quinta-feira, 27 de setembro de 2012
Pilates: Uma ótima atividade Cross Training
A prática de outra atividade esportiva além da corrida é saudável e, em algumas fases da vida, até necessária
É inegável a contribuição do cross training para todos os esportes especialmente para os praticantes de corrida. Cross training pode ser traduzido como treino alternativo, e nada mais é do que trazer variedade, divertimento e descanso ao seu corpo para que ele se recupere dos esforços repetitivos da corrida.
Pode ser qualquer atividade esportiva que você adiciona à sua rotina de exercícios que, além de dar um descanso aos músculos mais solicitados durante a corrida, ajuda a prevenir lesões e contribui para manter o condicionamento aeróbio no caso de estar se recuperando de alguma lesão já estabelecida.
O mais interessante é que essas atividades alternativas podem ser divertidas, ainda que não sejam praticadas com completo domínio da técnica.
O aprendizado de uma nova modalidade traz por si só um desafio que pode contribuir para melhorar seu desempenho na corrida. Tanto pelo desenvolvimento e treinamento de outros grupos musculares que vão contribuir para um trabalho mais equilibrado do corpo, como por trazer um estímulo psicológico principalmente aos corredores de competição, quebrando a monotonia dos treinos e trazendo novidade para sua rotina.
Os corredores costumam praticar comumente o ciclismo e a natação como atividades complementares, mas outras ainda podem ser escolhidas como o yoga e o pilates.
Para cada corredor, em cada fase de seu desempenho atlético, existe uma combinação mais adequada para praticar o cross training. Corredores iniciantes, geralmente mais propensos a lesões, podem, por exemplo, dedicar até 50% de seu tempo de treinamento total semanal ao cross training. Podem correr em dias alternados e acrescentar outras atividades sem esquecer de tirar dias de folga para total recuperação.
Nessa fase, praticar pilates duas vezes na semana, além de outras atividades como natação e ciclismo, vai ajudar a melhorar a consciência corporal, a postura, fortalecer e alongar de forma equilibrada todo o corpo, além de melhorar a concentração e o controle da respiração.
À medida que se torna mais experiente na corrida, essa distribuição de tempo deve mudar. Maior ênfase deve ser dada ao treinamento específico de corrida, reduzindo o tempo dedicado às atividades complementares de cross training. Atletas profissionais têm naturalmente volume e intensidade de treino muito maior que os corredores comuns. O treino específico de corrida deve ocupar a maior parte do tempo total de treinamento, pois esses indivíduos necessitam se tornar o mais rápidos e condicionados possível em sua modalidade.
Nesse momento, é importante escolher as atividades e exercícios de cross training que mais contribuam para o aumento do desempenho da corrida, ou seja, atividades que alonguem e soltem os músculos como natação, yoga e pilates, em detrimento de outras que tenham como característica a contração dos músculos como musculação ou ciclismo, por exemplo.
Já no caso de corredores mais velhos, apresenta-se naturalmente uma perda de massa muscular e de flexibilidade. Essa tendência fisiológica do corpo propicia o aparecimento de lesões, por isso o cross training é muito importante para manter o condicionamento, sem que seja preciso correr todos os dias. Nessa fase da vida, as atividades variadas e a prática de pilates podem ser um excelente aliado para retardar os efeitos do tempo sobre o corpo.
Pilates é um trabalho dinâmico, que ao mesmo tempo fortalece os músculos e aumenta a flexibilidade de forma segura e sem sobrecargas. Adapta-se a qualquer nível de condicionamento físico, idade ou limitação de movimento, sendo aplicado tanto no treinamento como na reabilitação de lesões.
Em cada situação, seja você um iniciante, atleta de competição ou veterano, a prática de pilates pode ser um excelente complemento para sua saúde, além de ser um trabalho consciente que auxilia tanto no desenvolvimento do corpo quanto da mente.
Fique atento a esses cuidados em cada fase da vida e de seu desenvolvimento como corredor. Por mais tentador que seja acreditar que apenas correr já lhe trará os benefícios desejados, a simplicidade do ato de correr é uma faca de dois gumes: a repetição exaustiva de movimentos pode levar às lesões, caso certos cuidados como o descanso adequado e a variação do treino não sejam observados.
Se você também se dedicar a outras atividades, poderá se surpreender tanto com a melhora do seu desempenho, como ainda pode desenvolver uma nova paixão além da corrida: o prazer de praticar pilates!
Bons treinos!
Fonte: Revista O2 por Minuto
quarta-feira, 26 de setembro de 2012
Atividade elétrica dos músculos oblíquos externos e multífidos durante o exercício de flexoextensão do quadril realizado no Cadillac com diferentes regulagens de mola e posições do indivíduo
RESUMO
CONTEXTUALIZAÇÃO: Apesar do amplo uso do Pilates na Fisioterapia, há poucos estudos que avaliaram a ativação elétrica dos músculos nos exercícios.
OBJETIVO: Verificar a influência de diferentes regulagens de mola e posições do indivíduo sobre a ativação elétrica dos multífidos (MU) e oblíquos externos (OE) durante a flexoextensão do quadril (FEQ) no Cadillac.
MÉTODOS: Oito mulheres praticantes de Pilates por seis meses realizaram 10 repetições de FEQ nas situações: mola baixa (MB), mola fixada a 30 cm do nível em que estava o indivíduo; mola alta (MA), mola fixada a 90 cm do nível em que estava o indivíduo; posição próxima (PP), distância de 10 cm da fixação da mola; posição distante (PD), distância de 30 cm da fixação da mola. Dados cinemáticos e de eletromiografia (EMG) foram coletados sincronizadamente, e os músculos monitorados bilateralmente foram os OE e os MU. Cada movimento de FEQ foi recortado em duas fases (extensão e flexão). O sinal de EMG foi calculado e normalizado usando a contração voluntária máxima (CVM). O Wilcoxon test foi usado para investigar diferenças entre as situações (p<0,05).
RESULTADO: Os músculos MU apresentaram valores de ativação muscular de 10 a 20% da CVM, sendo os maiores valores observados na MA e na PD. Para os OE, valores de ativação de 20 a 45% da CVM foram encontrados, com os maiores valores obtidos na MB e na PP.
CONCLUSÃO: Os músculos OE e MU apresentaram uma ativação elétrica distinta durante as diferentes regulagens de mola e posições dos indivíduos avaliados.
terça-feira, 25 de setembro de 2012
A IMPORTÂNCIA DAS MOLAS NO PILATES
A intensidade da Força elástica é diretamente proporcional à deformação (Lei de Hooke)
Foi após um bom tempo de observações e experimentos que o físico inglês R. Hooke, em 1660, estabeleceu a lei acima que fala da relação de forças aplicadas a corpos no que diz respeito a sua elasticidade.
O objeto aonde se pode notar mais facilmente essa ação, ou seja, aonde a força produzida é diretamente proporcional a sua deformação, são as MOLAS.
Foi lançando mão deste aparato que Joseph Pilates iniciou seu trabalho de reabilitação de soldados feridos na Primeira Guerra. Era a ferramenta mais acessível que cumpriria a função que ele tinha em mente – prover resistência aos movimentos gerando fortalecimento muscular e, consequentemente, reabilitação.
A eficácia das molas é tão grande que, até hoje, são elas que aparecem em vários dos aparelho que ele criou: Reformer, Chair, Cadillace, mais atualmente, a prancha de molas.
Interessante observar que no Reformer e na Chair as molas dão força indiretamente, seja através do pedal, do apoio da barra de pés, das corda, do carrinho.
Já no Cadillac, apesar de ainda encontrarmos sua ação vinculada a uma barra (a torre), a mola terá seu momento solo, de estrela, estando fixa com uma das extremidades (através de um pequeno aparato chamado snap) em um olhal (argola fixa no Cadillac ou prancha de molas) e com a outra extremidade livre conectada diretamente em quem executará o gesto através de uma alça de mão, coxa, ou pés.
Quando ela é utilizada desta forma mais “livre” dizemos que o movimento é feito em uma cadeia cinética ABERTA. É uma situação mais desafiadora para quem executa pelo fato do movimento ser desenhado apenas e tão somente pelo executor, sem nenhum caminho dado por uma barra ou carrinho. Outro fator de desafio é o fato da moça geralmente ser conduzida pelas mãos ou pés gerando mais alavanca na coluna exigindo maior controle de centro (CORE).
As molas do estúdio podem ser encontradas em diferentes resistências – geralmente sinalizadas por cores. Nem sempre a de maior resistência ou tensão indica que haverá maior grau de dificuldade no que será executado. O trabalho de Pilates segue essa linha: uma mola forte pode ser utilizada como assistência (Lunge na Chair) ou, pelo contrário, como resistência, 5 molas conectadas (Footwork no Reformer).
Levando-se em consideração a importancia fundamental das molas, sejam utilizadas isoladamente ou nos aparelhos, fica claro que este é um ítem fundamental na escolha de um bom equipamento. Analise com cuidado desde a aparência até a variedade de resistências das molas. Um equipamento como um Reformer que ofereça um variedade de tensões em suas 5 molas permitem muito mais combinações do que um com 5 molas de tensão igual.
Finalmente, procure manter suas molas lubrificadas e organizadas. Por sua estrutura helicoidal a mola tem uma grande área para absorver poeira, portanto procure mantê-las penduradas em algum tipo de suporte, um varal de molas. Desta forma elas não ficam balançando e no meio do caminho. O estúdio de Pilates é muito bonito, não fica bem aquele aparelho com 6 molas penduradas em toda a sua estrutura.
Procure deixar na máquina apenas as molas que você estiver utilizando, desta forma o ambiente fica organizado e não haverá perda de tempo para ficar procurando molas. As bolas tem varal, por que não as molas?
O que vocês me dizem? Abraço, Silvia Gomes. -
segunda-feira, 17 de setembro de 2012
11 ideias para espantar o stress e fazer o dia render mais
Já que é ali que você passa boa parte do dia, vale fazer o máximo para aumentar seu bem-estar no escritório. O serviço rende mais e sobra tempo (e pique) para curtir a happy hour
Não é porque você está a serviço que seu horário de expediente tem que ser uma prisão. Com esperteza e responsabilidade, é possível dar atenção ao bem-estar e à vida pessoal durante a jornada de trabalho sem prejudicar o rendimento nem levar o stress às alturas. Lançar mão das ideias que trazemos aqui também deixa seu dia a dia profissional mais leve e produtivo.
1. Entre no ritmo
Tem coisa mais gostosa do que começar o dia ouvindo seu som preferido a caminho do trabalho? No rádio do carro ou no iPod, escolha sua trilha sonora logo cedo e garanta alto-astral para o dia inteiro. Afinal, música tem o poder de transformar o humor no ato - por pior que seja o seu pela manhã ou que seja segunda-feira. Pesquisas mostram que ouvir uma música de que você gosta pode ajudar a aumentar o foco e a concentração no trabalho. Fora que deixa o clima mais leve e alegre.
2. Pare para esticar o corpo
Tudo bem que a vontade é parar tudo e se jogar numa massagem relaxante, mas como nem sempre dá, reserve cinco minutos para alongar costas, pescoço e braços no lugar mesmo. Leve a orelha em direção ao ombro, dos dois lados; gire os ombros cinco vezes para trás, depois cinco para a frente. Em seguida, rode os punhos para dentro e para fora a fim de relaxar os músculos dos antebraços e das mãos, contraídos quando você fica muito tempo digitando, como sugere a fisioterapeuta Raquel Casarotto, da Universidade de São Paulo. Sem levantar da cadeira, abaixe o tronco e abrace as pernas ou tente encostar as mãos no chão. O fisiologista do esporte Paulo Correia, da Universidade Federal de São Paulo, dá outra boa ideia. "Tire os sapatos e ande alguns minutos descalça, o que vai funcionar como uma massagem na sola dos pés, que, na verdade, relaxa o corpo inteiro", completa.
3. Coma certo na hora certa
Abasteça a gaveta do escritório com lanchinhos saudáveis para aplacar a fome entre as refeições sem precisar interromper o trabalho nem sabotar a dieta. De manhã: uma fruta é sempre uma boa opção, pois impede que você caia de boca em guloseimas. Combinar, em um punhado, frutas desidratadas com nozes, castanhas, amêndoas, soja torrada ou sementes (de girassol ou abóbora) é outra ideia que garante energia e mata a vontade de doce. À tarde: se fizer questão de um docinho de verdade em algum momento do dia, guarde para o fim da tarde. É que o açúcar compensa a queda normal de serotonina por volta das 17 horas. À noite: nos dias em que ficar até mais tarde e tiver que sacrificar o jantar, faça um lanche completo, com proteína magra, cereais e vegetais. Salmão com cream cheese, atum com salada, peito de peru com queijo branco e até um potinho de iogurte desnatado com linhaça são combinações gostosas e que saciam.
4. Pegue leve no almoço
Nada mais desesperador do que encarar a tarde de trabalho lutando para não cair no sono. Escape dessa escolhendo melhor o que coloca no prato na hora do almoço, não importa se você come em casa, no quilo ou na lanchonete. Regra básica para ter disposição até o fim do dia: a refeição dever ser leve e completa. Um prato com arroz (de preferência integral), feijão, uma carne e salada; macarrão integral à bolonhesa com uma salada ou um sanduíche de pão integral com proteína e queijo magros, alface e tomate, para aquele dia em que tiver que comer correndo, são alternativas do bem. Evite alimentos gordurosos, que exigem um esforço grande do metabolismo para ser digeridos e, por isso, são verdadeiros ladrões de energia e da concentração. Na sobremesa, fruta é sempre uma boa escolha, mas um chocolatinho pode, sim. "Pegue uma barrinha de 25 gramas do amargo ou meio amargo, com menos açúcar. Como o organismo está digerindo gorduras, proteínas e fibras, o chocolate após o almoço não é tão vilão", fala a nutricionista Daniela Jobst, de São Paulo.
5. Fique alerta o dia inteiro
Duro manter o foco? Tenha à mão um blend de óleos essenciais de alecrim, hortelã-pimenta e eucalipto, os melhores para espantar o sono e devolver o pique. "Misture cinco gotas de cada um em um frasco com um óleo vegetal como base e, quando bater a preguiça, esfregue um pouquinho na sola dos pés, na base da coluna e nas têmporas", ensina a aromaterapeuta Sylvia de Seganttini, de São Paulo. Mascar chiclete também ajuda a afastar a sonolência, pois estimula o nervo trigêmeo, na região do maxilar, ligado a áreas do cérebro responsáveis por mantê-la acordada.
6. Descanse o olhar
Não são só as costas e o bumbum que se cansam depois de horas sentada na frente do computador. Os olhos também precisam de uma folga. Para evitar que eles entrem em fadiga - o que os deixa vermelhos, irritados, com aquela sensação de vista embaçada -, é preciso posicionar a tela no lugar certo: a 50 centímetros do rosto. A luz e o tamanho da fonte também devem ser ajustados para reduzir o esforço visual. O oftalmologista Aderbal Alves Jr., presidente da Sociedade Brasileira de Oftalmologia, aconselha ainda pingar colírio ao menos duas vezes por dia. "Isso vai lubrificar os olhos e combater o ressecamento provocado pelo ar condicionado dos ambientes", diz. Também é bom que a tela fique na altura do olhar - o que alivia a sobrecarga no pescoço, pois evita que você precise abaixar ou levantar a cabeça para ler - e fazer uma pausa de cinco minutos de hora em hora para
olhar para o nada.
7. Desperte com chá verde
O cafezinho é um estimulante clássico e, além de ajudar a acordar, tem uma função social. Mesmo assim, não vale exagerar - três xícaras diárias é o máximo recomendado, de acordo com Daniela Jobst. "Evite tomar depois do almoço, pois, na digestão, a cafeína compete com nutrientes importantes como a vitamina C e o ferro. O ideal é esperar uma hora depois da refeição", explica a nutricionista. Ela defende que o melhor amigo da concentração mesmo é o chá verde, porque, além de cafeína, contém L-teanina, substância que melhora as funções cognitivas e diminui o stress. "Três xícaras por dia é a dose ideal", fala.
8. Ajeite-se na cadeira
Confira sempre se a sua está na posição certa antes de começar no batente. A melhor postura é com os joelhos formando um ângulo de 90 graus e os pés inteiros apoiados no chão. "Pés pendurados podem provocar má circulação e inchaço nas pernas", afirma a fisioterapeuta Raquel Casarotto. Os braços devem formar um ângulo de 90 graus e os ombros têm que ficar relaxados quando você usa o teclado. Durante o dia, policie-se para manter as costas retas (contrair o abdômen ajuda, e você ainda faz um exercício isométrico!) e o corpo virado para a frente - nada de sentar sobre umas das pernas e ficar toda torta. Além de evitar dores, você produz mais - um estudo da Universidade de Ohio, nos Estados Unidos, comprovou que se sentar com a coluna ereta durante o trabalho torna você mais assertiva e confiante.
9. Domine a dor
A cabeça parece que vai explodir? Evite fazendo automassagem: aperte durante dois minutos a região entre o polegar e o indicador de cada mão, alternando pressão leve e forte. Se a dor for pulsante e mais intensa, massageie as laterais do nariz ao lado do canto dos olhos por cerca de três minutos. Repita sempre que o incômodo persistir.
10. Controle-se para não explodir
O desejo é pular no pescoço do chefe ou mandar alguém passear? Segure a onda e encontre uma saída mais inteligente para a hora da raiva e do stress. Mesmo que você não seja adepta da meditação, vale a pena seguir os ensinamentos dela e se isolar por alguns minutos para respirar profundamente e com calma e mudar o foco da tensão - pode ser numa pausa para o café ou até dando uma volta no quarteirão, se seu local de trabalho permitir. Chamar uma amiga para bater um papo também pode ser uma boa. Na volta, é bem possível que o problema pareça menor e você encontre uma solução adequada para ele.
11. Distraia-se na medida
Dá para ser comprometida e produtiva sem precisar abrir mão de pequenos passatempos, como navegar na internet, postar no Facebook e telefonar para uma amiga. Desde que com bom senso e sem ocupar tempo demais com eles a ponto de atrapalhar as tarefas profissionais. "Parar uns minutinhos de manhã e à tarde ajuda a tornar o trabalho menos estressante", diz a psicóloga Andrea Macedo, de São Paulo. Reserve 15 minutos para cuidar da vida pessoal no começo da manhã e no fim da tarde, por exemplo. "Se não souber organizar o tempo, o stress que vem depois por causa de pendências, obrigações atrasadas e cobranças pode ser maior", completa.
fonte: Revista Boa Forma
Não é porque você está a serviço que seu horário de expediente tem que ser uma prisão. Com esperteza e responsabilidade, é possível dar atenção ao bem-estar e à vida pessoal durante a jornada de trabalho sem prejudicar o rendimento nem levar o stress às alturas. Lançar mão das ideias que trazemos aqui também deixa seu dia a dia profissional mais leve e produtivo.
1. Entre no ritmo
Tem coisa mais gostosa do que começar o dia ouvindo seu som preferido a caminho do trabalho? No rádio do carro ou no iPod, escolha sua trilha sonora logo cedo e garanta alto-astral para o dia inteiro. Afinal, música tem o poder de transformar o humor no ato - por pior que seja o seu pela manhã ou que seja segunda-feira. Pesquisas mostram que ouvir uma música de que você gosta pode ajudar a aumentar o foco e a concentração no trabalho. Fora que deixa o clima mais leve e alegre.
2. Pare para esticar o corpo
Tudo bem que a vontade é parar tudo e se jogar numa massagem relaxante, mas como nem sempre dá, reserve cinco minutos para alongar costas, pescoço e braços no lugar mesmo. Leve a orelha em direção ao ombro, dos dois lados; gire os ombros cinco vezes para trás, depois cinco para a frente. Em seguida, rode os punhos para dentro e para fora a fim de relaxar os músculos dos antebraços e das mãos, contraídos quando você fica muito tempo digitando, como sugere a fisioterapeuta Raquel Casarotto, da Universidade de São Paulo. Sem levantar da cadeira, abaixe o tronco e abrace as pernas ou tente encostar as mãos no chão. O fisiologista do esporte Paulo Correia, da Universidade Federal de São Paulo, dá outra boa ideia. "Tire os sapatos e ande alguns minutos descalça, o que vai funcionar como uma massagem na sola dos pés, que, na verdade, relaxa o corpo inteiro", completa.
3. Coma certo na hora certa
Abasteça a gaveta do escritório com lanchinhos saudáveis para aplacar a fome entre as refeições sem precisar interromper o trabalho nem sabotar a dieta. De manhã: uma fruta é sempre uma boa opção, pois impede que você caia de boca em guloseimas. Combinar, em um punhado, frutas desidratadas com nozes, castanhas, amêndoas, soja torrada ou sementes (de girassol ou abóbora) é outra ideia que garante energia e mata a vontade de doce. À tarde: se fizer questão de um docinho de verdade em algum momento do dia, guarde para o fim da tarde. É que o açúcar compensa a queda normal de serotonina por volta das 17 horas. À noite: nos dias em que ficar até mais tarde e tiver que sacrificar o jantar, faça um lanche completo, com proteína magra, cereais e vegetais. Salmão com cream cheese, atum com salada, peito de peru com queijo branco e até um potinho de iogurte desnatado com linhaça são combinações gostosas e que saciam.
4. Pegue leve no almoço
Nada mais desesperador do que encarar a tarde de trabalho lutando para não cair no sono. Escape dessa escolhendo melhor o que coloca no prato na hora do almoço, não importa se você come em casa, no quilo ou na lanchonete. Regra básica para ter disposição até o fim do dia: a refeição dever ser leve e completa. Um prato com arroz (de preferência integral), feijão, uma carne e salada; macarrão integral à bolonhesa com uma salada ou um sanduíche de pão integral com proteína e queijo magros, alface e tomate, para aquele dia em que tiver que comer correndo, são alternativas do bem. Evite alimentos gordurosos, que exigem um esforço grande do metabolismo para ser digeridos e, por isso, são verdadeiros ladrões de energia e da concentração. Na sobremesa, fruta é sempre uma boa escolha, mas um chocolatinho pode, sim. "Pegue uma barrinha de 25 gramas do amargo ou meio amargo, com menos açúcar. Como o organismo está digerindo gorduras, proteínas e fibras, o chocolate após o almoço não é tão vilão", fala a nutricionista Daniela Jobst, de São Paulo.
5. Fique alerta o dia inteiro
Duro manter o foco? Tenha à mão um blend de óleos essenciais de alecrim, hortelã-pimenta e eucalipto, os melhores para espantar o sono e devolver o pique. "Misture cinco gotas de cada um em um frasco com um óleo vegetal como base e, quando bater a preguiça, esfregue um pouquinho na sola dos pés, na base da coluna e nas têmporas", ensina a aromaterapeuta Sylvia de Seganttini, de São Paulo. Mascar chiclete também ajuda a afastar a sonolência, pois estimula o nervo trigêmeo, na região do maxilar, ligado a áreas do cérebro responsáveis por mantê-la acordada.
6. Descanse o olhar
Não são só as costas e o bumbum que se cansam depois de horas sentada na frente do computador. Os olhos também precisam de uma folga. Para evitar que eles entrem em fadiga - o que os deixa vermelhos, irritados, com aquela sensação de vista embaçada -, é preciso posicionar a tela no lugar certo: a 50 centímetros do rosto. A luz e o tamanho da fonte também devem ser ajustados para reduzir o esforço visual. O oftalmologista Aderbal Alves Jr., presidente da Sociedade Brasileira de Oftalmologia, aconselha ainda pingar colírio ao menos duas vezes por dia. "Isso vai lubrificar os olhos e combater o ressecamento provocado pelo ar condicionado dos ambientes", diz. Também é bom que a tela fique na altura do olhar - o que alivia a sobrecarga no pescoço, pois evita que você precise abaixar ou levantar a cabeça para ler - e fazer uma pausa de cinco minutos de hora em hora para
olhar para o nada.
7. Desperte com chá verde
O cafezinho é um estimulante clássico e, além de ajudar a acordar, tem uma função social. Mesmo assim, não vale exagerar - três xícaras diárias é o máximo recomendado, de acordo com Daniela Jobst. "Evite tomar depois do almoço, pois, na digestão, a cafeína compete com nutrientes importantes como a vitamina C e o ferro. O ideal é esperar uma hora depois da refeição", explica a nutricionista. Ela defende que o melhor amigo da concentração mesmo é o chá verde, porque, além de cafeína, contém L-teanina, substância que melhora as funções cognitivas e diminui o stress. "Três xícaras por dia é a dose ideal", fala.
8. Ajeite-se na cadeira
Confira sempre se a sua está na posição certa antes de começar no batente. A melhor postura é com os joelhos formando um ângulo de 90 graus e os pés inteiros apoiados no chão. "Pés pendurados podem provocar má circulação e inchaço nas pernas", afirma a fisioterapeuta Raquel Casarotto. Os braços devem formar um ângulo de 90 graus e os ombros têm que ficar relaxados quando você usa o teclado. Durante o dia, policie-se para manter as costas retas (contrair o abdômen ajuda, e você ainda faz um exercício isométrico!) e o corpo virado para a frente - nada de sentar sobre umas das pernas e ficar toda torta. Além de evitar dores, você produz mais - um estudo da Universidade de Ohio, nos Estados Unidos, comprovou que se sentar com a coluna ereta durante o trabalho torna você mais assertiva e confiante.
9. Domine a dor
A cabeça parece que vai explodir? Evite fazendo automassagem: aperte durante dois minutos a região entre o polegar e o indicador de cada mão, alternando pressão leve e forte. Se a dor for pulsante e mais intensa, massageie as laterais do nariz ao lado do canto dos olhos por cerca de três minutos. Repita sempre que o incômodo persistir.
10. Controle-se para não explodir
O desejo é pular no pescoço do chefe ou mandar alguém passear? Segure a onda e encontre uma saída mais inteligente para a hora da raiva e do stress. Mesmo que você não seja adepta da meditação, vale a pena seguir os ensinamentos dela e se isolar por alguns minutos para respirar profundamente e com calma e mudar o foco da tensão - pode ser numa pausa para o café ou até dando uma volta no quarteirão, se seu local de trabalho permitir. Chamar uma amiga para bater um papo também pode ser uma boa. Na volta, é bem possível que o problema pareça menor e você encontre uma solução adequada para ele.
11. Distraia-se na medida
Dá para ser comprometida e produtiva sem precisar abrir mão de pequenos passatempos, como navegar na internet, postar no Facebook e telefonar para uma amiga. Desde que com bom senso e sem ocupar tempo demais com eles a ponto de atrapalhar as tarefas profissionais. "Parar uns minutinhos de manhã e à tarde ajuda a tornar o trabalho menos estressante", diz a psicóloga Andrea Macedo, de São Paulo. Reserve 15 minutos para cuidar da vida pessoal no começo da manhã e no fim da tarde, por exemplo. "Se não souber organizar o tempo, o stress que vem depois por causa de pendências, obrigações atrasadas e cobranças pode ser maior", completa.
fonte: Revista Boa Forma
quarta-feira, 12 de setembro de 2012
Tendências/Debates: Médicos que não querem conversa
LUIZ ROBERTO LONDRES
Durante minha formação, tive o privilégio de conviver com Danilo Perestrello, autor de "A Medicina da Pessoa" (Atheneu). Vinham ao consultório não só pessoas doentes, mas pessoas que se sentiam doentes.
Um dia, em conversa com meu pai, cardiologista cujos passos segui, comentei que metade dos meus atendimentos eram de pessoas sem doença física. Ele retrucou: "Só metade? Você deve estar adoecendo alguns".
Em inúmeros casos, a simples conversa resolvia a "doença". Muitos saíam da consulta sem solicitação de exames ou receitas. Em nova consulta, estavam totalmente "curados".
Na medicina atual, aos poucos a pessoa foi reduzida à condição de doente. Não mais interessava sua vida, história, personalidade ou situação psicológica e social, apenas os sintomas no momento da consulta. A anamnese, entrevista inicial com o paciente, passou a se limitar aos dados da doença apresentada. A alteração biológica passa a ser tudo.
Na medicina atual, não se leva em conta características específicas de cada paciente, que podem determinar se o tratamento indicado deve ser administrado. Um exemplo gritante é aplicação de cirurgias ou tratamentos agressivos, tantas vezes extremamente dispendiosos, a idosos que provavelmente faleceriam de outras causas antes que a doença em questão levasse ao óbito.
Médicos se sentem oprimidos em relação ao tempo que podem dispensar a uma consulta e perderam o espírito crítico em relação ao valor da anamnese --que, segundo Howard Barrows, da Universidade de Southern Illinois, dá ao bom médico 90% de chance de diagnóstico certo.
Deixamos de lado os princípios médicos para atender volume. Recém-formado, fui colocado em um ambulatório com uma lista de 40 pacientes para serem atendidos em quatro horas. Atendi como deveria e, ao final do meu tempo, havia atendido por volta de 15. No dia seguinte, fui chamado à diretoria do hospital, que questionava minha conduta. Médicos não têm de atender filas, têm de atender pacientes.
Na nossa época de estudantes, aprendíamos que exames serviam para confirmar ou não o diagnóstico e quantificar alguns parâmetros. Hoje, isso foi esquecido. Além disso, médicos se fiam em laudos de colegas que não conhecem, sem avaliar o grau de sua capacidade médica.
Com esse reducionismo, o médico é cada vez mais dispensável, podendo ser substituído por computadores.
Fonte: Folha de São Paulo
Durante minha formação, tive o privilégio de conviver com Danilo Perestrello, autor de "A Medicina da Pessoa" (Atheneu). Vinham ao consultório não só pessoas doentes, mas pessoas que se sentiam doentes.
Um dia, em conversa com meu pai, cardiologista cujos passos segui, comentei que metade dos meus atendimentos eram de pessoas sem doença física. Ele retrucou: "Só metade? Você deve estar adoecendo alguns".
Em inúmeros casos, a simples conversa resolvia a "doença". Muitos saíam da consulta sem solicitação de exames ou receitas. Em nova consulta, estavam totalmente "curados".
Na medicina atual, aos poucos a pessoa foi reduzida à condição de doente. Não mais interessava sua vida, história, personalidade ou situação psicológica e social, apenas os sintomas no momento da consulta. A anamnese, entrevista inicial com o paciente, passou a se limitar aos dados da doença apresentada. A alteração biológica passa a ser tudo.
Na medicina atual, não se leva em conta características específicas de cada paciente, que podem determinar se o tratamento indicado deve ser administrado. Um exemplo gritante é aplicação de cirurgias ou tratamentos agressivos, tantas vezes extremamente dispendiosos, a idosos que provavelmente faleceriam de outras causas antes que a doença em questão levasse ao óbito.
Médicos se sentem oprimidos em relação ao tempo que podem dispensar a uma consulta e perderam o espírito crítico em relação ao valor da anamnese --que, segundo Howard Barrows, da Universidade de Southern Illinois, dá ao bom médico 90% de chance de diagnóstico certo.
Deixamos de lado os princípios médicos para atender volume. Recém-formado, fui colocado em um ambulatório com uma lista de 40 pacientes para serem atendidos em quatro horas. Atendi como deveria e, ao final do meu tempo, havia atendido por volta de 15. No dia seguinte, fui chamado à diretoria do hospital, que questionava minha conduta. Médicos não têm de atender filas, têm de atender pacientes.
Na nossa época de estudantes, aprendíamos que exames serviam para confirmar ou não o diagnóstico e quantificar alguns parâmetros. Hoje, isso foi esquecido. Além disso, médicos se fiam em laudos de colegas que não conhecem, sem avaliar o grau de sua capacidade médica.
Com esse reducionismo, o médico é cada vez mais dispensável, podendo ser substituído por computadores.
Fonte: Folha de São Paulo
terça-feira, 11 de setembro de 2012
Acupuntura é eficaz no tratamento de algumas dores crônicas, confirma pesquisa
Análise de estudos com quase 18.000 pacientes mostrou que a técnica chinesa é capaz de diminuir as dores em casos de lombalgia, cefaleia e osteoartrite
A acupuntura acaba de ganhar um importante reforço para sua credibilidade. Uma análise de 29 estudos clínicos mostrou que a acupuntura é melhor que o uso de placebo para o tratamento de alguns tipos de dor crônica, como a lombalgia e a cefaleia.
CONHEÇA A PESQUISA
Título original: Acupuncture for Chronic Pain - Individual Patient Data Meta-analysis
Onde foi divulgada: revista Archives of Internal Medicine
Quem fez: Andrew J. Vickers, Angel M. Cronin, Alexandra C. Maschino, George Lewith, Hugh MacPherson, Nadine E. Foster, Karen J. Sherman, Claudia M. Witt, Klaus Linde
Instituição: Sloan-Kettering Cancer Center
Dados de amostragem: estudos com 17.922 pessoas
Resultado: pacientes que receberam acupuntura apresentaram menor dor nos casos crônicos de lombalgia, osteoartrite e cefaleia que os pacientes tratados com acupuntura simulada. A redução foi ainda maior em comparação com pacientes que receberam outros tratamentos placebos.
Publicado nesta segunda-feira no Archives of Internal Medicine, periódico da Associação Médica Americana, o estudo reforça as recentes evidências que apontam para a eficácia da acupuntura. Até hoje, a técnica de introduzir agulhas em pontos específicos sob a pele, criada há pelo menos 2.500 anos pelos chineses, foi posta em dúvida porque, em muitos estudos, apresentava resultados não suficientemente melhores que o tratamento placebo.
Na análise coordenada por Andrew Vickers, pesquisador do Sloan-Kettering Cancer Center, em Nova York, foram utilizadas informações de estudos clínicos feitos com um total de 17.992 pacientes dos Estados Unidos, Grã-Bretanha, Alemanha, Espanha e Suécia. A acupuntura se mostrou superior no tratamento da dor crônica tanto em relação ao grupo que não recebeu nenhuma terapia quanto ao que recebeu acupuntura simulada (na qual agulhas são introduzidas na pele, mas fora dos pontos específicos). Além da acupuntura simulada, também foram usadas nos estudos analisados agulhas retráteis (que pressionam, mas não ultrapassam a pele dos pacientes), acupuntura a laser e nenhum tratamento.
Segundo os autores da pesquisa, os pacientes que receberam acupuntura apresentaram menor dor nos casos crônicos de lombalgia, osteoartrite e cefaleia que os pacientes tratados com acupuntura simulada (os pacientes dão 'notas' para o grau de dor que estão sentindo, sendo zero o menor índice de dor e 10 a pior dor possível). A redução foi ainda maior em comparação com pacientes que receberam outros tratamentos placebos.
"Os dados resultantes dessa análise de outros estudos com quase 18.000 pacientes em testes clínicos de alta qualidade fornecem as mais robustas evidências até hoje de que a acupuntura é uma boa opção para pacientes com dor crônica”, afirmaram os autores do estudo.
A acupuntura acaba de ganhar um importante reforço para sua credibilidade. Uma análise de 29 estudos clínicos mostrou que a acupuntura é melhor que o uso de placebo para o tratamento de alguns tipos de dor crônica, como a lombalgia e a cefaleia.
CONHEÇA A PESQUISA
Título original: Acupuncture for Chronic Pain - Individual Patient Data Meta-analysis
Onde foi divulgada: revista Archives of Internal Medicine
Quem fez: Andrew J. Vickers, Angel M. Cronin, Alexandra C. Maschino, George Lewith, Hugh MacPherson, Nadine E. Foster, Karen J. Sherman, Claudia M. Witt, Klaus Linde
Instituição: Sloan-Kettering Cancer Center
Dados de amostragem: estudos com 17.922 pessoas
Resultado: pacientes que receberam acupuntura apresentaram menor dor nos casos crônicos de lombalgia, osteoartrite e cefaleia que os pacientes tratados com acupuntura simulada. A redução foi ainda maior em comparação com pacientes que receberam outros tratamentos placebos.
Publicado nesta segunda-feira no Archives of Internal Medicine, periódico da Associação Médica Americana, o estudo reforça as recentes evidências que apontam para a eficácia da acupuntura. Até hoje, a técnica de introduzir agulhas em pontos específicos sob a pele, criada há pelo menos 2.500 anos pelos chineses, foi posta em dúvida porque, em muitos estudos, apresentava resultados não suficientemente melhores que o tratamento placebo.
Na análise coordenada por Andrew Vickers, pesquisador do Sloan-Kettering Cancer Center, em Nova York, foram utilizadas informações de estudos clínicos feitos com um total de 17.992 pacientes dos Estados Unidos, Grã-Bretanha, Alemanha, Espanha e Suécia. A acupuntura se mostrou superior no tratamento da dor crônica tanto em relação ao grupo que não recebeu nenhuma terapia quanto ao que recebeu acupuntura simulada (na qual agulhas são introduzidas na pele, mas fora dos pontos específicos). Além da acupuntura simulada, também foram usadas nos estudos analisados agulhas retráteis (que pressionam, mas não ultrapassam a pele dos pacientes), acupuntura a laser e nenhum tratamento.
Segundo os autores da pesquisa, os pacientes que receberam acupuntura apresentaram menor dor nos casos crônicos de lombalgia, osteoartrite e cefaleia que os pacientes tratados com acupuntura simulada (os pacientes dão 'notas' para o grau de dor que estão sentindo, sendo zero o menor índice de dor e 10 a pior dor possível). A redução foi ainda maior em comparação com pacientes que receberam outros tratamentos placebos.
"Os dados resultantes dessa análise de outros estudos com quase 18.000 pacientes em testes clínicos de alta qualidade fornecem as mais robustas evidências até hoje de que a acupuntura é uma boa opção para pacientes com dor crônica”, afirmaram os autores do estudo.
"Estudo reafirma o que observávamos nos consultórios"
Andre Wan Wen Tsai
médico ortopedista e acupunturista do Centro de Acupuntura do Instituto de Ortopedia e Traumatologia do HC FMUSP e diretor de Relações Institucionais do Colégio Médico de Acupuntura do Estado de São Paulo.
"O grande problema da acupuntura é que muitos estudos mostravam que seu uso fazia a dor diminuir, mas também havia redução no grupo placebo. Este artigo mostra que existe uma boa diferença entre acupuntura e placebo e reafirma o que já observávamos na prática clínica.
"Entretanto não é para toda dor crônica. A acupuntura tem maior efetividade nos casos crônicos de lombalgia, dor cervical, osteoartrite e cefaleia.
"Entretanto não é para toda dor crônica. A acupuntura tem maior efetividade nos casos crônicos de lombalgia, dor cervical, osteoartrite e cefaleia.
"É bom lembrar que, em medicina, usamos mais uma terapia ao mesmo tempo. Isso significa que a acupuntura pode ter um efeito superior se combinada a outros tratamentos contra a dor crônica. Isso é bem nítido na prática clínica."
segunda-feira, 3 de setembro de 2012
Atividade física ajuda no tratamento contra o câncer, mas oncologistas pouco discutem o assunto com pacientes
Levantamento da Clínica Mayo ainda concluiu que a maioria das pessoas com a doença desconhece os benefícios dos exercícios sobre os sintomas do câncer
Embora inúmeros estudos tenham demonstrado os benefícios da atividade física sobre o tratamento e a recuperação de um câncer, os médicos oncologistas pouco discutem o assunto com seus pacientes, que ainda são relutantes em exercitar-se. Essas são as conclusões de um levantamento feito pela Clínica Mayo, nos Estados Unidos, e publicado neste mês no periódico Journal of Pain and Symptom Management.
A pesquisa, que analisou 20 pacientes diagnosticados com câncer de pulmão, ainda mostrou que quando a sugestão da prática de exercício físico vem direto do oncologista, os pacientes são mais propensos a levar a atividade a sério. “De maneira geral, essas pessoas não estão recebendo conselhos concretos sobre como a atividade física pode ajudá-los a manter a funcionalidade e melhorar os resultados do tratamento contra a doença”, diz Andrea Cheville, coordenadora do estudo.
Exercício físico e cafeína reduzem risco de câncer de pele por exposição ao sol
Além disso, as pessoas que já costumavam praticar alguma atividade física antes de serem diagnosticadas com câncer foram mais propensas a continuar se exercitando durante o tratamento contra a doença. O estudo também mostrou que a maioria dos indivíduos considera atividades do dia-a-dia, como jardinagem, por exemplo, como exercício suficiente para completar as recomendações diárias. “Grande parte dessas pessoas não sabe que as atividades diárias exigem o mínimo de esforço. Ou seja, nem tudo pode ser considerado como exercício moderado ou intenso”, afirma Cheville.
Benefícios desconhecidos — Segundo o levantamento, a maioria dos indivíduos entrevistados não sabia que a falta de atividade física pode contribuir para o enfraquecimento do corpo e para uma maior vulnerabilidade a outros problemas de saúde, especialmente a sintomas relacionados à doença. No artigo, os autores explicam que outras pesquisas já mostraram que o exercício pode reduzir em até 50% a recorrência dos cânceres de mama e cólon. Além disso, as atividades melhoram a mobilidade dos pacientes em tratamento, reduz a fadiga associada à doença e também evita que os indivíduos fiquem isolados em suas casas.
Revista Veja
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