sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Correr ou caminhar?


Saiba qual escolher quando você está começando na na corrida e veja ainda dicas para uma boa prática esportiva


Boa parte dos que querem iniciar na corrida começam caminhando e, com o passar do tempo - e dos treinos -, passam a acelerar. Um estudo recente, publicado pelo jornal britânico Daily Mail, porém, mostrou que praticar corrida em baixa intensidade é menos cansativo e melhor para os músculos do que apenas andar rápido. O principal motivo é que existe um músculo na região da panturrilha que funciona melhor quando se corre a dois metros por segundo, contribuindo diretamente para a produção de energia.



Durante o estudo, os pesquisadores americanos analisaram pessoas em esteiras enquanto andavam e corriam. Eles concluíram que esse músculo funciona como um câmbio de carro, ajudando o corpo a mudar de "marcha". O músculo segura o tendão de Aquiles, fazendo com que o corpo gaste energia para esticá-lo e o tendão, por sua vez, libera energia para ajudar no movimento do pé. Portanto, uma corrida mais leve pode ser mais benéfica e fácil do que caminhar, mesmo que rápido.

Mas o ideal mesmo é começar a correr gradativamente e, para isso, a caminhada pode sim servir como uma boa “base”, que dará mais resistência ao corpo. “Durante a caminhada, há um estímulo cardiopulmonar que faz com que a frequência cardíaca se adeqúe ao esforço do exercício”, explica a fisioterapeuta Luciana Costa, coordenadora do curso de Osteopatia da Faculdade Inspirar.

Além disso, com a caminhada há também uma adaptação para um aumento progressivo da sobrecarga, que irá preparar o corpo para quando ocorrer um maior impacto articular, como na corrida. “Por isso, a caminhada é o primeiro passo para começar a correr”, completa a especialista.

Próximo passo
Para ter uma “vida longa” na corrida é preciso respeitar cada etapa. Para evoluir na atividade, é importante ter a ajuda de um profissional de educação física para ter as devidas orientações e, consequentemente, bons resultados. Manter uma boa regularidade nos treinos, uma alimentação balanceada e hábitos saudáveis são outros pontos muito relevantes, considerando sempre os limites do corpo.

Entre seus benefícios da corrida estão a diminuição do mau colesterol (LDL) e a produção do bom (HDL), o fortalecimento da massa óssea, protegendo contra a osteoporose, controle do estresse, diminuição da ansiedade e a melhora da capacidade respiratória e desempenho nas no dia a dia. Os riscos só são maiores se houver o uso de tênis inadequados, excesso de esforço, falta de descanso entre os treinos, má alimentação e falta de orientação.

“Correr sem cuidados causa lesões em tecidos moles, como tendinites e canelites, e lesões das articulações, por causa da sobrecarga. Outro exemplo são as fascites plantares, causadas por treinamento excessivo, pisos inadequados e calçados duros”, explica Luciana, que recomenda. “Procurar um profissional que oriente seu treino, calçados e roupas adequadas é essencial. E o mais importante, nunca passe de seus limites, pois seu corpo irá ser prejudicado”.

Por Fernanda Silva: Site Revista O2

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