quinta-feira, 13 de dezembro de 2012
Alimentação saudável também protege o coração de quem já tem doença cardíaca
Novo estudo sugere que comer mais frutas, legumes e peixes reduz o risco de recorrência de eventos cardiovasculares
Começar a seguir uma dieta saudável não só previne que jovens desenvolvam uma doença cardíaca ao longo da vida, mas também protege o coração de idosos que já têm o órgão comprometido. De acordo com uma nova pesquisa, publicada na edição desta semana do periódico Circulation, passar a comer mais legumes e frutas, por exemplo, reduz as chances de uma pessoa mais velha que já sofreu algum evento cardiovascular, como ataque cardíaco ou derrame cerebral, voltar a ser acometida por um desses problemas.
CONHEÇA A PESQUISA
Título original: Relationship Between Healthy Diet and Risk of Cardiovascular Disease Among Patients on Drug Therapies for Secondary Prevention
Onde foi divulgada: revista Biological Psychiatry
Quem fez: Mahshid Dehghan e equipe
Instituição: Universidade McMaster, Canadá; Hospital John Radcliffe e Hospital Oxford, Grã-Bretanha; Hospital Dante Pazzanese, Brasil e outros
Dados de amostragem: 31.546 pessoas com idade média de 66 anos e histórico de doença cardíaca
Resultado: Uma alimentação saudável reduz o risco de mortes por doenças cardíacas e a recorrência de eventos cardiovasculares entre pessoas mais velhas que fazem uso de medicamentos para proteger o coração.
O estudo, coordenado por Mahshid Dehghan, da Universidade McMaster, no Canadá, acompanhou 31.546 pessoas de 40 países diferentes, incluindo o Brasil, com uma idade média de 66 anos. Todos os participantes apresentavam um histórico de doença cardíaca e diabetes e tinham um alto risco de sofrer outro evento ou complicação cardiovascular. Todos faziam uso de ao menos um medicamento para doenças cardíacas, como drogas que controlam o colesterol no sangue ou a pressão arterial.
Durante cinco anos, esses indivíduos relataram seus hábitos alimentares, contando, por exemplo, com que frequência consumiam alimentos como frutas, vegetais, grãos, peixes, carnes, aves e laticínios. Quanto mais os participantes consumiam alimentos como frutas e verduras, mais saudável era considerada a dieta deles. Comer mais peixe do que carne vermelha, mais ingredientes integrais e pouca fritura também foram fatores levados em consideração para classificar a alimentação de alguém como saudável.
Comparação — Até o final do estudo, foram registrados 5.190 eventos cardiovasculares. Segundo os resultados, as pessoas com a alimentação mais saudável, em comparação com aquelas com as dietas menos saudáveis, apresentaram um risco 35% menor de morrer por alguma complicação cardíaca. Elas também foram 28% menos propensas a sofrer de insuficiência cardíaca; tiveram um risco 19% menor de ter um AVC; e 14% menos chances de ter um ataque cardíaco.
De acordo com os pesquisadores, os resultados foram os mesmos independentemente do tipo de medicação que os participantes estavam tomando. A nacionalidade, a renda e a idade também não interferiram nos dados finais.
Segundo os autores, embora outros estudos já tenham comprovado os benefícios de uma alimentação saudável sobre a saúde do coração, essa é a primeira vez em que uma pesquisa mostra que uma dieta correta é positiva inclusive para pessoas que já sofreram algum evento cardiovascular e que fazem uso de algum medicamento. Para Dehghan, os resultados devem servir como um alerta para aquelas pessoas que acreditam que fazer uso de medicamentos já é o suficiente para proteger a saúde cardíaca.
Fonte: Revista Veja
quinta-feira, 6 de dezembro de 2012
Palavras doem tanto quanto ferimentos, afirma a ciência
Praticamente todo mundo já sofreu de coração partido alguma vez na vida, não? Parte de viver incluir lidar com rejeição, traição, solidão e outros sentimentos tão terríveis que parece doerem como doenças físicas.
E doem mesmo. Pesquisas recentes mostram que a dor da rejeição dispara os mesmos neurônios no cérebro que a dor de uma queimadura ou contusão. Além de explicar por que algumas pessoas têm a pele mais espessa que outras, este fato revela uma ligação íntima entre a vida social e a saúde, que cada vez mais estudos dizem ser intrincadas.
Coração partido e queimadura são a mesma coisa para o cérebro
Dor física = dor emocional
Estudos com animais nos anos 1990 já haviam mostrado que a morfina não apenas aliviava dores de lesões, mas também podia reduzir a dor de filhotes separados de sua mãe.
Mais tarde, no início de 2000, Naomi Eisenberger, da Universidade da Califórnia em Los Angeles (EUA), começou a estudar sentimentos que causam dor em humanos.
Ser rejeitado torna você mais criativo
Para descobrir o que ocorre no cérebro quando as pessoas sentem rejeição social, Eisenberger pediu a voluntários que jogassem um jogo de computador simples chamado Cyberball, em que três jogadores passavam a bola entre si. Cada voluntário foi levado a acreditar que estava jogando com duas pessoas que estavam em outro quarto, mas na verdade esses companheiros eram controlados por computador.
Embora começassem amigáveis, os jogadores informatizados logo paravam de passar a bola para o voluntário. Pode parecer um insulto insignificante, mas alguns indivíduos responderam fortemente a essa rejeição, por exemplo, fazendo gestos grosseiros para a tela.
Um scanner de ressonância magnética funcional gravou a atividade cerebral dos voluntários, revelando um aumento no córtex cingulado anterior dorsal (DACC, na sigla em inglês) quando eles começaram a se sentir isolados. Esta região é conhecida por ser uma parte importante da “rede da dor” do cérebro.
Fundamentalmente, quanto mais angustiante é uma lesão, mais o DACC é ativado, fato que também aconteceu durante os jogos de Cyberball: aqueles que relataram se sentir pior depois da rejeição mostraram a maior atividade na região.
Outros estudos confirmaram a ligação, e acrescentaram que a ínsula anterior, uma outra parte da rede de dor que responde a nossa angústia quando cortamos um dedo, por exemplo, também se ativa em casos de dores “emocionais”.
Como sentimentos viram dor real
Apesar de todos esses resultados sugerirem que a nossa angústia após um insulto é a mesma que a nossa resposta emocional a uma lesão, só ano passado estudos mostraram como esses sentimentos podem transbordar em sensações corporais.
Ethan Kross, da Universidade de Michigan em Ann Arbor (EUA), estudou uma forma mais grave de rejeição do que não receber uma bola: um coração partido. Ele recrutou 40 pessoas que haviam passado por um término de romance nos últimos seis meses e pediu-lhes para ver uma foto de seu ex enquanto passavam por um scanner de ressonância magnética.
Kross também os instruiu a pensar em detalhes sobre o rompimento. Depois de um breve intervalo, os voluntários receberam um choque doloroso de calor em seus antebraços, o que permitiu que o cientista comparasse a atividade cerebral associada com as duas situações.
Como esperado, o DACC e a ínsula anterior se ativaram em ambos os casos. Mas, surpreendentemente, os centros sensoriais do cérebro, que refletem o desconforto físico que acompanha uma ferida, também mostraram atividade acentuada. Essa foi a primeira evidência de que o sentimento de desgosto pode literalmente doer.
Por fim, outras pesquisas descobriram que a dor física e a angústia emocional podem, por vezes, alimentar uma à outra.
Quando as pessoas se sentem excluídas, ficam mais sensíveis a se queimarem, por exemplo, bem como submergir a mão em água gelada por um minuto leva as pessoas a se sentirem ignoradas e isoladas posteriormente.
O inverso também é verdadeiro: um calmante pode aliviar a resposta corporal à dor de um insulto. Nathan DeWall, da Universidade de Kentucky em Lexington (EUA), recrutou 62 alunos para um estudo, sendo que metade foi dosada com até dois comprimidos de paracetamol (analgésico) todos os dias durante três semanas, e a outra metade recebeu apenas placebo.
Cada noite, os alunos responderam a um questionário medindo seus sentimentos de rejeição durante o dia. Ao final de três semanas, o grupo do paracetamol tinha desenvolvido pele significativamente mais espessa, sendo que também relataram menos sentimentos de rejeição durante seu dia-a-dia.
Um jogo de Cyberball subsequente confirmou o efeito: aqueles dosados com paracetamol mostraram significativamente menos atividade no DACC e na ínsula anterior em comparação com os que tomaram apenas placebo.
Os pesquisadores alertam, no entanto, que, devido aos efeitos secundários nocivos de drogas analgésicas, você não deve tomá-las sem prescrição médica.
Mais ou menos rejeitada
As descobertas recentes podem explicar por que algumas pessoas têm mais dificuldade de resistir a percalços em sua vida social do que outras.
Pessoas extrovertidas demonstram ter uma maior tolerância à dor do que as introvertidas, e isso é refletido em uma maior tolerância a rejeição social.
Eisenberger também descobriu que as pessoas que sentem mais dor física (por exemplo, quando um eletrodo quente toca seu braço) também são mais sensíveis aos sentimentos de rejeição (durante Cyberball, por exemplo).
Essas reações podem ser parcialmente genéticas. Eisenberger mostrou que as pessoas com uma pequena mutação no gene OPRM1, que codifica um dos receptores opioides do corpo, são mais propensas a ter sentimentos de depressão após a rejeição do que as sem a mutação. Essa mesma mutação também torna as pessoas mais sensíveis à dor física – elas geralmente precisam de mais morfina depois de uma cirurgia, por exemplo.
É importante notar que estes receptores são particularmente densos no DACC. Como você poderia esperar, em pessoas com a mutação, o DACC tende a reagir mais fortemente aos insultos percebidos.
O primeiro ambiente de uma criança também pode determinar a sua sensibilidade a dor. Por exemplo, pessoas com alguns tipos de dor crônica são mais propensas a ter tido experiências traumáticas na infância, como abuso emocional.
Os adolescentes também parecem particularmente sensíveis à rejeição. A rede de dor do cérebro está ainda em desenvolvimento nessa fase da vida, e, em comparação com o cérebro adulto, tende a mostrar uma resposta mais exagerada a pequenos insultos.
No lado positivo, o apoio social durante este período pode levar a benefícios duradouros. Por exemplo, jovens adultos com boas redes sociais no final da adolescência apresentam reações mais suaves para a rejeição do que os que se sentiam solitários no passado, talvez porque a memória de aceitação subconscientemente acalme seus sentimentos.
Histórica rejeição
Quando você considera a dependência dos nossos antepassados de suas conexões sociais para a sobrevivência, faz sentido que tenhamos evoluído para sentir a rejeição tão intensamente.
Ser expulso de uma tribo no passado teria sido semelhante a uma sentença de morte, expondo nossos predecessores à fome e à predação. Como resultado, nós precisávamos de um sistema de alerta que nos avisasse de um potencial desentendimento, impedindo-nos de ofender alguém ainda mais. A rede de dor, capaz de nos dar uma sacudida quando nos deparamos com danos físicos, teria sido idealmente equipada para também inibir nosso comportamento social.
Rejeição e saúde
Apesar de inúmeros estudos alegarem que a solidão pode causar males físicos nas pessoas (como menor expectativa de vida), pouco sabemos sobre o impacto do isolamento a longo prazo, especialmente porque as respostas fisiológicas a rejeição que conhecemos são de curta duração (como no estudo do Cyberball).
Porque solidão pode ser fatal
Ainda assim, há medidas que podemos tomar para suavizar a falta de carinho nas nossas vidas sociais. Nós todos gostamos de ser consolados e amados, mas Eisenberger descobriu que dar apoio aos outros também abranda nossa própria resposta à rejeição.
Em experimentos, ela deu choques elétricos em homens, sendo que alguns puderam segurar a mão de suas parceiras em apoio. As mulheres estavam equipadas com scanner de ressonância magnética. Quando elas podiam apoiar seu parceiro, a resposta de seu cérebro de ameaça e rejeição foi significativamente mais moderada.
Sendo assim, embora palavras possam mesmo ser tão dolorosas quanto socos, cuidar de outras pessoas, assim como cuidar de nós mesmos, pode suavizar bastante essa dor.
quarta-feira, 5 de dezembro de 2012
Dormir mais pode aumentar a resistência à dor
De acordo com pesquisa americana, pessoas que passam a dormir mais do que oito horas por noite adquirem menor sensibilidade à dor
Dormir mais pode aumentar a capacidade de uma pessoa suportar a dor, aponta uma nova pesquisa feita no Hospital Henry Ford, nos Estados Unidos. Isso não quer dizer, porém, que pessoas que já durmam mais do que oito horas por noite devam aumentar o tempo de sono. O benefício vale, segundo o estudo, apenas para aquelas que não dormem o suficiente. Ainda de acordo com o trabalho, publicado na edição deste mês do periódico Sleep, o efeito analgésico do sono pode ser eficaz para todos os tipos de dor, incluindo as dores crônicas nas costas.
CONHEÇA A PESQUISA
Título original: Pain Sensitivity and Recovery From Mild Chronic Sleep Loss
Onde foi divulgada: periódico Sleep
Quem fez: Timothy Roehrs, Erica Harris, Surilla Randall e Thomas Roth
Instituição: Hospital Henry Ford, Estados Unidos
Dados de amostragem: 18 adultos de 21 a 35 anos
Resultado: Pessoas que não dormem o suficiente (ou seja, menos do que oito horas por noite) e que passam a dormir mais, aumentam sua capacidade de resistir à dor, dentro de poucos dias. Essa melhora é equivalente a duas doses de 60 miligramas ao dia de um anestésico derivado do ópio.
Thomas Roth, diretor do Centro de Distúrbios do Sono do Hospital Henry Ford e coordenador do estudo, e sua equipe chegaram a essa conclusão após avaliar 18 adultos de 21 a 35 anos de idade que não sofriam de qualquer tipo de dor. No início e no final do estudo, os autores mediram quanto tempo os participantes conseguiam permanecer com um de seus dedos apoiado sobre uma fonte de calor. Com isso, eles mensuraram a capacidade de cada um suportar a dor.
Durante quatro dias, metade dos participantes teve que passar 10 horas por noite na cama a fim de aumentar as suas horas de sono. O restante continuou seguindo suas horas de sono habituais. Ao final desse período, o grupo que prolongou o sono dormiu, em média, 8,9 horas por noite — aproximadamente duas horas a mais do que estavam acostumados. Os participantes que mantiveram seus hábitos dormiram uma média de 7,1 horas por noite.
Segundo os resultados, as pessoas que faziam parte do grupo do sono prolongado resistiram à dor durante um tempo 25% maior quando comparados os testes realizados no fim e no início do estudo. Os pesquisadores sugerem que esse aumento corresponde a duas doses ao dia de 60 miligramas de codeína, um analgésico derivado do ópio. De acordo com Roth, não está claro de que forma o sono ajuda a reduzir a sensação de dor, mas ele acredita que, como tanto dormir pouco quanto as dores estão envolvidos em processos inflamatórios, um melhor sono pode reduzir esses quadros e interferir na resistência à dor.
Fonte: Revista Veja
Dormir mais pode aumentar a capacidade de uma pessoa suportar a dor, aponta uma nova pesquisa feita no Hospital Henry Ford, nos Estados Unidos. Isso não quer dizer, porém, que pessoas que já durmam mais do que oito horas por noite devam aumentar o tempo de sono. O benefício vale, segundo o estudo, apenas para aquelas que não dormem o suficiente. Ainda de acordo com o trabalho, publicado na edição deste mês do periódico Sleep, o efeito analgésico do sono pode ser eficaz para todos os tipos de dor, incluindo as dores crônicas nas costas.
CONHEÇA A PESQUISA
Título original: Pain Sensitivity and Recovery From Mild Chronic Sleep Loss
Onde foi divulgada: periódico Sleep
Quem fez: Timothy Roehrs, Erica Harris, Surilla Randall e Thomas Roth
Instituição: Hospital Henry Ford, Estados Unidos
Dados de amostragem: 18 adultos de 21 a 35 anos
Resultado: Pessoas que não dormem o suficiente (ou seja, menos do que oito horas por noite) e que passam a dormir mais, aumentam sua capacidade de resistir à dor, dentro de poucos dias. Essa melhora é equivalente a duas doses de 60 miligramas ao dia de um anestésico derivado do ópio.
Thomas Roth, diretor do Centro de Distúrbios do Sono do Hospital Henry Ford e coordenador do estudo, e sua equipe chegaram a essa conclusão após avaliar 18 adultos de 21 a 35 anos de idade que não sofriam de qualquer tipo de dor. No início e no final do estudo, os autores mediram quanto tempo os participantes conseguiam permanecer com um de seus dedos apoiado sobre uma fonte de calor. Com isso, eles mensuraram a capacidade de cada um suportar a dor.
Durante quatro dias, metade dos participantes teve que passar 10 horas por noite na cama a fim de aumentar as suas horas de sono. O restante continuou seguindo suas horas de sono habituais. Ao final desse período, o grupo que prolongou o sono dormiu, em média, 8,9 horas por noite — aproximadamente duas horas a mais do que estavam acostumados. Os participantes que mantiveram seus hábitos dormiram uma média de 7,1 horas por noite.
Segundo os resultados, as pessoas que faziam parte do grupo do sono prolongado resistiram à dor durante um tempo 25% maior quando comparados os testes realizados no fim e no início do estudo. Os pesquisadores sugerem que esse aumento corresponde a duas doses ao dia de 60 miligramas de codeína, um analgésico derivado do ópio. De acordo com Roth, não está claro de que forma o sono ajuda a reduzir a sensação de dor, mas ele acredita que, como tanto dormir pouco quanto as dores estão envolvidos em processos inflamatórios, um melhor sono pode reduzir esses quadros e interferir na resistência à dor.
Fonte: Revista Veja
terça-feira, 4 de dezembro de 2012
Vitamina E 'consumida diariamente' fortalece a imunidade
Nutriente acelera cicatrização de ferimentos, protege de doenças, ajuda na fertilidade feminina e masculina e previne o dano oxidativo das células
Se você quer minimizar os efeitos do envelhecimento através de um potente agente antioxidante, então é melhor começar a consumir vitamina E adequadamente na sua alimentação. Na prática de atividade física intensa, ela pode se tornar um grande aliado, pois diminui os danos causados pelos radicais livres e fortalece a imunidade do corredor.
Conhecido também como Tocoferol, o nutriente é uma vitamina lipossolúvel, responsável por acelerar a cicatrização de ferimentos, proteger de doenças crônicas como Parkinson, Alzheimer, câncer e problemas cardiovasculares, ajudar na fertilidade feminina e masculina e prevenir o dano oxidativo das células, aumentando a longevidade e fortalecendo o sistema imunológico. Além disso, melhora a absorção da vitamina A no organismo.
Segundo a nutricionista Cristiane Perroni, especialista do EU ATLETA, a vitamina E ocorre naturalmente em alimentos de origem vegetal, principalmente nos vegetais verde-escuros, nas sementes oleaginosas (nozes, amêndoas, avelã, castanha do Pará), nos óleos vegetais (amendoim, soja, palma, milho, cártamo, girassol), nas sementes, nos grãos inteiros e no gérmen de trigo. Também pode ser encontrada em alimentos de origem animal, como gema de ovo e fígado.
FUNÇÕES IMPORTANTES
A vitamina E é um antioxidante muito conhecido e vital para as pessoas, especialmente para os praticantes de atividades físicas e esportistas. Durante e depois de exercícios intensos, ela favorece a função imune e reduz os danos oxidativos celulares causados pelos radicais livres. Além disso, é parcialmente responsável pela regeneração de todos os tecidos do corpo, incluindo sangue, pele, ossos, músculos e nervos, ajudando de forma significativa a reduzir os sintomas de overtraining.
Com a idade, o sistema imunológico se torna menos eficiente no combate a micróbios e vírus. Parte deste declínio se deve a baixos níveis de vitamina E na corrente sanguínea. Alguns estudos demonstraram melhoras nas respostas imunes em pessoas mais velhas que tomavam suplementos de vitamina E, por manter as células protegidas dos danos dos radicais livres.
SINTOMAS DA CARÊNCIA DE VITAMINA E
A deficiência de vitamina E pode causar disfunções neurológicas, miopatias e atividades anormais das plaquetas, além de insônia, colesterol alto e até queda de cabelo. Não existem relatos em estudos com animais de toxicidade devido à alta ingestão do nutriente.
RECOMENDAÇÕES
Para evitar a fadiga durante a prática de exercícios, Cristiane sugere a ingestão de micronutrientes (vitamina E, vitamina C, vitamina A, dentre outras) determinantes no combate aos radicais livres, e a realização de treinamentos com moderação, respeitando o período de recuperação.
- Em atletas, estudos científicos mostram que a suplementação de vitamina E e outros antioxidantes protege os tecidos dos danos causados pelo estresse oxidativo oriundos do exercício físico, além de diversas doenças. Cada caso deve ser avaliado por médicos e nutricionistas, para que seja reforçada a alimentação e utilizada suplementação vitamínica e mineral quando necessária.
*Antes de qualquer mudança na sua alimentação, consulte um nutricionista.
Fonte: Globo.com / Eu Atleta
Se você quer minimizar os efeitos do envelhecimento através de um potente agente antioxidante, então é melhor começar a consumir vitamina E adequadamente na sua alimentação. Na prática de atividade física intensa, ela pode se tornar um grande aliado, pois diminui os danos causados pelos radicais livres e fortalece a imunidade do corredor.
Conhecido também como Tocoferol, o nutriente é uma vitamina lipossolúvel, responsável por acelerar a cicatrização de ferimentos, proteger de doenças crônicas como Parkinson, Alzheimer, câncer e problemas cardiovasculares, ajudar na fertilidade feminina e masculina e prevenir o dano oxidativo das células, aumentando a longevidade e fortalecendo o sistema imunológico. Além disso, melhora a absorção da vitamina A no organismo.
Segundo a nutricionista Cristiane Perroni, especialista do EU ATLETA, a vitamina E ocorre naturalmente em alimentos de origem vegetal, principalmente nos vegetais verde-escuros, nas sementes oleaginosas (nozes, amêndoas, avelã, castanha do Pará), nos óleos vegetais (amendoim, soja, palma, milho, cártamo, girassol), nas sementes, nos grãos inteiros e no gérmen de trigo. Também pode ser encontrada em alimentos de origem animal, como gema de ovo e fígado.
FUNÇÕES IMPORTANTES
A vitamina E é um antioxidante muito conhecido e vital para as pessoas, especialmente para os praticantes de atividades físicas e esportistas. Durante e depois de exercícios intensos, ela favorece a função imune e reduz os danos oxidativos celulares causados pelos radicais livres. Além disso, é parcialmente responsável pela regeneração de todos os tecidos do corpo, incluindo sangue, pele, ossos, músculos e nervos, ajudando de forma significativa a reduzir os sintomas de overtraining.
Com a idade, o sistema imunológico se torna menos eficiente no combate a micróbios e vírus. Parte deste declínio se deve a baixos níveis de vitamina E na corrente sanguínea. Alguns estudos demonstraram melhoras nas respostas imunes em pessoas mais velhas que tomavam suplementos de vitamina E, por manter as células protegidas dos danos dos radicais livres.
SINTOMAS DA CARÊNCIA DE VITAMINA E
A deficiência de vitamina E pode causar disfunções neurológicas, miopatias e atividades anormais das plaquetas, além de insônia, colesterol alto e até queda de cabelo. Não existem relatos em estudos com animais de toxicidade devido à alta ingestão do nutriente.
RECOMENDAÇÕES
Para evitar a fadiga durante a prática de exercícios, Cristiane sugere a ingestão de micronutrientes (vitamina E, vitamina C, vitamina A, dentre outras) determinantes no combate aos radicais livres, e a realização de treinamentos com moderação, respeitando o período de recuperação.
- Em atletas, estudos científicos mostram que a suplementação de vitamina E e outros antioxidantes protege os tecidos dos danos causados pelo estresse oxidativo oriundos do exercício físico, além de diversas doenças. Cada caso deve ser avaliado por médicos e nutricionistas, para que seja reforçada a alimentação e utilizada suplementação vitamínica e mineral quando necessária.
*Antes de qualquer mudança na sua alimentação, consulte um nutricionista.
Fonte: Globo.com / Eu Atleta
segunda-feira, 3 de dezembro de 2012
Barriga pode aumentar o risco de osteoporose em homens
Segundo estudo conduzido em Harvard, acúmulo de gordura, e não apenas o excesso de peso, afeta a resistência da estrutura óssea em homens obesos
A barriga é um fator de risco não só para doenças cardiovasculares e diabetes, mas também para a osteoporose, segundo concluiu um estudo da Universidade Harvard, dos Estados Unidos. De acordo com os responsáveis pela pesquisa, a gordura acumulada no abdome e a gordura visceral, que se deposita em torno dos órgãos internos do corpo, reduzem a densidade e a resistência dos ossos dos homens. Esses achados foram apresentados nesta quarta-feira no encontro anual da Sociedade Norte-americana de Radiologia, que acontece em Chicago.
Saiba mais
OSTEOPOROSE
A doença, progressiva, causa a redução da densidade dos ossos do corpo, facilitando a ocorrência de fraturas. Acredita-se que ela afete 33% das mulheres na pós-menopausa no Brasil. As fraturas afetam, principalmente, idosos, sendo as lesões mais frequentes na coluna vertebral e no quadril. Entre os fatores de risco estão: déficit de cálcio na dieta, sedentarismo, constituição magra, consumo em excesso de álcool, tabagismo e genética. A osteoporose é prevenida com consumo de cálcio e de vitamina D.
GORDURA VISCERAL
É a gordura que se deposita ao redor dos órgãos internos do corpo. Por sua proximidade com os órgãos da cavidade abdominal, quando moléculas de gordura são liberadas desse depósito, elas afetam o funcionamento desses órgãos (como pâncreas, fígado e rins), comprometendo a saúde cardiovascular. O acúmulo dessa gordura também desencadeia outros problemas, como aumento da quantidade de açúcar no sangue, prejuízo da ação da insulina e das paredes das artérias — quadros que podem levar ao diabetes e a derrames.
Segundo Miriam Bredella, coordenadora do estudo, a pesquisa mostra que não é o excesso de peso, o fato do homem ser obeso ou mesmo o seu índice de massa corporal (IMC) que determina um maior risco para o desenvolvimento da osteoporose. O aumento na probabilidade para a doença varia, segundo Miriam, de acordo com os níveis de acúmulo de gordura no abdome e em torno dos órgãos.
Pesquisa — O estudo conduzido por Miriam avaliou 35 homens obesos com idade média de 34 anos. Todos foram submetidos a exames para avaliar a taxa de gordura no corpo e sua densidade óssea. De acordo com os resultados, os participantes que apresentavam os maiores níveis de gorduras visceral e abdominal apresentavam menor resistência óssea do que aqueles com os menores níveis de gordura. O estudo não encontrou, porém, associação entre IMC ou idade e falta de rigidez dos ossos. No entanto, os pesquisadores observaram que a massa muscular pode favorecer a saúde dos ossos — quanto maior a massa muscular, melhor a qualidade dos ossos.
"Não ficamos surpresos com os resultados que indicaram que as gorduras abdominal e visceral são prejudiciais à resistência óssea em homens obesos", diz Miriam. "O que nos surpreendeu, no entanto, foi o fato de homens obesos com altos níveis dessas gorduras terem ossos significativamente mais fracos do que homens obesos com o mesmo IMC, mas com baixo acúmulo de gordura visceral."
A barriga é um fator de risco não só para doenças cardiovasculares e diabetes, mas também para a osteoporose, segundo concluiu um estudo da Universidade Harvard, dos Estados Unidos. De acordo com os responsáveis pela pesquisa, a gordura acumulada no abdome e a gordura visceral, que se deposita em torno dos órgãos internos do corpo, reduzem a densidade e a resistência dos ossos dos homens. Esses achados foram apresentados nesta quarta-feira no encontro anual da Sociedade Norte-americana de Radiologia, que acontece em Chicago.
Saiba mais
OSTEOPOROSE
A doença, progressiva, causa a redução da densidade dos ossos do corpo, facilitando a ocorrência de fraturas. Acredita-se que ela afete 33% das mulheres na pós-menopausa no Brasil. As fraturas afetam, principalmente, idosos, sendo as lesões mais frequentes na coluna vertebral e no quadril. Entre os fatores de risco estão: déficit de cálcio na dieta, sedentarismo, constituição magra, consumo em excesso de álcool, tabagismo e genética. A osteoporose é prevenida com consumo de cálcio e de vitamina D.
GORDURA VISCERAL
É a gordura que se deposita ao redor dos órgãos internos do corpo. Por sua proximidade com os órgãos da cavidade abdominal, quando moléculas de gordura são liberadas desse depósito, elas afetam o funcionamento desses órgãos (como pâncreas, fígado e rins), comprometendo a saúde cardiovascular. O acúmulo dessa gordura também desencadeia outros problemas, como aumento da quantidade de açúcar no sangue, prejuízo da ação da insulina e das paredes das artérias — quadros que podem levar ao diabetes e a derrames.
Segundo Miriam Bredella, coordenadora do estudo, a pesquisa mostra que não é o excesso de peso, o fato do homem ser obeso ou mesmo o seu índice de massa corporal (IMC) que determina um maior risco para o desenvolvimento da osteoporose. O aumento na probabilidade para a doença varia, segundo Miriam, de acordo com os níveis de acúmulo de gordura no abdome e em torno dos órgãos.
Pesquisa — O estudo conduzido por Miriam avaliou 35 homens obesos com idade média de 34 anos. Todos foram submetidos a exames para avaliar a taxa de gordura no corpo e sua densidade óssea. De acordo com os resultados, os participantes que apresentavam os maiores níveis de gorduras visceral e abdominal apresentavam menor resistência óssea do que aqueles com os menores níveis de gordura. O estudo não encontrou, porém, associação entre IMC ou idade e falta de rigidez dos ossos. No entanto, os pesquisadores observaram que a massa muscular pode favorecer a saúde dos ossos — quanto maior a massa muscular, melhor a qualidade dos ossos.
"Não ficamos surpresos com os resultados que indicaram que as gorduras abdominal e visceral são prejudiciais à resistência óssea em homens obesos", diz Miriam. "O que nos surpreendeu, no entanto, foi o fato de homens obesos com altos níveis dessas gorduras terem ossos significativamente mais fracos do que homens obesos com o mesmo IMC, mas com baixo acúmulo de gordura visceral."
segunda-feira, 26 de novembro de 2012
Saiba como cuidar bem dos rins
Essa dupla dinâmica pode correr sérios riscos em silêncio. Saiba como evitar problemas renais com atitudes bem simples.
Apenas 150 gramas muito bem distribuídos em 12 centímetros de altura (clique na imagem para conferir a explicação) — parece pouco, principalmente quando comparados a pulmões e fígado. Porém, os rins são responsáveis por funções vitais no organismo. E, quando esses pequenos notáveis convalescem, é encrenca na certa: a doença renal crônica (DRC), mal que não costuma avisar sobre sua existência, destrói as estruturas renais até chegar ao ponto em que o órgão para de funcionar.
"DRC é o termo que se refere a todas as doenças que afetam os rins por três meses ou mais, o que diminui a filtração e afeta algumas de suas atribuições", explica a nefrologista Gianna Mastroianni, diretora do Departamento de Epidemiologia e Prevenção da Sociedade Brasileira de Nefrologia. O problema é tão sério que renomadas instituições brasileiras criaram a campanha Previna-se, vencedora do Prêmio SAÚDE 2011 na categoria Saúde e Prevenção. "Nem sempre as doenças renais têm sintomas. Em muitos casos, o indivíduo não percebe e o diagnóstico é feito com atraso", completa Gianna.
Apesar de ser caracterizada como uma doença silenciosa, a DRC pode dar alguns sinais. No entanto, quando eles aparecem, costuma ser tarde demais. "O rim é um órgão muito resistente, e esses sintomas só vão se manifestar nos estágios 4 e 5 do problema, quando ele está muito avançado", conta o nefrologista Leonardo Kroth, da Sociedade Gaúcha de Nefrologia. Além de só surgirem em situações extremas, muitas dessas manifestações tendem a ser confundidas com outras enfermidades. Daí a importância de sempre visitar o médico e pedir os exames que detectam as alterações indesejadas nos filtros do corpo humano.
Quando a DRC bate à porta
E se a pessoa descobrir que seus rins não estão trabalhando como deveriam? "Ela precisa se consultar periodicamente com um nefrologista, fazer exames com regularidade, cuidar muito bem da pressão arterial e da glicemia, além de outras modificações que ocorrem na doença renal, como mudanças nos níveis de cálcio e fósforo", atesta Marcos Vieira, diretor clínico da Fundação Pró-Rim, em Santa Catarina.
Nos casos em que a DRC progrediu além da conta e os rins perderam grande parte de sua capacidade de eliminar a sujeira do organismo, o indivíduo pode optar por dois caminhos: receber o rim de algum doador compatível ou seguir para a diálise. "Ok, alguns pacientes não têm condições clínicas de realizar um transplante. Mas, nos demais, esse é o tratamento de preferência", esclarece Vieira.
No entanto, a ausência de alguém que esteja apto a doar um de seus rins faz com que a maioria dos convalescentes siga para a hemodiálise, quando uma máquina substitui as principais funções que eram realizadas pelo aparelho excretor. Algumas atitudes simples podem eliminar muitos desses transtornos. Confira a seguir como manter essa dupla a todo vapor.
Diabete e pressão na rédea curta
Quando esses marcadores estão em níveis exagerados, a probabilidade de desenvolver a DRC é ainda maior. Além da aterosclerose, a formação de placas de gordura, sobretudo na artéria renal, há uma sobrecarga do trabalho de filtração dos rins. "E a incidência dessas duas doenças vem aumentando nos últimos anos, algo agravado pelo envelhecimento da população, além de sedentarismo e obesidade", diz Gianna Mastroianni. Nos casos em que o estrago já foi feito, a primeira medida é ficar de olho na pressão e no diabete.
De bem com a balança
Manter-se no peso ideal também é uma regra de ouro para seguir com os rins a mil. Indivíduos com o índice de massa corporal (IMC) nos parâmetros saudáveis ficam protegidos dos pés à cabeça e, nesse pacote de benesses, os filtros naturais saem ganhando. "Hoje em dia, existe uma epidemia mundial de obesidade. O excesso de peso leva à hipertensão e ao diabete. Quando hábitos saudáveis são adquiridos, o risco de sofrer com um problema no rim é bem menor", destaca o nefrologista Nestor Schor, da Universidade Federal de São Paulo.
Alimentação equilibrada, rins a salvo
Tomar cuidado com o excesso de gordura e ingerir alimentos ricos em vitaminas e fibras vai colaborar bastante para a manutenção das funções renais. Quando o indivíduo já sofre com a DRC, é provável que seja obrigado a fazer algumas mudanças em seu cardápio. "Aí é importante adotar uma dieta com menor quantidade de proteína para evitar a sobrecarga renal", afirma Marcos Vieira. Esse menu deve ser avaliado pelo médico e por um nutricionista.
Analgésicos só com orientação
Remédios só deveriam entrar em cena com a indicação de um especialista. Até mesmo quando aparece aquela simples dor de cabeça, fuja da automedicação. Na hora, ela pode até ser solucionada, mas, a longo prazo, quem pode sofrer são seus rins. "Tanto os analgésicos quanto os anti-inflamatórios são capazes de prejudicá-los, se tomados em excesso, porque favorecem a ocorrência de doenças renais", alerta Nestor Schor. Procure sempre orientação médica para identificar o causador do incômodo e debelá-lo da melhor maneira possível.
Devagar com a bebida
Quando ingerido com parcimônia, o álcool pode até beneficiar o trabalho dos rins. Os experts chegam a recomendar uma ou duas doses bem pequenas. Porém, enfiar o pé na jaca não vai agradar aos pequenos filtros, que sofrem indiretamente. "Em excesso, o álcool pode causar hipertensão, que vai evoluir até gerar problemas renais", adverte o nefrologista André Luis Baracat. A bebida também causa prejuízos ao fígado, o que, em última instância, vai desembocar em um estrago nos rins.
Apagar o cigarro em definitivo
No personagem principal desta reportagem, a atuação do fumo é tão nefasta quanto em outras partes do corpo. E a explicação está no surgimento de pequenos bloqueios, as placas de gordura, que diminuem o calibre dos tubos por onde circula o sangue. Isso causa problemas de pressão que, por sua vez, levam à DRC. "Os rins são cheios de vasos sanguíneos. O cigarro desencadeia inflamações que prejudicam o órgão", destaca o nefrologista André Luis Baracat, do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo.
Dueto eficiente
Dois exames muito comuns checam o funcionamento renal. E melhor: médicos de qualquer especialidade podem requisitá-los.
Exame de sangue
Ao medir o nível de creatinina, um resíduo originado da atividade muscular corriqueira, é possível calcular a quantas anda o trabalho de filtração dos rins. Quando os níveis da substância estão elevados, é sinal de que algo não vai bem.
Exame de urina
Esse teste vai mostrar a presença de uma proteína, a albumina, no líquido amarelo. O composto orgânico não costuma aparecer no xixi, já que ele é retido quando chega aos rins. Porém, se existirem problemas, a albumina será liberada sem empecilhos.
Doenças preliminares
Alguns problemas de saúde podem levar ao desenvolvimento da DRC:
- Diabete;
- Hipertensão;
- Glomerulonefrite (infecção no glomérulo);
- Má-formação nos rins;
- Lúpus;
- Cálculo renal;
- Tumores;
- Infecções urinárias recorrentes.
Fique atento para estes sintomas
- Cansaço;
- Insônia;
- Inchaço nos pés e tornozelos;
- Inchaço nos olhos;
- Nictúria (vontade de ir ao banheiro durante a noite);
- Mau hálito;
- Mal-estar;
- Urina espumosa ou com sangue.
Olha a chuva!
No verão, o Brasil sofre com as enchentes. Junto com esse problema, doenças como a leptospirose podem surgir e atrapalhar o funcionamento dos rins, causando até a insuficiência renal aguda. É de extrema importância ficar o menor tempo possível em contato com a água da inundação, usando botas e luvas de borracha.
Fonte: Saúde Abril
Apenas 150 gramas muito bem distribuídos em 12 centímetros de altura (clique na imagem para conferir a explicação) — parece pouco, principalmente quando comparados a pulmões e fígado. Porém, os rins são responsáveis por funções vitais no organismo. E, quando esses pequenos notáveis convalescem, é encrenca na certa: a doença renal crônica (DRC), mal que não costuma avisar sobre sua existência, destrói as estruturas renais até chegar ao ponto em que o órgão para de funcionar.
"DRC é o termo que se refere a todas as doenças que afetam os rins por três meses ou mais, o que diminui a filtração e afeta algumas de suas atribuições", explica a nefrologista Gianna Mastroianni, diretora do Departamento de Epidemiologia e Prevenção da Sociedade Brasileira de Nefrologia. O problema é tão sério que renomadas instituições brasileiras criaram a campanha Previna-se, vencedora do Prêmio SAÚDE 2011 na categoria Saúde e Prevenção. "Nem sempre as doenças renais têm sintomas. Em muitos casos, o indivíduo não percebe e o diagnóstico é feito com atraso", completa Gianna.
Apesar de ser caracterizada como uma doença silenciosa, a DRC pode dar alguns sinais. No entanto, quando eles aparecem, costuma ser tarde demais. "O rim é um órgão muito resistente, e esses sintomas só vão se manifestar nos estágios 4 e 5 do problema, quando ele está muito avançado", conta o nefrologista Leonardo Kroth, da Sociedade Gaúcha de Nefrologia. Além de só surgirem em situações extremas, muitas dessas manifestações tendem a ser confundidas com outras enfermidades. Daí a importância de sempre visitar o médico e pedir os exames que detectam as alterações indesejadas nos filtros do corpo humano.
Quando a DRC bate à porta
E se a pessoa descobrir que seus rins não estão trabalhando como deveriam? "Ela precisa se consultar periodicamente com um nefrologista, fazer exames com regularidade, cuidar muito bem da pressão arterial e da glicemia, além de outras modificações que ocorrem na doença renal, como mudanças nos níveis de cálcio e fósforo", atesta Marcos Vieira, diretor clínico da Fundação Pró-Rim, em Santa Catarina.
Nos casos em que a DRC progrediu além da conta e os rins perderam grande parte de sua capacidade de eliminar a sujeira do organismo, o indivíduo pode optar por dois caminhos: receber o rim de algum doador compatível ou seguir para a diálise. "Ok, alguns pacientes não têm condições clínicas de realizar um transplante. Mas, nos demais, esse é o tratamento de preferência", esclarece Vieira.
No entanto, a ausência de alguém que esteja apto a doar um de seus rins faz com que a maioria dos convalescentes siga para a hemodiálise, quando uma máquina substitui as principais funções que eram realizadas pelo aparelho excretor. Algumas atitudes simples podem eliminar muitos desses transtornos. Confira a seguir como manter essa dupla a todo vapor.
Diabete e pressão na rédea curta
Quando esses marcadores estão em níveis exagerados, a probabilidade de desenvolver a DRC é ainda maior. Além da aterosclerose, a formação de placas de gordura, sobretudo na artéria renal, há uma sobrecarga do trabalho de filtração dos rins. "E a incidência dessas duas doenças vem aumentando nos últimos anos, algo agravado pelo envelhecimento da população, além de sedentarismo e obesidade", diz Gianna Mastroianni. Nos casos em que o estrago já foi feito, a primeira medida é ficar de olho na pressão e no diabete.
De bem com a balança
Manter-se no peso ideal também é uma regra de ouro para seguir com os rins a mil. Indivíduos com o índice de massa corporal (IMC) nos parâmetros saudáveis ficam protegidos dos pés à cabeça e, nesse pacote de benesses, os filtros naturais saem ganhando. "Hoje em dia, existe uma epidemia mundial de obesidade. O excesso de peso leva à hipertensão e ao diabete. Quando hábitos saudáveis são adquiridos, o risco de sofrer com um problema no rim é bem menor", destaca o nefrologista Nestor Schor, da Universidade Federal de São Paulo.
Alimentação equilibrada, rins a salvo
Tomar cuidado com o excesso de gordura e ingerir alimentos ricos em vitaminas e fibras vai colaborar bastante para a manutenção das funções renais. Quando o indivíduo já sofre com a DRC, é provável que seja obrigado a fazer algumas mudanças em seu cardápio. "Aí é importante adotar uma dieta com menor quantidade de proteína para evitar a sobrecarga renal", afirma Marcos Vieira. Esse menu deve ser avaliado pelo médico e por um nutricionista.
Analgésicos só com orientação
Remédios só deveriam entrar em cena com a indicação de um especialista. Até mesmo quando aparece aquela simples dor de cabeça, fuja da automedicação. Na hora, ela pode até ser solucionada, mas, a longo prazo, quem pode sofrer são seus rins. "Tanto os analgésicos quanto os anti-inflamatórios são capazes de prejudicá-los, se tomados em excesso, porque favorecem a ocorrência de doenças renais", alerta Nestor Schor. Procure sempre orientação médica para identificar o causador do incômodo e debelá-lo da melhor maneira possível.
Devagar com a bebida
Quando ingerido com parcimônia, o álcool pode até beneficiar o trabalho dos rins. Os experts chegam a recomendar uma ou duas doses bem pequenas. Porém, enfiar o pé na jaca não vai agradar aos pequenos filtros, que sofrem indiretamente. "Em excesso, o álcool pode causar hipertensão, que vai evoluir até gerar problemas renais", adverte o nefrologista André Luis Baracat. A bebida também causa prejuízos ao fígado, o que, em última instância, vai desembocar em um estrago nos rins.
Apagar o cigarro em definitivo
No personagem principal desta reportagem, a atuação do fumo é tão nefasta quanto em outras partes do corpo. E a explicação está no surgimento de pequenos bloqueios, as placas de gordura, que diminuem o calibre dos tubos por onde circula o sangue. Isso causa problemas de pressão que, por sua vez, levam à DRC. "Os rins são cheios de vasos sanguíneos. O cigarro desencadeia inflamações que prejudicam o órgão", destaca o nefrologista André Luis Baracat, do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo.
Dueto eficiente
Dois exames muito comuns checam o funcionamento renal. E melhor: médicos de qualquer especialidade podem requisitá-los.
Exame de sangue
Ao medir o nível de creatinina, um resíduo originado da atividade muscular corriqueira, é possível calcular a quantas anda o trabalho de filtração dos rins. Quando os níveis da substância estão elevados, é sinal de que algo não vai bem.
Exame de urina
Esse teste vai mostrar a presença de uma proteína, a albumina, no líquido amarelo. O composto orgânico não costuma aparecer no xixi, já que ele é retido quando chega aos rins. Porém, se existirem problemas, a albumina será liberada sem empecilhos.
Doenças preliminares
Alguns problemas de saúde podem levar ao desenvolvimento da DRC:
- Diabete;
- Hipertensão;
- Glomerulonefrite (infecção no glomérulo);
- Má-formação nos rins;
- Lúpus;
- Cálculo renal;
- Tumores;
- Infecções urinárias recorrentes.
Fique atento para estes sintomas
- Cansaço;
- Insônia;
- Inchaço nos pés e tornozelos;
- Inchaço nos olhos;
- Nictúria (vontade de ir ao banheiro durante a noite);
- Mau hálito;
- Mal-estar;
- Urina espumosa ou com sangue.
Olha a chuva!
No verão, o Brasil sofre com as enchentes. Junto com esse problema, doenças como a leptospirose podem surgir e atrapalhar o funcionamento dos rins, causando até a insuficiência renal aguda. É de extrema importância ficar o menor tempo possível em contato com a água da inundação, usando botas e luvas de borracha.
Fonte: Saúde Abril
quarta-feira, 21 de novembro de 2012
Conheça 12 formas de evitar o diabetes
Embora não seja possível prevenir completamente o surgimento da doença, há uma série de hábitos e de alimentos que reduzem esse risco
O diabetes tipo 2 é uma doença que pode surgir a partir da combinação de dois fatores: o genético, ou seja, o histórico da doença na família, e o ambiental, que são fatores de risco para o problema, como obesidade e sedentarismo. Isso não quer dizer, porém, que uma pessoa sem histórico familiar não possa desenvolver a doença. No entanto, médicos ouvidos pelo site de VEJA concordam em uma coisa: hábitos saudáveis reduzem de forma significativa o risco do diabetes tipo 2.
A doença — Enquanto o diabetes tipo 1 ocorre pela falta da produção de insulina, hormônio que controla os níveis de glicose no sangue, no do tipo 2 a insulina continua a ser produzida normalmente, mas o organismo desenvolve resistência ao hormônio. Segundo o Ministério da Saúde, essa doença, nas duas modalidades, atinge 5,2% dos homens e 6% das mulheres. Entre as pessoas acima de 65 anos, a incidência é de 21%.
"O diabetes tipo 2 está muito relacionado à obesidade. A gordura que se acumula no abdome promove inflamação e obriga o pâncreas a produzir cada vez mais insulina para que a glicose entre nas células", diz Celso Cukier, médico nutrólogo do Hospital Albert Einstein. Como não há nada que possa ser feito quanto à predisposição genética para uma doença, Cukier explica que a manutenção do peso (ou o emagrecimento) e uma vida fisicamente ativa são essenciais para reduzir o risco do diabetes. Além disso, como atestaram várias pesquisas científicas, há outros hábitos e determinados alimentos que podem ajudar nessa proteção. Veja abaixo quais são eles.
Saiba o que fazer para evitar o diabetes tipo 2:
Perca a barriga
Um dos principais fatores de risco para o diabetes tipo 2 é o acúmulo da gordura visceral, ou seja, a gordura acumulada na região abdominal que também se concentra no fígado e entre os intestinos. “Essa gordura obriga o pâncreas a produzir cada vez mais insulina para que a glicose consiga entrar nas células. Esse excesso estimula uma série de mudanças no metabolismo, como aumento da pressão arterial e das taxas de colesterol no sangue”, explica Carlos Alberto Machado, diretor da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Portanto, o ganho de peso pode significar o aumento da gordura visceral e, consequentemente, do risco de diabetes tipo 2.
Faça 30 minutos de atividade física diária
Muitos estudos já relacionaram o exercício físico ao menor risco de diabetes tipo 2, assim como outras pesquisas mostraram que o sedentarismo pode levar ao desenvolvimento da doença. Em 2002, um estudo clássico sobre diabetes, o Diabetes Prevention Program (DPP), mostrou que uma mudança no estilo de vida é melhor para evitar a doença do que medicamentos como a metformina, que reduz a resistência à insulina. Essa mudança no estilo de vida significa 150 minutos de atividade física por semana, uma melhora na alimentação e a perda de 7% do peso corporal em seis meses. “Embora a pesquisa tenha sido feita há dez anos, seus resultados foram comprovados pelos estudos que vieram depois”, diz Carlos Alberto Machado, diretor da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).
Cuidado com o sono
Um estudo da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, que foi publicado neste ano mostrou que dormir mal — ou seja, pouco ou de forma inconstante — aumenta o risco tanto de obesidade quanto de diabetes. Isso ocorre porque noites mal dormidas alteram o relógio biológico e retardam o ritmo metabólico. Essa redução pode significar um aumento de 4,5 quilos ao ano sem qualquer alteração da prática de atividade física ou dos hábitos alimentares. Com isso, há o risco do aumento de glicose e resistência à insulina no organismo, fatores que podem levar ao diabetes.
Controle o stress
Por diferentes motivos, o stress pode elevar o risco de uma pessoa desenvolver diabetes tipo 2. Uma pesquisa feita no Canadá com mais de 7.000 mulheres, por exemplo, concluiu que o stress no trabalho chega a dobrar o risco de mulheres terem a doença. Os autores desse estudo mostraram que o problema emocional está ligado a um maior consumo de alimentos gordurosos e calóricos e a um maior sedentarismo, fatores que aumentam as chances de desenvolver a doença. Além disso, o trabalho sugeriu que o diabetes se favorece por perturbações geradas nos sistemas neuroendocrinológico e imunológicos, que provocam maior produção de hormônios como o cortisol e a adrenalina.
Coma pouco e devagar e não faça jejum
Comer muito, especialmente alimentos calóricos e gordurosos, aumenta o acúmulo da gordura abdominal, um fator de risco importante para o desenvolvimento do diabetes tipo 2. No entanto, não é só a qualidade e a quantidade do que se come que interfere nas chances da doença aparecer. De acordo com uma pesquisa apresentada no Congresso Internacional de Endocrinologia, em maio deste ano, na Itália, a incidência do diabetes é maior em pessoas que comem muito rápido em comparação com quem come mais devagar. O risco, segundo esse estudo, pode chegar a ser 2,5 vezes maior. A frequência com que comemos também interfere nessa probabilidade: uma pesquisa apresentada durante a FeSBE (Reunião Anual da Federação de Sociedades de Biologia Experimental) de 2011, mostrou que intercalar períodos de jejum e comilança pode causar diabetes, perda de massa muscular e aumentar a produção de radicais livres
Sempre que puder, evite comer gordura
A gordura abdominal favorece a resistência a insulina, quadro que está relacionado ao diabetes tipo 2. Portanto, alimentos gordurosos são fatores de risco para a doença, como provaram diversos estudos sobre o assunto. Pesquisadores da Harvard, por exemplo, concluíram que o risco de desenvolver diabetes tipo 2 aumenta 51% se forem consumidos 50 gramas de carne vermelha processada por dia, e 19% se forem ingeridos 100 gramas diárias de carne vermelha não processada. No entanto, algumas mudanças nos hábitos alimentares podem evitar a doença. No mesmo estudo, esses especialistas mostraram que se uma pessoa que consome 100 gramas de carne vermelha todos os dias substitui o alimento por frutas secas para obter a mesma quantidade de proteínas, o risco diminui em 17%. Este número aumenta para 23% se forem consumidos cereais integrais.
Prefira alimentos integrais
Os alimentos integrais, como pães e arroz, por exemplo, são excelentes alternativas para substituir alimentos que possuem farinha de trigo, como o pão francês. Esse tipo de comida é conhecida por elevar rapidamente as taxas de glicose no sangue, o que pode favorecer o surgimento do diabetes tipo 2, especialmente entre pessoas com maior risco da doença. Açúcar branco, frutas em calda enlatadas e batatas também possuem alta carga glicêmica. "Quanto menor o índice glicêmico, melhor para o paciente evitar a doença. Alimentos ricos em fibra e integrais são ideais para isso", diz o médico Celso Cukier.
Coma frutas, mas não exagere
Frutas fazem parte de uma alimentação saudável e devem ser ingeridas todos os dias. Porém, há uma grande disparidade na quantidade de frutose, o açúcar das frutas e do mel, que elas contêm. Como ela é metabolizada diretamente pelo fígado, não precisa de insulina para sua quebra primária. Porém, isso não permite o seu consumo em excesso. "A fruta tem muito carboidrato e frutose, mas ela não pode ser eliminada da dieta. Por isso, pessoas predispostas ao diabetes tipo 2 devem evitar as mais adocicadas, como as uvas ou o caqui, ou então consumí-las de forma moderada", diz Roberto Betti, coordenador do Centro de Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.
Coma queijo e iogurte, mas não exagere
Duas fatias de queijo ou meio pote de iogurte (55 gramas) por dia podem reduzir o risco de diabetes tipo 2 em 12%. O restante dos laticínios, porém, não surtem o mesmo benefício, embora não aumentem o risco da doença. Essas foram as conclusões de um estudo holandês publicado em julho deste ano. Segundo os autores dessa pesquisa, como o queijo, além das gorduras saudáveis, também contenha gordura saturada, o excesso desse tipo de alimento não é recomendado. "Alguns estudos já mostraram que existe uma inteiração entre as células de gordura e o cálcio que ajuda a prevenir a obesidade. No entanto, é preciso tomar cuidado com os excessos", diz Celso Cukier, nutrólogo do Hospital Albert Eistein.
Beba café descafeinado
Por causa do efeito da cafeína, o café nem sempre é recomendado a pessoas que apresentam tendência a ter doenças cardiovasculares. No entanto, um estudo americano publicado no início do ano mostrou que a bebida descafeinada, além de não provocar condições como pressão alta, pode proteger o organismo contra diabetes tipo 2. "Vários estudos mostraram que os antioxidantes presentes em bebidas como café e chá podem, de alguma forma, reduzir o risco do diabetes. O que falta sabermos é qual a quantidade e o tipo ideais da bebida que surtem tal efeito", afirma Celso Cukier, nutrólogo do Hospital Albert Einstein.
Se beber, vá de vinho tinto
Várias pesquisas já provaram os benefícios do vinho tinto à saúde (desde que consumido moderadamente). Por isso é possível considerar uma taça ao dia como um aliado na diminuição do risco de diabetes tipo 2, como confirmaram os resultados de um estudo da Universidade de Recursos Naturais e Ciências da Vida, em Viena, na Áustria. Porém, além do teor alcoólico, o vinho também pode ser extremamente calórico. Portanto, o exagero não só não reduz as chances do diabetes, como também eleva o risco.
Coma amêndoas
Pelo menos de acordo com os resultados de um estudo americano publicado no final de 2010, as amêndoas são armas poderosas contra o diabetes tipo 2, especialmente entre pessoas que têm predisposição à doença — ou seja, com níveis de glicose no sangue acima do normal ou com histórico familiar da condição. Segundo a pesquisa, esses alimentos aumentam a sensibilidade à insulina e, consequentemente, reduzem os níveis de açúcar na corrente sanguínea.
Fonte: Revista Veja
O diabetes tipo 2 é uma doença que pode surgir a partir da combinação de dois fatores: o genético, ou seja, o histórico da doença na família, e o ambiental, que são fatores de risco para o problema, como obesidade e sedentarismo. Isso não quer dizer, porém, que uma pessoa sem histórico familiar não possa desenvolver a doença. No entanto, médicos ouvidos pelo site de VEJA concordam em uma coisa: hábitos saudáveis reduzem de forma significativa o risco do diabetes tipo 2.
A doença — Enquanto o diabetes tipo 1 ocorre pela falta da produção de insulina, hormônio que controla os níveis de glicose no sangue, no do tipo 2 a insulina continua a ser produzida normalmente, mas o organismo desenvolve resistência ao hormônio. Segundo o Ministério da Saúde, essa doença, nas duas modalidades, atinge 5,2% dos homens e 6% das mulheres. Entre as pessoas acima de 65 anos, a incidência é de 21%.
"O diabetes tipo 2 está muito relacionado à obesidade. A gordura que se acumula no abdome promove inflamação e obriga o pâncreas a produzir cada vez mais insulina para que a glicose entre nas células", diz Celso Cukier, médico nutrólogo do Hospital Albert Einstein. Como não há nada que possa ser feito quanto à predisposição genética para uma doença, Cukier explica que a manutenção do peso (ou o emagrecimento) e uma vida fisicamente ativa são essenciais para reduzir o risco do diabetes. Além disso, como atestaram várias pesquisas científicas, há outros hábitos e determinados alimentos que podem ajudar nessa proteção. Veja abaixo quais são eles.
Saiba o que fazer para evitar o diabetes tipo 2:
Perca a barriga
Um dos principais fatores de risco para o diabetes tipo 2 é o acúmulo da gordura visceral, ou seja, a gordura acumulada na região abdominal que também se concentra no fígado e entre os intestinos. “Essa gordura obriga o pâncreas a produzir cada vez mais insulina para que a glicose consiga entrar nas células. Esse excesso estimula uma série de mudanças no metabolismo, como aumento da pressão arterial e das taxas de colesterol no sangue”, explica Carlos Alberto Machado, diretor da Sociedade Brasileira de Cardiologia. Portanto, o ganho de peso pode significar o aumento da gordura visceral e, consequentemente, do risco de diabetes tipo 2.
Faça 30 minutos de atividade física diária
Muitos estudos já relacionaram o exercício físico ao menor risco de diabetes tipo 2, assim como outras pesquisas mostraram que o sedentarismo pode levar ao desenvolvimento da doença. Em 2002, um estudo clássico sobre diabetes, o Diabetes Prevention Program (DPP), mostrou que uma mudança no estilo de vida é melhor para evitar a doença do que medicamentos como a metformina, que reduz a resistência à insulina. Essa mudança no estilo de vida significa 150 minutos de atividade física por semana, uma melhora na alimentação e a perda de 7% do peso corporal em seis meses. “Embora a pesquisa tenha sido feita há dez anos, seus resultados foram comprovados pelos estudos que vieram depois”, diz Carlos Alberto Machado, diretor da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).
Cuidado com o sono
Um estudo da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, que foi publicado neste ano mostrou que dormir mal — ou seja, pouco ou de forma inconstante — aumenta o risco tanto de obesidade quanto de diabetes. Isso ocorre porque noites mal dormidas alteram o relógio biológico e retardam o ritmo metabólico. Essa redução pode significar um aumento de 4,5 quilos ao ano sem qualquer alteração da prática de atividade física ou dos hábitos alimentares. Com isso, há o risco do aumento de glicose e resistência à insulina no organismo, fatores que podem levar ao diabetes.
Controle o stress
Por diferentes motivos, o stress pode elevar o risco de uma pessoa desenvolver diabetes tipo 2. Uma pesquisa feita no Canadá com mais de 7.000 mulheres, por exemplo, concluiu que o stress no trabalho chega a dobrar o risco de mulheres terem a doença. Os autores desse estudo mostraram que o problema emocional está ligado a um maior consumo de alimentos gordurosos e calóricos e a um maior sedentarismo, fatores que aumentam as chances de desenvolver a doença. Além disso, o trabalho sugeriu que o diabetes se favorece por perturbações geradas nos sistemas neuroendocrinológico e imunológicos, que provocam maior produção de hormônios como o cortisol e a adrenalina.
Coma pouco e devagar e não faça jejum
Comer muito, especialmente alimentos calóricos e gordurosos, aumenta o acúmulo da gordura abdominal, um fator de risco importante para o desenvolvimento do diabetes tipo 2. No entanto, não é só a qualidade e a quantidade do que se come que interfere nas chances da doença aparecer. De acordo com uma pesquisa apresentada no Congresso Internacional de Endocrinologia, em maio deste ano, na Itália, a incidência do diabetes é maior em pessoas que comem muito rápido em comparação com quem come mais devagar. O risco, segundo esse estudo, pode chegar a ser 2,5 vezes maior. A frequência com que comemos também interfere nessa probabilidade: uma pesquisa apresentada durante a FeSBE (Reunião Anual da Federação de Sociedades de Biologia Experimental) de 2011, mostrou que intercalar períodos de jejum e comilança pode causar diabetes, perda de massa muscular e aumentar a produção de radicais livres
Sempre que puder, evite comer gordura
A gordura abdominal favorece a resistência a insulina, quadro que está relacionado ao diabetes tipo 2. Portanto, alimentos gordurosos são fatores de risco para a doença, como provaram diversos estudos sobre o assunto. Pesquisadores da Harvard, por exemplo, concluíram que o risco de desenvolver diabetes tipo 2 aumenta 51% se forem consumidos 50 gramas de carne vermelha processada por dia, e 19% se forem ingeridos 100 gramas diárias de carne vermelha não processada. No entanto, algumas mudanças nos hábitos alimentares podem evitar a doença. No mesmo estudo, esses especialistas mostraram que se uma pessoa que consome 100 gramas de carne vermelha todos os dias substitui o alimento por frutas secas para obter a mesma quantidade de proteínas, o risco diminui em 17%. Este número aumenta para 23% se forem consumidos cereais integrais.
Prefira alimentos integrais
Os alimentos integrais, como pães e arroz, por exemplo, são excelentes alternativas para substituir alimentos que possuem farinha de trigo, como o pão francês. Esse tipo de comida é conhecida por elevar rapidamente as taxas de glicose no sangue, o que pode favorecer o surgimento do diabetes tipo 2, especialmente entre pessoas com maior risco da doença. Açúcar branco, frutas em calda enlatadas e batatas também possuem alta carga glicêmica. "Quanto menor o índice glicêmico, melhor para o paciente evitar a doença. Alimentos ricos em fibra e integrais são ideais para isso", diz o médico Celso Cukier.
Coma frutas, mas não exagere
Frutas fazem parte de uma alimentação saudável e devem ser ingeridas todos os dias. Porém, há uma grande disparidade na quantidade de frutose, o açúcar das frutas e do mel, que elas contêm. Como ela é metabolizada diretamente pelo fígado, não precisa de insulina para sua quebra primária. Porém, isso não permite o seu consumo em excesso. "A fruta tem muito carboidrato e frutose, mas ela não pode ser eliminada da dieta. Por isso, pessoas predispostas ao diabetes tipo 2 devem evitar as mais adocicadas, como as uvas ou o caqui, ou então consumí-las de forma moderada", diz Roberto Betti, coordenador do Centro de Diabetes do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.
Coma queijo e iogurte, mas não exagere
Duas fatias de queijo ou meio pote de iogurte (55 gramas) por dia podem reduzir o risco de diabetes tipo 2 em 12%. O restante dos laticínios, porém, não surtem o mesmo benefício, embora não aumentem o risco da doença. Essas foram as conclusões de um estudo holandês publicado em julho deste ano. Segundo os autores dessa pesquisa, como o queijo, além das gorduras saudáveis, também contenha gordura saturada, o excesso desse tipo de alimento não é recomendado. "Alguns estudos já mostraram que existe uma inteiração entre as células de gordura e o cálcio que ajuda a prevenir a obesidade. No entanto, é preciso tomar cuidado com os excessos", diz Celso Cukier, nutrólogo do Hospital Albert Eistein.
Beba café descafeinado
Por causa do efeito da cafeína, o café nem sempre é recomendado a pessoas que apresentam tendência a ter doenças cardiovasculares. No entanto, um estudo americano publicado no início do ano mostrou que a bebida descafeinada, além de não provocar condições como pressão alta, pode proteger o organismo contra diabetes tipo 2. "Vários estudos mostraram que os antioxidantes presentes em bebidas como café e chá podem, de alguma forma, reduzir o risco do diabetes. O que falta sabermos é qual a quantidade e o tipo ideais da bebida que surtem tal efeito", afirma Celso Cukier, nutrólogo do Hospital Albert Einstein.
Se beber, vá de vinho tinto
Várias pesquisas já provaram os benefícios do vinho tinto à saúde (desde que consumido moderadamente). Por isso é possível considerar uma taça ao dia como um aliado na diminuição do risco de diabetes tipo 2, como confirmaram os resultados de um estudo da Universidade de Recursos Naturais e Ciências da Vida, em Viena, na Áustria. Porém, além do teor alcoólico, o vinho também pode ser extremamente calórico. Portanto, o exagero não só não reduz as chances do diabetes, como também eleva o risco.
Coma amêndoas
Pelo menos de acordo com os resultados de um estudo americano publicado no final de 2010, as amêndoas são armas poderosas contra o diabetes tipo 2, especialmente entre pessoas que têm predisposição à doença — ou seja, com níveis de glicose no sangue acima do normal ou com histórico familiar da condição. Segundo a pesquisa, esses alimentos aumentam a sensibilidade à insulina e, consequentemente, reduzem os níveis de açúcar na corrente sanguínea.
Fonte: Revista Veja
segunda-feira, 12 de novembro de 2012
Bebês que tomam antibióticos podem ter problemas com a balança
Pesquisas inéditas garantem: nos primeiros meses de vida, o uso indiscriminado das substâncias que combatem bactérias pode contribuir com o ganho de quilos extras
O médico escocês Alexander Fleming (1881-1955) revolucionou a medicina quando encontrou, em 1928, uma maneira de combater as infecções bacterianas, verdadeiras epidemias que, até então, não tinham adversários à altura. Seu grande achado foi a penicilina, o primeiro antibiótico do mundo, que culminou no desenvolvimento de vários outros ao longo dos anos. Passadas mais de oito décadas, os frutos de sua descoberta inicial foram associados, agora de maneira negativa, a mais um surto: o da obesidade infantil.
O alerta vem da Universidade de Nova York, nos Estados Unidos, onde um trabalho avaliou mais de 11 mil meninas e meninos nascidos entre 1991 e 1992. Segundo os especialistas, a prescrição de antibióticos antes dos 6 meses de idade patrocinou o surgimento de gordurinhas poucos anos depois. "As crianças que tomaram esses medicamentos apresentaram um risco 22% maior de ficar acima do peso", revela o pediatra Leonardo Trasande, autor da investigação.
Outro experimento da mesma instituição reforça a tese. Nele, ratos jovens receberam doses de antibiótico junto com a refeição. Após algumas semanas, as cobaias tiveram um aumento de 15% na gordura corporal. "Ao que tudo indica, os remédios alteraram a flora intestinal, elevando o aproveitamento das calorias dos alimentos", explica o gastroenterologista Ilseung Cho, líder do estudo. Os antimicrobianos também favoreceram a reprodução de bactérias que incentivam o organismo a diminuir o gasto energético. "Esse processo é mais intenso nos primeiros anos de vida, fase em que o sistema digestivo engatinha", acrescenta a endocrinologista Maria Edna de Melo, da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica.
Esses artigos ganharam destaque dentro da comunidade científica por serem os primeiros a relacionar antibióticos com sobrepeso, principalmente em uma etapa da vida em que o corpo está em plena formação. Alguns levantamentos já tinham até comprovado que as mudanças na flora intestinal levam à obesidade. "Mas as pesquisas americanas foram pioneiras por advertirem que esses medicamentos são desencadeadores do processo", acrescenta o endocrinologista Walmir Coutinho, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia.
Os estudos da Universidade de Nova York engrossam um coro cada vez mais forte de entidades que lutam por uma prescrição consciente. "Existem vários fatores que levam ao exagero na indicação dos remédios que matam as bactérias", atesta o pediatra Fábio de Araujo Motta, do Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba. O principal deles é a pressão dos pais. "As pessoas pensam que, se o médico não lançar mão de um fármaco, ele não está fazendo seu trabalho direito", lamenta.
É fundamental ressaltar também que o modelo de atendimento rápido, por meio de prontos-socorros, impossibilita o tratamento adequado. "O médico que faz as consultas nesses locais dificilmente conhece o histórico do paciente. Portanto, ele prefere não arriscar, recomendando de cara o uso de uma substância antibactérias", critica Fabio Ancona Lopez, pediatra do Departamento de Nutrição da Sociedade de Pediatria de São Paulo.
É claro que os pais precisam obedecer às recomendações do especialista. "Os antibióticos são indispensáveis na presença de uma doença bacteriana confirmada por exame e avaliação clínica detalhada", salienta a neonatologista Betania Bohrer, do Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre. "Nenhuma mãe deve deixar de dar antibiótico ao filho que está com uma infecção dessas com medo de engordá-lo", reforça a endocrinologista Maria Edna de Melo. Daí a importância de consultar um pediatra de confiança, que acompanhe a criança desde a mais tenra idade.
Além do ganho de peso, o excesso de antimicrobianos acarreta um perrengue grave. Quando o indivíduo usa essas drogas de forma errada, contribui para que as bactérias fiquem poderosas e resistam bravamente ao ataque dos seus oponentes. Ora, para combater essas versões mutantes, são necessárias doses cada vez mais fortes e variadas. Nesse processo, certos micro-organismos acabam ficando extremamente vigorosos - hoje, as chamadas superbactérias são uma realidade e começam a preocupar autoridades mundo afora (veja abaixo).
Para reduzir o consumo equivocado, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgão que regula a comercialização de remédios no Brasil, tornou mais rigorosa a compra de antibióticos. Desde 2010, ela só é autorizada com receita. Na farmácia, uma via fica retida, junto com diversos dados do médico e do paciente. O pedido, diga-se, é válido apenas por dez dias. Nada mais do que isso.
Em qualquer fase da vida, o uso dos antibióticos depende do aval de um profissional de saúde. Quem utiliza esse tipo de remédio por conta própria assume riscos tanto para si como para o resto do globo. E, de quebra, ajuda a inserir uma nota de rodapé nada positiva na história de Alexander Fleming e na de sua invenção.
Fonte: Mariana Gonzalez Oliveira, pediatra do Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre
Alerta global
Em março, a Organização Mundial da Saúde divulgou um aviso sobre o uso de substâncias que combatem as bactérias - o mundo enfrenta uma crise de resistência aos antibióticos. Até certas doenças já relativamente controladas, como a tuberculose, podem se transformar em pandemias se nada for feito. Por isso que, para desenvolver suas defesas e, assim, não necessitar de antibióticos a toda hora, os pequenos precisam entrar em contato com a vitamina "S" , de sujeira. "As crianças devem viver em um ambiente em que criem um sistema imune forte", arremata o pediatra Fabio Ancona Lopez.
Nos Estados Unidos, os pediatras prescrevem mais de 10 milhões de frascos de antibióticos desnecessários todos os anos
Doping animal
As pesquisas americanas partiram da observação de uma prática bem comum em fazendas: os antibióticos fazem parte do cardápio de diversos animais de abate, como vacas, ovelhas, porcos e galinhas, porque fazem esses bichos ganharem peso mais rápido, alavancando a produção de carne. A fórmula empregada para deixá-los rechonchudos é praticamente a mesma dos remédios disponibilizados para os seres humanos.
O tamanho do problema
Um artigo recente escancarou que o uso desse tipo de remédio ainda é exagerado no Brasil, principalmente na infância
39,7% das crianças com um problema de saúde qualquer saem da consulta com a receita de um antibiótico.
89,1% dos casos de prescrição de antibiótico foram feitos por análise clínica, sem nenhum exame complementar.
62,7% das doses receitadas dessa modalidade de remédio estavam acima ou abaixo do que é recomendado atualmente.
Dados retirados do estudo "Prescrições Pediátricas em uma Unidade Básica de Saúde do Sul de Santa Catarina: Avaliação de Uso de Bacterianos", da Universidade do Sul de Santa Catarina.
O médico escocês Alexander Fleming (1881-1955) revolucionou a medicina quando encontrou, em 1928, uma maneira de combater as infecções bacterianas, verdadeiras epidemias que, até então, não tinham adversários à altura. Seu grande achado foi a penicilina, o primeiro antibiótico do mundo, que culminou no desenvolvimento de vários outros ao longo dos anos. Passadas mais de oito décadas, os frutos de sua descoberta inicial foram associados, agora de maneira negativa, a mais um surto: o da obesidade infantil.
O alerta vem da Universidade de Nova York, nos Estados Unidos, onde um trabalho avaliou mais de 11 mil meninas e meninos nascidos entre 1991 e 1992. Segundo os especialistas, a prescrição de antibióticos antes dos 6 meses de idade patrocinou o surgimento de gordurinhas poucos anos depois. "As crianças que tomaram esses medicamentos apresentaram um risco 22% maior de ficar acima do peso", revela o pediatra Leonardo Trasande, autor da investigação.
Outro experimento da mesma instituição reforça a tese. Nele, ratos jovens receberam doses de antibiótico junto com a refeição. Após algumas semanas, as cobaias tiveram um aumento de 15% na gordura corporal. "Ao que tudo indica, os remédios alteraram a flora intestinal, elevando o aproveitamento das calorias dos alimentos", explica o gastroenterologista Ilseung Cho, líder do estudo. Os antimicrobianos também favoreceram a reprodução de bactérias que incentivam o organismo a diminuir o gasto energético. "Esse processo é mais intenso nos primeiros anos de vida, fase em que o sistema digestivo engatinha", acrescenta a endocrinologista Maria Edna de Melo, da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica.
Esses artigos ganharam destaque dentro da comunidade científica por serem os primeiros a relacionar antibióticos com sobrepeso, principalmente em uma etapa da vida em que o corpo está em plena formação. Alguns levantamentos já tinham até comprovado que as mudanças na flora intestinal levam à obesidade. "Mas as pesquisas americanas foram pioneiras por advertirem que esses medicamentos são desencadeadores do processo", acrescenta o endocrinologista Walmir Coutinho, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia.
Os estudos da Universidade de Nova York engrossam um coro cada vez mais forte de entidades que lutam por uma prescrição consciente. "Existem vários fatores que levam ao exagero na indicação dos remédios que matam as bactérias", atesta o pediatra Fábio de Araujo Motta, do Hospital Pequeno Príncipe, em Curitiba. O principal deles é a pressão dos pais. "As pessoas pensam que, se o médico não lançar mão de um fármaco, ele não está fazendo seu trabalho direito", lamenta.
É fundamental ressaltar também que o modelo de atendimento rápido, por meio de prontos-socorros, impossibilita o tratamento adequado. "O médico que faz as consultas nesses locais dificilmente conhece o histórico do paciente. Portanto, ele prefere não arriscar, recomendando de cara o uso de uma substância antibactérias", critica Fabio Ancona Lopez, pediatra do Departamento de Nutrição da Sociedade de Pediatria de São Paulo.
É claro que os pais precisam obedecer às recomendações do especialista. "Os antibióticos são indispensáveis na presença de uma doença bacteriana confirmada por exame e avaliação clínica detalhada", salienta a neonatologista Betania Bohrer, do Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre. "Nenhuma mãe deve deixar de dar antibiótico ao filho que está com uma infecção dessas com medo de engordá-lo", reforça a endocrinologista Maria Edna de Melo. Daí a importância de consultar um pediatra de confiança, que acompanhe a criança desde a mais tenra idade.
Além do ganho de peso, o excesso de antimicrobianos acarreta um perrengue grave. Quando o indivíduo usa essas drogas de forma errada, contribui para que as bactérias fiquem poderosas e resistam bravamente ao ataque dos seus oponentes. Ora, para combater essas versões mutantes, são necessárias doses cada vez mais fortes e variadas. Nesse processo, certos micro-organismos acabam ficando extremamente vigorosos - hoje, as chamadas superbactérias são uma realidade e começam a preocupar autoridades mundo afora (veja abaixo).
Para reduzir o consumo equivocado, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), órgão que regula a comercialização de remédios no Brasil, tornou mais rigorosa a compra de antibióticos. Desde 2010, ela só é autorizada com receita. Na farmácia, uma via fica retida, junto com diversos dados do médico e do paciente. O pedido, diga-se, é válido apenas por dez dias. Nada mais do que isso.
Em qualquer fase da vida, o uso dos antibióticos depende do aval de um profissional de saúde. Quem utiliza esse tipo de remédio por conta própria assume riscos tanto para si como para o resto do globo. E, de quebra, ajuda a inserir uma nota de rodapé nada positiva na história de Alexander Fleming e na de sua invenção.
Fonte: Mariana Gonzalez Oliveira, pediatra do Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre
Alerta global
Em março, a Organização Mundial da Saúde divulgou um aviso sobre o uso de substâncias que combatem as bactérias - o mundo enfrenta uma crise de resistência aos antibióticos. Até certas doenças já relativamente controladas, como a tuberculose, podem se transformar em pandemias se nada for feito. Por isso que, para desenvolver suas defesas e, assim, não necessitar de antibióticos a toda hora, os pequenos precisam entrar em contato com a vitamina "S" , de sujeira. "As crianças devem viver em um ambiente em que criem um sistema imune forte", arremata o pediatra Fabio Ancona Lopez.
Nos Estados Unidos, os pediatras prescrevem mais de 10 milhões de frascos de antibióticos desnecessários todos os anos
Doping animal
As pesquisas americanas partiram da observação de uma prática bem comum em fazendas: os antibióticos fazem parte do cardápio de diversos animais de abate, como vacas, ovelhas, porcos e galinhas, porque fazem esses bichos ganharem peso mais rápido, alavancando a produção de carne. A fórmula empregada para deixá-los rechonchudos é praticamente a mesma dos remédios disponibilizados para os seres humanos.
O tamanho do problema
Um artigo recente escancarou que o uso desse tipo de remédio ainda é exagerado no Brasil, principalmente na infância
39,7% das crianças com um problema de saúde qualquer saem da consulta com a receita de um antibiótico.
89,1% dos casos de prescrição de antibiótico foram feitos por análise clínica, sem nenhum exame complementar.
62,7% das doses receitadas dessa modalidade de remédio estavam acima ou abaixo do que é recomendado atualmente.
Dados retirados do estudo "Prescrições Pediátricas em uma Unidade Básica de Saúde do Sul de Santa Catarina: Avaliação de Uso de Bacterianos", da Universidade do Sul de Santa Catarina.
quinta-feira, 8 de novembro de 2012
5+: Alimentos funcionais
Fonte:Globo.com
Alimentos funcionais são aqueles que, além de nutrir, contêm substâncias que comprovadamente melhoram a saúde e reduzem o risco de doenças. Isoflavonas, flavonóides, fibras e prebióticos, esteróis e estanóis vegetais, e catequina enriquecem a dieta e ajudam a manter os esportistas saudáveis. Confira a lista e enriqueça seu cardápio!
terça-feira, 6 de novembro de 2012
Exercícios regulares viram melhor remédio para o coração, diz estudo
Atividade física, como 30 minutos de corrida ou ciclismo por dia, podem fazer com que células-tronco do órgão antes adormecidas voltem à vida
Cientistas da Universidade John Moores, de Liverpool, no Reino Unido, publicaram um estudo mostrando que a prática de exercícios regulares ou intensos podem fazer com que as células-tronco do coração antes adormecidas voltem à vida, levando portanto ao desenvolvimento de novos músculos no órgão. A descoberta sugere que esses prejuízos causados por doenças do coração poderiam ser recuperados, ao menos em parte, com 30 minutos por dia de corrida ou ciclismo. As informações são do jornal "O Globo".
A pesquisa, ainda que em fase inicial, observou camundongos saudáveis que foram impostos a uma rotina de duas semanas de exercícios físicos regulares. A prática resultou em mais de 60% de células-tronco cardíacas que, antes adormercidas, tornaram-se ativas. Cientistas já tinham observado o aumento do coração seguido pelo treino aeróbico, mas achava-se que isto ocorria pelo alargamento de células musculares cardíacas existentes, conhecidas como cardiomiócitos.
Agora, a equipe de pesquisa tenta estudar os efeitos em ratos que sofreram ataques cardíacos para determinar se poderia haver um benefício ainda maior.
- Todos já sabem dos benefícios do exercício para manter o coração saudável. Nossa pesquisa sugere que este ganho também ocorra na regeneração do coração - afirmou Georgina Ellison, professora do curso de biologia de células-tronco da Universidade.
Além do aprimoramento clínico, Georgina sugere mudanças na diretrizes médicas de pacientes cardíacos. Segundo a especialista, embora alguns pacientes com problemas graves do coração sejam incapazes de realizar atividades intensas, a maioria delas poderia facilmente correr e até pedalar por 30 minutos por dia sem qualquer risco à saúde.
- Num programa normal de reabilitação cardíaca, pacientes já fazem exercícios, mas o que nós acreditamos é que, para este processo se tornar mais efetivo, talvez seja necessário realizá-lo com mais intensidade, com o objetivo de ativar as células-tronco adormecidas - disse Georgina.
Fonte: Eu Atleta - Globo.com
quinta-feira, 1 de novembro de 2012
Sete dores que não devem ser menosprezadas
Elas avisam: algo está errado. Mas preferimos pensar que vão passar depressa a procurar um médico. É aí que muitas vezes damos de cara com o perigo. Saiba como escapar de um engano
Levante a mão quem nunca se automedicou por causa de uma dor. É corriqueiro achar que ela é um mal passageiro, entupir-se de analgésico e esperar até ela se tornar insuportável para ir ao médico. Estudos indicam que 64% dos brasileiros tentam se livrar da sensação dolorosa sem procurar ajuda. Foi assim com a auxiliar de dentista Antônia Sueli Ferreira, 45 anos, de São Paulo. "Tomei muito remédio durante três meses por causa de cólicas fortíssimas e do que parecia ser uma lombalgia. Só depois fui ao médico. E então descobri que tinha um câncer colorretal. Tive de ser submetida às pressas a uma cirurgia. Por sorte, estou bem", conta. Segundo o cirurgião Heinz Konrad, do Centro para Tratamento da Dor Crônica, em São Paulo, "a dor é um mecanismo de proteção que avisa quando algo nocivo está acontecendo". A origem do malestar? Eis a questão — e, para ela, precisamos ter sempre uma resposta. "Na dúvida, toda dor precisa ser checada, ainda mais aquela que você nunca sentiu igual", aconselha o cardiologista Paulo Bezerra, do Hospital Santa Cruz, em Curitiba. Aqui, selecionamos sete dores que você nunca deve ignorar.
Dor de cabeça
Dos 10 aos 50 anos, ela geralmente é causada por alterações na visão ou nos hormônios — esta, mais comum entre as mulheres. E esses são justamente os casos em que a automedicação aumenta o tormento. "Isso porque, quando mal usado, o analgésico transforma uma dorzinha esporádica em diária", avisa o neurocirurgião José Oswaldo de Oliveira Júnior, chefe da Central da Dor do Hospital A.C. Camargo, em São Paulo. Acima dos 50 anos, as dores de cabeça merecem ainda mais atenção: é que podem estar relacionadas à hipertensão.
Dor de garganta
Costuma ser causada pela amigdalite de origem bacteriana ou viral. "Se não for tratada, a amigdalite bacteriana pode exigir até cirurgia", alerta o otorrinolaringologista Marcelo Alfredo, do Hospital e Maternidade Beneficência Portuguesa de Santo André, na Grande São Paulo. A do tipo viral baixa a imunidade e, em 10% dos casos, vira bacteriana. Portanto, pare de banalizar essa dor. Se ela parece nunca ir embora, abra os olhos: certos tumores no pescoço também incomodam e podem ser confundidos, pelos leigos, como simples infecções.
Dor no peito
"Quando o coração padece, a dor é capaz de se espalhar na direção do estômago, do maxilar inferior, das costas e dos braços", descreve o cardiologista Paulo Bezerra. Em geral, isso acontece quando o músculo cardíaco recebe menos sangue devido a um entupimento das artérias. "A sensação no peito é como a de um dedo apertado por um elástico. E piora com o estresse e o esforço físico", explica Bezerra. Não dá para marcar bobeira em casos assim: o rápido diagnóstico pode salvar a vida.
Dor nas pernas
Muita gente não hesita em culpar as varizes — às vezes injustamente. "A causa pode ser outra", avisa a fisiatra Lin Tchia Yeng, do Hospital das Clínicas, em São Paulo. Uma artrose, por exemplo, provoca fortes dores nos pés e nos joelhos. Se não for tratada, piora até um ponto quase sem retorno. "Em outros indivíduos a dor vem das pisadas", explica Lin. "É quando há um erro na posição dos pés ou se usam calçados inadequados." Sem contar doenças como hipotireoidismo e diabete, que afetam a circulação nos membros. "Há medicamentos específicos para resolver a dor nesses casos", diz a reumatologista Solange Mandeli da Cunha, do Centro de Funcionalidade da Dor, em São Paulo.
Dor abdominal
Uma dica: o importante é saber onde começa. Uma inflamação da vesícula biliar começa no lado direito da barriga, mas tende a se irradiar para as costas e os ombros. Contar esse trajeto ao médico faz diferença. "Se a pessoa não for socorrida, podem surgir perfurações nessa bolsa que guarda a bile fabricada no fígado", diz o cirurgião Heinz Konrad. Nas mulheres, cólicas constantes — insuportáveis no período menstrual — levantam a suspeita de uma endometriose, quando o revestimento interno do útero cresce e invade outros órgãos. "Uma em cada dez mulheres que vivem sentindo dor no abdômen tem essa doença", calcula a anestesiologista Fabíola Peixoto Minson, do Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo.
Dor nas costas
A má postura e o esforço físico podem machucar a coluna lombar. "É uma dor diária, causada pelo desgaste físico e pelo sedentarismo", diz o geriatra Alexandre Leopold Busse, do Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. Conviver com o tormento? Essa é a pior saída. A dor nas costas, além de minar a qualidade de vida, pode escamotear o câncer no pâncreas também. "No caso desse tumor, surge uma dor lenta e progressiva", ensina a fisiatra Lin Tchia Yeng. Por precaução, aprenda que a dor nas costas que não some em dois dias sempre é motivo de visitar o médico.
Dor no corpo
Se ele vive moído, atenção às suas emoções. A depressão, por exemplo, não raro desencadeia um mal-estar que vai da cabeça aos pés. "O que dá as caras no físico é o resultado da dor psicológica", diz Alaide Degani de Cantone, coordenadora do Centro de Estudos e Pesquisas em Psicologia e Saúde, em São Paulo. "Quem tem dores constantes aparentemente sem causa e que vive triste, pessimista, sem ver prazer nas coisas nem conseguir se concentrar direito pode apostar em problemas de ordem emocional", opina o psiquiatra Miguel Roberto Jorge, da Universidade Federal de São Paulo. E, claro, essas dores que no fundo são da alma também precisam de alívio.
Ajude o médico a descobrir a verdadeira causa de seus “ais”. Leve as seguintes informações para a consulta:
Quando
Puxe pela memória o dia, semana ou mês em que sua dor deu as caras e identifique a frequência com que ela aparece — se é diária, quantas vezes por dia se manifesta e quanto tempo costuma durar.
Onde
Aponte os lugares do corpo em que a dor ocorre. Se for difícil especificar um ponto, mostre a região afetada. Explique também se ela começa em um lugar e, dali, se irradia para outros.
Como
Descreva a sensação — queima? Dá pontadas ou agulhadas? Formigamento? No lugar onde dói, você sente um aperto ou pressão? Acredite: para os ouvidos dos especialistas, esse tipo de informação vale ouro.
Avaliação
Dê uma nota de 1 a 10 à sua dor, comparando-a a outras que você já sentiu. Avalie o grau e não deixe de contar ao especialista se teve febre, perda de apetite ou falta de sono depois que a dor apareceu.
Soluções
O que fez para diminuir a dor? Relate se uma bolsa de água quente ajudou. E preste atenção no seu corpo para dizer o que parece piorar a sensação dolorosa — comida gordurosa, esforço físico... o quê?
Fonte: Revisa Saúde
quarta-feira, 31 de outubro de 2012
Pilates solo ou com aparelhos, qual dá mais resultado?
ESPECIALISTA EXPLICA QUAL A DIFERENÇA ENTRE AS MODALIDADES E ESCLARECE SUA DÚVIDA
Bastante procurado por quem busca diferentes exercícios para deixar os músculos torneados e firmes, o pilates a cada dia ganha mais adeptos. Além dos benefícios já citados, a modalidade melhora a postura, o equilíbrio e a flexibilidade.
E quem deseja vestir a roupa de ginástica e se dedicar à modalidade tem a dúvida: é melhor praticar o pilates no solo ou com a ajuda de aparelhos? Será que existe muita diferença entre eles? Carolina Ragozzino, fisioterapeuta da Academia Leven, diz que sim.
A diferença entre as duas, segundo ela, está no nível de prática do aluno. "Na modalidade solo, conhecida como Mat Pilates, a execução dos exercícios tendem a ser mais difícil, pois eles exigem força muscular, alongamento, equilíbrio e muita consciência corporal", explica.
Já quem opta pelo Studio Pilates (assim é chamada a modalidade que faz uso de aparelhos) o praticante conta com a ajuda de molas que facilitam os movimentos. "É o mais indicado para quem esta começando", orienta a fisioterapeuta.
Independente da forma que você escolher para praticar o Pilates, saiba que ambas oferecem os mesmos benefícios: melhora do condicionamento físico global, da capacidade cardiorrespiratória, entre muitos outros.
Fonte: Portal CyberDiet
terça-feira, 30 de outubro de 2012
Praticar mais atividade física aumenta a felicidade, diz estudo
Segundo pesquisadores americanos, pessoas que se comprometem a exercitar-se relatam maior satisfação com a vida no mesmo dia
Praticar mais atividade física do que o costume pode influenciar de forma positiva o quão satisfeita uma pessoa se sente com sua vida. Essa conclusão, que faz parte de uma pesquisa da Universidade de Penn State, nos Estados Unidos, reforça a ideia de que exercitar-se é um hábito cujos benefícios excedem a saúde física, e é fundamental também para o bem-estar psicológico. O estudo foi publicado nesta semana na revista médica Health Psychology.
CONHEÇA A PESQUISA
Título original: A Daily Analysis of Physical Activity and Satisfaction With Life in Emerging Adults
Onde foi divulgada: revista Biological Psychiatry
Quem fez: Jaclyn Maher, Shawna Doerksen, Steriani Elavsky, Amanda Hyde, Aaron Pincus, Nilam Ram e David Conroy
Instituição: Universidade de Penn State, Estados Unidos
Dados de amostragem: 253 pessoas de 18 a 25 anos
Resultado: Pessoas que praticam mais atividade física se sentem mais satisfeitas com a vida do que as que praticam menos. Aumentar os níveis de atividade física também proporciona maior felicidade no mesmo dia
Participaram da pesquisa 253 pessoas de 18 a 25 anos. Segundo os autores, os indivíduos dessa faixa-etária são aqueles cujos relatos sobre satisfação com fatores como trabalho, família e vida social são os mais instáveis. “Nessa idade há uma série de mudanças ocorrendo, pois essas pessoas estão saindo de casa, mudando de trabalho ou cursando uma universidade. Então, a satisfação com a vida pode despencar de uma hora para a outra”, diz Jaclyn Maher, que coordenou o estudo.
Os participantes da pesquisa foram orientados a escrever, durante um período que variou de oito a 14 dias, um diário no qual relatavam como se sentiam em relação a vários aspectos da vida (profissional, pessoal, autoestima e etc) e também informavam sobre a quantidade de atividade física que praticavam a cada dia. Além disso, quando o estudo começou, a equipe traçou as características da personalidade de cada um.
Os resultados mostraram que a quantidade de atividade física com a qual uma pessoa se compromete a fazer em um determinado dia influencia diretamente no quão satisfeita ela se sente com a vida naquele momento. Ou seja, quanto mais alguém se exercita, mais feliz relata se sentir. Além disso, o estudo descobriu que aqueles que já costumam praticar exercícios frequentemente, quando aumentam a quantidade de atividade em um dia, também relatam maior contentamento.
Fonte: Revista Veja
Praticar mais atividade física do que o costume pode influenciar de forma positiva o quão satisfeita uma pessoa se sente com sua vida. Essa conclusão, que faz parte de uma pesquisa da Universidade de Penn State, nos Estados Unidos, reforça a ideia de que exercitar-se é um hábito cujos benefícios excedem a saúde física, e é fundamental também para o bem-estar psicológico. O estudo foi publicado nesta semana na revista médica Health Psychology.
CONHEÇA A PESQUISA
Título original: A Daily Analysis of Physical Activity and Satisfaction With Life in Emerging Adults
Onde foi divulgada: revista Biological Psychiatry
Quem fez: Jaclyn Maher, Shawna Doerksen, Steriani Elavsky, Amanda Hyde, Aaron Pincus, Nilam Ram e David Conroy
Instituição: Universidade de Penn State, Estados Unidos
Dados de amostragem: 253 pessoas de 18 a 25 anos
Resultado: Pessoas que praticam mais atividade física se sentem mais satisfeitas com a vida do que as que praticam menos. Aumentar os níveis de atividade física também proporciona maior felicidade no mesmo dia
Participaram da pesquisa 253 pessoas de 18 a 25 anos. Segundo os autores, os indivíduos dessa faixa-etária são aqueles cujos relatos sobre satisfação com fatores como trabalho, família e vida social são os mais instáveis. “Nessa idade há uma série de mudanças ocorrendo, pois essas pessoas estão saindo de casa, mudando de trabalho ou cursando uma universidade. Então, a satisfação com a vida pode despencar de uma hora para a outra”, diz Jaclyn Maher, que coordenou o estudo.
Os participantes da pesquisa foram orientados a escrever, durante um período que variou de oito a 14 dias, um diário no qual relatavam como se sentiam em relação a vários aspectos da vida (profissional, pessoal, autoestima e etc) e também informavam sobre a quantidade de atividade física que praticavam a cada dia. Além disso, quando o estudo começou, a equipe traçou as características da personalidade de cada um.
Os resultados mostraram que a quantidade de atividade física com a qual uma pessoa se compromete a fazer em um determinado dia influencia diretamente no quão satisfeita ela se sente com a vida naquele momento. Ou seja, quanto mais alguém se exercita, mais feliz relata se sentir. Além disso, o estudo descobriu que aqueles que já costumam praticar exercícios frequentemente, quando aumentam a quantidade de atividade em um dia, também relatam maior contentamento.
Fonte: Revista Veja
sexta-feira, 26 de outubro de 2012
O TRATAMENTO DA ASMA ATRAVÉS DO PILATES
A asma é o estreitamento dos pequenos canais de ar dos pulmões que impossibilitam a passagem do ar provocando broncoespasmos, tornado a respiração difícil.
Não há idade para se apresentar asma, mas na maioria dos casos os sintomas são sinalizados na infância. Os sintomas apresentados são: tosse seca, chiado e opressão no peito, acompanhados de falta de ar.
A asma é uma doença que não tem cura, mas com o tratamento adequado pode ser devidamente controlada, permitindo ao paciente levar uma vida normal adotando a prática de exercícios físicos. E é exatamente ai que o Pilates pode vir a favorecer na vida da pessoa que tem asma.
O PILATES - A técnica conhecida como prevenção e tratamento na coluna vertebral, agrega as teorias de controle motor e técnicas de teoria de conscientização corporal, sendo assim, a prática favorece o fortalecimento e alongamento dos músculos aumentando a mobilidade das articulações, os movimentos são realizados sem pressa e com controle. Em cada exercício é necessário o alinhamento na postura favorecendo a melhora da postura integral do indivíduo.
PILATES E ASMA - No indivíduo que sofre de asma, o pilates colabora com o fortalecimento da musculatura corporal deixando o músculo relaxado e assim promovendo uma reeducação funcional e na postura.
Como as aulas de Pilates apresentam poucas repetições de movimento, exercícios eficazes e suaves, a pessoa que passa pelo tratamento não apresenta desgaste físico e os benefícios são inúmeros.
Para quem apresenta asma e adota o pilates como atividade, os benefícios vão desde no fortalecimento dos órgãos internos, melhoras na respiração, correção e alinhamento da postura até mesmo no aumento da resistência física e mental e aumento da concentração e relaxamento.
A prática de PIlates favorece a qualidade de vida e proporciona bem estar, sendo um importante aliado para o equilíbrio entre corpo e mente.
Para saber mais sobre o assunto e conversar com um dos especialistas em Método Pilates entre em contato conosco.
Fonte: Portal Segs
quinta-feira, 25 de outubro de 2012
Exercício físico é melhor do que atividade intelectual para proteger a memória de idosos
De acordo com nova pesquisa, as atividades físicas, e não as que estimulam a mente, protegem o cérebro contra prejuízos que ocorrem com a idade
Segundo pesquisadores da Universidade de Edimburgo, na Grã-Bretanha, a atividade física pode ser melhor do que exercícios que estimulam a mente, como palavras-cruzadas, para proteger o cérebro contra o envelhecimento. Em um estudo feito com quase 700 idosos, esses especialistas concluíram que quem é fisicamente ativo tende a ter maiores volumes das massas cinzenta e branca do cérebro, o que indica que os prejuízos à memória e à cognição, que ocorrem naturalmente com a idade, são menores entre esses indivíduos.
CONHEÇA A PESQUISA
Título original: Neuroprotective lifestyles and the aging brain: Activity, atrophy, and white matter integrity
Onde foi divulgada: revista Neurology
Quem fez: Alan Gow, Mark Bastin, Susana Muñoz Maniega, Maria Valdés Hernández, Zoe Morris, Catherine Murray, Natalie Royle, John Starr, Ian Deary e Joanna Wardlaw
Instituição: Universidade de Edimburgo, Grã-Bretanha
Dados de amostragem: 691 pessoas de 70 a 73 anos
Resultado: Atividade física é melhor do que atividades intelectuais para proteger o cérebro contra lesões e para preservar as massas cinzenta e branca do órgão, e, portanto, preservando a memória e a cognição
A massa cinzenta é uma região do cérebro que possui o corpo das células nervosas e que abrange partes do órgão envolvidas no controle muscular, memória, fala e percepção sensorial, tais como ver e ouvir. A substância branca, por outro lado, conecta regiões do cérebro envolvidas no processamento das emoções, atenção, tomada de decisão e controle cognitivo. É normal que o cérebro diminua quando uma pessoa atinge uma idade mais avançada e, portanto, que essas funções sejam prejudicadas com o envelhecimento.
Leia também: Qualquer atividade física reduz chances de doença de Alzheimer, mesmo em pessoas com mais de 80 anos
Exercício físico, mesmo em pequena quantidade, pode prevenir perda de memória em idosos
A pesquisa britânica, que foi publicada nesta terça-feira na revista Neurology, acompanhou, durante três anos, 691 idosos que tinham 70 anos no início do estudo. A equipe aplicou um questionário sobre atividade física, hobbies e outros hábitos, e também realizou exames de imagem no cérebro desses indivíduos.
Os resultados revelaram que os idosos que praticavam mais atividade física eram os mesmos que apresentavam o maior volume das massas cinzenta e branca no cérebro. Eles também mostraram estar mais protegidos contra lesões no cérebro que prejudicam a cognição e a memória em comparação com os idosos que se exercitavam menos. Os autores não encontraram, porém, diferenças significativas entre o cérebro daqueles que faziam mais ou menos atividades de lazer que não eram físicas, como palavras-cruzadas e leitura.
De acordo com os pesquisadores, no entanto, como o estudo foi observacional, trabalhos maiores devem ser feitos para confirmar esses achados.
Fonte: Revista Veja
Segundo pesquisadores da Universidade de Edimburgo, na Grã-Bretanha, a atividade física pode ser melhor do que exercícios que estimulam a mente, como palavras-cruzadas, para proteger o cérebro contra o envelhecimento. Em um estudo feito com quase 700 idosos, esses especialistas concluíram que quem é fisicamente ativo tende a ter maiores volumes das massas cinzenta e branca do cérebro, o que indica que os prejuízos à memória e à cognição, que ocorrem naturalmente com a idade, são menores entre esses indivíduos.
CONHEÇA A PESQUISA
Título original: Neuroprotective lifestyles and the aging brain: Activity, atrophy, and white matter integrity
Onde foi divulgada: revista Neurology
Quem fez: Alan Gow, Mark Bastin, Susana Muñoz Maniega, Maria Valdés Hernández, Zoe Morris, Catherine Murray, Natalie Royle, John Starr, Ian Deary e Joanna Wardlaw
Instituição: Universidade de Edimburgo, Grã-Bretanha
Dados de amostragem: 691 pessoas de 70 a 73 anos
Resultado: Atividade física é melhor do que atividades intelectuais para proteger o cérebro contra lesões e para preservar as massas cinzenta e branca do órgão, e, portanto, preservando a memória e a cognição
A massa cinzenta é uma região do cérebro que possui o corpo das células nervosas e que abrange partes do órgão envolvidas no controle muscular, memória, fala e percepção sensorial, tais como ver e ouvir. A substância branca, por outro lado, conecta regiões do cérebro envolvidas no processamento das emoções, atenção, tomada de decisão e controle cognitivo. É normal que o cérebro diminua quando uma pessoa atinge uma idade mais avançada e, portanto, que essas funções sejam prejudicadas com o envelhecimento.
Leia também: Qualquer atividade física reduz chances de doença de Alzheimer, mesmo em pessoas com mais de 80 anos
Exercício físico, mesmo em pequena quantidade, pode prevenir perda de memória em idosos
A pesquisa britânica, que foi publicada nesta terça-feira na revista Neurology, acompanhou, durante três anos, 691 idosos que tinham 70 anos no início do estudo. A equipe aplicou um questionário sobre atividade física, hobbies e outros hábitos, e também realizou exames de imagem no cérebro desses indivíduos.
Os resultados revelaram que os idosos que praticavam mais atividade física eram os mesmos que apresentavam o maior volume das massas cinzenta e branca no cérebro. Eles também mostraram estar mais protegidos contra lesões no cérebro que prejudicam a cognição e a memória em comparação com os idosos que se exercitavam menos. Os autores não encontraram, porém, diferenças significativas entre o cérebro daqueles que faziam mais ou menos atividades de lazer que não eram físicas, como palavras-cruzadas e leitura.
De acordo com os pesquisadores, no entanto, como o estudo foi observacional, trabalhos maiores devem ser feitos para confirmar esses achados.
Fonte: Revista Veja
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
Conheça as variações do pilates que estão ganhando as academias
A criação do alemão Joseph Huberts Pilates traz diversos benefícios: melhora a consciência corporal, o controle respiratório, alivia as dores crônicas, reduz o stress e a fadiga e desenvolve a força muscular. Mas, ainda que o método carregue inúmeras qualidades no currículo, variações que incorporam novas técnicas ao método têm surgido para complementar a modalidade e suprir as necessidades individuais. Conheça as combinações e experimente a sua aula preferida:
Mat pilates: o mais comum em academias é realizado no solo, com movimentos lentos e usa o peso do próprio corpo para executar os exercícios. "Trabalha o controle dos músculos mais profundos e a estabilidade do corpo", diz a personal trainer Juliana Xavier Votta, de São Paulo.
Pilates studio: o genuíno, conta com diversos aparelhos e camas com molas que facilitam a execução de alguns movimentos. Indicado para iniciantes, pessoas idosas ou em recuperação, também possibilita um treino mais pesado para os experientes.
Aeropilates: combina exercícios aeróbios, como caminhada, corrida ou bike, com o mat pilates. "A modalidade melhora o condicionamento cardiovascular, o equilíbrio postural, a coordenação e a flexibilidade", conta Guilherme Veiga Guimarães, especializado em fisiologia do exercício pelo Incor-HCFMUSP, de São Paulo.
Pilates no tecido: usa os princípios do Pilates com elementos de acrobacia circenses. "A combinação de exercícios de mat e studio ajuda a realinhar o corpo e os movimentos corporais antigravitacionais aumentam os espaços intervertebrais", diz Guilherme. Os movimentos são mais desafiadores, melhoram a consciência corporal, a força muscular, capacidade física, flexibilidade e mobilidade articular.
Xtend Barre: perder peso, ganhar formas e postura de bailarina são alguns dos benefícios da atividade, que permite a queima de até 450 calorias em 55 minutos. "Os resultados aparecem rapidamente, em dez aulas. A força, concentração e o equilíbrio do pilates são mesclados aos exercícios do balé clássico, só que de maneira adaptada, mais anatômica", diz a professora de educação física Audrea Regina Ferro Lara, detentora da marca no país.
Power plate pilates: "Na plataforma vibratória, abdominal, elevação pélvica, prancha e outros exercícios do pilates ficam mais intensos e aceleram o ganho de tônus muscular", fala a fisioterapeuta Andréia Ribeiro, do estúdio Equilibrium Pilates, em São Paulo.
Garuda: inventado por um professor indiano que já deu aula para a Madonna, combina movimentos do pilates, da ioga e do gyrotonic em um treino feito com um aparelho próprio ou no solo. "As posições reproduzem o que você realiza no reformer, barril e cadillac, mas são únicas e desafiam também a capacidade aeróbica", descreve a professora Maria Ceiça Diniz, do Personal Studium, em São Paulo.
Pilates + jazz + boxe: a academia Runner adicionou dança e luta ao método e criou uma aula de 45 minutos que trabalha força, resistência aeróbica, flexibilidade e equilíbrio e queima pelo menos 400 calorias. "Na aula Runner Trio, você repete saltos, socos, chutes e exercícios dinâmicos e isométricos em blocos coreografados", fala Saymon Lopes, um dos idealizadores da aula.
Pilates Walker: a ideia da técnica criada pela fisioterapeuta Barbara Reginato, de Rio Claro (SP), reproduz os exercícios do pilates somados à caminhada. "Do umbigo para baixo, você caminha; para cima, exercita os braços e o tronco usando toning ball, faixa elástica e fitness circle, sempre com o abdômen ativado e as escápulas contraídas, regras no pilates", diz. O desafio compensa: Barbara fez o cálculo e concluiu que o gasto calórico é 35% mais alto do que na caminhada.
Pilates Funcional: elementos do RPG e ioga, entre outras técnicas de conscientização corporal, somam-se aos do pilates para reforçar a fixação da postura correta. "A adaptação respeita a individualidade biológica de cada um, exigindo o uso da força muscular, flexibilidade e concentração", explica Everton Batista, personal trainer do Espaço Beleza Social - Estética e Mat Pilates.
Yogapilates: exercícios que trabalham a respiração da ioga (o aluno inspira esvaziando totalmente a caixa torácica e a região abdominal) e do pilates (o abdômen é contraído o tempo todo junto com os movimentos corporais). "A execução é precisa e bem calculada, com sequências dinâmicas e sincronizadas com a respiração", diz Everton.
Standing pilates: criado com o objetivo de controlar os altos índices de osteoporose nos EUA, o método aperfeiçoa a postura ortostática (em pé). "Ele desenvolve e trabalha intensamente o desequilíbrio do corpo, estimulando a recuperação durante a execução dos movimentos. Esse trabalho melhora o metabolismo ósseo do praticante", esclarece Elaine de Markondes, médica, fisioterapeuta e Master Trainer em Pilates do Núcleo do Corpo.
Fonte: Revista Boa Forma
terça-feira, 23 de outubro de 2012
Pilates: tratamento, atividade física ou modismo?
O método Pilates é, na sua concepção, caracterizado por utilizar em conjunto algumas aptidões físicas durante sua execução. Na sua prática, o aluno deverá aprender as seguintes habilidades: concentração, controle, o centro, movimento fluido, precisão e respiração.
Partindo disso, me questiono: como pode um método de atividade física que utiliza todos estes princípios (destrezas difíceis de serem executadas, principalmente por pessoas mais idosas) ser indicado para tudo? Como pode ser orientado por qualquer profissional? Parece que ele veio para o Brasil para fazer mágica, se transformou de uma hora para outra na salvação de todos os sedentários, de todas as mulheres que não gostam de atividade física e, principalmente, como a solução das doenças do aparelho musculoesquelético. Hoje, é chamado de “chic” quem faz Pilates.
Me impressiona a quantidade de fisioterapeutas, médicos e profissionais de saúde em geral que falam e indicam o método Pilates como se fosse uma das melhores soluções para diversos problemas de saúde. Este “filme” parece com algo que já assistimos num passado bem recente. Quem nunca ouviu as mesmas promessas de exercícios como spinning, ginástica aeróbica, jump, step, natação e muitos outros?
Querem transformar uma atividade física em uma especialidade da saúde e colocar o nome Pilates acima de tudo e de todos. Parece até que as pessoas utilizam os aparelhos sozinhos, sem orientação, sem profissional, em qualquer equipamento ou ambiente. O importante é dizer que faz Pilates.
Meus colegas, amigos e pacientes, não devemos esquecer que existem princípios básicos para aplicação de todas as técnicas, como também em todos os negócios estas normas devem ser seguidas e, antes de tudo, algumas perguntas devem ser respondidas pelos próprios profissionais que irão trabalhar com Pilates: em quem deve ser aplicada a técnica? Quando ela deve ser utilizada? Aonde devemos praticar? Como utilizar e quanto cobrar? Qual é o tamanho do meu espaço? Quantos profissionais irão trabalhar comigo? Quantos alunos terei em cada aula?
Se todos fizessem estas perguntas antes de montar seus negócios ou começar a atender um aluno, com certeza haveria mais cautela na hora de empreender. Por outro lado, se todas as pessoas e pacientes soubessem que por traz do nome da técnica Pilates existem centenas de estudantes e profissionais que fizeram a “formação em Pilates” em um ou no máximo dois finais de semanas, com certeza esses alunos não estariam confiando ou se entregando de corpo e alma para este “modismo”.
Eu mesmo tenho parceiros e negócios com Pilates, mas deixo bem claro para todos que só montarei algum estúdio de Pilates se for com colegas que comunguem com os pré-requisitos necessários para o sucesso de qualquer empresa: excelente ambiente de trabalho, profissionais especializados e com formação completa em Pilates, equipamentos de qualidade e seguros, foco em um segmento, pesquisa de mercado e preço cobrado pelo valor percebido. Procuramos falar que o nosso programa é de manutenção dos tratamentos médicos e fisioterapêuticos.
Gostaria que todos refletissem sobre este texto, nele vocês poderão encontrar os motivos dos insucessos da maioria dos estúdios de Pilates, assim como o caminho para abrir um negócio rentável e durável.
Cuidem dos seus nomes e da sua profissão. Sejam éticos com ambos e respeitem seus pacientes.
Fonte: Site Fisioterapia Manual
sexta-feira, 19 de outubro de 2012
90% das brasileiras não ingerem quantidade adequada de cálcio
Levantamento sobre osteoporose revelou que a maioria das mulheres desconhece as causas e formas de prevenção da doença
Um levantamento inédito, divulgado nesta quarta-feira, revelou que os fatores de risco e os sintomas da osteoporose ainda são pouco conhecidos entre as mulheres brasileiras. De acordo com a pesquisa, encomendada pela Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo (Abrasso) ao Ibope, nove em cada dez mulheres maiores de 16 anos não ingerem a quantidade diária de cálcio (nutriente que reduz o risco da doença) indicada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), mas 60% dessas pessoas acreditam que seguem o consumo ideal.
A OMS recomenda às mulheres que ainda não passaram pela menopausa o consumo de 1.000 miligramas de cálcio por dia e, àquelas que já passaram pelo período, de 1.300 miligramas — o equivalente a aproximadamente três porções de leite e derivados ao dia. Isso porque a queda dos níveis de estrógeno provocada pela menopausa acelera o processo de perda de densidade óssea, condição que eleva o risco de osteoporose. Em relação a esse quadro, o estudo apontou para outro dado preocupante: 80% das mulheres desconhecem a relação entre a menopausa e a doença.
A Pesquisa Firme Forte Osteoporose 2012 entrevistou 3.010 mulheres maiores de 16 anos de idade e moradoras de várias regiões do Brasil. Entre as entrevistadas maiores de 40 anos, 13% afirmaram já ter sofrido alguma fratura e, dessas, 62% relataram uma piora na qualidade de vida após o ocorrido.
A pesquisa ainda mostrou que 67% das mulheres entrevistadas não sabem que a prevenção da osteoporose, por meio do consumo adequado de cálcio e vitamina D, deve começar na infância. Além disso, 81% dessas mulheres afirmaram considerar que a doença atinge especialmente os idosos. De acordo com o estudo, a maioria — 96% das entrevistadas — acredita que a osteoporose necessariamente provoca dor, e somente esse sintoma seria o suficiente para leva-las a um médico. Porém, segundo Bruno Muzzi, presidente da Abrasso, a osteoporose é uma doença silenciosa e, portanto, esperar que a dor apareça para procurar um médico pode provocar um diagnóstico tardio e aumentar o risco de fraturas.
Diagnóstico — Segundo o estudo, somente 39% das mulheres maiores de 45 anos já realizaram algum exame para detectar osteoporose — e, delas, somente metade afirmou ter sido submetida à primeira densitometria óssea entre 51 e 60 anos, idade tardia para que o procedimento seja realizado pela primeira vez, segundo a Abrasso. Além disso, 37% das mulheres dessa faixa etária fizeram o exame somente uma vez.
Saiba mais
OSTEOPOROSE
A doença progressiva causa a redução da densidade dos ossos do corpo, facilitando a ocorrência de fraturas. Acredita-se que ela afete 33% das mulheres na pós-menopausa no Brasil. As fraturas afetam principalmente idosos, sendo as lesões mais frequentes na coluna vertebral e no quadril. Entre os fatores de risco estão: déficit de cálcio na dieta, sedentarismo, constituição magra, consumo excessivo de álcool, tabagismo e fatores genéticos. A osteoporose é prevenida com o aumento da densidade óssea pelo consumo adequado de cálcio e de vitamina D.
CÁLCIO
O cálcio pode ser encontrado em alimentos como os laticínios, alguns vegetais, especialmente os de folhas verdes (brócolis, couve-flor e repolho roxo), peixes como sardinha e salmão, feijão, entre outros. O Ministério da Saúde recomenda o consumo de 1.000 miligramas de cálcio ao dia para adultos e de 700 miligramas para crianças de 7 a 10 anos. 100 gramas de queijo muzzarela, por exemplo, tem 875 miligramas de cálcio.
Fonte: Revista Veja
quarta-feira, 17 de outubro de 2012
Frutas e verduras melhoram também a saúde mental
A quantidade que demonstrou o melhor impacto no bem-estar emocional dos participantes foi sete porções diárias
Uma pesquisa da Universidade de Warwick, na Inglaterra, relacionou o consumo de frutas e verduras ao bem-estar e à saúde mental. Os resultados sugerem que a quantidade recomendada desse tipo de alimento é de sete porções por dia para que o benefício seja alcançado. O artigo será publicado no periódico Social Indicators Research.
CONHEÇA A PESQUISA
Título original: Is Psychological Well-being Linked to the Consumption of Fruit and Vegetables?
Publicação: periódico Social Indicators Research
Quem fez: David G. Blanchflower, Andrew J. Oswald, and Sarah Stewart-Brown
Instituição: Universidade de Warwick
Dados de amostragem: 80 mil pessoas
Resultado: Foi encontrada uma relação entre o consumo de frutas e verduras e a saúde mental e o bem-estar das pessoas. A quantidade que mostrou o melhor resultado foi de sete porções diárias,que provocou um aumento de 0,25 a 0,33 pontos na escada usada para medir o bem-estar. Em comparação, o fato de estar desempregado, reduz em 0,90 pontos na mesma escada.
Participaram do estudo cerca de 80 mil britânicos, que responderam questões sobre seus hábitos alimentares e como se sentiam. Sarah Stewart-Brown, integrante do grupo de pesquisadores, explicou que o artigo reúne diversos estudos realizados, e todos tornaram possível a mesma conclusão: a quantidade de frutas e verduras que uma pessoa ingere tem impacto em sua saúde mental, além dos efeitos já conhecidos sobre bem-estar físico. O ápice do bem-estar foi encontrado em torno das sete porções diárias.
“Atualmente se recomenda na Grã-Bretanha o consumo de cinco porções diárias, que é a quantidade adequada para prevenir doenças cardíacas ou câncer, por exemplo, mas poucas pessoas têm pesquisado os efeitos de quantidades maiores”, disse Stewart-Brown ao site de VEJA.
A porção, para fins do estudo, é definida como uma quantidade de 80 gramas. Não foram estudados os efeitos individuais de algum tipo de fruta ou verdura, nem os períodos do dia em que o consumo é mais indicado. Sarah Stewart-Brown ressalta que esse tipo de pesquisa ainda não é realizada com frequência e que seria interessante desenvolvê-la em outros países. “Se você puder dizer às pessoas que além de fazer bem para a saúde, frutas e verduras farão com que elas se sintam melhor, é um incentivo a mais para que elas tenham hábitos saudáveis”, afirma a pesquisadora.
Fonte: Revista Veja
Uma pesquisa da Universidade de Warwick, na Inglaterra, relacionou o consumo de frutas e verduras ao bem-estar e à saúde mental. Os resultados sugerem que a quantidade recomendada desse tipo de alimento é de sete porções por dia para que o benefício seja alcançado. O artigo será publicado no periódico Social Indicators Research.
CONHEÇA A PESQUISA
Título original: Is Psychological Well-being Linked to the Consumption of Fruit and Vegetables?
Publicação: periódico Social Indicators Research
Quem fez: David G. Blanchflower, Andrew J. Oswald, and Sarah Stewart-Brown
Instituição: Universidade de Warwick
Dados de amostragem: 80 mil pessoas
Resultado: Foi encontrada uma relação entre o consumo de frutas e verduras e a saúde mental e o bem-estar das pessoas. A quantidade que mostrou o melhor resultado foi de sete porções diárias,que provocou um aumento de 0,25 a 0,33 pontos na escada usada para medir o bem-estar. Em comparação, o fato de estar desempregado, reduz em 0,90 pontos na mesma escada.
Participaram do estudo cerca de 80 mil britânicos, que responderam questões sobre seus hábitos alimentares e como se sentiam. Sarah Stewart-Brown, integrante do grupo de pesquisadores, explicou que o artigo reúne diversos estudos realizados, e todos tornaram possível a mesma conclusão: a quantidade de frutas e verduras que uma pessoa ingere tem impacto em sua saúde mental, além dos efeitos já conhecidos sobre bem-estar físico. O ápice do bem-estar foi encontrado em torno das sete porções diárias.
“Atualmente se recomenda na Grã-Bretanha o consumo de cinco porções diárias, que é a quantidade adequada para prevenir doenças cardíacas ou câncer, por exemplo, mas poucas pessoas têm pesquisado os efeitos de quantidades maiores”, disse Stewart-Brown ao site de VEJA.
A porção, para fins do estudo, é definida como uma quantidade de 80 gramas. Não foram estudados os efeitos individuais de algum tipo de fruta ou verdura, nem os períodos do dia em que o consumo é mais indicado. Sarah Stewart-Brown ressalta que esse tipo de pesquisa ainda não é realizada com frequência e que seria interessante desenvolvê-la em outros países. “Se você puder dizer às pessoas que além de fazer bem para a saúde, frutas e verduras farão com que elas se sintam melhor, é um incentivo a mais para que elas tenham hábitos saudáveis”, afirma a pesquisadora.
Fonte: Revista Veja
quarta-feira, 10 de outubro de 2012
Nutricionista lista os 10 piores alimentos para sua saúde
Que atire a primeira pedra quem não se rende a um fast food, salgadinho ou cachorro-quente e depois fica preocupado com as calorias que ingeriu. Mas o que pouca gente sabe é que os perigos desses alimentos vão muito além da questão estética e podem ser um risco para a saúde. Para esclarecer esses problemas, a nutricionista Michelle Schoffro Cook listou os dez piores alimentos de todos os tempos.
10º lugar: Sorvete
Apesar de existirem versões mais saudáveis que os tradicionais sorvetes industrializados, a nutricionista adverte que esse alimento geralmente possui altos níveis de açúcar e gorduras trans, além de corantes e saborizantes artificiais, muitos dos quais possuem neurotoxinas – substâncias químicas que podem causar danos no cérebro e no sistema nervoso.
9º lugar: Salgadinho de milho
De acordo com Michelle, desde o surgimento dos alimentos transgênicos a maior parte do milho que comemos é um “Frankenfood”, ou “comida Frankenstein”. Ela aponta que esse alimento por causar flutuação dos níveis de açúcar no sangue, levando a mudanças no humor, ganho de peso, irritabilidade, entre outros sintomas. Além disso, a maior parte desses salgadinhos é frita em óleo, que vira ranço e está ligado a processos inflamatórios.
8º lugar: Pizza
Michelle destaca que nem todas as pizzas são ruins para a saúde, mas a maioria das que são vendidas congeladas em supermercados está cheia de condicionadores de massa artificiais e conservantes. Feitas farinha branca, essas pizzas são absorvidas pelo organismo e transformadas em açúcar puro, causando aumento de peso e desequilíbrio dos níveis de glicose no sangue.
7º lugar: Batata frita
Batatas fritas contêm não apenas gorduras trans, que já foram relacionadas a uma longa lista de doenças, como também uma das mais potentes substâncias cancerígenas presentes em alimentos: a acrilamida, que é formada quando batatas brancas são aquecidas em altas temperaturas. Além disso, a maioria dos óleos utilizados para fritar as batatas se torna rançosa na presença do oxigênio ou em altas temperaturas, gerando alimentos que podem causar inflamações no corpo e agravar problemas cardíacos, câncer e artrite.
6 lugar: Salgadinhos de batata
Além de causarem todos os danos das batatas fritas comuns e não trazerem nenhum benefício nutricional, esses salgadinhos contêm níveis mais altos de acrilamida, que também é cancerígena.
5º lugar: Bacon
Segundo a nutricionista, o consumo diário de carnes processadas, como bacon, pode aumentar o risco de doenças cardíacas em 42% e de diabetes em 19%. Um estudo da Universidade de Columbia descobriu ainda que comer 14 porções de bacon por mês pode danificar a função pulmonar e aumentar o risco de doenças ligadas ao órgão.
4º lugar: Cachorro-quente
Michelle cita um estudo da Universidade do Havaí, que mostrou que o consumo de cachorros-quentes e outras carnes processadas pode aumentar o risco de câncer de pâncreas em 67%. Um ingrediente encontrado tanto no cachorro-quente quanto no bacon é o nitrito de sódio, uma substância cancerígena relacionada a doenças como leucemia em crianças e tumores cerebrais em bebes. Outros estudos apontam que a substância pode desencadear câncer colorretal.
3º lugar: Donuts (Rosquinhas)
Entre 35% e 40% da composição dos donuts é de gorduras trans, “o pior tipo de gordura que você pode ingerir”, alerta a nutricionista. Essa substância está relacionada a doenças cardíacas e cerebrais, além de câncer. Para completar, esses alimentos são repletos de açúcar, condicionadores de massa artificiais e aditivos alimentares, e contém, em média, 300 calorias cada.
2º lugar: Refrigerante
Michelle conta que, de acordo com uma pesquisa do Dr. Joseph Mercola, “uma lata de refrigerante possui em média 10 colheres de chá de açúcar, 150 calorias, entre 30 e 55 mg de cafeína, além de estar repleta de corantes artificiais e sulfitos”. “Somente isso já deveria fazer você repensar seu consumo de refrigerantes”, diz a nutricionista.
Além disso, essa bebida é extremamente ácida, sendo necessários 30 copos de água para neutralizar essa acidez, que pode ser muito perigosa para os rins. Para completar, ela informa que os ossos funcionam como uma reserva de minerais, como o cálcio, que são despejados no sangue para ajudar a neutralizar a acidez causada pelo refrigerante, enfraquecendo os ossos e podendo levar a doenças como osteoporose, obesidade, cáries e doenças cardíacas.
1º lugar: Refrigerante Diet
“Refrigerante Diet é a minha escolha para o Pior Alimento de Todos os Tempos”, diz Michelle. Segundo a nutricionista, além de possuir todos os problemas dos refrigerantes tradicionais, as versões diet contêm aspartame, que agora é chamado de AminoSweet. De acordo com uma pesquisa de Lynne Melcombe, essa substância está relacionada a uma lista de doenças, como ataques de ansiedade, compulsão alimentar e por açúcar, defeitos de nascimento, cegueira, tumores cerebrais, dor torácica, depressão, tonturas, epilepsia, fadiga, dores de cabeça e enxaquecas, perda auditiva, palpitações cardíacas, hiperatividade, insônia, dor nas articulações, dificuldade de aprendizagem, TPM, cãibras musculares, problemas reprodutivos e até mesmo a morte.
“Os efeitos do aspartame podem ser confundidos com a doença de Alzheimer, síndrome de fadiga crônica, epilepsia, vírus de Epstein-Barr, doença de Huntington, hipotireoidismo, doença de Lou Gehrig, síndrome de Lyme, doença de Ménière, esclerose múltipla, e pós-pólio. É por isso que eu dou ao Refrigerante Diet o prêmio de Pior Alimento de Todos os Tempos”, conclui.
Fonte: Site Eco
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