quinta-feira, 13 de dezembro de 2012
Alimentação saudável também protege o coração de quem já tem doença cardíaca
Novo estudo sugere que comer mais frutas, legumes e peixes reduz o risco de recorrência de eventos cardiovasculares
Começar a seguir uma dieta saudável não só previne que jovens desenvolvam uma doença cardíaca ao longo da vida, mas também protege o coração de idosos que já têm o órgão comprometido. De acordo com uma nova pesquisa, publicada na edição desta semana do periódico Circulation, passar a comer mais legumes e frutas, por exemplo, reduz as chances de uma pessoa mais velha que já sofreu algum evento cardiovascular, como ataque cardíaco ou derrame cerebral, voltar a ser acometida por um desses problemas.
CONHEÇA A PESQUISA
Título original: Relationship Between Healthy Diet and Risk of Cardiovascular Disease Among Patients on Drug Therapies for Secondary Prevention
Onde foi divulgada: revista Biological Psychiatry
Quem fez: Mahshid Dehghan e equipe
Instituição: Universidade McMaster, Canadá; Hospital John Radcliffe e Hospital Oxford, Grã-Bretanha; Hospital Dante Pazzanese, Brasil e outros
Dados de amostragem: 31.546 pessoas com idade média de 66 anos e histórico de doença cardíaca
Resultado: Uma alimentação saudável reduz o risco de mortes por doenças cardíacas e a recorrência de eventos cardiovasculares entre pessoas mais velhas que fazem uso de medicamentos para proteger o coração.
O estudo, coordenado por Mahshid Dehghan, da Universidade McMaster, no Canadá, acompanhou 31.546 pessoas de 40 países diferentes, incluindo o Brasil, com uma idade média de 66 anos. Todos os participantes apresentavam um histórico de doença cardíaca e diabetes e tinham um alto risco de sofrer outro evento ou complicação cardiovascular. Todos faziam uso de ao menos um medicamento para doenças cardíacas, como drogas que controlam o colesterol no sangue ou a pressão arterial.
Durante cinco anos, esses indivíduos relataram seus hábitos alimentares, contando, por exemplo, com que frequência consumiam alimentos como frutas, vegetais, grãos, peixes, carnes, aves e laticínios. Quanto mais os participantes consumiam alimentos como frutas e verduras, mais saudável era considerada a dieta deles. Comer mais peixe do que carne vermelha, mais ingredientes integrais e pouca fritura também foram fatores levados em consideração para classificar a alimentação de alguém como saudável.
Comparação — Até o final do estudo, foram registrados 5.190 eventos cardiovasculares. Segundo os resultados, as pessoas com a alimentação mais saudável, em comparação com aquelas com as dietas menos saudáveis, apresentaram um risco 35% menor de morrer por alguma complicação cardíaca. Elas também foram 28% menos propensas a sofrer de insuficiência cardíaca; tiveram um risco 19% menor de ter um AVC; e 14% menos chances de ter um ataque cardíaco.
De acordo com os pesquisadores, os resultados foram os mesmos independentemente do tipo de medicação que os participantes estavam tomando. A nacionalidade, a renda e a idade também não interferiram nos dados finais.
Segundo os autores, embora outros estudos já tenham comprovado os benefícios de uma alimentação saudável sobre a saúde do coração, essa é a primeira vez em que uma pesquisa mostra que uma dieta correta é positiva inclusive para pessoas que já sofreram algum evento cardiovascular e que fazem uso de algum medicamento. Para Dehghan, os resultados devem servir como um alerta para aquelas pessoas que acreditam que fazer uso de medicamentos já é o suficiente para proteger a saúde cardíaca.
Fonte: Revista Veja
quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
Palavras doem tanto quanto ferimentos, afirma a ciência
Praticamente todo mundo já sofreu de coração partido alguma vez na vida, não? Parte de viver incluir lidar com rejeição, traição, solidão e outros sentimentos tão terríveis que parece doerem como doenças físicas.
E doem mesmo. Pesquisas recentes mostram que a dor da rejeição dispara os mesmos neurônios no cérebro que a dor de uma queimadura ou contusão. Além de explicar por que algumas pessoas têm a pele mais espessa que outras, este fato revela uma ligação íntima entre a vida social e a saúde, que cada vez mais estudos dizem ser intrincadas.
Coração partido e queimadura são a mesma coisa para o cérebro
Dor física = dor emocional
Estudos com animais nos anos 1990 já haviam mostrado que a morfina não apenas aliviava dores de lesões, mas também podia reduzir a dor de filhotes separados de sua mãe.
Mais tarde, no início de 2000, Naomi Eisenberger, da Universidade da Califórnia em Los Angeles (EUA), começou a estudar sentimentos que causam dor em humanos.
Ser rejeitado torna você mais criativo
Para descobrir o que ocorre no cérebro quando as pessoas sentem rejeição social, Eisenberger pediu a voluntários que jogassem um jogo de computador simples chamado Cyberball, em que três jogadores passavam a bola entre si. Cada voluntário foi levado a acreditar que estava jogando com duas pessoas que estavam em outro quarto, mas na verdade esses companheiros eram controlados por computador.
Embora começassem amigáveis, os jogadores informatizados logo paravam de passar a bola para o voluntário. Pode parecer um insulto insignificante, mas alguns indivíduos responderam fortemente a essa rejeição, por exemplo, fazendo gestos grosseiros para a tela.
Um scanner de ressonância magnética funcional gravou a atividade cerebral dos voluntários, revelando um aumento no córtex cingulado anterior dorsal (DACC, na sigla em inglês) quando eles começaram a se sentir isolados. Esta região é conhecida por ser uma parte importante da “rede da dor” do cérebro.
Fundamentalmente, quanto mais angustiante é uma lesão, mais o DACC é ativado, fato que também aconteceu durante os jogos de Cyberball: aqueles que relataram se sentir pior depois da rejeição mostraram a maior atividade na região.
Outros estudos confirmaram a ligação, e acrescentaram que a ínsula anterior, uma outra parte da rede de dor que responde a nossa angústia quando cortamos um dedo, por exemplo, também se ativa em casos de dores “emocionais”.
Como sentimentos viram dor real
Apesar de todos esses resultados sugerirem que a nossa angústia após um insulto é a mesma que a nossa resposta emocional a uma lesão, só ano passado estudos mostraram como esses sentimentos podem transbordar em sensações corporais.
Ethan Kross, da Universidade de Michigan em Ann Arbor (EUA), estudou uma forma mais grave de rejeição do que não receber uma bola: um coração partido. Ele recrutou 40 pessoas que haviam passado por um término de romance nos últimos seis meses e pediu-lhes para ver uma foto de seu ex enquanto passavam por um scanner de ressonância magnética.
Kross também os instruiu a pensar em detalhes sobre o rompimento. Depois de um breve intervalo, os voluntários receberam um choque doloroso de calor em seus antebraços, o que permitiu que o cientista comparasse a atividade cerebral associada com as duas situações.
Como esperado, o DACC e a ínsula anterior se ativaram em ambos os casos. Mas, surpreendentemente, os centros sensoriais do cérebro, que refletem o desconforto físico que acompanha uma ferida, também mostraram atividade acentuada. Essa foi a primeira evidência de que o sentimento de desgosto pode literalmente doer.
Por fim, outras pesquisas descobriram que a dor física e a angústia emocional podem, por vezes, alimentar uma à outra.
Quando as pessoas se sentem excluídas, ficam mais sensíveis a se queimarem, por exemplo, bem como submergir a mão em água gelada por um minuto leva as pessoas a se sentirem ignoradas e isoladas posteriormente.
O inverso também é verdadeiro: um calmante pode aliviar a resposta corporal à dor de um insulto. Nathan DeWall, da Universidade de Kentucky em Lexington (EUA), recrutou 62 alunos para um estudo, sendo que metade foi dosada com até dois comprimidos de paracetamol (analgésico) todos os dias durante três semanas, e a outra metade recebeu apenas placebo.
Cada noite, os alunos responderam a um questionário medindo seus sentimentos de rejeição durante o dia. Ao final de três semanas, o grupo do paracetamol tinha desenvolvido pele significativamente mais espessa, sendo que também relataram menos sentimentos de rejeição durante seu dia-a-dia.
Um jogo de Cyberball subsequente confirmou o efeito: aqueles dosados com paracetamol mostraram significativamente menos atividade no DACC e na ínsula anterior em comparação com os que tomaram apenas placebo.
Os pesquisadores alertam, no entanto, que, devido aos efeitos secundários nocivos de drogas analgésicas, você não deve tomá-las sem prescrição médica.
Mais ou menos rejeitada
As descobertas recentes podem explicar por que algumas pessoas têm mais dificuldade de resistir a percalços em sua vida social do que outras.
Pessoas extrovertidas demonstram ter uma maior tolerância à dor do que as introvertidas, e isso é refletido em uma maior tolerância a rejeição social.
Eisenberger também descobriu que as pessoas que sentem mais dor física (por exemplo, quando um eletrodo quente toca seu braço) também são mais sensíveis aos sentimentos de rejeição (durante Cyberball, por exemplo).
Essas reações podem ser parcialmente genéticas. Eisenberger mostrou que as pessoas com uma pequena mutação no gene OPRM1, que codifica um dos receptores opioides do corpo, são mais propensas a ter sentimentos de depressão após a rejeição do que as sem a mutação. Essa mesma mutação também torna as pessoas mais sensíveis à dor física – elas geralmente precisam de mais morfina depois de uma cirurgia, por exemplo.
É importante notar que estes receptores são particularmente densos no DACC. Como você poderia esperar, em pessoas com a mutação, o DACC tende a reagir mais fortemente aos insultos percebidos.
O primeiro ambiente de uma criança também pode determinar a sua sensibilidade a dor. Por exemplo, pessoas com alguns tipos de dor crônica são mais propensas a ter tido experiências traumáticas na infância, como abuso emocional.
Os adolescentes também parecem particularmente sensíveis à rejeição. A rede de dor do cérebro está ainda em desenvolvimento nessa fase da vida, e, em comparação com o cérebro adulto, tende a mostrar uma resposta mais exagerada a pequenos insultos.
No lado positivo, o apoio social durante este período pode levar a benefícios duradouros. Por exemplo, jovens adultos com boas redes sociais no final da adolescência apresentam reações mais suaves para a rejeição do que os que se sentiam solitários no passado, talvez porque a memória de aceitação subconscientemente acalme seus sentimentos.
Histórica rejeição
Quando você considera a dependência dos nossos antepassados de suas conexões sociais para a sobrevivência, faz sentido que tenhamos evoluído para sentir a rejeição tão intensamente.
Ser expulso de uma tribo no passado teria sido semelhante a uma sentença de morte, expondo nossos predecessores à fome e à predação. Como resultado, nós precisávamos de um sistema de alerta que nos avisasse de um potencial desentendimento, impedindo-nos de ofender alguém ainda mais. A rede de dor, capaz de nos dar uma sacudida quando nos deparamos com danos físicos, teria sido idealmente equipada para também inibir nosso comportamento social.
Rejeição e saúde
Apesar de inúmeros estudos alegarem que a solidão pode causar males físicos nas pessoas (como menor expectativa de vida), pouco sabemos sobre o impacto do isolamento a longo prazo, especialmente porque as respostas fisiológicas a rejeição que conhecemos são de curta duração (como no estudo do Cyberball).
Porque solidão pode ser fatal
Ainda assim, há medidas que podemos tomar para suavizar a falta de carinho nas nossas vidas sociais. Nós todos gostamos de ser consolados e amados, mas Eisenberger descobriu que dar apoio aos outros também abranda nossa própria resposta à rejeição.
Em experimentos, ela deu choques elétricos em homens, sendo que alguns puderam segurar a mão de suas parceiras em apoio. As mulheres estavam equipadas com scanner de ressonância magnética. Quando elas podiam apoiar seu parceiro, a resposta de seu cérebro de ameaça e rejeição foi significativamente mais moderada.
Sendo assim, embora palavras possam mesmo ser tão dolorosas quanto socos, cuidar de outras pessoas, assim como cuidar de nós mesmos, pode suavizar bastante essa dor.
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
Dormir mais pode aumentar a resistência à dor
De acordo com pesquisa americana, pessoas que passam a dormir mais do que oito horas por noite adquirem menor sensibilidade à dor
Dormir mais pode aumentar a capacidade de uma pessoa suportar a dor, aponta uma nova pesquisa feita no Hospital Henry Ford, nos Estados Unidos. Isso não quer dizer, porém, que pessoas que já durmam mais do que oito horas por noite devam aumentar o tempo de sono. O benefício vale, segundo o estudo, apenas para aquelas que não dormem o suficiente. Ainda de acordo com o trabalho, publicado na edição deste mês do periódico Sleep, o efeito analgésico do sono pode ser eficaz para todos os tipos de dor, incluindo as dores crônicas nas costas.
CONHEÇA A PESQUISA
Título original: Pain Sensitivity and Recovery From Mild Chronic Sleep Loss
Onde foi divulgada: periódico Sleep
Quem fez: Timothy Roehrs, Erica Harris, Surilla Randall e Thomas Roth
Instituição: Hospital Henry Ford, Estados Unidos
Dados de amostragem: 18 adultos de 21 a 35 anos
Resultado: Pessoas que não dormem o suficiente (ou seja, menos do que oito horas por noite) e que passam a dormir mais, aumentam sua capacidade de resistir à dor, dentro de poucos dias. Essa melhora é equivalente a duas doses de 60 miligramas ao dia de um anestésico derivado do ópio.
Thomas Roth, diretor do Centro de Distúrbios do Sono do Hospital Henry Ford e coordenador do estudo, e sua equipe chegaram a essa conclusão após avaliar 18 adultos de 21 a 35 anos de idade que não sofriam de qualquer tipo de dor. No início e no final do estudo, os autores mediram quanto tempo os participantes conseguiam permanecer com um de seus dedos apoiado sobre uma fonte de calor. Com isso, eles mensuraram a capacidade de cada um suportar a dor.
Durante quatro dias, metade dos participantes teve que passar 10 horas por noite na cama a fim de aumentar as suas horas de sono. O restante continuou seguindo suas horas de sono habituais. Ao final desse período, o grupo que prolongou o sono dormiu, em média, 8,9 horas por noite — aproximadamente duas horas a mais do que estavam acostumados. Os participantes que mantiveram seus hábitos dormiram uma média de 7,1 horas por noite.
Segundo os resultados, as pessoas que faziam parte do grupo do sono prolongado resistiram à dor durante um tempo 25% maior quando comparados os testes realizados no fim e no início do estudo. Os pesquisadores sugerem que esse aumento corresponde a duas doses ao dia de 60 miligramas de codeína, um analgésico derivado do ópio. De acordo com Roth, não está claro de que forma o sono ajuda a reduzir a sensação de dor, mas ele acredita que, como tanto dormir pouco quanto as dores estão envolvidos em processos inflamatórios, um melhor sono pode reduzir esses quadros e interferir na resistência à dor.
Fonte: Revista Veja
Dormir mais pode aumentar a capacidade de uma pessoa suportar a dor, aponta uma nova pesquisa feita no Hospital Henry Ford, nos Estados Unidos. Isso não quer dizer, porém, que pessoas que já durmam mais do que oito horas por noite devam aumentar o tempo de sono. O benefício vale, segundo o estudo, apenas para aquelas que não dormem o suficiente. Ainda de acordo com o trabalho, publicado na edição deste mês do periódico Sleep, o efeito analgésico do sono pode ser eficaz para todos os tipos de dor, incluindo as dores crônicas nas costas.
CONHEÇA A PESQUISA
Título original: Pain Sensitivity and Recovery From Mild Chronic Sleep Loss
Onde foi divulgada: periódico Sleep
Quem fez: Timothy Roehrs, Erica Harris, Surilla Randall e Thomas Roth
Instituição: Hospital Henry Ford, Estados Unidos
Dados de amostragem: 18 adultos de 21 a 35 anos
Resultado: Pessoas que não dormem o suficiente (ou seja, menos do que oito horas por noite) e que passam a dormir mais, aumentam sua capacidade de resistir à dor, dentro de poucos dias. Essa melhora é equivalente a duas doses de 60 miligramas ao dia de um anestésico derivado do ópio.
Thomas Roth, diretor do Centro de Distúrbios do Sono do Hospital Henry Ford e coordenador do estudo, e sua equipe chegaram a essa conclusão após avaliar 18 adultos de 21 a 35 anos de idade que não sofriam de qualquer tipo de dor. No início e no final do estudo, os autores mediram quanto tempo os participantes conseguiam permanecer com um de seus dedos apoiado sobre uma fonte de calor. Com isso, eles mensuraram a capacidade de cada um suportar a dor.
Durante quatro dias, metade dos participantes teve que passar 10 horas por noite na cama a fim de aumentar as suas horas de sono. O restante continuou seguindo suas horas de sono habituais. Ao final desse período, o grupo que prolongou o sono dormiu, em média, 8,9 horas por noite — aproximadamente duas horas a mais do que estavam acostumados. Os participantes que mantiveram seus hábitos dormiram uma média de 7,1 horas por noite.
Segundo os resultados, as pessoas que faziam parte do grupo do sono prolongado resistiram à dor durante um tempo 25% maior quando comparados os testes realizados no fim e no início do estudo. Os pesquisadores sugerem que esse aumento corresponde a duas doses ao dia de 60 miligramas de codeína, um analgésico derivado do ópio. De acordo com Roth, não está claro de que forma o sono ajuda a reduzir a sensação de dor, mas ele acredita que, como tanto dormir pouco quanto as dores estão envolvidos em processos inflamatórios, um melhor sono pode reduzir esses quadros e interferir na resistência à dor.
Fonte: Revista Veja
terça-feira, 4 de dezembro de 2012
Vitamina E 'consumida diariamente' fortalece a imunidade
Nutriente acelera cicatrização de ferimentos, protege de doenças, ajuda na fertilidade feminina e masculina e previne o dano oxidativo das células
Se você quer minimizar os efeitos do envelhecimento através de um potente agente antioxidante, então é melhor começar a consumir vitamina E adequadamente na sua alimentação. Na prática de atividade física intensa, ela pode se tornar um grande aliado, pois diminui os danos causados pelos radicais livres e fortalece a imunidade do corredor.
Conhecido também como Tocoferol, o nutriente é uma vitamina lipossolúvel, responsável por acelerar a cicatrização de ferimentos, proteger de doenças crônicas como Parkinson, Alzheimer, câncer e problemas cardiovasculares, ajudar na fertilidade feminina e masculina e prevenir o dano oxidativo das células, aumentando a longevidade e fortalecendo o sistema imunológico. Além disso, melhora a absorção da vitamina A no organismo.
Segundo a nutricionista Cristiane Perroni, especialista do EU ATLETA, a vitamina E ocorre naturalmente em alimentos de origem vegetal, principalmente nos vegetais verde-escuros, nas sementes oleaginosas (nozes, amêndoas, avelã, castanha do Pará), nos óleos vegetais (amendoim, soja, palma, milho, cártamo, girassol), nas sementes, nos grãos inteiros e no gérmen de trigo. Também pode ser encontrada em alimentos de origem animal, como gema de ovo e fígado.
FUNÇÕES IMPORTANTES
A vitamina E é um antioxidante muito conhecido e vital para as pessoas, especialmente para os praticantes de atividades físicas e esportistas. Durante e depois de exercícios intensos, ela favorece a função imune e reduz os danos oxidativos celulares causados pelos radicais livres. Além disso, é parcialmente responsável pela regeneração de todos os tecidos do corpo, incluindo sangue, pele, ossos, músculos e nervos, ajudando de forma significativa a reduzir os sintomas de overtraining.
Com a idade, o sistema imunológico se torna menos eficiente no combate a micróbios e vírus. Parte deste declínio se deve a baixos níveis de vitamina E na corrente sanguínea. Alguns estudos demonstraram melhoras nas respostas imunes em pessoas mais velhas que tomavam suplementos de vitamina E, por manter as células protegidas dos danos dos radicais livres.
SINTOMAS DA CARÊNCIA DE VITAMINA E
A deficiência de vitamina E pode causar disfunções neurológicas, miopatias e atividades anormais das plaquetas, além de insônia, colesterol alto e até queda de cabelo. Não existem relatos em estudos com animais de toxicidade devido à alta ingestão do nutriente.
RECOMENDAÇÕES
Para evitar a fadiga durante a prática de exercícios, Cristiane sugere a ingestão de micronutrientes (vitamina E, vitamina C, vitamina A, dentre outras) determinantes no combate aos radicais livres, e a realização de treinamentos com moderação, respeitando o período de recuperação.
- Em atletas, estudos científicos mostram que a suplementação de vitamina E e outros antioxidantes protege os tecidos dos danos causados pelo estresse oxidativo oriundos do exercício físico, além de diversas doenças. Cada caso deve ser avaliado por médicos e nutricionistas, para que seja reforçada a alimentação e utilizada suplementação vitamínica e mineral quando necessária.
*Antes de qualquer mudança na sua alimentação, consulte um nutricionista.
Fonte: Globo.com / Eu Atleta
Se você quer minimizar os efeitos do envelhecimento através de um potente agente antioxidante, então é melhor começar a consumir vitamina E adequadamente na sua alimentação. Na prática de atividade física intensa, ela pode se tornar um grande aliado, pois diminui os danos causados pelos radicais livres e fortalece a imunidade do corredor.
Conhecido também como Tocoferol, o nutriente é uma vitamina lipossolúvel, responsável por acelerar a cicatrização de ferimentos, proteger de doenças crônicas como Parkinson, Alzheimer, câncer e problemas cardiovasculares, ajudar na fertilidade feminina e masculina e prevenir o dano oxidativo das células, aumentando a longevidade e fortalecendo o sistema imunológico. Além disso, melhora a absorção da vitamina A no organismo.
Segundo a nutricionista Cristiane Perroni, especialista do EU ATLETA, a vitamina E ocorre naturalmente em alimentos de origem vegetal, principalmente nos vegetais verde-escuros, nas sementes oleaginosas (nozes, amêndoas, avelã, castanha do Pará), nos óleos vegetais (amendoim, soja, palma, milho, cártamo, girassol), nas sementes, nos grãos inteiros e no gérmen de trigo. Também pode ser encontrada em alimentos de origem animal, como gema de ovo e fígado.
FUNÇÕES IMPORTANTES
A vitamina E é um antioxidante muito conhecido e vital para as pessoas, especialmente para os praticantes de atividades físicas e esportistas. Durante e depois de exercícios intensos, ela favorece a função imune e reduz os danos oxidativos celulares causados pelos radicais livres. Além disso, é parcialmente responsável pela regeneração de todos os tecidos do corpo, incluindo sangue, pele, ossos, músculos e nervos, ajudando de forma significativa a reduzir os sintomas de overtraining.
Com a idade, o sistema imunológico se torna menos eficiente no combate a micróbios e vírus. Parte deste declínio se deve a baixos níveis de vitamina E na corrente sanguínea. Alguns estudos demonstraram melhoras nas respostas imunes em pessoas mais velhas que tomavam suplementos de vitamina E, por manter as células protegidas dos danos dos radicais livres.
SINTOMAS DA CARÊNCIA DE VITAMINA E
A deficiência de vitamina E pode causar disfunções neurológicas, miopatias e atividades anormais das plaquetas, além de insônia, colesterol alto e até queda de cabelo. Não existem relatos em estudos com animais de toxicidade devido à alta ingestão do nutriente.
RECOMENDAÇÕES
Para evitar a fadiga durante a prática de exercícios, Cristiane sugere a ingestão de micronutrientes (vitamina E, vitamina C, vitamina A, dentre outras) determinantes no combate aos radicais livres, e a realização de treinamentos com moderação, respeitando o período de recuperação.
- Em atletas, estudos científicos mostram que a suplementação de vitamina E e outros antioxidantes protege os tecidos dos danos causados pelo estresse oxidativo oriundos do exercício físico, além de diversas doenças. Cada caso deve ser avaliado por médicos e nutricionistas, para que seja reforçada a alimentação e utilizada suplementação vitamínica e mineral quando necessária.
*Antes de qualquer mudança na sua alimentação, consulte um nutricionista.
Fonte: Globo.com / Eu Atleta
segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
Barriga pode aumentar o risco de osteoporose em homens
Segundo estudo conduzido em Harvard, acúmulo de gordura, e não apenas o excesso de peso, afeta a resistência da estrutura óssea em homens obesos
A barriga é um fator de risco não só para doenças cardiovasculares e diabetes, mas também para a osteoporose, segundo concluiu um estudo da Universidade Harvard, dos Estados Unidos. De acordo com os responsáveis pela pesquisa, a gordura acumulada no abdome e a gordura visceral, que se deposita em torno dos órgãos internos do corpo, reduzem a densidade e a resistência dos ossos dos homens. Esses achados foram apresentados nesta quarta-feira no encontro anual da Sociedade Norte-americana de Radiologia, que acontece em Chicago.
Saiba mais
OSTEOPOROSE
A doença, progressiva, causa a redução da densidade dos ossos do corpo, facilitando a ocorrência de fraturas. Acredita-se que ela afete 33% das mulheres na pós-menopausa no Brasil. As fraturas afetam, principalmente, idosos, sendo as lesões mais frequentes na coluna vertebral e no quadril. Entre os fatores de risco estão: déficit de cálcio na dieta, sedentarismo, constituição magra, consumo em excesso de álcool, tabagismo e genética. A osteoporose é prevenida com consumo de cálcio e de vitamina D.
GORDURA VISCERAL
É a gordura que se deposita ao redor dos órgãos internos do corpo. Por sua proximidade com os órgãos da cavidade abdominal, quando moléculas de gordura são liberadas desse depósito, elas afetam o funcionamento desses órgãos (como pâncreas, fígado e rins), comprometendo a saúde cardiovascular. O acúmulo dessa gordura também desencadeia outros problemas, como aumento da quantidade de açúcar no sangue, prejuízo da ação da insulina e das paredes das artérias — quadros que podem levar ao diabetes e a derrames.
Segundo Miriam Bredella, coordenadora do estudo, a pesquisa mostra que não é o excesso de peso, o fato do homem ser obeso ou mesmo o seu índice de massa corporal (IMC) que determina um maior risco para o desenvolvimento da osteoporose. O aumento na probabilidade para a doença varia, segundo Miriam, de acordo com os níveis de acúmulo de gordura no abdome e em torno dos órgãos.
Pesquisa — O estudo conduzido por Miriam avaliou 35 homens obesos com idade média de 34 anos. Todos foram submetidos a exames para avaliar a taxa de gordura no corpo e sua densidade óssea. De acordo com os resultados, os participantes que apresentavam os maiores níveis de gorduras visceral e abdominal apresentavam menor resistência óssea do que aqueles com os menores níveis de gordura. O estudo não encontrou, porém, associação entre IMC ou idade e falta de rigidez dos ossos. No entanto, os pesquisadores observaram que a massa muscular pode favorecer a saúde dos ossos — quanto maior a massa muscular, melhor a qualidade dos ossos.
"Não ficamos surpresos com os resultados que indicaram que as gorduras abdominal e visceral são prejudiciais à resistência óssea em homens obesos", diz Miriam. "O que nos surpreendeu, no entanto, foi o fato de homens obesos com altos níveis dessas gorduras terem ossos significativamente mais fracos do que homens obesos com o mesmo IMC, mas com baixo acúmulo de gordura visceral."
A barriga é um fator de risco não só para doenças cardiovasculares e diabetes, mas também para a osteoporose, segundo concluiu um estudo da Universidade Harvard, dos Estados Unidos. De acordo com os responsáveis pela pesquisa, a gordura acumulada no abdome e a gordura visceral, que se deposita em torno dos órgãos internos do corpo, reduzem a densidade e a resistência dos ossos dos homens. Esses achados foram apresentados nesta quarta-feira no encontro anual da Sociedade Norte-americana de Radiologia, que acontece em Chicago.
Saiba mais
OSTEOPOROSE
A doença, progressiva, causa a redução da densidade dos ossos do corpo, facilitando a ocorrência de fraturas. Acredita-se que ela afete 33% das mulheres na pós-menopausa no Brasil. As fraturas afetam, principalmente, idosos, sendo as lesões mais frequentes na coluna vertebral e no quadril. Entre os fatores de risco estão: déficit de cálcio na dieta, sedentarismo, constituição magra, consumo em excesso de álcool, tabagismo e genética. A osteoporose é prevenida com consumo de cálcio e de vitamina D.
GORDURA VISCERAL
É a gordura que se deposita ao redor dos órgãos internos do corpo. Por sua proximidade com os órgãos da cavidade abdominal, quando moléculas de gordura são liberadas desse depósito, elas afetam o funcionamento desses órgãos (como pâncreas, fígado e rins), comprometendo a saúde cardiovascular. O acúmulo dessa gordura também desencadeia outros problemas, como aumento da quantidade de açúcar no sangue, prejuízo da ação da insulina e das paredes das artérias — quadros que podem levar ao diabetes e a derrames.
Segundo Miriam Bredella, coordenadora do estudo, a pesquisa mostra que não é o excesso de peso, o fato do homem ser obeso ou mesmo o seu índice de massa corporal (IMC) que determina um maior risco para o desenvolvimento da osteoporose. O aumento na probabilidade para a doença varia, segundo Miriam, de acordo com os níveis de acúmulo de gordura no abdome e em torno dos órgãos.
Pesquisa — O estudo conduzido por Miriam avaliou 35 homens obesos com idade média de 34 anos. Todos foram submetidos a exames para avaliar a taxa de gordura no corpo e sua densidade óssea. De acordo com os resultados, os participantes que apresentavam os maiores níveis de gorduras visceral e abdominal apresentavam menor resistência óssea do que aqueles com os menores níveis de gordura. O estudo não encontrou, porém, associação entre IMC ou idade e falta de rigidez dos ossos. No entanto, os pesquisadores observaram que a massa muscular pode favorecer a saúde dos ossos — quanto maior a massa muscular, melhor a qualidade dos ossos.
"Não ficamos surpresos com os resultados que indicaram que as gorduras abdominal e visceral são prejudiciais à resistência óssea em homens obesos", diz Miriam. "O que nos surpreendeu, no entanto, foi o fato de homens obesos com altos níveis dessas gorduras terem ossos significativamente mais fracos do que homens obesos com o mesmo IMC, mas com baixo acúmulo de gordura visceral."
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