibindo o aporte de oxigênio que as células recebem através do sangue. “A vasoconstrição (processo de contração dos vasos sanguíneos) dificulta na cicatrização de cirurgias e também interferem na estabilização de fraturas, pois reduz a produção de colágeno pelo corpo”, alerta o fisioterapeuta.

Fonte: Revista Saúde

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