A obesidade mórbida é definida como o excesso de peso, de 45 kg ou mais em relação ao peso ideal do indivíduo. Atualmente é considerada pela medicina como uma doença crônica, porém nem sempre foi assim ; isto começou a mudar após os médicos constatarem que a obesidade mórbida levava a sérios comprometimentos de saúde
Esta doença diminui a qualidade e a expectativa de vida, sendo assim, foi determinado um limite, este é baseado pelo “índice de massa corpórea” acima de 40 kg/m2 (obesidade mórbida).
A obesidade mórbida pode apresentar complicações cardiovasculares, ortopédicas, digestivas, endócrinas, dermatológicas, problemas sociais, psicológicos e também complicações respiratórias como falta de ar ao menor esforço, dificuldade respiratória durante o sono, ocasionando uma fadiga crônica e apnéia do sono.
Quando o tratamento clínico não funciona mais, e quando o índice de massa corpórea encontra-se ideal para realização da cirurgia, é utilizado o procedimento de gastroplastia, ou seja, uma cirurgia para redução do estômago.
A fisioterapia respiratória atua junto com o serviço de cirurgia para obesidade mórbida, desde o internamento do paciente até a sua alta hospitalar, em 03 fases:
1ª Fase – Pré-operatória, conhecendo o paciente, seu peso atual, suas condições pulmonares, se é tabagista ou possui doença pulmonar, observando seu Raio X, oximetria (oxigenação do sangue), prova de função pulmonar e orientando quanto ao pós-operatório imediato.
2ª Fase –Pós-Operatório Imediato: Atua também no centro cirúrgico, onde freqüentemente quando o paciente possui peso acima de 200 kg, e apnéia do sono, há necessidade de acompanhamento da fisioterapia respiratória minutos após a gastroplastia, com a utilização de VPPI e BiPAP (não invasivo), para manter uma ventilação e expansão adequada após extubação, poupando um esforço desnecessário na musculatura respiratória do paciente, mantendo assim parâmetros ideais de gasometria, evitando possíveis distúrbios como derrame pleural, atelectasias e acúmulos de secreções brônquicas.
3ª Fase – Após acompanhamento no centro cirúrgico com o paciente no quarto, no mesmo dia da cirurgia, inicia-se técnicas específicas como ventilação por pressão positiva intermitente, inspirometria de incentivo e técnicas motoras como exercícios de membros inferiores para prevenção de trombose venosa profunda, marcha estacionária e deambulação leve no quarto.
1º pós-operatório – são realizados exercícios respiratórios com padrões ventilatórios adequados e deambulação no corredor do hospital;
2º pós-operatório – mantém-se a mesma conduta anterior e orienta-se o paciente quanto a alta hospitalar, que normalmente acontece neste dia, ou seja, o mesmo permanece desde o internamento até sua alta hospitalar, que em média é de 02 à 03 dias.
Portanto, é de extrema importância o acompanhamento da fisioterapia respiratória no pré trans e pós-operatório. Assim como a equipe multidisciplinar, para que o paciente obtenha total sucesso na cirurgia de obesidade mórbida.
Fonte: Concurso e Fisioterapia
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