quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Pilates é alternativa para tratar incontinência urinária depois da gestação


Atividade fortalece a estrutura muscular pélvica de forma não invasiva

A perda de urina involuntária, conhecida como incontinência urinária, ocorre por diversos fatores. Idade avançada, obesidade, menopausa, constipação intestinal, gravidez, entre outros, levam ao enfraquecimento da musculatura do assoalho pélvico e períneo, que é um conjunto de músculos que tem como função, sustentar os órgãos pélvicos, mantendo assim, o controle dos esfíncteres, principalmente a urina.

Durante a gestação, a incontinência urinária normalmente ocorre devido à pressão na bexiga, comprimida pelo útero aumentado. No entanto, assim que termina a gravidez, a mulher tende a recuperar o controle da urina. O problema também pode acontecer se a mulher apresentar uma composição genética fraca de seu colágeno, proteína importante para unir e fortalecer tecidos do organismo, o que pode acarretar na frouxidão dos músculos que envolvem a bexiga e o assoalho pélvico.

Outros fatores agravantes podem ocorrer durante um parto normal: se o bebê for muito grande, o parto for mal assistido ou se for utilizado fórceps de maneira errada. Nessas condições, os músculos que apoiam a bexiga podem ser lesionados permanentemente.

Musculatura fortalecida

De acordo com o fisioterapeuta Bruno Andrade Costa, especialista em fisioterapia músculo-esquelética, o pilates pode ajudar a combater e a tratar a incontinência urinária, pois tem como objetivo principal, o controle e o fortalecimento da musculatura pélvica. Através das aulas de pilates, a paciente pode trabalhar dando ênfase à musculatura de sustentação: abdômen, lombar, glúteos e toda região pélvica, especialmente o períneo (área entre o ânus e a uretra).

— O pilates é a única atividade completa quando se pensa em fortalecer todos esses grupos musculares associados de forma não invasiva. Essa atividade aumenta a consciência corporal e muscular, e todos os exercícios são associados com respiração e controle abdominal — salienta o fisioterapeuta.

Costa ressalta que os casos de incontinência urinária devem ser acompanhados por um médico ginecologista ou obstetra, que indicará o exercício ideal em parceria com o fisioterapeuta que irá desenvolver e aplicar um plano de reeducação da musculatura de assoalho pélvico, através de um processo individualizado e que dê resposta às necessidades de cada paciente.

Fonte: Zero Hora - Coluna Bem estar

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