segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Estalos, zumbido, dor de cabeça e na face são sinais de disfunção na ATM



A articulação da mandíbula (ATM) é importante para várias ações, como mastigar, falar, engolir e bocejar, por exemplo. Porém, quando ela tem alguma disfunção, pode prejudicar muito a qualidade de vida e dar sintomas como estalos, dor nos músculos da face, dor de cabeça ao acordar, zumbido no ouvido e dor para abrir a boca, bocejar ou mastigar.
A disfunção da ATM, chamada de DTM, pode ter relação com estresse, ansiedade e até mesmo depressão – como as possibilidades são inúmeras, o tratamento também varia e pode ser feito com relaxantes musculares, analgésicos, anti-inflamatórios, fisioterapia, cirurgia ou uso de placas de mordida para proteger os dentes.
Essa placa de silicone também é usada para o tratamento do bruxismo, uma disfunção que faz o paciente ranger os dentes, geralmente à noite.
Bem Estar - Infográfico sobre bruxismo e ATM (Foto: Arte/G1)
O uso da placa é importante para proteger os dentes dos rangidos noturnos. Ela deve ser feita sob encomenda por um dentista que vai ajustá-la corretamente nos dentes superiores e inferiores de cada paciente, impedindo que um entre em contato com o outro. Para auxiliar no tratamento do bruxismo, eles recomendam ainda que o paciente procure uma atividade que ajude a reduzir a tensão, como exercício físico, dança ou um livro, por exemplo.
Há ainda outros problemas que podem ocorrer na região da mandíbula, que podem colocar o queixo para frente ou para trás – o prognatismo ou retrognatismo. Isso acontece quando o crescimento da maxila e mandíbula acontece desordenado em relação ao desenvolvimento natural do corpo.
Ou seja, caso essas regiões da face não se desenvolvam de forma harmônica, a pessoa pode ter problemas na fala, mastigação, deglutição, higiene oral e também na aparência.
Outros problemas como traumas ou defeitos congênitos também podem alterar o crescimento entre maxila e mandíbula, levando o paciente à necessidade de fazer uma cirurgia. Nesses casos, a operação é, de fato, a opção mais indicada e pode melhorar muito a qualidade de vida do paciente.
Porém, essas cirurgias só são indicadas quando o problema é de ordem esquelética e não dental, ou seja, quando o tratamento ortodôntico isolado não é capaz de resolver. Geralmente, esses problemas são mordidas abertas, mau posicionamento da maxila ou mandíbula, sorrisos com excessiva exposição de gengiva e pessoas que sofrem da síndrome do ronco e apneia do sono.
Lembre-se sempre de consultar um fisioterapeuta, pois muitos vezes a cirurgia não se faz necessária e o acompanhamento com o fisioterapeuta vai te auxiliar a resolver o problema.

A junção lombossacra



A junção lombossacra tem uma característica em particular: a base do sacro está inclinada para frente, havendo grandes variações de ângulos de um indivíduo para outro, e isto é mais marcado na postura ereta, onde a articulação está submetida a um grande esforço de abertura pelo peso corporal sobreposto. O corpo de L.5 e o disco L.5/S.1 são um pouco menos altos atrás do que na frente. Este conjunto está disposto em forma de curva, sendo côncava para trás. As superfícies dos processos articulares estão em plano quase frontal. Esta junção está reforçada fortemente pelos ligamentos iliolombar e sacrolombar.

http://www.webrun.com.br/multimidia/fotos/2011/20110906_131031_g.jpg
Vamos saber mais um pouco sobre a coluna lomar e o sacro, que fazem parte desta junção. 
A coluna lombar

Os corpos são volumosos, de forma oval e côncava para trás.
A coluna lombar tem um disco espesso, de um terço do corpo, o que lhe confere um grande grau de mobilidade. Os corpos são volumosos, de forma oval e côncava para trás.

Os processos transversos são longos e são chamados de "costiformes". Nas suas extremidades, encontram-se um tubérculo. Os processos articulares ultrapassam o comprimento do corpo da vértebra em cima e embaixo, com uma parte central reduzida: o istmo.

Em cima, eles têm a forma de uma cavidade cilíndrica voltada medialmente e um pouco para trás; embaixo, a forma de um cilindro maciço, voltado lateralmente e um pouco para frente.

As superfícies articulares são verticais, mas as lombares superiores são cada vez mais frontais, indo para as lombares inferiores, e totalmente frontais na junção lombossacral. As espinhas das vértebras são curtas e maciças, permitindo uma boa amplitude de extensão.

Assim, temos que a coluna lombar permite boa amplitude em flexo - extensão, em inclinação lateral e pouca mobilidade em rotação.

A região lombar tem como função a sustentação do peso. Todas as compensações de movimento entre as colunas lombar e cervical ocorrem na região dorsal, sejam elas estáticas ou dinâmicas.

O sacro


O sacro é um osso mediano e posterior da pelve, situado entre os dois ossos da pelve, os ilíacos. Tem a forma de um triângulo e é formado pela fusão de cinco vértebras. A sua face pélvica é côncava e no centro vemos a forma dos corpos vertebrais, separados por linhas transversas, que representam os discos. A parte mais alta salienta-se para dentro da pelve, região chamada de promontório sacro. Lateralmente, há os forames sacrais pélvicos, que se prolongam para fora por meiode sulcos. Destes sulcos, saem os ramos anteriores dos nervos sacrais. A face superior apresenta, no centro, o platô sacral, ou base do sacro, sobre o qual se coloca o disco L5/S1 e a quinta vértebra lombar. Atrás do platô encontra-se o canal sacral que é a continuação do canal vertebral e, lateralmente, temos as asas do sacro.

A face dorsal do sacro é convexa. Da linha mediana para fora, bilateralmente, encontram-se a crista mediana do sacro (fusão das espinhas); em seguida, o sulco sacral (fusão das lâminas); depois, a crista intermediária do sacro (fusão dos processos articulares). Mais lateralmente, os forames sacrais dorsais, de onde emergem os ramos posteriores dos nervos sacrais; e, para finalizar, a crista lateral do sacro (fusão dos processos transversos).

A face lateral é um pouco triangular. Nela há uma superfície articular em forma de "meia-lua", um pouco côncava: a faceta auricular ou aurículo do sacro.

O fisioterapeuta como parte indispensável no esporte paralímpico


Com o surgimento do esporte para pessoas com deficiência sendo marcado pela necessidade médica de sobrevida para os mutilados de guerra, tornou-se imprescindível a organização de regras para inserção desses indivíduos nos esportes. Assim, foi criada a classificação esportiva, com o objetivo de nivelar aspectos da capacidade física e competitiva, colocando as funcionalidades de movimento ou as deficiências semelhantes em grupos ou classes competitivas determinadas.
A classificação esportiva paralímpica, de acordo com o fisioterapeuta e classificador funcional de atletismo pelo Comitê Paralímpico Brasileiro, Randy Marcos, é dividida em classificação médica para atletas com deficiência visual, classificação funcional para os deficientes físicos e classificação psicológica para os atletas com deficiência intelectual. “Cada esporte determina seu próprio sistema de classificação, pois as habilidades funcionais variam de acordo com os gestos esportivos”, explica.
Segundo o fisioterapeuta, a classificação funcional deve ser realizada por três profissionais da área de saúde: médico, fisioterapeuta e o profissional de educação física, sendo realizada em três etapas:
 – Médica (clínica): são realizados testes clínicos para determinar a lesão e o comprometimento do atleta (testes neurológicos, de coordenação, força muscular, entre outros)
– Funcional: são realizados testes funcionais para determinar o comprometimento na realização dos gestos esportivos (movimentos específicos do esporte, por exemplo);
– Observação: são realizadas as observações das provas disputadas pelo atleta para ratificar os achados durante a competição;
O fisioterapeuta, de posse das suas habilidades no trabalho com pessoas com deficiência, tem primordial importância para o quadro de classificadores por exercer a avaliação funcional do atleta. De acordo com Randy Marcos, testes específicos da fisioterapia devem ser realizados para que a classificação seja eficaz.
Para ele, é a união das habilidades de cada profissional que garante o sucesso da categorização. “Para o sucesso da classificação funcional, é imprescindível o respeito mútuo entre os classificadores, clínicos e técnicos, pois cada um é capaz de realizar seus testes específicos e verificar algum achado digno de discussão para a definição da classe”, diz.
O trabalho da fisioterapia no processo de classificação funcional nas competições paralímpicas é mais uma nova possibilidade de atuação no esporte. E várias modalidades necessitam desses profissionais habilitados.
Fonte: Fala Fisio