terça-feira, 28 de maio de 2013

Videogames com sensores de movimento podem melhorar saúde de crianças

Jogos que exigem movimentação podem ser uma alternativa para estimular a atividade física em crianças de 9 a 11 anos de idade


A obesidade e o sedentarismo se tornaram um problema comum não só em adultos, mas também em crianças. Um estudo publicado nesta sexta-feira no periódico The Journal of Pediatrics, no entanto, aponta um caminho divertido para driblar o problema em crianças. Segundo a pesquisa, videogames com sensores de movimento, ou "ativos" (conhecidos comoexergaming, mistura de “exercise” e “gaming”), podem ser uma forma de exercício alternativa para combater o sedentarismo. Esses videogames são aqueles em que o jogador controla o jogo com os movimentos do corpo (como o Wii, da Nintendo, e o Xbox-Kinect, da Microsoft) e, assim, acaba se exercitando.
CONHEÇA A PESQUISA

Título original: The Effect of Exergaming on Vascular Function in Children 

Onde foi divulgada: periódico The Journal of Pediatrics

Quem fez: Andrew Mills, Michael Rosenberg, Gareth Stratton, Howard H. Carter, Angela L. Spence, Christopher J.A. Pugh, Daniel J. Green e Louise H. Naylor

Instituição: University of Western Australia

Dados de amostragem: 15 crianças de 9 a 11 anos de idade

Resultado: As crianças realizaram 15 minutos de atividade intensa em um jogo ativo, depois de baixa intensidade e, por fim, fizeram exercícios em uma esteira ergométrica. Os resultados mostraram que o jogo de alta intensidade provocou um gasto de energia equivalente a exercícios físicos de intensidade moderada. O jogo de baixa intensidade ocasionou um gasto energético semelhante ao de uma atividade física de baixa intensidade. O jogo de alta intensidade também pode ser benéfico para a saúde vascular de crianças.
Participaram do estudo 15 crianças de 9 a 11 anos de idade, que realizaram 15 minutos de atividade intensa em um desses videogames (uma corrida de 200 metros, com o Kinect), depois de baixa intensidade (boliche, também no Kinect) e, por fim, fizeram exercícios em uma esteira ergométrica. Os pesquisadores avaliaram, em cada tido de atividade, qual foi o gasto energético e a resposta vascular — por meio da vasodilatação fluxo-mediada, VFM, medida utilizada para avaliar a saúde vascular em crianças.
Os resultados mostraram que o jogo de alta intensidade provocou um gasto de energia equivalente a exercícios físicos de intensidade moderada. Já o jogo de baixa intensidade, um gasto energético semelhante ao de uma atividade física de baixa intensidade. O jogo de alta intensidade, por sua vez, também provocou uma redução da VFM, o que sugere que ele pode ser benéfico para a saúde vascular das crianças.
Alternativa — Os participantes relataram, ainda, níveis de divertimento parecidos ao realizar as duas intensidades de exergaming.Para os autores, isso indica que as crianças podem ser estimuladas a continuar realizando atividades com níveis de intensidade mais altas nos jogos.
“Os jogos ativos de alta intensidade podem ser uma boa forma de atividade para que as crianças obtenham benefícios para a saúde em longo prazo”, afirma Louise Naylor, uma das pesquisadoras do estudo. Para os autores, os jogos ativos de videogame devem ser considerados uma forma de incentivar as crianças a serem mais ativas.

Fonte: Revista Veja

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Os poderes do mirtilo


Mirtilo é uma fruta pouco consumida. Riquíssima em nutrientes, também comumente conhecida como blueberry e vendida na forma congelada.  A novidade é que é possível cultivar a fruta no Brasil. Alguns hortifrutis nas principais capitais do país já comercializam a fruta ¨in natura¨. O mirtilo tem muitas propriedades benéficas à saúde, confira:


Forte ação antioxidante e combate ao envelhecimento precoce. O mirtilo é rico em antioxidantes como os flavonoides, antocianidinas e resveratrol. Os antioxidantes são essenciais para combater os radicais livres, responsáveis pelo envelhecimento precoce e o desenvolvimento de algumas doenças.
Valor nutricional. Fornece vitaminas A, C, E e minerais como potássio, cobre, ferro e zinco.
Ação anti-inflamatória e proteção celular. Um estudo publicado no Journal of Nutrition em 2009 mostrou que o mirtilo atenua a resistência à insulina e protege contra a inflamação do tecido adiposo em ratos alimentados com uma dieta rica em gorduras (dieta obesogênica). Esses efeitos benéficos do mirtilo podem ser resultado da habilidade das antocianidinas do mirtilo ajudarem a regular genes inflamatórios. Essa pesaquisa sugere que o mirtilo tem ação de proteção celular e anti-inflamatória, conferindo benefícios ao metabolismo no combate às patologias associadas à obesidade.
Ação anticâncer. O mirtilo contêm ainda ácido elágico e polifenóis. Esses componentes estimulam os mecanismos de eliminação de substâncias cancerígenas.
Saúde Cardiovascular. O resveratrol presente no mirtilo ajuda a prevenir processos oxidativos que levam a formação de aterosclerose (placas de gordura nas artérias). Um estudo publicado no periódico Circulation em janeiro deste ano sugeriu que o consumo regular (3 vezes na semana) de mirtilos e morangos podem diminuir o risco de ataques cardíacos em mulheres. Os pesquisadores encontraram uma redução de praticamente um terço no risco de ataque cardíaco em mulheres que consumiam essas frutas regularmente. Os pesquisadores acreditam que essa ação pode ser resultado dessas frutas oferecerem grande quantidade de flavonoides, compostos com propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, protegendo a saúde cardiovascular. A antocianidina também pode contribuir na redução da formação de placas de aterosclerose, o que favorece também o fluxo sanguíneo.
Regulação da glicemia. O mirtilo tem baixo índice glicêmico, contribuindo na regulação da glicemia (açúcar do sangue). É uma excelente alternativa para pessoas que apresentam diabetes ou com intolerância à glicose
Baixo valor calórico. A cada 100 gramas = 32 calorias. O que torna a fruta uma aliada nas dietas de emagrecimento.
Sugestão de consumo:
- No desjejum acompanhando cereais ou salada de frutas
- Na forma de sucos, vitaminas, smoothies ou shakes, utilizando a fruta fresca ou congelada
- Elaboração de recheios de tortas, bolos ou geléias
- Acompanham muito bem sorvetes, iogurtes e sobremesas
- A versão congelada conserva a ação antioxidante da fruta, e a vantagem é poder consumir durante o ano todo.

Fonte: Blog Viver Bem

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Redução do teor de iodo do sal – entenda o que mudou


A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) determinou que o sal no Brasil deverá ser comercializado com teor reduzido do mineral iodo. O consumo exagerado de sal e iodo é prejudicial à saúde.

Conheça as funções do iodo
É um micronutriente fundamental dos hormônios da glândula tireoide. Atua no crescimento físico e intelectual de crianças, no crescimento e desenvolvimento da maior parte dos órgãos, no controle de vários processos metabólicos do organismo, aumento da produção de energia, aumento da lipólise.
Deficiência do iodoO consumo insuficiente está relacionado a doenças como hipotireoidismo, bócio endêmico, cretinismo, atraso mental, ao aumento da mortalidade infantil, risco de aborto e infertilidade.
Excesso de iodoA ingestão excessiva do mineral ao longo do tempo pode resultar em disfunção da glândula tireoide, que pode causar tanto o hipertireoidismo como o hipotireoidismo. Existe uma forte relação também como o aumento da incidência de doenças autoimunes da tireoide, como a tireoidite de Hashimoto.
Estou bem de iodo?Um dos parâmetros mais sensíveis para avaliar o estado nutricional do mineral pode ser obtido pela medida da excreção urinária do iodo.  Outra forma é medir as concentrações dos hormônios tireoidianos circulantes.
Fontes de iodoAlimentos de origem marinha são excelentes fontes de iodo (cavala, mexilhão, salmão, pescada, bacalhau), o sal iodado, leite, ovos são as fontes mais consumidas. Outras fontes são carnes, cereais e vegetais, que geralmente são fontes pobres do elemento.
Recomendações nutricionaisDe acordo com a Organização Mundial de Saúde, a necessidade diária de iodo varia, em média:
Crianças de 0 até  1 ano: 90 microgramas (mcg) por dia ou 15 mcg/kg/dia
Crianças de 1 ano  à 6 anos: 90 mcg por dia  ou 6 mcg/kg/dia
Crianças de 7 a 12 anos: 120 mcg por dia ou 4,0 mcg/kg/dia
Adolescentes e adultos: 150 mcg por dia ou 2,0 mcg/kg/dia
Gestantes e lactantes: necessidades chegam a 200 mcg por dia ou 3,5 mcg/kg/dia
Entenda o que mudou com a nova regra da AnvisaO iodo foi acrescentado ao sal para evitar problemas de saúde relacionados à deficiência do mineral. No entanto, muitas pessoas exageram no consumo do sal, e por consequência no consumo do iodo. A ANVISA decretou que o teor de iodo no sal deve estar entre 15 a 45 mg por quilo de sal (antes era de 20 a 60 mg de iodo por quilo). A recomendação de consumo máximo diário de sal pela Organização Mundial de Saúde é de menos de cinco gramas por pessoa por dia. Dados no Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o brasileiro pode chegar a consumir 12g por dia, ultrapassando o dobro do recomendado.
A nova regra entrará em vigor em menos de 90 dias. O prazo é produtores se adequarem à nova orientação.

Fonte: Blog Viver Bem

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Hábitos saudáveis compensam danos do stress no trabalho


Pesquisa observou que, apesar de stress no trabalho aumentar o risco de doenças cardíacas, ter um estilo de vida saudável diminui essa chance

Caminhada é ótima atividade física
É quase impossível escapar do stress no trabalho atualmente. Mas os danos à saúde que ele causa a longo prazo – como um maior risco de doenças cardíacas — pode ser compensado por um estilo de vida saudável, que inclui a prática de atividades físicas e a alimentação correta — além de não fumar. Essa é a conclusão de um grande estudo realizado na Universidade College London, na Grã-Bretanha, que avaliou mais de 100.000 pessoas de diversos países da Europa durante dez anos. A pesquisa foi publicada nesta segunda-feira, no periódico Canadian Medical Association Journal (CMAJ).
CONHEÇA A PESQUISA

Título original: Associations of job strain and lifestyle risk factors with risk of coronary artery disease: a meta-analysis of individual participant data

Onde foi divulgada: periódico Canadian Medical Association Journal (CMAJ)

Quem fez: Mika Kivimäki, Solja Nyberg, Eleonor Fransson, Katriina Heikkilä, Lars Alfredsson, Annalisa Casini, Els Clays, Dirk De Bacquer, Nico Dragano, Jane E. Ferrie, Marcel Goldberg, Mark Hamer, Markus Jokela, Robert Karasek, France Kittel

Instituição: Universidade College London, Grã-Bretanha

Dados de amostragem: 102.128 pessoas de 17 a 70 anos de idade

Resultado: O stress no trabalho aumenta a prevalência de doenças cardíacas entre as pessoas. Porém, quem tem um estilo de vida saudável tem esse risco reduzido.
Participaram do estudo 102.128 pessoas de 17 a 70 anos. Elas foram classificadas de acordo com a quantidade de fatores de risco ao estilo de vida que apresentavam. Esses fatores eram: tabagismo, consumo de álcool, sedentarismo e obesidade. Elas foram classificadas entre as que seguiam um estilo de vida saudável (nenhum fator de risco), pouco saudável (um fator de risco) e não saudável (mais do que dois fatores de risco). De acordo com a pesquisa, 12% dos participantes afirmaram sofrer stress no trabalho.
Ao longo de dez anos, a taxa de doença coronariana entre os voluntários foi de 18,4 casos a cada 1.000 pessoas que sofriam stress no trabalho, e de 14,7 casos a cada 1.000 indivíduos que não sofriam do problema. A prevalência de doenças cardíacas em geral também foi maior em quem afirmou sofrer stress no trabalho: 31 casos por 1.000 pessoas – entre aquelas que não se estressavam no trabalho, por outro lado, essa taxa foi de apenas 12 por 1.000 pessoas.
Levando em conta apenas as pessoas que sofriam stress no trabalho e também tinham um estilo de vida saudável, apenas15 a cada 1.000 pessoas apresentaram doenças cardíacas. Entre os que levavam um estilo de vida não saudável, o índice foi de 31,2 a cada 1.000 indivíduos. "Esses dados sugerem que um estilo de vida saudável pode reduzir substancialmente o risco de doença cardíaca entre as pessoas com tensão do trabalho", concluíram os pesquisadores.

Fonte: Revista Veja

terça-feira, 7 de maio de 2013

Dieta do Mediterrâneo reduz colesterol 'ruim', mesmo sem perda de peso


Estudo mostrou redução de 9% nos níveis de LDL em homens que seguiram a dieta, rica em frutas, vegetais, grãos integrais, peixes e óleo de oliva



A dieta do Mediterrâneo colaborou para a redução do colesterol "ruim", o LDL (low density lipoprotein, lipoproteínas de baixa densidade) em homens com risco elevado de doenças cardíacas, independentemente do fato de ter havido ou não perda de peso. Essa foi a conclusão de um estudo realizado por pesquisadores da Universidade Laval, no Canadá, e apresentado nesta quarta-feira em um encontro da Associação Americana do Coração.

Saiba mais

COLESTEROL
O colesterol é importante para o organismo sintetizar vitaminas e hormônios, mas eles não circulam livremente pelo sangue. Para fazer isso, é preciso que se juntem às lipoproteínas, como a  HDL (sigla para high density lipoproteins, ou lipoproteínas de alta densidade) e a LDL (low density lipoprotein, lipoproteínas de baixa densidade). A HDL impede que a LDL forme placas de gordura nas artérias que dão origem à arterosclerose, diminuindo ou obstruindo o fluxo sanguíneo, provocando infartos ou derrames.
A dieta do Mediterrâneo, rica em frutas, vegetais, grãos integrais, peixes e óleo de oliva, tem sido relacionada por diversos estudos a benefícios para o coraçãoossose até a memória.
O estudo canadense foi realizado com 19 homens entre 24 e 62 anos, todos com síndrome metabólica, ou seja, que apresentam três ou mais fatores de risco para doenças cardíacas e derrames. Os fatores de risco presentes no estudo incluem obesidade visceral, hipertensão, níveis elevados de triglicérides e níveis baixos de colesterol "bom", o HDL (high density lipoproteins, ou lipoproteínas de alta densidade).
Benoît Lamarche, um dos autores do estudo, disse ao site de VEJA que a quantidade pequena de participantes nesta pesquisa se deve ao fato de que estudos de metabolismo do colesterol são muito caros e trabalhosos. "Apesar da amostra pequena, nós conseguimos detectar mudanças significativas no metabolismo do colesterol usando esta abordagem", disse Lamarche.
Dietas – Durante cinco semanas, os participantes seguiram uma dieta padrão norte-americana, rica em gorduras, carboidratos, açúcar refinado e carne vermelha. Em seguida, por mais cinco semanas, eles seguiram a dieta do Mediterrâneo.
Depois disso, os participantes passaram 20 semanas em uma dieta de perda de peso e mais cinco semanas seguindo a alimentação mediterrânea.
Os pesquisadores analisaram os níveis de colesterol dos participantes ao final de cada etapa do estudo e concluíram que a dieta do Mediterrâneo provocou uma redução de 9% nos níveis de colesterol "ruim" (LDL). Essa diminuição não apresentou nenhuma relação com a perda de peso dos pacientes, ocorrendo de forma independente.
Além disso, os níveis de Apolipoproteína B — parte proteica do LDL, responsável por sua formação — na corrente sanguínea também foram reduzidos em 9% com a dieta mediterrânea.
"Apesar de a dieta do Mediterrâneo já ter sido relacionada à melhora do colesterol, esta é a primeira vez que esse processo foi investigado e documentado", disse Benoît Lamarche, um dos autores do estudo, ao site de VEJA.