terça-feira, 31 de julho de 2012

Saiba como a alimentação pode fortalecer o seu sistema imunológico

Aliados a um estilo de vida saudável, hábitos alimentares corretos podem melhorar a ação do organismo contra vírus, bactérias e outros agentes causadores de doenças


O sistema imunológico é o mecanismo pelo qual o nosso corpo luta contra invasores externos — vírus, bactérias, protozoários, fungos e até agentes químicos, como venenos — capazes de provocar doenças. Embora ele seja parte natural do organismo, é possível fortalecê-lo e torná-lo mais preparado para combater esses agentes, evitando ou retardando, assim, o surgimento uma série de problemas de saúde. A alimentação é uma das principais aliadas das células de defesa e, na quantidade adequada, certos nutrientes podem, entre outras coisas, aumentar o número dessas células no corpo e estimular a ação delas quando o organismo se depara com um quadro de infecção.

A vitamina C talvez seja o nutriente mais associado a uma boa imunidade — e não é à toa. Acontece que esse ‘exército’ de defesa é formado por células que nascem e morrem a todo o momento, como explica Luiz Vicente Rizzo, médico imunologista e diretor-superintendente do Instituto Israelita de Pesquisa Albert Einstein. “É um processo contínuo de renovação: quando há algum quadro de infecção, o número de células de defesa no organismo aumenta e, quando a resposta inflamatória acaba, as células morrem, pois deixam de ser úteis”, diz o médico. O que a vitamina C faz no corpo é evitar a morte — ou a oxidação — de parte dessas células, já que o nutriente possui propriedades antioxidantes. Portanto, a vitamina faz com que menos linfócitos morram e deixa o nosso corpo mais preparado para quando precisar lutar contra um agente externo.
Estilo de vida — No entanto, consumir apenas alguns alimentos que são benéficos ao sistema imune não é o suficiente para evitar o surgimento de doenças. “Não adianta tomar um litro de suco de laranja todos os dias se todos os seus outros hábitos prejudicam o organismo”, afirma Rizzo. “Como o sistema imune faz parte do organismo, tudo o que é bom para ele, é bom para a imunidade. Ou seja, dormir bem, ser fisicamente ativo, não fumar ou beber em excesso e, claro, ter hábitos alimentares saudáveis contribui para que a resposta do corpo a infecções seja mais poderosa.” Hábitos favoráveis à saúde, segundo Rizzo, quando seguidos a longo prazo, retardam o desgaste natural que ocorre com a saúde de todo o indivíduo ao passo que ele envelhece. “Doenças que surgem com a idade podem demorar mais para aparecer. É claro que o fator genético também interfere, mas dele não é possível fugir.”
Conheça alguns dos principais alimentos que beneficiam o sistema imunológico:
Vitamina C

O nutriente tem propriedades oxidantes e evita a morte de parte das células de defesa. Isso faz com que o organismo esteja mais preparado quando entrar em contato com um agente externo. Essa ação da vitamina C pode ajudar no combate e na prevenção de diversas doenças. Um estudo feito em 2012 na Universidade Monash, na Austrália, por exemplo, mostrou que homens que consomem maiores quantidades do nutriente têm menos artrite (inflamação das artérias). No entanto, o excesso do nutriente não aumenta os benefícios e ainda pode provocar reações adversas, como dores de estômago. Outros alimentos como goiaba, melão, mamão e morango também são fontes ricas de vitamina C.

Alimentos ricos em zinco



O nutriente pode ser encontrado em uma variedade muito grande de alimentos, como ostras, carne bovina, amêndoas e nozes. De acordo com o imunologista Luiz Vicente Rizzo, o zinco é fundamental para o funcionamento de diversas enzimas que atuam na resposta imune e aumenta a capacidade de as células de defesa combaterem bactérias. Por isso, como explica o médico, suplementos do mineral têm sido cada vez mais recomendados aos idosos para reduzir quadros de infecções. Um estudo feito no Centro Nacional Italiano de Pesquisas sobre Envelhecimento e publicado no periódico Annals of the New York Academy of Sciences mostrou que pessoas com mais de 65 anos que ingerem 15 miligramas de zinco ao dia apresentam níveis de células do sistema de defesa semelhantes aos encontrados em um jovem.

Alho


A sabedoria popular já aposta há tempos no alho como um poderoso aliado contra gripes, resfriados e outras doenças que atingem o sistema imunológico. Nos últimos anos, a reputação do alimento foi comprovada por alguns estudos científicos. Um dos mais recentes, publicado em dezembro de 2011 no periódico Clinical Nutrition e realizado na Universidade da Flórida, nos Estados Unidos, mostrou que pessoas que tomaram suplementos com extrato de alho demonstraram uma melhor função das células de defesa e tiveram gripes e resfriados menos graves do que aquelas que não ingeriram a substância.

Cogumelos


Em 1960, um pesquisador da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos, descobriu que um componente do shiitake chamado letinan possui propriedades antivirais que estimulam a ação dos linfócitos no organismo e, portanto, fortalecem o sistema de defesa. Um estudo feito na Universidade de Smeelweis, em Budapeste, na Hungria, e publicada no periódico Cancer Immunology, Immunotherapy, concluiu que a substância presente nos cogumelos altera as células do sistema imune e pode evitar a metástase de células cancerígenas do pulmão.

Iogurte


Há algum tempo a ação do iogurte no organismo vem sendo estudada. As bactérias presentes no iogurte, como os lactobacilos, garantem o equilíbrio que deve haver no organismo entre todas as células bacterianas que habitam o corpo de um ser humano. Além disso, estudos têm revelado o quanto essa ação ajuda o sistema imunológico. Uma pesquisa recentemente publicada no periódico Cell Host & Microbe, por exemplo, concluiu que as bactérias presentes no iogurte agem sobre mediadores da resposta inflamatória no organismo e, assim, podem ajudar a combater doenças inflamatórias do intestino.



quinta-feira, 26 de julho de 2012

6 alimentos para combater a ansiedade


Um estudo publicado no periódico Journal of Biobehavioral Medicine mostra que existe um elo entre o nervosismo e o ganho de quilos extras. Cientistas holandeses avaliaram 2 433 voluntários e observaram que entre os mais ansiosos, havia maior risco para a síndrome metabólica, um distúrbio que soma encrencas como a hipertensão, o diabetes e o acúmulo de gordura na região abdominal.

Outros trabalhos já demonstraram que a irritabilidade interfere com hormônios que servem de estopim para o crescimento da pança. Sem falar que viver estressado faz o coração sofrer. Então, para ficar em dia com a balança, vale esfriar a cabeça. E a alimentação pode ser uma grande aliada para manter a calma. Veja a seguir alguns ingredientes que não podem faltar ao cardápio:


1. Pistache 
Em períodos de grandes tensões é melhor que o organismo esteja bem suprido em relação à vitamina B1. Daí o pistache ser bem-vindo nessas situações. O petisco da família das oleaginosas é uma excelente fonte desse nutriente que é essencial na síntese de neurotransmissores relacionados ao bem-estar. A B1, que também recebe o nome de tiamina, participa, ainda, da conversão de glicose em energia. Quando está em falta, sobra irritabilidade.

2. Maracujá 
Embora as folhas do maracujazeiro concentrem muito mais do composto de ação calmante, seu fruto também oferece. Trata-se da passiflorina que, inclusive, é utilizada pela indústria farmacêutica na fabricação de remédios. Ela age no sistema nervoso diminuindo a ansiedade. A dica para aproveitar cada gota da substância é consumir o próprio maracujá e não o suco, que pode perder parte das propriedades.

3. Infusão de melissa 
Recorrer a uma xícara de chá quentinho é a receita das avós para acalmar. Se for de melissa, muito melhor. Conhecida popularmente como erva-cidreira a Melissa officinalis é uma rica mistura de flavonóides de comprovada ação sedativa. Mas é necessário tomar alguns cuidados para assegurar esses benefícios. É importante adquirir a planta em estabelecimentos idôneos. Ela deve ser guardada em potes fechados, sem umidade e de preferência longe da luz. Também é aconselhável consumir rapidamente para que seus princípios ativos não se percam.

4. Alface 
Não desperdice nada dessa hortaliça. Nem pense em jogar fora os talos. É justamente ali que está maior parte das substâncias que atuam no sistema nervoso. A principal delas é a lactucina que traz tranquilidade. Vale destacar ainda a ótima quantidade de fibras do vegetal. Elas são muito bem-vindas no combate à prisão de ventre, um problema que pode deixar muita gente a beira de um ataque de nervos.

5. Sushi 
Só o ritual dos restaurantes japoneses já é o bastante para aplacar a ansiedade. Soma-se à calmaria, a deliciosa mistura de arroz com salmão é sinônimo de carboidrato com ômega-3. Uma imbatível dupla que no processo digestivo se quebra em novas substâncias. Estas, por sua vez, seguem para o cérebro e lá proporcionam uma inundação de bem-estar. A gordura do pescado tem, ainda, poderosa ação anti-inflamatória que é necessária em momentos de irritação para proteger as artérias.

6. Amêndoa 
Ela oferece uma porção de nutrientes indispensáveis em períodos tensos. Há desde o zinco, que reforça as defesas até a vitamina E, protetora das células, passando pelo fósforo, mineral essencial para a produção de energia. Guarda, ainda, um segredo chamado arginina, uma partícula protéica que promove o relaxamento.

Portal: Emagrece Brasil

terça-feira, 24 de julho de 2012

Atividades físicas trazem benefícios também ao cérebro


A prática de exercício ativa a memória, reduz a ansiedade, dá prazer e alivia a tensão do cérebro


Que a prática de esportes faz bem para o corpo, tonifica os músculos e melhora a capacidade respiratória, todo mundo já sabe. Mas os cientistas descobriram que, muito além dos benefícios para o corpo, os exercícios são ótimos para a saúde do cérebro. Fazer artes marciais, dança, natação, e outros esportes favorece o bombeamento de sangue, o que indica mais oxigênio pelo corpo, inclusive para as células da massa cinzenta. Isso significa que quem faz exercícios físicos regularmente tem risco menor de sofrer AVCs (acidentes vasculares cerebrais).

Os exercícios aeróbicos também estimulam a criação de novos neurônios, o que era impensável até o fim dos anos 90, quando se acreditava que nascíamos com uma quantidade certa de neurônios (cerca de 86 milhões) e que esse número só diminuiria com os anos.

"Além de possibilitar o ganho de novos neurônios, o exercício aumenta a capacidade de interação e comunicação entre eles, que é o que chamamos de sinapse", afirma Li Li Min, professor do Departamento de Neurologia da Unicamp. Isso quer dizer que os exercícios físicos não só aumentam a quantidade de jogadores em campo no cérebro (que seriam os novos neurônios) como também melhoram a qualidade do passe entre eles (sinapse).

Os pesquisadores coordenados por Min analisaram imagens cerebrais de oito lutadores de judô, oito corredores de maratonas de longa distância e 20 sedentários. E perceberam um aumento na massa cinzenta daqueles que praticavam esportes.

"A pesquisa serviu para mostrar a capacidade adaptativa do cérebro aos exercícios. Se a prática de esportes pode influir inclusive na plasticidade da massa cinzenta, fazendo com que áreas do cérebro se desenvolvam mais, isso indica que os benefícios das atividades físicas são mesmo inegáveis à mente", diz Min.

Assim como a questão dos neurônios, o aumento da massa do cérebro era outro tabu: acreditava-se que ela só podia ser desenvolvida por algumas doenças que fariam o órgão se tornar maior em alguma parte. O estudo do professor Min mostrou que, como qualquer músculo do corpo, o cérebro também pode "ganhar massa", dependendo da região à qual aquela prática esportiva está associada.

Fonte: Revista Vida Simples

segunda-feira, 23 de julho de 2012

Sedentarismo causa tantas mortes quanto cigarro


Segundo pesquisadores, falta de atividade física já pode ser considerada uma pandemia mundial


O sedentarismo pode ser tão letal quanto o tabagismo. Segundo um estudo publicado nesta quarta-feira na revista médica The Lancet, a falta de atividade física foi responsável por 5,3 milhões das 57 milhões de mortes registradas no mundo em 2008. O cigarro, por sua vez, leva cerca de cinco milhões de indivíduos a óbito todos os anos, apontam os pesquisadores.


Tais números, de acordo com o relatório, fazem com que o sedentarismo possa ser classificado como uma pandemia. Esse trabalho faz parte de uma série de artigos que o periódico vem divulgando sobre exercícios físicos, aproveitando a proximidade da Olimpíada de 2012, que começa na próxima semana em Londres.

A pesquisa considerou inatividade física como a prática de menos do que 150 minutos de atividade física moderada (caminhada rápida, por exemplo) ou menos do que 60 minutos de exercícios intensos (como corrida) por semana. Segundo os dados, esse quadro atinge um terço da população mundial adulta (maior do que 15 anos), e é ainda mais prevalente entre os adolescentes: quatro em cinco jovens de 13 a 15 anos não atingem os níveis mínimos de atividade física. O sedentarismo se torna mais comum conforme as pessoas ficam mais velhas e atinge mais mulheres do que homens e pessoas de países risco.

Esse estudo foi desenvolvido por uma equipe de pesquisadores das universidades de Harvard e da Carolina do Sul, ambas nos Estados Unidos, do Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC, sigla em inglês), órgão de saúde americano, e do Instituto Nacional para Saúde e Bem-Estar da Finlândia. Para os autores, um dos grandes responsáveis pela inatividade física no mundo são os meios de transportes motorizados, que acabam aumentando o número de horas em que um indivíduo permanece sentado durante o dia.

No artigo, eles reforçam a importância de as autoridades dos países promoverem a atividade física entre a população, ampliarem o acesso das pessoas a espaços públicos onde elas possam exercitar-se e garantirem a segurança de pedestres e ciclistas. Segundo estimativas dos pesquisadores, aumentar os níveis de atividade física entre a população mundial em 10% poderia evitar mais de 500.000 mortes em todo o mundo ao ano.

Fator de risco — De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a inatividade física é o quarto maior fator de risco para doenças crônicas, ficando atrás somente da hipertensão, do tabagismo e do colesterol alto. A pesquisa publicada na revista The Lancet mostrou que o sedentarismo causa 6% dos casos de doença cardíaca coronariana, 7% de diabetes tipo 2 e 10% dos casos de cânceres de mama e cólon.

Fonte: Revista Veja

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Exercícios físicos ajudam a proteger o cérebro do Alzheimer


Três estudos mostram relação entre atividades físicas e melhora em funções cognitivas



Três pesquisas recentes mostram que exercícios físicos podem ajudar a promover as funções mentais e reduzir os riscos de declínio cognitivo e demência em idosos saudáveis ou com comprometimento cognitivo leve. Elas foram apresentadas no último domingo, durante a Conferência Internacional da Associação de Alzheimer, realizada em Vancouver, no Canadá. “Esses novos estudos começam a esclarecer exatamente quais tipos de atividades físicas são mais efetivas, o quanto precisam ser praticadas e por quanto tempo”, diz William Thies, diretor médico e científico da Associação.

Saiba mais

COGNIÇÃO
Conjunto de processos mentais usados no pensamento, na percepção, na classificação, no reconhecimento, na memória, no juízo, na imaginação e na linguagem. O comprometimento cognitivo é uma das características mais importantes da demência, como na doença de Alzheimer.

DEMÊNCIA
A demência é causada por uma variedade de doenças no cérebro que afetam a memória, o pensamento, o comportamento e a habilidade de realizar atividades cotidianas. O Alzheimer é a causa mais comum de demência e corresponde a cerca de 70% dos casos. Os sintomas mais comuns são: perda de memória, confusão, irritabilidade e agressividade, alterações de humor e falhas de linguagem.

COMPROMETIMENTO COGNITIVO LEVE
É o período de transição entre o quadro de envelhecimento normal e o diagnóstico de demência, que é a diminuição da função mental e comprometimento da memória, do pensamento, da capacidade para aprender e do juízo.

Um dos estudos, realizado pela Universidade de Pittsburgh, mostra que a caminhada pode ajudar a aumentar o tamanho de regiões cerebrais envolvidas com a memória. Os pesquisadores compararam o efeito no cérebro de dois grupos de idosos: aqueles que fizeram três sessões semanais de caminhada e aqueles que fizeram a mesma quantidade de treinos de musculação. O hipocampo dos idosos que praticaram a caminhada aumentou 2% em relação aos que fizeram musculação. A área está ligada à memória, e sua redução é um dos sinais do Alzheimer.

Segundo os organizadores da conferência, isso não significa que um tipo de exercício é melhor que outro, mas que diferentes exercícios podem afetar diferentes aspectos da saúde cerebral. Para demonstrar isso, eles exibiram uma segunda pesquisa, conduzida na Universidade da Columbia Britânica, no Canadá. Ela comparou o efeito de duas sessões semanais de exercícios de levantamento de peso com a mesma quantidade de treinamento aeróbico em mulheres que tinham entre 70 e 80 anos, com comprometimento cognitivo leve.

O grupo que levantou peso apresentou um desempenho melhor em testes que medem atenção, resolução de conflitos e memória. Além disso, esses treinos também trouxeram mudanças funcionais em três regiões cerebrais envolvidas com a memória.

O terceiro estudo apresentado foi conduzido por pesquisadores do Centro Nacional de Geriatria e Gerontologia do Japão. Eles analisaram o impacto de uma série de exercícios variados sobre as funções cerebrais de idosos com comprometimento cognitivo leve. O programa incluía exercícios aeróbicos, de força muscular e de postura realizados durante um ano.

Os pesquisadores compararam as funções cerebrais desses idosos com a de outros que não fizeram exercícios, mas assistiram aulas sobre como cuidar de sua saúde. Apesar de os dois grupos terem apresentado melhoras em testes de memória e de uso de linguagem, o resultado foi mais significativo naqueles que praticaram atividades físicas.

terça-feira, 17 de julho de 2012

Muita televisão aumenta gordura corporal e prejudica desempenho de crianças nos esportes


Pesquisa mostrou que o hábito entre crianças de dois a quatro anos de idade surte efeitos negativos à saúde ao longo de toda a infãncia


Pesquisadores canadenses mostraram que cada hora a mais que uma criança passa sentada em frente à televisão contribui para o aumento de sua circunferência abdominal ao longo de toda a infância. Além disso, o hábito prejudica a musculatura e diminui o desempenho nas atividades físicas entre esses jovens. Essas conclusões foram divulgadas nesta segunda-feira no periódico International Journal of Behavioral Nutrition and Physical Activity.

CONHEÇA A PESQUISA
Título original: Early childhood television viewing predicts explosive leg strength and waist circumference by middle childhood
Onde foi divulgada: periódico International Journal of Behavioral Nutrition and Physical Activity
Quem fez: Caroline Fitzpatrick, Linda Pagani e Tracie Barnett
Instituição: Universidade de Montreal, Canadá
Dados de amostragem: 1.314 crianças de dois a quatro anos de idade

Resultado: O aumento de horas que uma criança passa em frente à televisão dos dois aos quatro anos de idade aumenta a circunferência abdominal delas até os dez anos, além de prejudicar a musculatura e o desempenho nos esportes
“Nós já conhecíamos a relação entre o hábito de assistir muita televisão entre estudantes da pré-escola (entre dois e quatro anos de idade) e o aumento da gordura corporal dos alunos até os dez anos de idade, mas esse é o primeiro estudo que descreve com maior precisão de que maneira essa associação é estabelecida”, diz Linda Pagani, pesquisadora da Universidade de Montreal, no Canadá, e uma das autoras do trabalho.

Participaram da pesquisa 1.314 crianças inscritas no Estudo Longitudinal de Desenvolvimento Infantil de Quebec. Quando as crianças tinham entre dois e quatro anos de idade, seus pais relataram quantas horas por dia elas passavam sentadas em frente à televisão. No início do estudo, a média apresentada pelas crianças de dois anos de idade foi de 8,8 horas de televisão por semana — número que aumentou para 14,8 horas semanais quando os participantes completaram quatro anos. Segundo o artigo, nessa faixa-etária, 15% das crianças assistiam ao menos 18 horas de televisão por semana.

Cintura maior — De acordo com os pesquisadores, cada hora a mais de televisão vista na semana foi responsável por aumentar em meio milímetro a circunferência abdominal das crianças dos dois aos quatro anos de idade. Calculados de outra maneira, esses números também significam que uma criança de quatro anos que assiste 18 horas de televisão semanalmente chegará aos dez anos de idade com 7,6 milímetros a mais de cintura apenas devido ao hábito.

Condicionamento muscular — Os autores também realizaram testes com as crianças para medir a capacidade de elas saltarem. Eles concluíram que cada hora de televisão semanal aumentada dos dois aos quatro anos de idade diminui a distância que um jovem é capaz de saltar. De acordo com os pesquisadores, esses resultados mostram que a criança terá maiores dificuldades em praticar outras atividades que exijam força na perna, como jogar futebol e basquete ou andar de skate.

Para a equipe, resultados como esses devem encorajar as autoridades de saúde dos países a desenvolver políticas públicas que considerem os fatores ambientais, como a televisão, no combate à obesidade infantil. “Devemos partir do pressuposto de que assistir muita televisão não é bom para a saúde. Segundo a Academia Americana de Pediatria, crianças de dois anos não devem assistir mais do que duas horas de televisão ao dia”, diz Pagani, que explica que o hábito não só substitui atividades educativas e físicas, mas também coloca em risco a alimentação das crianças.

Saúde e televisão

Vários estudos já apontaram para os prejuízos que o hábito de assistir muita TV pode causar. Conheça alguns:

Piora na alimentação — Um estudo feito na Universidade de Loughborough, do Reino Unido, concluiu que quanto mais tempo uma pessoa passa em frente à televisão, pior é a qualidade daquilo que come. Assistir TV está associado com o consumo de lanches, bebidas e fast foods com maior quantidade de calorias e baixa ingestão de frutas e legumes.

Menor aprendizagem — Segundo recomendações lançadas neste ano pela Academia Americana de Pediatria (APP), as crianças aprendem e desenvolvem mais o cérebro brincando do que assistindo TV. Um estudo feito pela Universidade de Montreal, no Canadá, indicou que, a cada hora que uma criança passa em frente à televisão, há um declínio de 6% em seu desempenho matemático e 7% de sua participação em sala de aula.

Hipertensão — Uma pesquisa publicada no periódico Archives of Pediatrics & Adolescent relacionou tempo demais em frente à televisão e ao computador com o aumento da pressão sanguínea das crianças.

Problemas psicológicos — Hiperatividade, dificuldades nos relacionamentos sociais e problemas emocionais foram alguns dos problemas observados por estudo publicado no periódico Pediatrics em crianças que passavam duas ou mais horas em frente à TV ou ao computador ao dia.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

Passar menos horas sentado ou assistindo televisão prolonga a vida


Pesquisa afirma que restringir os períodos em que permanecemos sentados para até três horas diárias aumenta a expectativa de vida em dois anos



Em um novo estudo, pesquisadores da Universidade do Estado de Louisiana e da Faculdade de Medicina de Harvard, ambas nos Estados Unidos, mediram quanto tempo de sedentarismo é preciso ser reduzido em um dia para aumentar a longevidade. De acordo com a pesquisa, restringir período em que uma pessoa fica sentada para até três horas por dia pode aumentar sua expectativa de vida em dois anos, e passar a assistir televisão por menos do que duas horas diariamente prolonga a vida em até 1,4 ano. Os resultados foram publicados nesta segunda-feira no periódico BMJ Open.

CONHEÇA A PESQUISA
Título original: Sedentary behaviour and life expectancy in the USA: a cause-deleted life table analysis
Onde foi divulgada: periódico BMJ Open
Quem fez: Peter T Katzmarzyk e I-Min Lee
Instituição: Universidade do Estado de Louisiana e da Faculdade de Medicina de Harvard, EUA
Dados de amostragem: Dados de 2005 a 2010 do Nhanes e cinco estudos envolvendo 167.000 adultos

Resultado: Reduzir o tempo diário em que ficamos sentados aumenta a expectativa de vida em até dois anos; e assistir televisão por menos do que duas horas por dia pode prolongar a vida em 1,4 ano.

A partir dos dados coletados entre 2005 e 2010 pelo Observatório Nacional de Exames em Saúde e Nutrição (Nhanes, na sigla em inglês) dos Estados Unidos, os autores do trabalho calcularam o tempo médio no qual uma pessoa permanece sentada e levantaram os números de problemas de saúde associados ao sedentarismo, como diabetes e morte por doença cardíaca, registrados no país nesse período. Depois, os pesquisadores cruzaram essas informações com os resultados de outros cinco estudos sobre estilo de vida e mortalidade que, ao todo, envolveram 167.000 adultos.

Segundo os resultados, os adultos dos Estados Unidos passam, em média, 55% do dia em atividades sedentárias. E, entre todas as mortes registradas de 2005 a 20120 no país, 27% têm alguma relação com o hábito de ficar sentado por muito tempo e 19% com o hábito de assistir televisão. "Os resultados desse estudo indicam que o tempo de sedentarismo tem potencial para reduzir a expectativa de vida da população e que uma mudança significativa no comportamento dos indivíduos é necessária para afetar de maneira palpável a longevidade das pessoas", afirmam os autores no artigo.

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Maneira como cérebro responde a emoções pode prever surgimento de dor crônica

Estudo americano sugere que pessoas que têm dor contínua apresentam maior comunicação entre regiões cerebrais ligadas a emoções e mudanças de ambiente



A maneira como o cérebro de uma pessoa responde às emoções pode dizer se uma lesão nas costas vai se tornar um problema de dor crônica ou não. Essa é a conclusão de um estudo desenvolvido na Universidade de Northwestern, nos Estados Unidos, e publicado na edição desta semana da revista Nature Neuroscience. "Pela primeira vez, fomos capazes de explicar o motivo pelo qual parte das pessoas com lesão nas costas desenvolve um quadro de dor crônica e outras não", diz Vania Apkarian, que coordenou o trabalho. Ela explica que sofrer uma lesão não é suficiente para acarretar a dor contínua. De acordo com a pesquisa, o problema é resultado de uma maior comunicação entre duas regiões específicas do cérebro: uma, responsável pelas respostas do cérebro às diferentes emoções, e a outra, pelas reações do cérebro com mudanças de ambiente.


O estudo se baseou nos dados de 39 pessoas que sentiam dores na região lombar há ao menos um mês e até quatro meses antes de a pesquisa começar. Nenhum desses indivíduos havia tido problemas de dores nas costas antes. No início do trabalho e mais outras três vezes durante um ano os participantes passaram por avaliações nas quais fizeram exames de ressonância magnética e relataram a intensidade da dor. Após 12 meses, 20 pacientes haviam se recuperado e os outros 19 foram classificados como portadores de dor crônica.

Os autores concluíram que, entre os pacientes que desenvolveram dor crônica, a comunicação entre essas duas regiões do cérebro foi muito maior — ou seja, o cérebro reagiu de maneira mais intensa à lesão inicial — do que os outros participantes. Além disso, essa maior comunicação foi demonstrada desde o começo da pesquisa, o que mostra que essa característica pode ajudar a prever se uma pessoa vai ou não ter de conviver com a dor por um tempo prolongado. Segundo os pesquisadores, os próximos passos da equipe serão novos estudos que busquem, com base nessas constatações, novas terapias para tratar a dor crônica.

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Não engorde no inverno


Nutricionista orienta contra hábitos e sensações em baixas temperaturas para corrigir sua alimentação e hidratação, incluindo bons truques, como a pimenta

Escolhas conscientes

Na hora de comer, lembrando facilmente de pratos e bebidas quentes, inclua alimentos que modulem a atividade de serotonina, que também podem ajudar no controle da fome e contra o aumento da compulsão por doces. Até carboidratos fazem isso. Portanto, você não tem mais desculpas para trocar de vez o consumo de carboidratos refinados pelos integrais, como arroz integral, aveia, quinua, etc. Estes alimentos modulam muito mais o apetite, dando mais sensação de saciedade.

Alimentos ricos em fibras também podem ser incluídos na preparação de sopas, como a farinha de feijão branco, por exemplo. Ela é vendida em algumas lojas de produtos naturais. Esse tipo de fibra tem a propriedade de diminuir a absorção de carboidratos no intestino.

A farinha de banana verde também pode ajudar a segurar a onda, já que contém muitas fibras e também modula a absorção de gordura e de carboidratos que, em pequenas quantidades, para não alterar a textura das receitas, pode ser acrescida ao mingau, às massas, e até aos bolos funcionais.

Bebidas

Os chás, como o chá mate, podem ser incluídos ao longo do dia, feitos com pau de canela e gengibre (além de aromatizarem, ajudam a deixar o metabolismo mais acelerado, trabalhando contra o ganho de peso corporal). Vale lembrar que esses chás não são indicados para todas as pessoas, pois prejudicam quem sofre de insônia, anemia, gestantes, mulheres que amamentam ou todos que fazem uma dieta desbalanceada.

E pode até parecer bobagem, mas manter-se bem hidratado no inverno é fundamental para a saúde, já que muitas vezes o corpo entende a desidratação como fome, e por isso mesmo, é importante bebericar água ao longo do dia, pois você não vai sentir sede (muito mais comum no frio do que no calor), ok?

Alguns truques

Uma das táticas que se usa para resistir ao apelo do frio, e não comer demais nas refeições principais, é sempre incentivar uma boa mastigação, chegando à mesa um pouco saciado. O truque é fazer isso com gelatina. Costumo orientar meus clientes a usarem gelatina de algas, como o ágar ágar, um pó encontrado em lojas de produtos naturais e produtos orientais. Boa idéia também para matar a vontade de comer doce, sem agregar muitas calorias e gorduras.

Um punhadinho de amêndoas torradas sem sal (tem antioxidantes, vitamina E e magnésio), antes das refeições principais, também aumenta a sensação de saciedade e ajuda a manter o peso segundo estudo de 2006 do Encontro Anual da Sociedade de Obesidade.

O uso da pimenta vermelha também pode ajudar a acelerar o metabolismo, e deixar o corpo mais aquecido. Quase todas as variedades contém uma substância chamada capsaicina, que parece suprimir a vontade de comer. Experimente colocar nas sopas e no feijão!

De resto, não deixe a preguiça te pegar, continue se exercitando, e consulte sempre seu nutricionista para aprender cada vez mais sobre alimentação saudável!

Fonte: Revista O2

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Andar mais ao longo do dia ajuda a evitar diabetes tipo 2, diz estudo


Pesquisa observou que pessoas que caminham mais chegam a ter 30% menos riscos da doença


As conclusões de um novo estudo feito na Universidade de Washington, nos Estados Unidos, reforçam a ideia de que a prática de atividade física, mesmo em intensidade leve, já é benéfica à saúde e pode ajudar a evitar uma série de doenças. Segundo a pesquisa, pessoas que não fazem exercícios e que apresentam maiores riscos de ter diabetes tipo 2  podem reduzir essas chances andando mais ao longo do dia. Os resultados foram publicados na edição desta semana do periódico Diabetes Care.

CONHEÇA A PESQUISA
Título original: Modest Levels of Physical Activity Are Associated With a Lower Incidence of Diabetes in a Population With a High Rate of Obesity
Onde foi divulgada: periódico Diabetes Care
Quem fez: Amanda Fretts, Barbara Howard, Barbara McKnight, Glen Duncan, Shirley Beresford, Darren Calhoun, Andrea Kriska, Kristi Storti e David Siscovick
Instituição: Universidade de Washington, Estados Unidos
Dados de amostragem: 1.826 pessoas sem diabetes ou doença cardiovascular

Resultado: Caminhar mais no dia reduz em até 30% o risco de diabetes tipo 2 em comparação com andar menos do que o equivalente a 3.500 passos - ou menos de 3km ao dia
De acordo com os autores, outros estudos já associaram o fato de um indivíduo andar mais com uma redução do risco de diabetes tipo 2. No entanto, eles não especificavam quanto tempo uma pessoa deve andar para que isso aconteça. Eles indicam que o ideal é que uma pessoa dê ao menos 10.000 passos ao dia — e caminhe uma distância total equivalente a cerca de oito quilômetros.

Para chegar a esse resultado, os pesquisadores pediram que 1.826 pessoas que não tinham diabetes ou doenças cardiovasculares usassem um pedômetro — aparelho que conta quantos passos um indivíduo dá a cada dia — durante uma semana. Um quarto dos participantes apresentou níveis muito baixos de atividade física: eles davam, em média, 3.500 passos diariamente; e metade dessas pessoas andava menos do que 7.800 passos.

Após cinco anos desde o início do estudo, foram registrados 243 casos de diabetes tipo 2. Depois de ajustar os dados com outros fatores, como idade, tabagismo e histórico da doença na família, os pesquisadores concluíram que as pessoas que caminhavam mais eram 29% menos propensas a ter diabetes do que aquelas que caminhavam menos do que 3.500 passos.

Os especialistas explicam que os benefícios da atividade física leve ou moderada são válidos apenas para as pessoas que são sedentárias e decidem começar a se exercitar. Isso não significa, portanto, que indivíduos que estão mais acostumados a praticar atividades possam reduzir a intensidade delas.