quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Memória Metabólica


Acredito que todos vocês já encontraram o famoso "magro de ruim". E possivelmente também já conheceram alguém que vive no "efeito sanfona", ou seja, consegue emagrecer, mas recupera o peso perdido mais rápido do que foi a perda. Ou ainda, talvez vocês conheçam alguém com um ótimo físico, mas que não mantenha uma dieta e uma rotina de exercícios tão restrita.

As três situações são facilmente explicadas por um termo que podemos chamar de "memória metabólica". Primeiro, devemos organizar nossa ideia temporal. Isso parece óbvio, mas demora para muitas pessoas entenderem e, até mesmo, aceitarem.

Seu corpo está acostumado com a forma física em que ele passou a maior parte da vida. Se você foi obeso por 30 anos e adquiriu um físico atlético em 1 ano, você ainda terá um metabolismo de obeso por um bom tempo, mesmo tendo a  aparência de um atleta. Ou seja, qualquer descuido nesse período de manutenção, acarretará em um rápido acúmulo de gordura corporal. O resultado deve ser consolidado! Nessa situação, o organismo reduz sua taxa de metabolismo basal, diminuindo o gasto energético, pois ele entende como uma agressão essa redução na taxa de gordura corporal, que ele estava acostumado a manter. Nunca podemos esquecer que nosso organismo prefere "acumular" gordura e "perder" músculos. Afinal, enquanto a gordura é uma reserva energética, os músculos representam um ônus energético! Isso é explicado pelo nosso processo evolutivo de milhões de anos vivendo em condições naturais, nas quais nossos antepassados passavam longos períodos sem se alimentar. Os que sobreviveram (nossos ancestrais), foram aqueles que possuíam maior capacidade de reservar energia (na forma de gordura). 

Caso oposto é o indivíduo magro, que se dedica ao extremo para ganhar massa muscular. Qualquer "deslize" na alimentação ou nos treinos, promoverá perda do peso tão dificilmente conquistado. Nessa situação, o organismo faz o contrário: aumenta o gasto energético basal, visando evitar o ganho de peso, tornando tão difícil o sucesso nessa situação, quanto na reversão de um quadro de obesidade.

A verdade é uma só: se você passou 95% da sua vida se alimentando mal e sem atividade física, você terá de reverter esse processo com muita paciência. Seis meses com um estilo de vida saudável não serão suficientes para modificar seu metabolismo se você tiver se alimentado mal por 20, 30 ou 40 anos da sua vida. Tenha calma! Tudo funciona por processo, não por mágica!

Já uma pessoa que apresentou uma quantidade de gordura corporal controlada ao longo da vida, por meio de um bom controle alimentar e de exercícios, terá maiores facilidades tanto na obtenção, quanto na manutenção dos resultados obtidos.

Portanto, com mais essa discussão, podemos por para dormir no sono eterno essa ideia de que duas pessoas com mesma idade, mesmo peso, mesma atividade física, apresentará o mesmo gasto energético diário. Se ainda duvida, acompanhe simultaneamente uma pessoa que foi obesa a maior parte da vida e outra que sempre foi magra. Mesmo com a mesma idade, atividades físicas diárias e peso corporal, os trabalhos deverão ser totalmente diferentes, mesmo que o objetivo final seja o mesmo: adquirir um físico com pouca gordura corporal e um bom desenvolvimento muscular.

A boa notícia é que a memória metabólica é totalmente mutável. Após alguns anos de controle alimentar e de exercícios, a tendência é o trabalho ficar cada vez mais fácil e os resultados obtidos, mais consistentes e difíceis de serem perdidos. Portanto, use a memória metabólica a seu favor!

Mas o metabolismo não reduz com a idade?
Depende! De uma pessoa sedentária provavelmente, mas quando se existe um adequado controle alimentar e de exercícios, eu iria mais além do que essa simples definição. Uma experiência longitudinal interessante que acompanhei, foi um praticante de musculação que iniciou a atividade apenas aos 45 anos de idade. No início, foi difícil conseguirmos reduzir seus níveis de gordura corporal, sendo possível apenas com a introdução de mais atividade aeróbica e uma dieta restritiva.

Fui observando que ano após ano, seu metabolismo "acelerava", sendo possível aumentar o fornecimento de carboidratos e calorias na dieta, sem isso resultar em ganho de gordura corporal. Hoje, aos 54 anos, sua dieta possui níveis elevados de carboidratos e calorias, e mesmo assim, ele consegue manter seu físico com baixos níveis de gordura corporal sem se exaurir com atividades aeróbicas mais intensas ou prolongadas.

Portanto, o profissional deve considerar cada indivíduo! Deve estudar e entender o metabolismo de cada um! Não existem fórmulas exatas para se estimar o valor calórico! E é isso que torna o trabalho do nutricionista tão minucioso e fundamental!


segunda-feira, 26 de agosto de 2013

Quando a dor deixa de ser um incômodo e passa a limitar a atividade física?

A dor muitas vezes começa de maneira sutil. Foto: luis solis/ Stock.Xchng 
É muito comum nos praticantes de atividade física o tema dor. Seja nas conversas descontraídas dos treinos, nas provas de velocidade, resistência ou de aventura, o assunto está sempre presente, pois tal modalidade desportiva é de alto impacto e nem sempre os praticantes estão aptos a correr.
A dor muitas vezes começa de maneira sutil, aquele leve incômodo, suportável, que basta correr um pouco que passa. Cuidado, o corpo é inteligente, esse leve incômodo pode ser um alerta para uma série de cuidados necessários que você deveria tomar para correr de maneira mais segura, sem expor excessivamente suas articulações, tendões, ligamentos, músculos, ou seja, as estruturas que compõem nosso sistema músculo-esquelético.
O leve incômodo geralmente não chama tanto a atenção, pois basta correr um pouco e o mesmo já passa. Tal evento analgésico fisiológico ocorre devido ao aumento da distribuição sanguínea e à liberação de endorfinas, gerando uma complexa reação analgésica desencadeada neurologicamente por esse aumento da circulação sanguínea.
A dor é um mecanismo do organismo para dizer que há algo erradoCorpo frio - Mas quando o corpo “esfria” o leve incômodo pode voltar mais forte. Isso não ocorre apenas por causa de um único dia de treino ou por causa de uma prova, mas sim devido ao efeito cumulativo, à falta de repouso e à falta de orientações. Isso leva ao aumento do sintoma, a corrida passa a ser mais dolorosa, há as chamadas compensações, má distribuição do impacto das passadas, até a não tolerância à dor.
Ou seja, aquele leve incômodo sinalizado pelo corpo, que poderia ser resolvido com um simples repouso e orientações, pode ter se tornado uma lesão mais extensa e que requer cuidados mais intensos, o que leva tempo e na maioria das vezes ao afastamento temporário da corrida.
Em clinicas de reabilitação desportiva, a dor geralmente é a principal queixa que leva os praticantes de corrida a procurar tratamento. Hoje, muitos são os recursos terapêuticos para tratar e prevenir a dor músculo-esquelética, sendo que cada estrutura requer abordagens diferentes para que os resultados sejam mais eficazes. No próximo texto abordaremos de maneira didática a cicatrização dos tecidos que compõem o sistema locomotor. (Por que é importante o praticante de corrida entender a inflamação?).
Procure auxílio, orientação, não deixe sua dor tirar o prazer e a liberdade de você sair correndo por aí. Seja amigo do seu corpo, escute os sintomas e tenha uma excelente corrida.
 Fonte: Site Webrun 

sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Os benefícios do alongamento



Alongamento corrige postura, massageia órgãos e aumenta bem-estar 

Os movimentos de girar, dobrar e alongar o corpo oferecem uma série de vantagens para a saúde, que vão desde a correção da postura, alívio de dores musculares, relaxamento até a liberação de "hormônios do bem-estar", como a serotonina. 

Durante o alongamento, ocorre também uma massagem dos órgãos internos. A massagem do intestino, por exemplo, facilita o percurso dos alimentos ingeridos, enquanto que a movimentação do pâncreas colabora para o processo que ajuda na estabilização do açúcar no sangue. 

Os benefícios do Alongamento
Seja para melhorar seu desempenho nos esportes, reduzir o risco de lesões, corrigir a postura ou aliviar a tensão e as dores, alongar-se traz muitos benefícios. 

O alongamento mantém os músculos maleáveis, facilita a mobilidade e faz com que a transição da inatividade para a atividade seja realizada sem sobrecarregar o corpo. É muito importante alongar-se antes e, principalmente, depois de exercícios físicos para proteger o corpo de lesões. Alongar-se enquanto os músculos estão aquecidos é o momento ideal para ampliar os movimentos. Realizar esforço físico e não se alongar depois pode levar ao enrijecimento dos músculos e causar distensões musculares. 

Corrija sua postura
Nascemos com boa postura, equilíbrio corporal e prontos para o movimento. No entanto, conforme envelhecemos, a gravidade, a falta de exercícios e as atividades cotidianas repetidas - como dirigir ou carregar uma bolsa num ombro só - podem levar ao enrijecimento nas posições que assumimos ao longo do tempo e causar má postura. Por exemplo, se os músculos dos ombros estão comprimidos, suas costas podem ficar arqueadas; músculos abdominais enfraquecidos causam dor na lombar, pois a coluna tende a sobrecarregar-se ao compensar a ausência de sustentação da região abdominal. Alongar-se corrige a postura e fortalece os músculos de forma equilibrada, atuando nos dois lados do corpo. 

Aumente sua consciência corporal
Os alongamentos podem ajudá-lo a ter mais consciência de seu próprio corpo, descobrir seus potenciais e fraquezas, além das partes mais tensas e enrijecidas. Se alguns exercícios lhe parecem desafiadores ou um pouco desconfortáveis, significa que encontraram um ponto tenso ou enrijecido e que seu corpo está respondendo ao estímulo. Outros alongamentos são leves e simplesmente liberam endorfina, substância responsável pelo bem-estar. 

O ritmo de sua respiração se modificará para acomodar o corpo aos diferentes alongamentos e refletirá o estado de seu sistema nervoso. Por isso, é importante manter-se atento à respiração: se a freqüência se acelerar e não se estabilizar durante o alongamento, talvez você ainda não esteja pronto para esse exercício específico. Seu corpo sabe exatamente o que está lhe fazendo bem ou mal. Basta reconhecer esses sinais corporais e agir de acordo com eles. 

Alongar-se é uma atividade tranqüila, relaxante e não competitiva. O superalongamento lhe dá liberdade para atuar segundo suas próprias orientações e sentir-se bem consigo próprio; relaxa os músculos e a mente. Explore mais o corpo e desenvolva todo o seu potencial ao desfrutar o alongamento e movimentos mais livres. 

Alongar-se relaxa e proporciona bem-estar 
O alongamento estimula o cérebro a liberar "hormônios do bem-estar", incluindo a serotonina. Essas substâncias, secretadas por glândulas, espalham-se por todo o corpo e nutrem músculos e órgãos, fazendo com que você se sinta bem e revigorado. Enquanto o corpo e a mente relaxam, os batimentos cardíacos e a pressão sanguínea estabilizam-se. Essa é uma das razões pelas quais alongar-se durante o trabalho é importante: é o momento ideal para recarregar as energias. 

Quando você alonga determinadas partes do corpo, o cérebro dispara substâncias específicas para essas áreas, como, por exemplo, o fluido cérebro-espinhal. Ao levar uma vida ativa e cheia de movimento, garantimos a produção freqüente dessas substâncias, pois o cérebro e o corpo são constantemente estimulados pelas atividades cotidianas. No entanto, muitas pessoas não vivem assim, e o alongamento pode ajudar o corpo a funcionar de maneira apropriada. 

O alongamento acalma o sistema nervoso ao liberar a tensão comprimida entre as camadas de músculos, ossos e articulações. Essa tensão, ao tornar-se crônica e manter-se no corpo por longos períodos de tempo, causa envelhecimento precoce e sensação de corpo pesado. Quando o cérebro relaxa por meio do alongamento corporal, reverte esse processo ao enviar sinais para que as células se renovem e faz com que nos sintamos mais vigorosos e joviais. 

Massageando os órgãos 
Girar, dobrar e alongar o corpo também massageia os órgãos internos, especialmente aqueles que são vitais e as glândulas do tronco, como fígado, rins, intestinos, pâncreas e glândulas supra-renais. 

Alongar-se é uma maneira suave e segura de estimular os órgãos, bem como a circulação de sangue e nutrientes por eles. Essa prática também pode melhorar o funcionamento do corpo, ajudando-o a eliminar resíduos e toxinas do sangue. Massagear os intestinos ao girar o corpo facilita o percurso dos alimentos ingeridos e mantém esse órgão irrigado. Uma das funções do pâncreas é controlar os níveis de açúcar no sangue, e um exercício que massageie essa parte do corpo, ao promover a estabilização da glicemia, pode acalmá-lo. 

A respiração tranqüila e profunda, necessária durante o alongamento, também beneficia os órgãos e faz com que funcionem de maneira mais eficaz, pois estimula a liberação de toxinas para fora do corpo cada vez que você expira.

terça-feira, 20 de agosto de 2013

Hipertensos podem e devem praticar atividade física



A hipertensão atinge um número cada vez maior de indivíduos em todo o mundo, tornando-se um grande problema de saúde pública principalmente em países desenvolvidos. A preocupação de como propor um programa de atividade física eficiente para este público aumenta de acordo com a evolução da Ciência do Esporte.

A hipertensão arterial (HA) pode ser definida como pressão sistólica maior ou igual a 140 mmHg (milímetros de mercúrio) e/ou pressão diastólica maior ou igual a 90 mmHg em adultos. Estudos mostram que o risco relativo de uma pessoa tornar-se hipertensa é muito maior naquelas que tem baixa capacidade física. Sendo assim, a prática de exercícios torna-se um grande coadjuvante na prevenção e no tratamento da HA.

Os exercícios aeróbios (longa duração e intensidade moderada) são sabidamente benéficos ao hipertenso tendo uma influencia tão significativa como a de alguns medicamentos anti-hipertensivos. Isto ocorre provavelmente por redução do tônus simpático que leva a diminuição da Pressão Arterial (PA). A adaptação da Freqüência Cardíaca (F.C.) ao exercício aeróbico (bradicardia de repouso) é outro ponto significativo na melhora do quadro hipertensivo.

Atualmente os exercícios de força (principalmente a musculação) tornaram-se mais um aliado no tratamento da HA, como complemento à atividade aeróbica. Tempos atrás essa indicação seria julgada de forma negativa, porém estudos recentes comprovam benefícios significativos para estes indivíduos. Apesar de serem observados picos pressóricos durante esse tipo de treinamento, após o exercício observa-se um quadro de hipotensão (baixa da PA) que a longo prazo provoca adaptações positivas.

Indicações - Toda a prática esportiva para indivíduos hipertensos deve haver liberação médica. De acordo com as Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial, é recomendada a prática de três a cinco sessões de treino aeróbio por semana com intensidade de 60 a 80% da Freqüência Cardíaca Máxima. Em relação aos exercícios de força, a intensidade sugerida é de até 50% da contração voluntária máxima (1RM) com treinos suplementares aos aeróbicos. Vale lembrar que o controle da respiração, principalmente durante a musculação, é de grande importância ao hipertenso.

O hipertenso sempre deve evitar a manobra de Valsalva (exalar forçadamente o ar contra os lábios fechados e nariz tapado), pois esta reação respiratória eleva os níveis pressóricos de forma desnecessária.
Assim, a atividade física bem orientada, dentro dos níveis de intensidade e volume recomendados, pode e deve ser indicada ao indivíduo hipertenso, agindo de forma imprescindível na melhora do quadro geral de sua saúde.

Fonte: Site Webrun

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Cicloturismo – pedalar, viajar com uma nutrição adequada


Algumas cidades brasileiras estão preparadas para quem gosta de pedalar. Ciclofaixa disponível aos domingos, ciclovias e até ciclorrotas. 
Os apaixonados por bicicletas usam esse meio de transporte não somente para relaxar e se exercitar, mas também para fazer turismo.  Ciclistas podem pedalar na praia, campo, no deserto e até no Alasca, desde que estejam atentos a uma nutrição adequada. Pedalando pelo Brasil que é um país tropical, é possível encontrar inclusive muitas frutas sem sair do caminho.
Algumas recomendações nutricionais na dieta do cicloturista:
1) É aconselhável realizar pelo menos uma refeição completa (almoço ou jantar)
2) A dieta deverá oferecer carboidratos (massas, pães, torradas, cereais e raízes). Carboidratos é a nossa principal fonte de energia, ajudando a prevenir a fadiga muscular
3) Doces e açúcares. Deve-se consumir com moderação. Quando consumidos em maior quantidade, aumentam a resposta do hormônio insulina, reduzindo a glicemia (açúcar no sangue) o que poderá reduzir o desempenho
4) É importante garantir a ingestão de no mínimo três frutas diferentes ao dia, fonte de vitaminas, minerais e compostos bioativos que protegem o organismo da ação dos radicais livres
5) Devido à exigência física e demanda da forma muscular é necessário oferecer proteínas (carnes, ovos, leite/derivados, feijões) para  contribuir com a  recuperação muscular
6) Carboidratos  e proteínas devem estar presentes preferencialmente em todas as refeições
Sugestões de alimentos práticos para levar:
- Barras energéticas, gel de carboidrato
- Mel e geleias ( sachês), em pequena quantidade
- Frutas de fácil transporte e consumo: banana, maça, pera, mexerica, uva sem caroço, pêssego, nectarina
- Biscoitos, cookies, bolachas, muslis em embalagens sachês
-  Sanduíches de fácil digestão (com bisnaguinha, pão de forma, queijo pasteurizado)
- Frutas oleaginosas (nozes, castanhas, amêndoas), frutas secas (damasco, ameixa, figo) e sementes (girassol, gergelim, abóbora são práticos, fácil de carregar, sem necessidade de refrigeração
- Legumes de fácil transporte e preparo: pepino, tomate uva, tomate, cenoura, cenoura baby
- Alimentos de fácil preparo (macarrão, sardinha, atum, ovo de codorna cozido)
Acondicionamento:
- Recipientes plásticos, embalagens tipo zip, sacos de amostra ou uma bolsa ou mochila térmica projetada para transportar alimentos
Hidratação:
-Priorizar a hidratação. Sempre lembrar de carregar água, água de coco ou bebidas esportivas  no camelbak (mochila de hidratação)
- É preciso levar no mínimo 2 – 3 litros de água por dia/pessoa. Se a viagem ocorrer em local de clima seco essa quantidade poderá dobrar
DICAS:
-Colocar numa bolsa térmica garrafas plásticas com água potável congelada ou água de coco para ajudar na conservação dos alimentos. De quebra, após o degelo, esta água/água de coco matará a sede
-Para a hidratação pode-se utilizar isotônico portátil, é prático, vem em um tubo de plástico, perfeito para carregar na camiseta de bike, bolso ou mochila. Dissolve rapidamente, é efervescente, ajudando a reidratar o organismo,  prolongando a resistência e diminuindo a fadiga muscular
- Evitar bebidas alcoólicas, elas desidratam o organismo e provocam a perda de nutrientes, além de oferecer calorias vazias
- Muitos cicloturistas optam por acampar durante a viagem. Nesse caso um fogareiro pode ser um recurso para preparação de alimentos. Dependendo do local é possível realizar a pesca também

terça-feira, 6 de agosto de 2013

Sete técnicas para relaxar em 60 segundos

Alongamento e leitura ajudam a aliviar as tensões



Faça contagem regressiva olhando para cima 
Mesmo que seja bastante simples, essa técnica ajuda a relaxar, já que aumenta a concentração em uma tarefa e tira a atenção do que está causando ansiedade. "É preciso se concentrar em algo para relaxar. Fazer contagem regressiva, a partir do 60, bem devagar, vai ajudar", explica a psicóloga Adriana de Araújo.

Além disso, olhar para cima estimula sistema nervoso, o que ajuda a reduzir a pressão arterial e diminui o ritmo da respiração, causando a sensação de relaxamento. "Tudo que fizermos para diminuir os batimentos cardíacos ajudará a controlar a ansiedade, inclusive adotar técnicas de postura e concentração", diz explica a psicóloga Giovanna Tessaro, de Curitiba.

Anote as preocupações em um caderno
Esse método aumenta a concentração, evita distrações e avisa o cérebro que é preciso desacelerar. "Quando fazemos isso, a mente entende que as preocupações estão 'guardadas' e não devem ser resolvidas naquele momento, diminuindo a ansiedade", diz Adriana Araújo.

Segundo a psicóloga, anotar as preocupações em um caderno também ajuda a acabar com insônia. "Algumas vezes muitas tarefas que não conseguimos realizar durante o dia nos impedem de relaxar e dormir. Colocar tudo no papel vai ajudar a nos ?livrar? daquilo até o dia seguinte", explica Adriana.

Controle a respiração por um minuto
Um dos principais efeitos da ansiedade é o aumento do ritmo cardíaco. "O coração é cheio de terminações nervosas e por isso reage muito facilmente a estímulos cerebrais, que ficam mais intensos em situações de ansiedade e estresse", explica a psicóloga Giovanna Tessaro.

Segundo a psicóloga, algumas técnicas simples de respiração ajudam a controlar o ritmo cardíaco, diminuindo a sensação de ansiedade. "Basta inspirar profundamente com o nariz e segurar o ar por alguns segundos, repetinto esse processo várias vezes", explica. ?Depois, fixe a atenção no peito, na região do coração por 15 segundos?.

Relaxe os músculos
Outra manifestação física da ansiedade é a contração involuntária dos músculos, que causam tensão e muito desconforto. Os músculos que mais sofrem com o estresse são os do pescoço, costas e pernas. "A ansiedade, por mais que seja psicológica, se manifesta fisicamente. É comum cruzar as pernas e deixar os músculos das costas e do pescoço enrijecidos", explica Adriana Araújo.

Para desfazer os nós dessas regiões, é importante fazer pequenas seções de alongamento. Aposte em movimentos circulares, realizados lentamente, com o pescoço, pulsos e tornozelos, para aliviar as tensões da musculatura.

Leia um gibi 
O hábito da leitura leve, como a de um gibi, é uma boa saída para relaxar em momentos de tensão. "Outras leituras mais complexas e longas podem causar muita distração, o que, após alguns minutos, faz a ansiedade e o estresse voltarem ainda mais intensos", diz Adriana Araújo. Ler uma revista ou notícias curtas de um jornal também ajuda a evitar pensamentos que trazem angústia.  
Carregue o lanche certo 
Experimente parar para fazer um lanchinho. Nos momentos de ansiedade, a mastigação ajuda a relaxar alguns músculos do pescoço. No entanto, escolher o lanche certo é essencial para afastar a ansiedade e o estresse. "Alimentos bastante práticos e fáceis de transportar, como castanhas e laranja, contém selênio e vitamina C, respectivamente. Esses dois nutrientes melhoraram o funcionamento do sistema nervoso, evitando a ansiedade", explica a nutricionista Daniela Cyrulin, do Instituto Saúde Plena, em São Paulo.
Bolinha de tênis 
Caso esteja em casa, coloque a bolinha de tênis entre as suas costas e uma parede. Inicie a massagem nos pontos em que a tensão é maior. Depois, passe a massagear o ombro e toda a região próxima do pescoço, para relaxar os músculos dessa área.

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Síndrome das Pernas Inquietas


A Síndrome das Pernas Inquietas (SPI) é uma sensação de desconforto que ocorre nos membros inferiores, seguida de uma incontrolável vontade de mover os membros. As definições descritas pelos pacientes estão sempre relacionadas a uma sensação de inquietude. Muitos dizem que sentem “alfinetadas” ou sensação de “insetos caminhando nos membros” e principalmente sensação incontrolável de movimentar os membros.

É importante não confundir essas queixas com movimentos desencadeados por uma situação de stress ou tensão, como quando começamos a balançar os membros embaixo da mesa. Esses movimentos cessam, conscientemente, quando a situação se resolve. Já a SPI é um distúrbio do sono e o quadro tende a piorar durante a noite, principalmente quando o indivíduo se deita e relaxa. Geralmente esses sintomas desaparecem com a movimentação. Em algumas situações pode-se observar movimento dos membros quando o indivíduo está deitado ou sentado. Uma séria consequência da SPI é o prejuízo gerado no sono: 80% dos pacientes que possuem essa síndrome, apresentam PLM (Periodic Legg Moviments) – Movimento Periódico dos Membros e esses sintomas podem dificultar o início e a manutenção do sono. As consequências dessas interrupções no sono são a sonolência ao longo do dia, seguida da sensação permanente de cansaço e alterações no humor, concentração e memória.

Em geral não se sabe a origem ou causa desse quadro, mas sabe-se que existe um componente genético na maioria dos casos. A deficiência de dopamina e de ferro em algumas áreas cerebrais tentam justificar a ocorrência dessa síndrome. Em grávidas esse quadro pode-se acentuar nos últimos três meses de gestação, tendendo a cessar após o parto.

O diagnóstico é baseado na história clínica do paciente. Alguns exames podem auxiliar no fechamento do caso. O exame de sangue analisa os níveis de ferro e a polissonografia pode apontar a presença dos movimentos periódicos de pernas, assim como definir a gravidade do quadro.

O tratamento tem como objetivo diminuir ou cessar os sintomas e melhorar a qualidade de vida desses indivíduos. O tipo de tratamento irá variar com a intensidade do problema. Nos casos mais leves geralmente são prescritos os benzodiazepínicos e nos mais graves, pode-se administrar medicamentos que visam estimular os receptores de dopamina no cérebro.

E não se esqueça que para confirmar se você realmente tem essa síndrome e decidir o tratamento mais adequado, é necessário procurar um medico especialista na área de distúrbios do sono que irá auxiliá-lo na decisão do melhor procedimento.

Fonte: Blog viver bem