quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Vitamina D e sua Importância para o Organismo


A vitamina D é hoje tida como de extrema importância para o tratamento de muitas doenças, sendo a principal delas a osteoporose. A perda da densidade óssea é comum em detrimento do avançar da idade, principalmente na mulher após a menopausa, e muitos estudos hoje regem o tratamento da osteoporose como sendo multidisciplinar.

Os medicamentos mais utilizados para o tratamento e até mesmo para a prevenção da piora da osteoporose são os alendronatos, que fazem com que o cálcio da dieta seja absorvido de forma mais adequada pelo osso, evitando assim uma perda mais acentuada com a progressão da doença. Aliado a ele, o uso da vitamina D também ajuda muito nesta função, e a seguir fazemos algumas considerações importantes.


1. Como a vitamina D funciona no nosso organismo para prevenir doenças?
A vitamina D é essencial para a absorção de cálcio pelo intestino. A sua deficiência crônica pode reduzir o teor de cálcio no sangue e desencadear um aumento compensatório do PTH (hormônio paratireoideano). Isso pode levar ao aumento da função da paratireóide, causando o que se denomina hiperparatireoidismo secundário. Essa alteração hormonal vai fazer com que o organismo tire o cálcio dos ossos para colocá-lo na corrente sanguínea, e vai causar a perda de densidade óssea no futuro. A deficiência crônica de vitamina D também causa fraqueza muscular, o que junto com a perda óssea pode causar quedas e fraturas

2. Qual a dose diária recomendada de vitamina D?
Para a maioria dos pacientes o consumo diário recomendado por consensos médico é de 600UI a 800UI, mas quando o paciente tem deficiências crônicas conhecidas (como por exemplo quando apresentam índices de 25-OH vitamina D menores de 20ng/ml) os valores devem ser maiores do que estes (algumas vezes acima de 1000 UI por dia). Como suplementação alimentar não se recomenda ultrapassar a dose de 4.000 UI ao dia, por tempo crônico. Doses acima dessas somente devem ser consideradas quando o tratamento envolve a associação medicamentosa com outros produtos (vide abaixo) - estudos recentes já demonstraram segurança no uso de doses altas (acima de 100.000 UI a cada 4 meses por 5 anos não se mostraram inseguras).

3. Quais medicamentos estão disponíveis no mercado com essas doses recomendadas?
A vitamina D3 (colecalciferol) está disponível em associações com cálcio, na dose de 400UI ou 500UI por comprimido, ou em produtos isolados, na dose de 1000UI por comprimido. Também existe associação medicamentosa da vitamina D3 com alendronatos, em comprimidos que normalmente apresentam 70mg deste composto com 5600 UI de vitamina D3.

Fonte: Holick MF. Vitamin D deficiency. NEJM 2007, 357: 266-81 / Bischoff HA et al. Effects of vitamin D and calcium supplementation on falls: a randomized controlled trial. J Bone Miner Res 2003;18:: 343-351

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

A volta das dores que foram


“Milagre! A dor foi embora, você é o melhor fisioterapeuta do mundo. Posso trazer um bolinho de laranja no próximo atendimento?” Célebres palavras emocionantes que todo o emblemático fisioterapeuta já recebeu da querida paciente que já tem dor há 20 anos e que ainda acredita na paz mundial. Como tudo na vida é passageiro, o alívio da dor para as pessoas com dor crônica também é. Se consideramos a dor crônica como uma doença crônica, então teremos períodos com pouca dor ou sem dor (remissão) e períodos com bastante dor (recidiva). Mas acredito que isso é uma forma biomedica demais e que deve ser deixada de lado. A dor ir, vir, sumir, reaparecer depende de muitos fatores. Sempre comento do envolvimento dos fatores emocionais e comportamentais que podem piorar, manter e deixar a dor persistente. Quanto mais sensível estiver o sistema nervoso, mais fácil sentir dor.

Aliais, para os fisioterapeutas, já perceberam que é muito mais fácil sentir dor do que não sentir? Além da memória das experiências dolorosas que armazenamos em nosso HD Cerebral Sansung, existem muito mais mecanismos que favorem a ativação do que a inibição dos sistemas de dor do nosso corpo. Será a mãe natureza tão B! assim? Claro que não. Segundo a breguíssima frase “Escrito nas Estrelas” tudo tem um objetivo final. Então se é para a gente sentir dor é porque alguma coisa tem. Só não precisa acordar e ir dormir com dor.

As pessoas que de alguma forma ficaram marcadas pelas experiências dolorosas ruins, provavelmente terão dor para o resto da vida. Mas, assim como ir sempre no Hooters, podemos ter momentos de melhora e viver bem. Porém, não acreditem que uma dor de 20 anos irá embora em 1 semana, 1 mês ou 1 ano.

Quando que a dor pode voltar? De uma forma bem Fibra A alfa (grossa) podemos ter dor em muitas situações, ainda pior na dor crônica. Da mesma forma que precisamos da dor como alerta para ameaças de tsunami corporal não queremos que apareça no corpo e cause sofrimento e limitações. É meio que um paradoxo confuso e imagético, que faz as pessoas com dor crônica buscarem uma possível cura.

O exemplo mais comum é a dor lombar. Quem já teve dor lombar em algum momento da vida vai ter denovo, CQC. Muitas das vezes, em situações completamente diferentes. Num exemplo cotidiano, o estresse de uma mãe porque a filha adolescente revoltada saiu de casa a noite de mini saia pode ser suficiente para iniciar um quadro de dor. Estresse, raiva, irritação, ansiedade, medo irracional e evitação provocam dor. Já o conjunto de charminho, carência, grude, controle de gandaia e sentinela nas festas provocam término de namoro.

A maneira ideal de evitar a volta das dores que foram é identificar todas as situações, problemas, comportamentos, atitudes e coisas a mais responsáveis por provocar dor. Tratar é bom? Claro, mas ir no consultório apenas é enxugar gelo. Tem que participar da sua melhora.

Vida sem estresse é brigadeiro na veia. Confete e endorfina para todos.

FONTE: Dores Crônicas - Artur Padão Gosling

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Quais são as 10 profissões mais felizes e infelizes do mundo?


É, a foto acima já denuncia o primeiro lugar. Os profissionais mais felizes do mundo, de acordo com uma pesquisa da Universidade de Chicago (EUA), são os membros do clero. Faz sentido, né? Taí uma profissão em que, se o pessoal fosse infeliz, ficaria feio.

Dá uma olhada no top 10.

1 – Clérigos
2 – Bombeiros
3 – Fisioterapeutas
4 – Escritores
5 – Professores de educação especial
6 – Professores
7 – Artistas
8 – Psicólogos
9 – Vendedores de serviços financeiros
10 – Engenheiros de operação

A maioria desses trabalhos se baseia em ajudar pessoas — é a isso que os pesquisadores creditam a boa colocação no ranking. Para outros, como escritores e artistas, parece que a autonomia e a liberdade de expressão são as responsáveis pela felicidade. Os vendedores de serviços financeiros, por sua vez, ganham comissões generosas, e os engenheiros de operação talvez se divirtam com brinquedões como escavadeiras e guindastes.

Como bônus, pega aí o top 10 das profissões mais infelizes do mundo, feito pelo site CareerBliss — elas, curiosamente, tendem a ser mais bem pagas do que as profissões listadas acima (e mais chatas também, impossível não dizer).

1 – Diretor de tecnologia da informação
2 – Diretor de vendas e marketing
3 – Gerente de produto
4 – Desenvolvedor web sênior
5 – Especialista técnico
6 – Técnico em eletrônica
7 – Secretário judicial
8 – Analista de suporte técnico
9 – Operador de CNC
10 – Gerente de marketing

E aí, se encontrou no meio de algum desses dois rankings?
(Vi lá no site da Forbes.)

Fonte: Revista Super

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

TENS dor?


Mais conhecido como “choquinho” ou “Tensis” para os íntimos, o TENS é uma ferramenta polêmica desde sua criação. Muito utilizada por fisioterapeutas, o TENS (Estimulação elétrica transcutânea) possui pouca evidência de ser um bom tratamento para dores crônicas de diversos tipos. Um trabalho recente pode ser conferido no blog do fisioterapeuta Lazaro Teixeira de Balneário Camboriú. Aliais, que praia hein?

http://www.fisioterapiaemevidencia.com/2010/01/tens-para-dor-de-origem-neurologica.html

Da mesma forma que todos eu me pergunto: porque “TENS” ainda o TENS para o tratamento de dores?

Da mesma forma que todos eu continuo me perguntando: porque mesmo sem efeitos na dor crônica o TENS ainda é usado no tratamento?

Se você é paciente, devia perguntar isso ao seu fisioterapeuta e reclamar com seu médico a indicação.

O TENS possui lindas explicações, porém com resultados fracos na prática.

TENS explicações? Sim. A corrente elétrica bloqueia os impulsos dolorosos na nossa medula. Porem, não funciona em todo mundo. Aliáis, quase não funciona na prática. Na dor crônica precisamos mudar o funcionamento do cérebro e o TENS não faz isso.

TENS certeza? Claro que não. Certeza só da nossa morte em algum momento e da ação da gravidade no corpo.

TENS dúvida? Eu também. Mas, os convênios adoram. É muito prático deixar 10 pacientes fazendo TENS e atender outros 10. Não é?

TENS problema? Sim. A maiora dos aparelhos são desregulados, quase nenhum paciente faz a dosagem correta, é usado de maneira indiscriminada, o efeito não é duradouro, possui grande efeito placebo. Quer que eu continue?

TENS melhor? Claro. Para a dor crônica, o exercício ganha de lavada.

TENS pior? Claro. Não fazer nada e esperar para ver o que acontece.

TENS solução? Hummmmmmmmmm. Fazer um bolo?

TENS dor? Não trate com TENS. Mas, alguns paciente ficam bem. Vai entender…

TENS necessidade de ser radical? Todos temos um dia de fúria. HÁ!

TENS um abraço? Claaaaaroooo!

 Abraços T…

Artur Padão Gosling – Pada

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Andador de Bebês, além de atrasar o desenvolvimento motor podem ser um risco para crianças


Eu acho que todo mundo conhece, ou até mesmo usou um andador infantil quando era criança. Estes andadores são muito populares aqui no Brasil, sendo que muitos pais adquirem este equipamento acreditando que ele oferece segurança e ajuda a criança a andar mais rápido. . . . Pois é galera, este é um belo exemplo de como as aparências enganam . . .


Logo de cara preciso avisar que não sou vendedor de brinquedos infantis, não faço consultas e nem avalio atraso motor pela internet. Esta é uma postagem direcionada a estudantes de fisioterapia e profissionais da saúde.

Como andadores infantis podem ser perigosos? 

Os andadores são projetados para oferecer mobilidade as crianças, e é justamente nesta mobilidade que mora o perigo. Um andador pode alcançar a velocidade de 1m/s (Lang-Runtz, 1983). dependendo da distância, esta velocidade é mais do que o suficiente para dificultar que um adulto a impeça de se aproximar demais de um degrau ou escada. Além disso, o fato dos andadores de bebê permitirem que as crianças fiquem “de pé”, aumenta o seu alcance o que lhes permite tocar objetos perigosos e puxar fios elétricos.

As lesões que podem ocorrer a partir do uso de andadores incluem ferimentos na cabeça e trauma no abdome ou membros devido as quedas. Lesões por impacto resultantes de crianças que puxam sobre si mesmas objetos pesados tais como ferros de passar, aparelhos de DVD, televisores e outros itens domésticos. O alcance pode também gerar um maior risco de asfixia devido à ingestão de pequenos objetos deixados sobre mesas de centro e demais mobiliários baixos.

VOCÊ SABIA?
A queda de escada com andadores infantis costumava ser a principal causa de lesões graves na cabeça de crianças menores de 2 anos no Canadá. Isso até o governo canadense banir este produto do país. Isso mesmo! Desde abril de 2004 é proibido importar, anunciar e vender andadores infantis no país.


FONTE: http://www.hc-sc.gc.ca/sr-sr/activ/consprod/baby-bebe-eng.php

De que forma os andadores atrapalham o desenvolvimento motor?


Bebês são curiosos por natureza e esta curiosidade é o que os motiva a se movimentar e explorar o ambiente ao redor. Ao longo do primeiro ano de vida este espírito explorador estimula o bebê a alcançar alguns dos principais marcos do desenvolvimento motor normal como se arrastar, rolar, engatinhar e finalmente andar. Como citado em uma postagem anterior, estas aquisições não se resumem apenas a postura. Ao engatinhar a criança desenvolve força nos abdominais e aprende a coordenar e transferir o peso corporal entre os membros de modo a conseguir se locomover. Ao sentar sem apoio, manipulando um brinquedo, desenvolve o equilíbrio de tronco e aperfeiçoa a bimanualidade. Existem alguns estudos que comprovam que crianças que utilizam demais o andador podem apresentar atraso no desenvolvimento motor. Embora eu não tenha encontrado nenhum modelo que explique a razão do atraso, um pequeno exercício de observação do movimento no andador pode explicar a razão deste atraso.

Vamos começar de baixo pra cima: Caso a criança seja pequena para o tamanho do andador, ela inevitavelmente irá se locomover utilizando a ponta dos pés, empurrando o chão para trás sem descarregar o peso sobre os MMII e sem experimentar o padrão de contração muscular de movimentos coordenados de joelho, tornozelo e quadril. Mesmo se o tamanho da criança for adequado, ainda assim ela vai andar com os joelhos dobrados, mais uma vez sem experimentar o padrão esperado de marcha para a idade.

A cadeirinha na qual a criança fica sentada no andador oferece estabilidade demais. Assim a criança não precisa se incomodar em manter o equilíbrio ao manusear um objeto ou se deslocar com o andador. Além disso, enquanto ela está no andador, ela não está exercitando o rolar, o engatinhar e nem estará tentando dar os primeiros passos por conta própria.

Felizmente este atraso motor não é preocupante. As crianças superam isso facilmente sem maiores problemas. Porém o grande problema é quando pais de crianças com disfunção neuromotora (mielomeningocele ou encefalopatia crônica, por exemplo) decidem usar o andador para “ajudar” com a fisioterapia de seus filhos e filhas. Neste caso teremos problemas de verdade, com a criança experimentando dois padrões de movimento completamente diferentes:

De um lado o/a fisioterapeuta tentando ensinar um padrão funcional de marcha enquanto do outro lado o andador reforçando um padrão inadequado, sendo que a luta fica ainda mais injusta se contabilizarmos as horas em que a criança permanece em fisioterapia e as horas que ela passa com o andador em casa.
E agora, o que fazer?

Bem galera, como pai sei muito bem que às vezes é um saco ficar tomando conta de crianças pequenas (e maiores também), mas não tem jeito. Se você quer zelar pela segurança então o negócio é investir em medidas de segurança, como protetores de tomada, portões pequenos para impedir o acesso a cozinha e escada, além de ficar de olho nos pequeninos. Se você quer estimular o desenvolvimento motor, não precisa comprar brinquedos caríssimos, basta passar mais tempo brincando com a criança.

Valeu Galera

Fonte: Humberto - O Guia do Fisioterapeuta

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Atividade Física: benefícios ou prejuízos?


Aceitar que a atividade física apresenta benefícios e riscos ajuda você chegar mais próximo dos grandes benefícios de uma atividade. Eu gostaria de dizer três coisas importantes e necessárias que nem todos dizem para você...

É muito claro que a atividade física apresenta efeitos positivos para prevenir complicações musculares e articulares por vários motivos. Por exemplo, os movimentos permitem com que os músculos façam o que ”gostam”, ou seja, contrair e relaxar. Quando isso acontece, os músculos dão um presente para suas articulações: quando são comprimidas aumentam sua resistência e quando são descomprimidas aumentam os espaços entre ossos para facilitar toda a sua nutrição. Os músculos tornam-se mais resistentes à medida que contraem e relaxam regularmente. É dessa forma que adquirimos e mantemos nossa mobilidade; somos capazes de realizar as atividades sem grandes problemas e estar preparados para os imprevistos do dia a dia e da tendência degenerativa do envelhecimento.

A atividade física leva nosso organismo a produzir, liberar e conduzir uma cascata de substâncias que atingem todo o corpo por intermédio dos vasos sanguíneos e nervos. Algumas dessas substâncias apresentam papéis importantes em promoverem bem-estar, retardar o envelhecimento e diminuir dor. Por isso os profissionais da saúde indicam a atividade física como parte integrante da rotina das pessoas, apesar de muitas vezes eles próprios não praticarem.

Atividade física como benefício

Idosos que praticam modalidades esportivas ou algum tipo de atividade física tendem a ter índices de ansiedade e depressão bem menores do que os sedentários. Pessoas que sofrem com insônia podem dormir melhor quando realizam atividade física e os efeitos negativos relacionados à perda de sono são reduzidos. Pessoas hipertensas e diabéticas encontram na atividade física uma maneira incontestável tanto preventiva quanto terapeuticamente.

Uma pessoa que está acima do peso vai ao médico com dor no joelho, recebe como orientação perder peso para reduzir a sobrecarga na sua articulação e aliviar a dor. Uma pessoa com dor no corpo inteiro que recebe o diagnóstico de fibromialgia, é estimulada pelos profissionais de saúde a fazer exercícios para ajudá-la no controle de suas dores. Um homem que trabalha o dia inteiro sentado em frente ao computador e apresenta dor no ombro é rapidamente orientado pelos colegas e profissionais de saúde a sair do sedentarismo e se matricular numa academia. Uma pessoa com dor crônica é orientada a fazer exercícios de baixo impacto e dessa forma produzir mais substancias que reduzem a dor.

Atividade física como prejuízo

No entanto tenho visto freqüentemente pessoas no meu consultório procurando a atividade física por orientações médicas e outras com dor por causa da própria atividade física. Imagine a pessoa com dor no joelho fazendo a atividade exatamente igual à de outra pessoa que não apresenta dor. Você não acha um pouco incongruente uma pessoa obesa com dor no joelho fazer caminhada para emagrecer sendo que a caminhada pode sobrecarregar mais ainda seu joelho? É muito freqüente ver uma pessoa com fibromialgia sentir mais dores após realizar atividade física, mesmos sob orientação. Eu conheço muitas pessoas que estão sedentárias há muito tempo e tentaram reiniciar alguma atividade física, mas desistiram porque sentiram muitas dores. Também é freqüente a pessoa realizar atividade física, não sentir dor, mas sentir dor em outro momento do dia fruto dos exercícios que foram realizados.

Dicas ao fazer atividade física

Eu gostaria de dizer três coisas importantes e necessárias que nem todos dizem isso para você:

- O que a maioria das pessoas e profissionais da saúde se esquece é que a maneira (pequenos detalhes) de realizar o exercício pode determinar o efeito positivo ou negativo da atividade. O exercício pode variar quanto à freqüência ou repetições, intensidade ou carga, regularidade, posicionamento do corpo para executar o exercício, duração da prática e o nível de atenção direcionada à atividade.

- Você não precisa carregar “Y” de peso e nem caminhar “X” minutos para ficar saudável. Não acredite 100% no que você ouve ou lê. Acompanhe meu raciocínio: As pesquisas dizem que as pessoas conseguem ganhar condicionamento físico se caminharem 30 minutos todos os dias. Ora, para uma pessoa que não consegue caminhar nem 10 minutos por conta de uma dor na coluna, você acha que essa informação é válida para ela? Se ela caminhar 10 minutos pode ser muito melhor do que caminhar 30 minutos.

- Aquilo que você sente deve ser dito para o profissional. Mesmo com uma dor é possível encontrar uma maneira de se exercitar e colher os frutos dessa atividade porque o exercício pode variar de muitas formas. E existe a melhor maneira de VOCÊ se exercitar NESSE MOMENTO. Talvez hoje seja de uma forma e amanhã de outra. Continuar fazendo da mesma forma atividade que gera dor é um problema. Fique atento porque atividade pode não gerar dor durante, mas pode piorar a dor depois em outras atividades. Deve haver um estudo detalhado prévio antes de desistir de uma atividade ou de continuar fazendo a atividade que mantém uma dor. Um profissional de saúde qualificado pode ajudar.

Aceitar que a atividade física apresenta benefícios e riscos ajuda você chegar mais próximo dos grandes benefícios de uma atividade. Lembre-se que profissionais qualificados podem ajudar a reduzir os riscos da atividade e você pode fazer sua parte procurando entender a relação entre risco e benefício de cada exercício.

Fonte: Rodrigo Rizzo - Portal Mapa da Dor