Natação, hidroginástica e outras atividades físicas realizadas dentro da piscina são benéficas à mente e ao corpo. Escolha a sua
Correr, malhar e pedalar dentro d’água. Sim, isso é possível e está se tornando cada vez mais comum. Sobe a onda das atividades aquáticas que, devido à procura, tem se espalhado pelas academias Brasil afora. Essa crescente demanda se justifica: o exercício físico realizado dentro de uma piscina é benéfico à mente e ao corpo, sobretudo às articulações, que são poupadas de grandes impactos. "Isso porque a ação da gravidade é reduzida no meio líquido", lembra o ortopedista Arnaldo Jose Hernandez, do Hospital das Clínicas de São Paulo.
Para ter uma ideia, se a água estiver no nível do ombro, é como se o peso do corpo diminuísse em 90% — e a gente fica leve feito uma pluma. "O resultado é uma menor sobrecarga nas pernas e nos braços, o que é ótimo para quem sofre com doenças articulares como artrite e artrose", diz o fisiatra Gilbert Bang, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.
Os indivíduos com excesso de peso, problemas nos joelhos ou na coluna também podem desfrutar desse mergulho numa boa. Por falar em coluna, pesquisadores da Faculdade de Educação Física de Wroclaw, na Polônia, recrutaram 94 crianças de 8 a 13 anos, todas com escoliose, um desvio postural. Elas seguiram um programa que, além da tradicional natação, incluía exercícios de correção para a escoliose na piscina. Depois de seis meses, os especialistas constataram que houve uma melhora significativa no problema. É que malhar dentro d’água contribui para restaurar o equilíbrio e a estabilidade do centro corporal.
Apesar de sua aparente fluidez, o meio líquido exerce uma força considerável sobre o corpo, que atua como uma resistência aos movimentos, trabalhando os nossos músculos por completo. "É como se estivéssemos fazendo séries típicas da musculação, com a vantagem de trabalhar toda a musculatura de uma vez só", compara Maurício Garcia, fisioterapeuta do Centro de Traumatologia do Esporte da Universidade Federal de São Paulo. E por causa dessa mesma resistência muitos dos exercícios aquáticos queimam mais calorias do que os realizados em terra firme. O gasto calórico médio pode variar de 260 a 700 calorias por hora — tudo depende do tipo de treino escolhido.
Além de incinerar calorias, exercitar-se na piscina promove aquele relaxamento, sobretudo quando a água é aquecida. "A temperatura ligeiramente elevada dilata os vasos sanguíneos, melhorando a circulação e, de quebra, o transporte de oxigênio para os tecidos", conta Ricardo Cury, ortopedista da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Assim, a sensação agradável de calor chega mais rápido ao hipotálamo, lá no cérebro, o centro que interpreta os estímulos prazerosos. Sem falar que a atividade física por si só faz o organismo liberar endorfina, substância que alivia as dores e aumenta a disposição.
A água também produz um efeito massageador. "E essa espécie de massagem trabalha a consciência corporal e alonga os membros", atesta José Kawazoe Lazzoli, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte. Tudo isso combinado funciona como um petardo de bem-estar contra o estresse, a ansiedade e até a depressão.
Além desse relax total, o esforço despendido na piscina fortalece o coração e melhora a função respiratória. "Quem mais ganha com isso são os portadores de doenças como hipertensão, asma e bronquite", opina o fisiologista Paulo Zogaib, médico do setor de medicina esportiva do Centro de Reabilitação do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Mas, antes de banhar-se nesses benefícios, é aconselhável tomar alguns cuidados básicos. A avaliação médica é fundamental para verificar as potenciais restrições, como ferimentos de pele, infecções e osteoporose. "Nesse último caso, o problema está no baixo impacto, que impede a produção da massa óssea. O certo, aí, é optar pela corrida ou pela musculação no solo", orienta Camila Coelho Greco, coordenadora do curso de Educação Física da Universidade Estadual Paulista, em Rio Claro. Salvo essas exceções, as atividades aquáticas estão liberadas para qualquer um. Quando se mantém a frequência correta — no mínimo três vezes por semana, com aulas de 30 minutos a uma hora —, a melhora no condicionamento e o esvaziamento dos pneuzinhos podem ser notados após umas seis semanas. "Para não se desapontar com os resultados, basta elaborar um programa individualizado junto com o educador físico ou fisioterapeuta, conforme seu objetivo e capacidade física", recomenda Gilbert Bang. Daí, é só mergulhar de cabeça nessa onda! Para conquistar os benefícios de um exercício físico, nem é preciso suar a camisa.
Para ter uma ideia, se a água estiver no nível do ombro, é como se o peso do corpo diminuísse em 90% — e a gente fica leve feito uma pluma. "O resultado é uma menor sobrecarga nas pernas e nos braços, o que é ótimo para quem sofre com doenças articulares como artrite e artrose", diz o fisiatra Gilbert Bang, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.
Os indivíduos com excesso de peso, problemas nos joelhos ou na coluna também podem desfrutar desse mergulho numa boa. Por falar em coluna, pesquisadores da Faculdade de Educação Física de Wroclaw, na Polônia, recrutaram 94 crianças de 8 a 13 anos, todas com escoliose, um desvio postural. Elas seguiram um programa que, além da tradicional natação, incluía exercícios de correção para a escoliose na piscina. Depois de seis meses, os especialistas constataram que houve uma melhora significativa no problema. É que malhar dentro d’água contribui para restaurar o equilíbrio e a estabilidade do centro corporal.
Apesar de sua aparente fluidez, o meio líquido exerce uma força considerável sobre o corpo, que atua como uma resistência aos movimentos, trabalhando os nossos músculos por completo. "É como se estivéssemos fazendo séries típicas da musculação, com a vantagem de trabalhar toda a musculatura de uma vez só", compara Maurício Garcia, fisioterapeuta do Centro de Traumatologia do Esporte da Universidade Federal de São Paulo. E por causa dessa mesma resistência muitos dos exercícios aquáticos queimam mais calorias do que os realizados em terra firme. O gasto calórico médio pode variar de 260 a 700 calorias por hora — tudo depende do tipo de treino escolhido.
Além de incinerar calorias, exercitar-se na piscina promove aquele relaxamento, sobretudo quando a água é aquecida. "A temperatura ligeiramente elevada dilata os vasos sanguíneos, melhorando a circulação e, de quebra, o transporte de oxigênio para os tecidos", conta Ricardo Cury, ortopedista da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Assim, a sensação agradável de calor chega mais rápido ao hipotálamo, lá no cérebro, o centro que interpreta os estímulos prazerosos. Sem falar que a atividade física por si só faz o organismo liberar endorfina, substância que alivia as dores e aumenta a disposição.
A água também produz um efeito massageador. "E essa espécie de massagem trabalha a consciência corporal e alonga os membros", atesta José Kawazoe Lazzoli, presidente da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte. Tudo isso combinado funciona como um petardo de bem-estar contra o estresse, a ansiedade e até a depressão.
Além desse relax total, o esforço despendido na piscina fortalece o coração e melhora a função respiratória. "Quem mais ganha com isso são os portadores de doenças como hipertensão, asma e bronquite", opina o fisiologista Paulo Zogaib, médico do setor de medicina esportiva do Centro de Reabilitação do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Mas, antes de banhar-se nesses benefícios, é aconselhável tomar alguns cuidados básicos. A avaliação médica é fundamental para verificar as potenciais restrições, como ferimentos de pele, infecções e osteoporose. "Nesse último caso, o problema está no baixo impacto, que impede a produção da massa óssea. O certo, aí, é optar pela corrida ou pela musculação no solo", orienta Camila Coelho Greco, coordenadora do curso de Educação Física da Universidade Estadual Paulista, em Rio Claro. Salvo essas exceções, as atividades aquáticas estão liberadas para qualquer um. Quando se mantém a frequência correta — no mínimo três vezes por semana, com aulas de 30 minutos a uma hora —, a melhora no condicionamento e o esvaziamento dos pneuzinhos podem ser notados após umas seis semanas. "Para não se desapontar com os resultados, basta elaborar um programa individualizado junto com o educador físico ou fisioterapeuta, conforme seu objetivo e capacidade física", recomenda Gilbert Bang. Daí, é só mergulhar de cabeça nessa onda! Para conquistar os benefícios de um exercício físico, nem é preciso suar a camisa.
Conheça as modalidades aquáticas que, de um jeito gostoso e eficaz, afastam os quilos a mais, as dores nas costas e até a pressão alta
Hidroginástica Animada com muita música, essa ginástica na água pode ser de maior ou menor intensidade e realizada com ou sem o auxílio de equipamentos. É a atividade preferida das gestantes, porque relaxa, ajuda a combater as dores de coluna e aumenta a circulação nas pernas. No final das contas, isso tudo é capaz de garantir o desenvolvimento sadio do bebê e facilitar o parto. Gasto calórico: de 260 a 400 calorias por aula.
Deep running É a corrida realizada em piscina funda e com um colete flutuador colocado ao redor da cintura. A correria na água melhora o condicionamento cardiopulmonar, desenvolve a agilidade, a coordenação motora e os reflexos. É utilizada para reabilitação e manutenção do condicionamento aeróbico e físico de atletas. Gasto calórico: de 400 a 600 calorias por aula.
Hidrobike Atividade feita com bicicleta ergométrica, que simula na água manobras de ciclismo. Apesar de exercitar todo o corpo, concentra o trabalho nas pernas. Para praticar essa modalidade, é necessário o uso de sapatilha com solado emborrachado e bermudas com revestimento entre as pernas e na região dos glúteos para evitar dores devido ao atrito. Gasto calórico: 500 calorias por aula.
Watsu Não é bem um exercício — é um shiatsu na água, em que se pressionam partes do corpo com os dedos. Por utilizar movimentos suaves — a pessoa flutua sustentada pelo instrutor — e ser realizada em uma piscina morna, é ideal para quem busca relaxar e minimizar o estresse e a ansiedade. O resultado é imediato. Gasto calórico: 180 calorias por aula.
Cama elástica O aluno impulsiona o corpo dando saltos numa minicama elástica, o que desenvolve o equilíbrio e exercita principalmente os membros inferiores e a cintura. Para os iniciantes, vale usar o apoio das barras laterais da piscina ou materiais como pesinhos. Ideal para as pessoas que querem ganhar força muscular. Gasto calórico: 500 calorias por aula.
Esteira na água Os benefícios da esteira subaquática são os mesmos da corrida em esteira comum, com a vantagem de não haver sobrecarga nos membros inferiores. O treinamento pode ser individualizado ou em grupo, simulando corridas por tempo ou distância. Gasto calórico: 700 calorias por aula.
Em terra...
Deep running É a corrida realizada em piscina funda e com um colete flutuador colocado ao redor da cintura. A correria na água melhora o condicionamento cardiopulmonar, desenvolve a agilidade, a coordenação motora e os reflexos. É utilizada para reabilitação e manutenção do condicionamento aeróbico e físico de atletas. Gasto calórico: de 400 a 600 calorias por aula.
Hidrobike Atividade feita com bicicleta ergométrica, que simula na água manobras de ciclismo. Apesar de exercitar todo o corpo, concentra o trabalho nas pernas. Para praticar essa modalidade, é necessário o uso de sapatilha com solado emborrachado e bermudas com revestimento entre as pernas e na região dos glúteos para evitar dores devido ao atrito. Gasto calórico: 500 calorias por aula.
Watsu Não é bem um exercício — é um shiatsu na água, em que se pressionam partes do corpo com os dedos. Por utilizar movimentos suaves — a pessoa flutua sustentada pelo instrutor — e ser realizada em uma piscina morna, é ideal para quem busca relaxar e minimizar o estresse e a ansiedade. O resultado é imediato. Gasto calórico: 180 calorias por aula.
Cama elástica O aluno impulsiona o corpo dando saltos numa minicama elástica, o que desenvolve o equilíbrio e exercita principalmente os membros inferiores e a cintura. Para os iniciantes, vale usar o apoio das barras laterais da piscina ou materiais como pesinhos. Ideal para as pessoas que querem ganhar força muscular. Gasto calórico: 500 calorias por aula.
Esteira na água Os benefícios da esteira subaquática são os mesmos da corrida em esteira comum, com a vantagem de não haver sobrecarga nos membros inferiores. O treinamento pode ser individualizado ou em grupo, simulando corridas por tempo ou distância. Gasto calórico: 700 calorias por aula.
Em terra...
Corrida no solo… O risco provém do alto impacto do exercício — as articulações têm de suportar o equivalente a quatro vezes o peso do corpo. O esforço em excesso e a falta de alongamento podem provocar traumatismos nos joelhos e tornozelos.
Abdominal no solo… É realizado sobre um colchonete. Também pode ser praticado em aparelhos próprios ou com pesos nos braços e pernas. Feito de modo incorreto, sobrecarrega a coluna, podendo comprometer a região lombar.
Bike no solo… Pedalar em alta velocidade pode causar lesões no joelho. Com a ponta dos pés, sobrecarrega a batata da perna. Caso a mão fique por muito tempo na parte baixa do guidão, há cãibra na certa. E, se o selim estiver alto, a coluna será prejudicada.
Fonte: Revista Saúde
Abdominal no solo… É realizado sobre um colchonete. Também pode ser praticado em aparelhos próprios ou com pesos nos braços e pernas. Feito de modo incorreto, sobrecarrega a coluna, podendo comprometer a região lombar.
Bike no solo… Pedalar em alta velocidade pode causar lesões no joelho. Com a ponta dos pés, sobrecarrega a batata da perna. Caso a mão fique por muito tempo na parte baixa do guidão, há cãibra na certa. E, se o selim estiver alto, a coluna será prejudicada.
Fonte: Revista Saúde
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